Saúde
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Por — Rio de Janeiro

A chegada de um feriado prolongado pode significar fazer uma viagem e conhecer lugares novos, mas também pode ser um período de descanso, acompanhado de uma maratona de séries incluída na programação. No entanto, junto este hábito, vem o de comer coisas adocicadas como acompanhamento.

Curiosamente, um novo estudo realizado pela Universidade Tecnológica de Nanyang, Cingapura (NTU Cingapura) mostrou que assistir vídeos imersivos de outras pessoas comendo doces provocou uma diminuição do desejo por eles posteriormente.

Os aparelhos de realidade imersiva permitem que o observador seja um participante ativo, ao invés de passivo. Esta tecnologia está presente em fones de ouvido de realidade virtual (VR) ou aumentada (AR), vídeos de 360 graus e rastreamento de movimento.

Visando medir o efeito psicológico dos vídeos no comportamento, os 317 participantes, com idades entre 21 e 28 anos, receberam M&M's após assistir a um vídeo de pessoas consumindo os doces 30 vezes seguidas, ao fim, totalizando 8 minutos de visualização.

Foi descoberto pelos pesquisadores que os espectadores expostos repetidamente aos vídeos consumiram em média um terço a menos de doces (32% a 38% menos). Segundo a equipe, isso ocorre porque os participantes observam outras pessoas comendo doces e se imaginam no lugar delas, o que reduz a vontade de comê-lo.

Esse processo foi chamado de “habituação”, uma limitação da resposta fisiológica e comportamental, como resultado de estímulos repetidos. Dessa forma, os indivíduos habituados ficam menos motivados para responder aos sinais alimentares, demonstrando menos desejo de obter ou consumir o alimento.

— Nossas descobertas sugerem que assistir a vídeos imersivos relacionados a alimentos pode ser uma forma de induzir a saciedade e reduzir a quantidade de alimentos consumidos depois de assistir. Isso pode ser útil para indivíduos que buscam controlar o apetite ou controlar comportamentos alimentares compulsivos — explica o professor assistente Benjamin Li Junting, da Escola de Comunicação Wee Kim Wee da NTU, que liderou o estudo.

Ainda que o estudo seja recente e possa representar novas possibilidades de caminhos para terapias psicológicas, o método não é amplamente recomendado. A sua inserção na realidade brasileira precisaria levar em conta os aparelhos utilizados serem custosos, além de efeitos colaterais relacionados ao uso de telas.

Uma nutricionista e um cirurgião de coluna entrevistados pelo GLOBO dão outras dicas úteis do que fazer no feriado pensando em uma redução de danos ao final do período de descanso.

Mudar de posição

Ficar sentado numa mesma posição por um período estendido além das horas de sono (entre 5 a 8 por dia) é prejudicial à saúde. É o que afirma um dos mais renomados neurocirurgiões do Brasil, especialista em coluna vertebral do Hospital Sírio Libanês e da Rede D'Or São Paulo, Francisco Sampaio Jr.

— Mais do que o período de dormir, passa a ser prejudicial para o funcionamento de todo o corpo. Ficar parado por muito tempo pode trazer sobrecarga na coluna, principalmente — afirma o especialista.

Para não causar danos severos às vértebras é importante intercalar as posições enquanto se está maratonando uma série de TV ou assistindo a diversos filmes.

— O ideal é que você assista sentado ou intercalando entre sentado e deitado, nem deitado em exagero ou sentado em exagero. A intercalar nas duas posições é melhor do que permanecer em apenas um o tempo inteiro — sugere.

Se alongar ao final de cada episódio

Visando a prevenção de dores e mal jeito, a realização de um alongamento ou exercícios por apenas 10 minutos pode ajudar na melhora da postura e prevenir problemas na coluna, de acordo com o neurocirurgião.

— Você pode abrir as pernas em borboleta, tentar tocar o chão ou pé, com a mão no quadril. Ou fazer rotação lateral do tronco, dez vezes de cada lado — indica.

Além disso, o profissional indica, para “destravar” pequenos incômodos no pescoço, fazer movimentos de rotação girando para os dois lados por 20 segundos, depois para frente e para trás por mais 20.

Quantidade de comida já separada

Já no quesito alimentação, a nutricionista Priscilla Primi, colunista do GLOBO e mestre em Nutrição Humana pela Universidade de São Paulo (USP), recomenda colocar as porções dos lanches escolhidos em potes, para não exagerar.

— A recomendação mesmo seria não comer na frente das telas, de maneira ideal. Quando estamos assistindo alguma coisa ficamos focados naquilo e acabamos comendo demais. Por incrível que pareça, quando prestamos atenção no que estamos comendo, tendemos a comer menos. Dessa forma, já deixar a comida separada antes do momento de distração pode ajudar — explica.

Ela indica, aos que não querem sair da dieta balanceada, a escolha de comidas leves. Palitinhos de cenoura, chips de abobrinha, pipoca feita sem óleo, frutas no geral em cubinhos são algumas das opções.

Comer apenas sentado

Por fim, a nutricionista sugere que se coma apenas sentado. A profissional explica que ficar deitado ao ingerir uma comida, seja de bruços ou de lado, atrapalha todo o processo digestivo do alimento por conta da gravidade. Ele não consegue completar seu processo de descida até o estômago.

— Ainda que esteja esteja em um momento de descanso, é importante que a pessoa esteja sentada, com uma postura ereta, para se alimentar — conclui.

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