Gilberto Gil

O cantor, compositor e músico baiano Gilberto Gil tem uma grande relevância para música brasileira. Produziu quase 60 discos. Venceu os principais prêmios nacionais da música, além de nove Grammys. Foi condecorado pelo governo francês com a Ordem Nacional do Mérito e nomeado "Artista pela Paz", pela UNESCO. Gil também foi ministro da Cultura entre 2003 e 2008 durante o governo Lula e nomeado imortal pela Academia Brasileira de Letras (ABL).

Sua carreira começou no acordeon, nos anos 50, inspirado por Luiz Gonzaga. Com o surgimento de João Gilberto, a bossa nova, ele empunhou o violão, e em seguida a guitarra elétrica. Seu primeiro LP, Louvação, foi lançado em 1967. Ao conhecer Caetano Veloso, na Universidade da Bahia, iniciou a tropicália, ou movimento tropicalista, que envolveu artistas como Gal Costa, Tom Zé, Nara Leão, entre outros.

Durante o período da ditadura militar, Gil preso. No ano seguinte partiu para o exílio em Londres, onde gravou músicas em inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil deu continuidade a uma rica produção fonográfica, que dura até os dias de hoje. Entre discos, cds e dvds estão Expresso 2222, Refazenda, Refavela, Realce, Unplugged MTV, Eu Tu Eles, Kaya N`Gandaya, Banda Dois, Máquinas de Ritmo com Orquestra, entre tantos outros.

Em 2015 e 2016 celebrou com Caetano Veloso os 50 anos de carreira em um show histórico – Dois Amigos, Um Século de Música. Em 2018, lançou o álbum Ok Ok OK que traz a família, a doença que experimentou e o questionamento do posicionamento que a sociedade lhe exige - O álbum foi vencedor do Grammy Latino na categoria Melhor Albúm de Música Brasileira.

Gil tem oito filhos: José Gil, Bela Gil, Preta Gil, Nara Gil, Bem Gil, Marilia Gil, Maria Gil e Pedro Gil, que morreu num acidente de trânsito em 1990. Os filhos são de três mulheres diferentes: Belina de Aguiar, Sandra Gadelha e Flora Gil, com que é casado atualmente.