RIO — O ano de 2019 entrará na História como aquele em que o mundo viu materializadas as previsões dos cientistas sobre os danos provocados pelas mudanças climáticas . O planeta inteiro teve um drama para contar: Brasil e Austrália tiveram incêndios florestais, a França e a Finlândia viveram ondas de calor, o Ártico descongela em velocidade recorde, as Bahamas foram destruídas por um furacão que avançou com ventos de quase 300 km/h.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial , 2019 foi o segundo ano mais quente do planeta, perdendo apenas para 2016. Na última década, os termômetros foram sacudidos pelos fenômenos El Niño e La Niña .
Num cenário de descaso no Brasil e no mundo com o meio ambiente, o climatologista Carlos Nobre diz que em 2020 o tempo deverá continuar fechado no planeta:
— Se nada for feito, temos motivos de sobra para acreditar que 2020 e os anos que se seguirão verão os extremos e todos os danos que eles trazem se tornarem o novo normal — adverte.