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Brasil tem maior média móvel de casos de Covid-19 desde a chegada da doença no país

Nesta quinta-feira do cálculo chegou a 56.453; há mais de 8,3 milhões de infectados em todo território brasileiro
Praia da Barra com pontos de aglomeração no dia 5 de janeiro Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
Praia da Barra com pontos de aglomeração no dia 5 de janeiro Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

RIO — A média móvel de casos de Covid-19 bateu um novo recorde nesta quinta-feira, chegando 56.453. Isto significa que nos últimos sete dias, essa foi a média de diagnósticos positivos para o novo coronavírus. Nas últimas 24 horas, foram notificados 68.656 casos da doença, elevando para 8.326.115 o total de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 em território brasileiro. Também foram registradas 1.151 mortes, totalizando 207.160 vidas perdidas. A média móvel de óbitos ficou em 1 mil.

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A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos casos ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Os estados que mais notificaram novos casos de Covid-19 foram São Paulo (13.710), Minas Gerais (8.694) e Paraná (5.777). Já os estados que registram mais mortes foram São Paulo (304), Rio de Janeiro (200) e Minas Gerais (134).

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Os dados são do consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Anvisa cobra de Fiocruz e Butantan envio de dados para aprovar vacina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou nesta quinta-feira à Fiocruz e ao Instituto Butantan um ofício cobrando o fornecimento de dados pendentes para análise do órgão para a autorização emergencial de uso das vacinas contra a Covid-19 da AstraZeneca/Universidade de Oxford (Reino Unido) e Sinovac Biotech . Em nota, a Anvisa indica que o prazo de dez dias, previsto inicialmente, poderá ser estendido caso não haja entregas das informações.

No início da semana, a agência divulgou nota anunciando que decidirá se concede ou não autorização emergencial aos imunizantes no próximo domingo , 17. As duas instituições que entraram com o pedido, no entanto, ainda não encaminharam todos os dados necessários à análise. Segundo a Anvisa, faltam dados "essenciais e condicionantes" para a análise dos pedidos. dias, previsto inicialmente, poderá ser estendido caso não haja entregas das informações.

Mesmo ainda sem a aprovação de nenhuma pela Anvisa, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a vacinação no Brasil deve começar na próxima quarta-feira, no dia 20 , afirmam prefeitos que participaram de uma reunião. A data exata foi dada pelo próprio Pazuello e participaram do encontro cerca de 140 lideranças municipais.

A informação foi confirmada ao GLOBO pelo presidente da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Jonas Donizette (PSB), que é ex-prefeito de Campinas. O grupo reúne mais de 100 governantes locais.

O ministro afirmou aos prefeitos que o início da vacinação depende de dois fatores: a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do uso emergencial das vacinas da AstraZeneca e da CoronaVac e a logística do voo que trará da Índia as 2 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.