Saúde
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Por O GLOBO — São Paulo

A taxas anual de acidentes de trânsito graves associados ao uso de cannabis aumentaram 475% ao longo de 11 anos no Canadá, de acordo com um novo estudo do Hospital de Ottawa, do Instituto de Pesquisa Bruyère e do ICES. Por outro lado, os acidentes devido à condução sob o efeito do álcool cresceram apenas 9,4% no mesmo período.

Embora o número bruto dos acidentes de trânsito relacionados ao abuso de álcool seja significativamente maior que aqueles relacionados ao uso de maconha, os dados revelam uma tendência preocupante, de acordo com os pesquisadores.

“Nossas descobertas destacam um aumento preocupante no envolvimento da cannabis em visitas de emergência causadas por acidentes de trânsito ao longo do tempo, com picos ainda mais acentuados após as fases de legalização e comercialização. O envolvimento do álcool nas visitas ao pronto-socorro por lesões no trânsito não aumentou durante o período do estudo, o que sugere que a legalização da cannabis desempenhou um papel importante no aumento das taxas”, diz o autor principal Daniel Myran.

O uso recreativo de maconha foi legalizado no Canadá em 2018. Logo após a legalização, houve aumento de 94% nos acidentes graves de trânsito. À medida que a comercialização aumentou e a maconha estava mais amplamente disponível, as visitas ao pronto-socorro aumentaram 233% em comparação com o período anterior à legalização da erva recreativa.

Os resultados do estudo também mostraram que os acidentes de carro envolvendo motoristas chapados devido ao uso de maconha foram graves. Quase 90% das vítimas desses acidentes chegaram ao hospital de ambulância. Quando não havia álcool ou cannabis envolvidos, o número de pessoas que necessitaram de ambulância caiu para 40%. Além disso, quase 50% dos usuários de maconha em acidentes de carro necessitaram de internação hospitalar, em comparação com pouco mais de 6% daqueles que não usaram.

As internações em terapia intensiva também foram maiores, com quase 22% dos acidentes envolvendo pessoas que dirigiam drogadas necessitaram de cuidados intensivos, em comparação com pouco menos de 2% dos acidentes sem envolvimento de álcool ou cannabis.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados de registros médicos de 947.604 visitas ao pronto-socorro em Ontário, Canadá. Eles incluíram registros de janeiro de 2010 e dezembro de 2021, mas excluíram visitas ao pronto-socorro de indivíduos com menos de 16 anos.

Os resultados foram nesta quarta-feira, na revista científica JAMA Network Open. Apesar dos resultados, os autores alertam que é demasiado cedo para compreender o impacto da legalização da cannabis na segurança rodoviária, especialmente devido ao enorme declínio na condução e na mobilidade durante a pandemia, que coincidiu com grande parte do período de legalização.

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