Saúde
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Por O GLOBO — Rio de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diagnosticado na noite desta quinta-feira com um quadro de pneumonia leve, que fez com que o chefe do Executivo adiasse em um dia, por enquanto, a viagem à China planejada inicialmente para este sábado.

Nesta tarde, ele será reavaliado pelos médicos para definir se manterá ou não a ida ao país asiático. A notícia traz a saúde de Lula de volta à tona, algo que tem sido recorrente desde que o mandatário recebeu um diagnóstico de câncer na laringe, em 2011.

Veja os recentes problemas de saúde de Lula:

Câncer na laringe

Na época, tendo deixado a Presidência há menos de um ano, o petista descobriu um tumor de três centímetros de diâmetro no órgão, que o fez passar por mais de 30 sessões de quimioterapia que eliminaram o câncer.

No final do ano passado, logo após a campanha eleitoral, Lula realizou exames que confirmaram a remissão completa do tumor, ou seja, que ele é considerado curado. No entanto, indicaram "alterações inflamatórias decorrentes do esforço vocal e pequena área de leucoplasia na laringe".

Leucoplasia na laringe

A leucoplasia é o desenvolvimento de manchas ou placas brancas principalmente nas pregas vocais, mas que também podem aparecer na região da laringe. Essas lesões são consideradas pré-malignas. No entanto, a evolução para um câncer ocorre em menos de 20% dos casos.

A lesão ocorre pelo depósito de queratina sobre o tecido das pregas vocais ou da laringe. Essa é uma resposta das células da região por conta de sucessivas "agressões" provocadas pelo tabaco, consumo de álcool ou por refluxo gastroesofágico. Em novembro, Lula passou por um procedimento para retirada da leucoplasia e disse em seu Twitter que tudo estava “resolvido e bem”.

O caso ocorreu depois que a voz rouca do presidente chamou atenção durante os debates realizados antes do pleito de 2022, causada por fatores que justamente agrediram as cordas vocais do então postulante à Presidência.

Lesão nas cordas vocais e pré-diabetes

Segundo o médico de Lula contou ao GLOBO na época, o petista não estava realizando de forma regular as sessões de fonoaudiologia indicadas – enquanto a orientação era que fossem diários, os encontros aconteciam de uma a duas vezes por semana.

Além disso, o atual chefe do Executivo também sofre de refluxo gástrico crônico, o que inflama e machuca as pregas vocais. Embora mantenha uma alimentação equilibrada, o período intenso de campanha eleitoral o fez se descuidar e recorrentemente dar preferência a refeições mais rápidas, porém menos saudáveis.

Uma das causas do refluxo era o uso da semaglutida, comercializada com o nome Ozempic, indicado a pacientes com diabetes tipo 2 – mas amplamente utilizado para perda de peso. O presidente foi diagnosticado com pré-diabetes há cerca de 10 anos, um estágio anterior à doença que pode levar o paciente a evitar o seu desenvolvimento com mudanças no estilo de vida e, quando indicado, uso de medicamentos.

O refluxo, porém, é um dos efeitos do Ozempic e também fez com que Lula interrompesse há pouco tempo o consumo de alimentos derivados do leite, que pioram o quadro. O mandatário não faz mais uso do medicamento.

Bursite no joelho

Outra reclamação recente de Lula, no início deste ano, foi o incômodo com dores na perna devido a uma bursite no joelho. Essa não é a primeira vez que Lula sofre com o problema. Em outros anos, o presidente passou por tratamentos de uma bursite no ombro.

A bursite é uma inflamação que atinge a bursa, uma espécie de bolsa preenchida de líquido presente nas articulações para lubrificar as estruturas e amortecer os impactos entre os tecidos de ossos, músculos, tendões e pele. Por isso, ela ocorre mais frequentemente em áreas que realizam movimentos repetitivos.

A inflamação pode ser crônica, quando o paciente convive com ela por toda a vida, e o tratamento busca manter os sintomas sob controle; ou aguda, quando as queixas apresentam-se por um determinado período, mas depois diminuem e desaparecem, ou espontaneamente, ou com terapias.

Ela pode ser causada por uma lesão na região, por movimentos repetitivos, ou por consequência de outros diagnósticos, como gota, artrite reumatoide, algumas infecções, entre outros. Geralmente, a causa exata do quadro de cada paciente não é identificada.

O ombro costuma ser mais suscetível à bursite, porém o problema também ocorre com frequência em cotovelos, quadris, pelve, joelhos, dedos dos pés e calcanhares.

O tratamento da bursite crônica ou por lesões envolve remédios, como analgésicos e anti-inflamatórios, para aliviar o desconforto, e em casos mais graves a injeção de corticoides. É indicado ainda o repouso e sessões de fisioterapia que podem aliviar a pressão na articulação afetada. Exercício físico também é recomendado.

Em quadros mais complicados, decorrentes de um diagnóstico de gota ou por uma infecção, o procedimento envolve tratar a doença primária que está causando a inflamação. Uma infecção bacteriana, por exemplo, demandará que a bursa seja drenada e que seja administrado um antibiótico para o paciente. Em situações mais graves de bursite, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica. O tratamento deve ser feito apenas mediante orientação médica.

Mais recente Próxima Lula é diagnosticado com pneumonia e adia viagem; entenda os riscos do quadro

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