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Por , Em La Nacion — Rio de Janeiro

Desde explosões de emoção, alegria e paixão, até sensações paralisantes, profundo apego e até mesmo um tipo de medo que consome as pessoas completamente; o amor é um poderoso coquetel de emoções humanas.

Vale a pena saber como uma pessoa processa internamente o amor. Pesquisas mostram que esse potente sentimento pode deflagrar mecanismos neurobiológicos subjacentes. O estudo "A base neurobiológica do amor: uma meta-análise de estudos de neuroimagem funcional humana do amor materno e apaixonado", publicado em 2022, demonstra que tanto o amor materno quanto o apaixonado aumentam a atividade na área tegmental ventral (núcleo localizado ao longo da linha média no mesencéfalo e o principal componente do chamado "circuito de recompensa cerebral".

Os pesquisadores destacam no estudo que o amor "ilumina" regiões essenciais do cérebro e o inunda com dopamina - o neurotransmissor mais importante do Sistema Nervoso Central (SNC) dos mamíferos. Consequentemente, o sistema de recompensa do cérebro é ativado processando as sensações gratificantes e ligando a paixão a outras emoções complexas como o apego e a empatia. Este é o motivo pelo qual algumas pessoas podem se sentir "viciadas" em seu parceiro.

No entanto, com o tempo, é natural que a intensidade dessas emoções diminua. Por isso, torna-se fundamental cooperar para reavivar a chama em um relacionamento e assim, cultivar a conexão emocional e física para que perdure.

A chave para 'reavivar a chama'

"Há pouco tempo me deparei com uma postagem nas redes sociais de um homem que descobriu uma maneira de manter a fase de lua de mel com sua esposa de mais de 25 anos. Eles criaram a 'regra 2-2-2' antes de se casarem e a mantiveram desde então (...) Pensei que o que eles propunham fazia sentido, mencionei isso para minha parceira e ambos decidimos experimentar. Compartilho isso porque talvez também sirva para outros", postou um usuário anônimo na rede social, Reddit.

Em pouco tempo, sua sugestão se tornou viral, chegando aos ouvidos de terapeutas especializados em vínculos, sendo recomendada em vídeos do TikTok e até mesmo sendo descrita por Ryan Reynolds, ator americano que interpreta o super-herói Deadpool nos filmes da Marvel , como a "fórmula secreta" que ele e sua mulher, a atriz Blake Lively. Eles usam a técnica para fazer com que o casamento de mais de 10 anos não perca a chama.

A ideia por trás dessa regra é fortalecer o relacionamento através do planejamento de atividades em casal, sem interrupções que impeçam a reconexão dos apaixonados e o afloramento de seus sentimentos. Aqui segue uma sugestão que viralizou.

Anthony Trucks, ex-estrela da National Football League (NFL), dos Estados Unidos, é outro famoso que confessou implementar esse método em seu casamento. "Foi em 2016 que encontrei essa teoria que sustentava que passar muito tempo com outra pessoa te aproxima psicologicamente", disse Trucks ao Fox News Digital. "Se algo é uma prioridade para você, você deve dedicar tempo a isso".

  • A cada duas semanas, o casal deve ter um encontro a sós.
  • A cada dois meses, eles devem fazer uma viagem de fim de semana juntos.
  • A cada dois anos, devem tirar uma semana de férias sozinhos.

Os Trucks fazem com que os encontros românticos sejam uma prioridade em seu dia a dia, assim como se organizam para fazer viagens juntos com frequência. "Não ficamos esperando que tudo se desintegre", disse Trucks, destacando: "Se não dedicarmos tempo para passar juntos como casal, cometeremos o erro de nos perdermos nos horários, trabalho e atividades de nossos filhos".

Em consonância com isso, a psicanalista e conselheira matrimonial Kimberly Hershenson disse em conversa com a Fox News que para ela essa regra amorosa "é excelente". "Os profissionais recomendam que, para ter um bom casamento, é necessário passar tempo juntos", explicou. Além disso, ela contou que já atendeu em seu consultório casais que estavam a caminho da separação e que salvaram o vínculo ao implementar a regra originada na internet.

Além disso, grupos de profissionais especializados em vínculos humanos têm explorado como um casal pode fortalecer seu relacionamento e chegaram a conclusões semelhantes às mencionadas. Especificamente, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, comparou dois grupos de controle nos quais observaram, por um lado, casais que passavam tempo de qualidade juntos fazendo atividades que desfrutavam; e, por outro lado, casais que compartilhavam pouco tempo a sós e que, quando o faziam, tinham um tipo de comunicação negativa. Como resultado, descobriram que os casais que não tinham tempo a sós geralmente não estavam satisfeitos com seu relacionamento. Pelo contrário, aqueles que passavam mais tempo juntos relataram maior satisfação com o vínculo e disseram perceber mais qualidades positivas e maior proximidade com seus parceiros.

Luxúria não é amor

A médica e sexóloga clínica Sandra Magirena explica que algo fundamental a discernir é que luxúria e amor são coisas bem diferentes. "Que um casal tenha menos paixão do que no início é quase natural, já que isso diminui nos vínculos à medida que o tempo passa", diz. Ela também aponta que o importante é perceber se ainda há amor; "isso pode durar a vida toda e não tem nada a ver com o que conhecemos como luxúria ou paixão", explica.

Magirena afirma também que é comum casais que já tiveram a fase da paixão dos primeiros anos diminuída e que não tenham uma base de amor e afeto, no momento da crise tenham o vínculo quebrado. "Isso é muito visto em casais que decidem morar juntos ou construir um projeto juntos na fase em que predomina a paixão do início", conta.

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