A cirurgia de prótese mamária é um dos procedimentos estéticos mais realizados no Brasil. Segundo os dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), quando se compara os números de 2018 em relação aos de 2016, é possível ver um crescimento das intervenções reconstrutoras e estéticas de 25,2% e 9,3%, respectivamente. O país é o segundo no ranking mundial de cirurgia plástica.
Junto a isso é cada vez mais comum o desenvolvimento de novas técnicas cirúrgicas, que levem segurança aos pacientes no pré e pós-operatório, além da realização de procedimentos mais rápidos e menos invasivos. Um exemplo é o Fast Track Recovery, que como o nome sugere, possibilita uma rápida recuperação às mulheres que se submetem ao implante de próteses de silicone.
De acordo com o cirurgião plástico Thiago Cavalcanti, após a colocação do silicone, normalmente, os pacientes precisam de até 20 dias de repouso para retornar às atividades do dia a dia. Entretanto, através de uma nova técnica, em 24 horas a paciente poderá movimentar os braços, lavar os próprios cabelos e segurar pesos de até 15 quilos sem restrições.
— O método possibilita, entre outras coisas, que a paciente seja operada de manhã e liberada para ir para casa após 4 horas, a ideia é que ela retorne para a rotina o mais rápido possível, sendo estimulado a sair para jantar ou fazer compras no mesmo dia do procedimento. Para obter esses resultados existe um protocolo a ser cumprido: cirurgia pouco traumática, hemostasia prospectiva e anestesia sem ressaca, podendo ser liberada poucas horas após o procedimento —afirma Thiago.
O médico já utiliza o Fast Track Recovery há oito anos.
— A cirurgia por cima do músculo é mais simples, teoricamente dói menos, mas as pacientes não podem elevar o braço porque não existem ligamentos ou musculatura que dê suporte, podendo ter deslocamento da prótese. A Fast Track Recovery é diferente. A prótese é colocada abaixo do músculo, ficando restrita e com suporte de sutiã interno. Usamos todo o protocolo diferenciado onde a paciente consegue ter uma recuperação em 24 horas — explica.
O Fast Track Recovery é uma adaptação de um modelo de tratamento, conhecido como "24 Horas de Recuperação", criado pelo médico americano John B. Tebbets, em 2002.
— A opção pela técnica definida antes da cirurgia, quando o médico avalia a paciente de acordo com suas condições de saúde e qualidade de vida, para então definir se o método é indicado —, ressalta o cirurgião.
Thiago ainda destaca que é fundamental o comprometimento da paciente no pós-operatório. Caberá a ela seguir os procedimentos que lhe foram passados pelo médico e equipe:
— Isso fará toda a diferença para que a recuperação seja mais rápida.