Saúde
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Por — São Paulo

Cientistas da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descobriram um mistério de mais de 125 anos sobre qual é a proteína específica que permite a cor amarela do xixi. Até agora sabe-se que um produto do metabolismo da bilirrubina chamado urobilina define a cor amarela do líquido, mas não se sabia o que permitia isso.

Segundo os pesquisadores, isso se deve graças a uma enzima chamada bilirrubina redutase, ou BilR. Essas bactérias têm papel preponderante, pois produzem a enzima BilR, que causa ou transmite a cor da urina. Os cientistas encontraram genes específicos que codificam essa enzima nos genomas de quase 8.000 espécies de bactérias presentes no nosso microbioma intestinal.

O artigo foi publicado em 6 de janeiro com um título simples e direto: “ BilR é uma enzima microbiana intestinal que reduz a bilirrubina a urobilinogênio”. A declaração responde à pergunta que os especialistas no complexo mundo hepático-intestinal se fazem há décadas. Ou seja, quais enzimas (ou seja, quais proteínas) são responsáveis por “reduzir” (no sentido de transformar) a bilirrubina em urobilinogênio.

“O urobilinogênio é o precursor da urobilina, responsável justamente pela cor amarela da urina ”, explicou Jorge Quarleri, pesquisador bioquímico do Conicet no Instituto de Pesquisa Biomédica em Retrovírus e AIDS (INBIRS).

Quarleri explica ainda que os pesquisadores descobriram que a “bilirrubina redutase está presente em quase todos os adultos saudáveis, mas não em recém-nascidos ou em adultos com doença inflamatória intestinal, nos quais é comum a hiperbilirrubinemia, com coloração amarela na superfície da pele e mucosas”.

Segundo o artigo publicado na Nature, uma parte desse urobilinogênio será reabsorvido no intestino e viajará pelo sangue até ser excretado com a urina pelos rins na forma de urobilina na cor amarela. O urobilinogênio que não é usado, continua o percurso e viaja pelo trato digestivo, onde é convertido em estercobilinogênio. Ele é oxidado em estercobilina, responsável pela cor escura das fezes.

Segundo os cientistas, a revolução na medicina e os estudos do microbioma são relativamente modernos. “Há vinte anos, os métodos de sequenciação de genomas eram muito trabalhosos. Não havia tecnologia adequada como agora, quando em poucas horas podem ser sequenciados genomas inteiros, de uma planta ou do próprio ser humano”, afirmam no artigo.

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