BRASÍLIA— A audiência da Comissão de
Educação
com a presença do ministro Abraham Weintraub, nesta quarta-feira, terminou em balbúrdia. O tumulto começou quando a deputada Professora Marcivania (PCdoB-AP), que presidia os trabalhos, disse que abriria o microfone a representantes de entidades estudantis que estavam presentes. Nesse momento, integrantes da base aliada do governo reagiram, reclamando que nem todos os parlamentares haviam conseguido falar ainda.
Seguranças da Casa contiveram Marianna Dias e Pedro Gorki, presidentes da União Nacional dos
Estudantes
(
UNE
) e da União Brasileira dos
Estudantes
Secundaristas (
Ubes
), respectivamente, que tentavam alcançar a mesa da comissão, onde estava o ministro. O local foi blindado por outros servidores, que impediam a aproximação das pessoas.
Em meio à balbúrdia, Weintraub foi "escoltado" até a saída do plenário do colegiado por servidores e deputados, entre eles o delegado Waldir (PSL-GO). O ministro e sua equipe foram encaminhados a uma escada para deixar a Câmara, que foi barrada para passagem de quem não fosse do Ministério da
Educação
(
MEC
).
'Porra de UNE não vai falar aqui, não', gritou deputado
— Porra de
UNE
não vai falar aqui, não — gritava o deputado Delegado Waldir (PSL-GO) após ajudar a encaminhar o ministro da
Educação
à saída.
A deputada Professora Marcivânia retrucava, em favor de se ouvir os alunos:
— Estava acordado abrir por dois minutos para ouvir os
estudantes
, qual o problema?
Marianna Dias, da
UNE
, reagiu quando os seguranças tentavam barrar sua passagem para chegar à mesa. Ao final da confusão, ela afirmou que quase teve a roupa rasgada e aproveitou para convocar uma nova manifestação contra os cortes na
educação
para o dia 30.
— A partir de hoje,
Bolsonaro
e o ministro (Abraham Weintraub) não dormem em paz. Porque é estudante na rua. Se eles querem balbúrdia, a gente faz em defesa dos nossos direitos - disse Mariana Dias.