Medicina
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Por — São Paulo

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GERADO EM: 26/06/2024 - 09:05

Novo medicamento Wegovy chega ao Brasil

O Wegovy, medicamento da Novo Nordisk para obesidade, chega ao Brasil em agosto. Com princípio ativo semaglutida, promove redução de peso superior a tratamentos atuais. Aprovado pela Anvisa, é indicado para adultos e adolescentes com IMC acima de 27. Apresenta efeitos colaterais leves, como náusea e enjoo.

O Wegovy (semaglutida 2,4 mg), medicamento indicado para o tratamento da obesidade, estará disponível nas farmácias brasileiras em agosto. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (26) pela farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, a mesma que produz o Ozempic, e marca também a chegada do produto na América Latina.

— O medicamento é importado e já está no país, mas a gente mora num país continental, com 90 mil farmácias, então tem todas as questões de distribuição — diz Priscilla Mattar, vice-presidente da Novo Nordisk no Brasil.

O Wegovy tem como princípio ativo a semaglutida e promove redução média de 17% do peso, sendo que um terço dos pacientes apresentam redução superior a 20%. Para fator de comparação, o único tratamento para obesidade disponível atualmente no país promove redução média de 9% do peso.

O medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento da obesidade em janeiro do ano passado. A demora de mais de um ano e meio entre a aprovação e a comercialização no medicamento no país ocorreu devido ao aumento da demanda, em especial nos Estados Unidos, onde ocorreu lançamento inicial.

— O Wegovy foi lançado inicialmente nos Estados Unidos e houve um aumento da demanda acima do esperado. Foi necessário um tempo para a companhia se organizar para adequar essa produção de acordo com a necessidade e decidimos só lançar o medicamento no Brasil quando tivéssemos a certeza de poder manter o fornecimento para os pacientes porque a obesidade é uma doença crônica — explica Mattar.

Além do tratamento de adultos com obesidade (IMC a partir de 30) ou sobrepeso (IMC a partir de 27) e comorbidades relacionadas ao peso, o Wegovy é indicado para adolescentes a partir dos 12 anos de idade com obesidade. O novo medicamento tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, a semaglutida, mas em dosagem diferente.

A semaglutida pertence a uma classe de medicamentos chamada análogo do GLP-1. São drogas que simulam o hormônio GLP-1 no corpo humano, que, por sua vez, interage com diversos receptores no corpo humano.

No pâncreas, isso aumenta a produção de insulina, o que levou as substâncias a serem utilizadas em princípio para diabetes tipo 2. Mas, no estômago, ela reduz a velocidade da digestão da comida e, no cérebro, ativa a sensação de saciedade – mecanismos que levam a pessoa a sentir menos fome e, consequentemente, reduzir as calorias ingeridas por dia e emagrecer. Fazem parte dessa classe de medicamentos o Ozempic e o Wegovy, produzidos pela Novo Nordisk, e o Mounjaro, da Eli Lilly.

No Brasil e no mundo, o Ozempic está exclusivamente indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, com uma dosagem máxima de 1mg. Por ser destinado à perda de peso, o Wegovy tem uma dose maior: 2,4 mg.

— A dose para o tratamento da obesidade é maior que o da diabetes porque a eficácia das medicações que são análogos do GLP-1, é dose dependente. Ou seja, quanto maior a dose, maior a eficácia. Então essa é a dose ideal para conseguirmos uma eficácia adequada para a obesidade — pontua Mattar, que também é endocrinologista.

Assim como o Ozempic, o Wegovy é administrado em forma de caneta injetável. Ele estará disponível no país em cinco dosagens: 0,25mg, 0,5,mg, 1mg, 1,7mg e 2,4 mg. As doses mais baixas são necessárias para fazer o escalonamento do tratamento. Para reduzir o risco de efeito colateral, é necessário começar com uma dose baixa e ir aumentando conforme a bula e orientação do médico, de acordo com o aparecimento ou não de sintomas.

Os principais efeitos colaterais são: náusea e enjoo. Também pode haver diarreia ou constipação. Tanto o Ozempic quanto o Wegovy são tarja vermelha e por isso só podem ser vendidos sob prescrição médica.

Apesar dos benefícios, o preço do medicamento dificulta o acesso. A CMED definiu que o preço máximo pode variar entre R$ 2.203,68 e R$ 2.484,85, a depender da alíquota do ICMS em cada estado.

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