O conceito das Blue Zones surgiu ainda no início dos anos 2000 quando o jornalista Dan Buettner viajou pelo mundo e encontrou cinco regiões em pontos diferentes do globo marcadas por populações longevas e saudáveis

O mesmo trabalho analisou os hábitos de vida em comum entre as populações e identificou um conjunto de fatores que ficaram conhecidos como “the power 9” (os 9 poderosos, em tradução livre)

Dedique boa parte do tempo para estar junto de familiares e amigos. Fortalecer os vínculos afetivos é especialmente importante na velhice

— Envelhecer em isolamento está associado a desfechos cardiovasculares, aumento do número de infartos, de depressão, de problemas de saúde mental e de memória. Estimular a rede de vínculos ao longo da vida é essencial

— diz a diretora científica da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Ana Cristina Cânedo

Participar de uma comunidade baseada na fé faz bem para a saúde, seja ela qual for

Busque cercar-se de pessoas com hábitos também saudáveis. O estilo de vida positivo daqueles a nosso redor, assim como o negativo, é contagioso

Em Okinawa, é conhecido como “ikgai”. Na Costa Rica, como “plan de vida”. É ter um motivo para o qual se acorda, para se dedicar durante a vida

É preciso reduzir o estresse e encontrar a estratégia que funcione melhor para você, como meditação, ioga, entre outras

Não é preciso tornar-se um atleta ou correr uma maratona, mas sim incluir a atividade física na rotina com um mínimo de 150 minutos de exercícios por semana

O consumo de álcool deve ser sempre moderado, sem ultrapassar uma ou duas doses por dia, e ser feito preferencialmente com vinho, junto a amigos e durante a refeição

Tenha uma alimentação focada em grãos, legumes, vegetais e frutas, com menos carne e o mínimo de industrializados. Entre proteínas animais, prefira o peixe

Em Okinawa, é comum parar de comer ao estar 80% saciado. O hábito de fazer refeições menores é comum nas Blue Zones em geral e pode ajudar a prevenir a obesidade

— Quando nascemos, começamos a envelhecer. Quanto mais cedo mudamos esses hábitos, melhor. Mas nunca é tarde. Se uma pessoa aos seus 80 anos adotar hábitos melhores, ela sentirá o impacto — diz a médica geriatra Alessandra Ferrarese