Saúde
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Por El País — Barcelona

A espanhola Maira Montes sofre de uma doença genética rara, a síndrome de Rokitansky, que afeta uma em cada 5 mil mulheres e inviabiliza a maternidade pela ausência do útero. No dia 2 de janeiro, porém, ela conseguiu dar à luz uma criança em perfeito estado de saúde, no Hospital Clínic, em Barcelona, na Espanha. O pequeno Manuel nasceu com 2,9 quilos e tornou-se o segundo bebê nascido de uma mulher com transplante de útero na Espanha. O órgão recebido por Maira veio de sua própria mãe, avó do menino.

Outra mulher com o mesmo transplante deu à luz em março de 2023. Ela tem a mesma doença de Montes e, para realizar o seu desejo para ter um filho, ela recebeu o útero da irmã.

A gestação foi possível graças ao transplante de útero que Maira recebeu da própria mãe em abril de 2022. A intervenção foi liderada pelo chefe do Serviço de Ginecologia, Francisco Carmona, e pelo chefe do Serviço de Urologia e Transplante Renal, Antonio Alcaraz. Houve modificação tecnológica na operação em relação ao primeiro transplante de útero, já que, dessa vez, a equipe contou com um exoscópio, lente de grande ampliação e alta definição de imagem.

Dois meses após receber o útero da mãe, Maira já menstruou. Logo depois, começou o processo de fertilização. Veio, então, a gravidez, que transcorreu em completa normalidade, segundo relatos dos médicos. O parto aconteceu por meio de uma cesariana. A escolha da modalidade se deu pelo risco oferecido pelo parto natural às mulheres com transplante de útero.

— Esta cirurgia é uma das mais complexas que existem e demonstramos não uma, mas duas vezes, que somos capazes de a fazer com bons resultados — destaca Alcaraz.

O nascimento ocorre no âmbito de um programa experimental do setor de transplante de útero em casos com síndrome de Rokitansky, nos quais as mulheres nascem sem útero ou trompas de falópio, mas com ovários. O primeiro transplante de útero foi realizado em Espanha em outubro de 2020, do qual resultou o referido primeiro bebê nascido de um útero transplantado neste país em 2023.

No mundo, ocorreram mais de 50 casos desde 2013, quando a equipe do Dr. Mats Brännström, do Hospital Universitário Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, realizou o primeiro transplante de útero que culminou com o nascimento de um bebê em 2014.

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