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Por Victoria Vera Ziccardi, La Nacion

Uma das artistas modernas mais conhecidas em todo o mundo, a cantora Taylor Swift é a mais ouvida entre alunos universitários com as maiores médias de notas, como mostra um estudo realizado pela College Rover, uma consultoria de informações para alunos e pais sobre as diferentes universidades americanas.

Para chegar a esse resultado, os acadêmicos entrevistaram 1.025 universitários de 18 a 23 anos sobre as músicas que ouviam enquanto estudavam e depois analisaram as características das composições e dos artistas citados. Uma das conclusões foi que Taylor Swift é a cantora favorita dos alunos com alto GPA (média de notas) de 3,5 a 4,0, o que representa 30% dos alunos pesquisados; a intérprete de "All Too Well" foi seguido por The Weeknd com 29% e SZA com 26%.

Outros achados foram: A música pop é o gênero mais ouvido quando estudado, seguido por Lo-fi e Hip-Hop/Rap. No entanto, para a maioria dos alunos com notas altas, música clássica, instrumental, indie, folk e country são as mais afinadas. Ao mesmo tempo, esses três últimos gêneros mencionados coincidem com o tipo de música que Swift faz.

Sofía Valente, uma fã de 26 anos, explica sobre a popularidade de Taylor Swift na indústria da música e o poder de influência que ela tem sobre quem a ouve.

— Eu diria que existe um forte vínculo social e emocional entre ela e seus ouvintes. Em geral, quando as pessoas se tornam fãs ou fazem parte do fandom de um artista, geralmente é porque há algo naquela figura pública ou celebridade que se conecta de alguma forma com sua identidade. Especialmente no caso desta artista, ela atrai muitos seguidores de todas as idades por vários motivos: o enredo de suas letras, assim como as emoções que subjazem ao conteúdo das canções que fazem as pessoas se sentirem identificadas — afirma Sofia.

Sucesso de vendas e bilheterias

O álbum "Midnights", lançado no final de 2022, foi o mais vendido do ano, com 1,8 milhão de cópias. Um dos seus lançamentos mais recentes, "Speak Now (Taylor's Version)", estreou em julho deste ano como número um, marcando a 12ª vez de Swift no primeiro lugar, ultrapassando Barbra Streisand pelo maior número de álbuns de uma artista feminina.

A turnê mundial que ele está fazendo atualmente, chamada “The Eras Tour”, lota arenas nos Estados Unidos e logo se tornará a turnê de maior bilheteria de todos os tempos. Conforme relatado na mídia, alguns analistas econômicos estimam que a turnê terá um impacto econômico total de US$ 5 bilhões nas cidades que receberão os shows. O Federal Reserve System dos EUA até destacou publicamente o efeito que a cantora está tendo nas economias regionais.

“Pessoas inteligentes ouvem Taylor Swift. Certamente os 'swifties' [apelido de seus fãs] vão adorar isso. Eles não apenas têm bom gosto musical, mas agora são oficialmente os alunos mais inteligentes academicamente", escreve um usuário no X (Twitter) ao compartilhar a conclusão do artigo.

Crianças aprendem com as letras da cantora

Em conversa com a mídia americana, Connolly confessou que sua iniciativa realmente ajudou as crianças a aprender conceitos difíceis e a reter informações em geral. Também foi divertido para ele e seus alunos ver as respostas do público no Instagram e no TikTok. Aliás, a própria Taylor Swift mostrou seu apoio em um dos vídeos publicados pelo professor.

Agora, como isso pode ser explicado no campo da neurociência?

Ramiro Fernández Castaño, neurologista especializado em neurologia cognitiva e medicina do sono, explica que neste último caso é totalmente verdade que as técnicas utilizadas por Connolly são eficazes.

— Ao fazer com que as crianças coloquem conceitos difíceis de aprender na letra de uma música, elas envolvem mais sentidos no processo de aprendizagem. Então, ao falar, cantar e ouvir, eles prestam mais atenção porque talvez seja uma música que os questione ou eles conheçam — diz o especialista.

Isso, segundo ele, tem bons resultados porque quanto mais sentidos estiverem envolvidos na hora de estudar ou aprender algo, mais fácil será reter a informação ou mais forte será a memória.

O especialista aponta que certamente os universitários com médias altas que ouvem Taylor Swift consideram eficaz ouvir sua música, pois pode evocar memórias positivas, transmitir harmonia e tranquilidade.

— Acredito que para reter informações e fortalecer a memória seria preciso ouvir uma música bastante calma, que não tenha muitas mudanças bruscas de tons ou entonações porque isso distrai, perde a atenção e deixa de se concentrar — acrescenta.

Da mesma forma, o médico diz que na Argentina foi realizado um estudo muito interessante no qual eles fizeram as crianças estudarem com música e depois algumas delas foram feitas para dormir com essa mesma melodia.

— Os meninos que dormiram com a mesma música com que estudaram lembraram melhor do que estudaram do que os que não dormiram com aquela música — conta o neurologista.

Posteriormente, ele diz que isso ocorre porque na etapa de consolidação da memória, que ocorre durante o sono, eles tiveram esse componente sensorial agregado da música que ajuda a consolidar a memória.

— Esse mesmo processo é o que acontece quando você lê um livro e pode ser aplicado em uma infinidade de situações. Nós profissionais até usamos algumas músicas populares para que as pessoas aprendam a fazer RCP e, em um momento de urgência, possam lembrar como é o procedimento — enfatiza.

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