Aos 37 anos, uma australiana recebeu um diagnóstico de Alzheimer no estágio 3, a fase grave da doença, após sofrer uma infestação de mofo dentro de casa, na cidade de Sydney. Para ela, os dois problemas estão relacionados e agora busca conscientizar outras pessoas sobre os perigos de ter mofo em suas residências.
- Câncer de pâncreas: saiba os sintomas do tumor da atriz Lúcia Alves, que costuma ter difícil identificação
- Vacinas para varíola dos macacos: ‘Número de doses será muito insuficiente’, diz epidemiologista
Segundo a emissora 7 News, os primeiros sinais de que havia algo de errado com Amie Skilton, hoje com 42 anos, foram alergias crônicas e ganho de peso, mas seus sintomas progrediram rapidamente. Ela contou que o mais aterrorizante de todos foi quando esqueceu seu próprio nome.
— Aquele ano inteiro foi um borrão — disse ela ao programa Sunrise. —Supõe-se que seja a pergunta mais fácil em um teste. Eu estava preenchendo um formulário e a caixa em branco permaneceu em branco, assim como minha mente, eu literalmente não conseguia lembrar meu nome.
- 'Encorajar as pessoas a ajudarem os outros': nefrologista doa o próprio rim para ex-paciente que esperava transplante
O médico Mark Donahoo alertou ao Sunrise os perigos causados pelo mofo preto, capaz de causar "alergias, asma, doenças respiratórias e pode afetar todas as partes do sistema nervoso, o que pode causar doenças de Alzheimer, como no caso de Amie". Segundo ele, o mofo produz esporos e toxinas que, em algumas pessoas, se acumulam no corpo, de forma que elas não consigam limpá-lo facilmente, o que pode acabar afetando o sistema nervoso.
Há cinco anos, Amie não imaginava que pudesse ter relação entre sua exposição ao mofo escondido debaixo do carpete com o diagnóstico. Foi somente depois que ela descobriu que tem uma síndrome genética, responsável por desencadear uma "enorme resposta inflamatória no corpo quando exposta ao mofo", conforme informou a mídia australiana nesta terça-feira.
'Sou um ser humano: à beira das lágrimas, primeira-ministra da Finlândia defende suas festas particulares
Amie fez então um curso para testar e saber detectar mofo enquanto buscava uma nova casa que lhe fosse saudável. Mas seu esforço não parou aí. Ela quis se aprimorar para ajudar outras pessoas e agora é uma especialista que ministra seu próprio curso online sobre detecção de mofo.
Inscreva-se na Newsletter: Saúde em dia