Medicina
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Por O GLOBO — São Paulo

O Ozempic e outros medicamentos da classe de análogos do GLP-1 provavelmente são os remédios mais populares dos últimos tempos. Indicados para o tratamento de diabetes e obesidade, as drogas dessa classe são associados a diversos benefícios para a saúde que vão muito além de sua indicação e vão desde doença renal até problemas cardiovasculares.

Agora, um novo estudo publicado na sexta-feira (5) na revista científica JAMA sugere mais um benefícios desses tratamentos injetáveis: a redução do risco de 10 tipos de câncer. Pesquisadores compararam mais de 1,6 milhão de pacientes com diabetes tipo 2 que foram tratados com insulina ou medicamentos da classe de análogos de GLP-1, entre 2005 e 2018.

Os resultados mostraram que aqueles que receberam análogos do GLP-1 tiveram um risco significativamente menor de desenvolver 10 dos 13 tipos de câncer estudados, incluindo câncer renal, pancreático, esofágico, ovariano, hepático e colorretal. Por outro lado, para alguns tumores, não houve redução significativa no risco, como tiroide e câncer de mama em mulheres na pós-menopausa.

Por exemplo, os pacientes que tomavam insulina tinham duas vezes mais probabilidade de serem diagnosticados com câncer de pâncreas, colorretal, vesícula biliar e meningioma, em comparação com os que receberam análogos do GLP-1. O risco também foi reduzido nos tumores de esôfago, endométrio, estômago, rim, ovário e mieloma múltiplo.

Os pesquisadores não especularam por que os medicamentos, que pertencem à classe de medicamentos chamados análogos do GLP-1, poderiam diminuir as chances de câncer de um paciente. Mas escrevem que "dado que a diabetes tipo 2 e o excesso de peso ou a obesidade têm impactos negativos nos pacientes durante o tratamento do câncer, os GLP-1 devem ser avaliados para o controle destas comorbidades durante o tratamento do câncer, bem como para a prevenção secundária para retardar a recorrência do câncer”.

Em e-mail à AFP, Rong Xu, autor do estudo, disse que "a obesidade está associada a pelo menos 13 tipos de câncer”. "Nosso estudo fornece evidências de que os GLP-1RAs são promissores em quebrar a ligação entre obesidade e câncer", disse Xu.

Entre os medicamentos estudados estavam a semaglutida – vendida comercialmente como Ozempic – bem como a liraglutida, entre outros. Os análogos do GLP-1 existem há cerca de 20 anos, mas uma nova geração desses medicamentos, entre eles o Ozempic, foi popularizada por seus efeitos mais significativos na perda de peso.

Apesar dos resultados, os autores ressaltam que são necessários mais estudos para confirmar a descoberta e entender melhor a associação.

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