BRASÍLIA - Composta por mais de 280 representantes do agronegócio, do setor financeiro, da academia e da sociedade civil, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura enviou uma carta ao governo do presidente Jair Bolsonaro pedindo que o Brasil apresente metas mais ambiciosas e urgentes para mitigar os efeitos do aquecimento global e reduzir o desmatamento da Amazônia.
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A sugestão é que esse novo posicionamento em relação ao meio ambiente seja apresentando durante a Cúpula do Clima, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para os dias 22 e 23 deste mês.
Ondas atingem um paredão em frente a edifícios em Taizhou, província de Zhejiang, leste da China. Os mesmos oceanos que nutriram a evolução humana estão prontos para desencadear a miséria em escala global alerta um projeto de relatório da ONU Foto: - / AFP ▲
Alimentadas pelo rio Zambezi, as Victoria Falls (Cataratas de Vitória), na fronteira entre Zâmbia e Zimbábue, no Sul da África, enfrentaram, em 2019, a pior seca já registrada na região em um século. A paisagem, antes marcada pela queda d'água de tirar o fôlego, se tranfromou num grande abismo seco Foto: STAFF / REUTERS ▲
Iceberg perto da ilha de Kulusuk, na costa sudeste da Groenlândia. Aquecimento global causado pelas atividades humanas terá consequências dramáticas para os oceanos e a criosfera, que inclui gelo marinho, geleiras, calotas polares e permafrost (tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados) Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP ▲
Geleira na região do Everest, no Nepal, no distrito de Solukhumbu, a 140 km a nordeste de Katmandu. As montanhas devem perder uma parcela significativa de sua cobertura de neve, com impactos significativos na agricultura, no turismo e no suprimento de energia Foto: PRAKASH MATHEMA / AFP ▲
Imagem fotografada por Steffen Olsen, do Centro de Oceano e Gelo do Instituto Meteorolítico Dinamarquês, mostra cães de trenó andando pela água parada no gelo do mar durante uma expedição no noroeste da Groenlândia. Relatório da ONU sobre oceanos e mudanças climáticas destaca efeitos que China, Estados Unidos, União Europeia e Índia enfrentarão Foto: STEFFEN OLSEN / AFP ▲
Calotas polares da Antártica e da Groenlândia perderam uma média de 430 bilhões de toneladas por ano desde 2006, tornando-se a principal fonte do aumento do nível do mar
Foto mostra uma a geleira Apusiajik, perto de Kulusuk, na ilha de Sermersooq, na costa sudeste da Groenlândia Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP ▲
Dunas ao pé do edifício "Le Signal", em Soulac-sur-Mer, sudoeste da França, estão sendo lavadas devido às importantes marés do Atlântico Foto: JEAN-PIERRE MULLER / AFP ▲
Áreas da Nona Ala, em Nova Orleans, inundadas após os furacões Katrina e Rita. O aumento do nível do mar pode deslocar 280 milhões de pessoas em um cenário otimista de um aumento de 2°C na temperatura global em comparação com a era pré-industrial. Com um aumento previsível da frequência de ciclones, muitas megacidades costeiras, bem como pequenas nações insulares, seriam inundadas todos os anos a partir de 2050 Foto: ROBYN BECK / AFP ▲
Moradores usam barcos para atravessar um rio Ganges inundado, à medida que os níveis de água nos rios Ganges e Yamuna aumentam, em Allahabad, Índia. Relatório do IPCC diz que chuvas de monção do verão indiano, uma fonte vital para regar as culturas destinadas a alimentar centenas de milhões de pessoas, enfraqueceram significativamente desde 1950, provavelmente devido ao aquecimento do Oceano Índico Foto: SANJAY KANOJIA / AFP ▲
A região do Ártico registrou temperaturas recorde nos últimos anos, com derretimento extenso das camadas de gelo e neve Foto: Evan Vucci / AP ▲
A elevação dos níveis dos mares também já provocou o desaparecimento de ao menos cinco ilhas nas Ilhas Salomão, país no Oceano Pacífico considerado um dos mais ameaçados pelas alterações climáticas no planeta Foto: REPRODUÇÃO ▲
Um urso polar pula entre pedaços de água congelada no Canadá. O fotógrafo Florian Ledoux capturou o momento usando um drone em agosto de 2018. Animais estão enfrentando uma série de ameaças que estão afetando seu futuro status populacional. "Eles estão entre os primeiros refugiados da mudança climática", escreveu Ledoux Foto: Florian Ledoux ▲
Rio sub-glacial vindo de dentro de uma geleira e caindo num grande buraco Foto: Florian Ledoux ▲
Imagem aérea mostra os corais brancos na Grande Barreira de Corais da Austrália, que está sendo destruída pelo aquecimento e acidificação dos mares Foto: ARC Centre of Excellence for Coral Reef Studies / Terry Hughes ▲
Gelo flutuando na Groenlândia durante o inverno. Local costumava estar completamente congelado durante a estação Foto: Florian Ledoux ▲
Nos EUA, uma comunidade formada por cerca de 600 pessoas no estado do Alasca decidiu mudar de lugar por causa da elevação do nível do mar provocada pelo aquecimento global Foto: AP / Diana Haecker ▲
Manguezal com 7.400 hectares morreu de "sede" no Golfo de Carpentária, na Austrália Foto: AFP / NORMAN DUKE ▲
Pescador mostra caranguejos capturados por ele em manguezal na Bahia, no Brasil. Espécie vem se tornando cada vez mais escassa à medida que o aquecimento global vem causando o aumento da temperatura da água e, consequentemente, a morte de caranguejos e outros animais em sua cadeia alimentar Foto: NACHO DOCE / REUTERS ▲
No Brasil, o atual período de estiagem no Nordeste, considerado o pior em um século, transformou a barragem mais antiga do país num cemitério de tartarugas Foto: AFP / EVARISTO SA ▲
Carcaças de renas mortas cobertas pelo gelo. Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que 80 mil renas morreram na Sibéria por causa das alterações no ciclo das chuvas Foto: Universidade de Oxford ▲
"Apesar da clara e crescente preocupação de diversos setores da sociedade, nacionais e internacionais, a perda de florestas no Brasil avança de forma rápida e significativa. É urgente, portanto, que medidas firmes sejam retomadas evitando que um cenário de destruição e fogo se repita ou se agrave em 2021", diz o documento.
Para os signatários da carta, o Brasil indicou uma redução no nível de ambição de suas metas no ano passado, e essa sinalização torna o país menos atrativo para investimentos internacionais e mecanismos do mercado de carbono.
Tudo parado:
Projetos de lei para prevenir desastres ambientais não andam no Congresso
A saída apontada é o país alcançar uma significativa redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), trabalhar pela eliminação do desmatamento ilegal de seus biomas e combater a ilegalidade.
Momento de retomar protagonismo, diz texto
"Este é o momento de os brasileiros retomarem esse protagonismo histórico", diz um trecho da carta, que acrescenta que esse posicionamento é importante não apenas para a comunidade internacional, mas também para o Brasil se consolidar como uma das maiores economias do mundo.
Área flagrada em processo de desmatamento em Altamira (PA) Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
"O Brasil tem, neste ano, uma nova oportunidade de ampliar sua ambição e colocar-se à frente das negociações sobre o cumprimento das metas do Acordo de Paris, contribuindo com mecanismos inovadores e disruptivos, urgentes para um mundo pós-Covid 19", destaca a carta.
Alpinistas escalam a Kinder Downfall, uma cachoeira congelada no Parque Nacional Peak District, perto de Hayfield, noroeste da Inglaterra Foto: OLI SCARFF / AFP - 12/02/2021 ▲
Cachoeira em parque nacional congelou devido às baixas temperaturas que atingem diversos países da Europa Foto: OLI SCARFF / AFP - 12/02/2021 ▲
Homem desliza colina abaixo usando um stand-up paddleboard em um parque durante um dia nevado de inverno em Magdeburg, leste da Alemanha Foto: RONNY HARTMANN / AFP - 12/02/2021 ▲
Homem caminha pela neve durante uma nevasca em Saddleworth, no norte da Inglaterra Foto: LINDSEY PARNABY / AFP - 8/02/2021 ▲
Cisnefica se aquece ao sol do meio-dia no canal Landwehr congelado, em Berlim, Alemanha Foto: DAVID GANNON / AFP - 12/02/2021 ▲
A neve cobre o solo ao redor do castelo de Leeds, em Broomfield, sudeste da Inglaterra Foto: BEN STANSALL / AFP - 12/02/2021 ▲
Duas pessoas caminham sobre a neve durante uma nevasca em Saddleworth, norte da Inglaterra Foto: LINDSEY PARNABY / AFP - 8/02/2021 ▲
Esculturas são vistas em uma praça coberta de neve na capital ucraniana, Kiev Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP - 12/02/2021 ▲
Mulher caminha com um cachorro pelo Monumento Nacional no Calton Hill coberto de neve, no centro de Edimburgo Foto: ANDY BUCHANAN / AFP ▲
O canal d'Ille-et-Rance coberto por neve, em Tinteniac, oeste da França Foto: DAMIEN MEYER / AFP - 10/02/2021 ▲
Homem passa pela Torre Eiffel após uma leve nevasca durante a noite, em Paris Foto: LUDOVIC MARIN / AFP 10/02/2021 ▲
Gaivotas param ao lado da fonte congelada no nevado Jardin des Tuileries, após uma leve nevasca noturna em Paris Foto: THOMAS COEX / AFP - 10/02/2021 ▲
Vista aérea do interior da cidade coberto de neve e a praia de Haffkrug, Schleswig-Holstein, norte da Alemanha Foto: AXEL HEIMKEN / AFP 10/02/2021 ▲
Uma Princes Street coberta de neve é vista em Calton Hill, no centro de Edimburgo Foto: ANDY BUCHANAN / AFP 10/02/2021 ▲
Homem desce de esqui a colina de Montmartre, perto da Basílica do Sagrado Coração, em Paris Foto: ANTONY PAONE / REUTERS 10/02/2021 ▲
Campo coberto de neve e a vila de Quedillac, oeste da França Foto: DAMIEN MEYER / AFP - 12/02/2021 ▲
Cadeiras e mesas cobertas de neve de um restaurante fechado na cidade de Muenster, oeste da Alemanha Foto: INA FASSBENDER / AFP - 10/02/2021 ▲
Bicicletas cobertas de neve são vistas em uma rua na cidade de Muenster, oeste da Alemanha Foto: INA FASSBENDER / AFP 10/02/2021 ▲
Mulher atravessa uma rua coberta de neve na cidade de Muenster, oeste da Alemanha Foto: INA FASSBENDER / AFP - 10/02/2021 ▲
O farol em Cap Frehel, em Erquy, oeste da França, após uma leve nevasca durante a noite Foto: DAMIEN MEYER / AFP -10/02/2021 ▲
Cisne caminha na neve ao lado dos visitantes nos jardins do castelo de Versalhes Foto: MARTIN BUREAU / AFP - 10/02/2021 ▲
Jovem esquia em um parque durante um dia nevado de inverno em Magdeburg, leste da Alemanha Foto: RONNY HARTMANN / AFP - 12/02/2021 ▲
Mulher caminha no parque coberto de neve no centro de Varsóvia Foto: WOJTEK RADWANSKI / AFP - 10/02/2021 ▲
Desenho na neve feito inteiramente de pegadas em um campo de golfe fora da capital finlandesa, Helsinque, em Espoo. Obra de arte, medindo 160 metros de largura e considerada a maior de seu tipo no país nórdico, foi criado ao longo de três horas por uma equipe de 12 voluntários armados com raquetes de neve e comprimentos de corda Foto: SAM KINGSLEY / AFP ▲
O removedor de neve de telhado Andrei Plian trabalha no topo de um dos edifícios da cidade velha de Stockholms, em Estocolmo Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP - 11/02/2021 ▲
Trator remove neve na praça Stortorget, na cidade velha de Stockholms Foto: JONATHAN NACKSTRAND / AFP - 11/02/2021 ▲
Vendedores limpam a neve perto de suas barracas no centro da capital ucraniana, Kiev Foto: SERGEI SUPINSKY / AFP - 11/02/2021 ▲
As pessoas aproveitam a neve na estação de esqui Avoriaz, nos Alpes franceses Foto: JEFF PACHOUD / AFP - 11/02/2021 ▲
Homem atravessa uma rua durante uma nevasca em Viena, na Áustria Foto: GEORG HOCHMUTH / AFP - 11/02/2021 ▲
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UE-Mercosul
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França não vai aprovar o acordo sem ter garantia contra o desmatamento
Seis medidas para frear a devastação
Na carta, são destacadas seis medidas, já sugeridas às autoridades brasileiras em setembro de 2020, para frear rapidamente o desmatamento.
Entre elas estão a retomada e a intensificação da fiscalização, com "rápida e exemplar responsabilização pelos ilícitos ambientais identificados"; a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR); a destinação de uma área de 10 milhões de hectares de uso restrito e sustentável em regiões sob forte pressão de desmatamento; e a suspensão de todos os processos de regularização fundiária de imóveis com desmatamento após julho de 2008.
O documento alerta que, se não houver mais ambição, o aumento da temperatura média do planeta ultrapassará 1,5° C até o fim desse século, criando um cenário climático imprevisível.
Greentechs:
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Brasil como 'país-chave' na área ambiental
Destaca que o Brasil é considerado um país-chave nos esforços globais para o equilíbrio climático do planeta e já provou do que é capaz: entre 2004 e 2012, fez a maior redução de emissões de (GEE) já registrada por uma única nação, ao reduzir em 80% sua taxa de desmatamento.
— O Brasil já reduziu drasticamente seu desmatamento ilegal concomitante ao crescimento econômico e podemos fazer isso novamente. Esse é o ponto principal de nossa carta: sugerir como podemos fazer, na prática — disse Marcello Brito, representante da Coalizão Brasil.
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Moradores e bombeiros no noroeste do Brasil estão lutando contra os incêndios que assolam a Amazônia, destruindo terras agrícolas e ameaçando suas casas, em Porto Velho Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Rosalino de Oliveira joga água tentando proteger sua casa enquanto o fogo se aproxima em uma área da floresta amazônica, perto de Porto Velho, Rondônia Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da selva amazônica em Apuí, Estado do Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Imagem aérea mostra fronteira entre a selva amazônica a área degradada por queimadas a mando de madeireiros e fazendeiros, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Um tamanduá morto é visto em um tronco queimado em uma área da selva amazônica, perto de Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenta controlar um incêndio, em uma área da floresta amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) encontra tamanduá morto enquanto tentava controlar focos de incêndios, em uma área da selva amazônica perto de Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Uma das técnicas de combate às chamas é o aceiro, retirada de faixa de vegetação, por meio da queimada controlada ou manualmente. Quando o incêndio florestal encontra a faixa já degradada perde força pela falta de combustível para se alastrar Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Voluntário acende uma fogueira para criar um aceiro para impedir o progresso de um incêndio iniciado por agricultores que limpam uma área da selva amazônica, em Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membro da brigada de incêndio do Ibama bebe água, durante a dura missão de tentar controlar um incêndio em uma área da floresta amazônica perto de Apuí no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Fumaça sobe de um incêndio ilegal na reserva da floresta amazônica, ao norte de Sinop, no Mato Grosso Foto: CARL DE SOUZA / AFP ▲
Fumaça sobe de um incêndio ilegal na reserva da floresta amazônica, ao norte de Sinop, no Mato Grosso Foto: CARL DE SOUZA / AFP ▲
Membros da brigada de incêndio e soldados do Exército do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tentam controlar pontos quentes em uma área da selva amazônica perto de Apuí, no Amazonas Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Membros da brigada de incêndio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) tentam controlar pontos quentes em uma área da selva amazônica perto de Apuí, Estado do Amazonas, Foto: UESLEI MARCELINO / REUTERS ▲
Segundo ele, o país já possui um arcabouço legal para parar o desmatamento ilegal, responsável por quase 40% das emissões e que deteriora a imagem do Brasil lá fora. Ele lembrou que o Código Florestal completará dez anos em 2022.
Preservação:
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'Não fazer uso do que já temos e que já provou que funciona no momento em que o mundo todo avança para uma economia descarbonizada não faz sentido do ponto de vista econômico, ambiental ou político', diz Marcello Brito
Segundo o documento, o Brasil é fundamental para o equilíbrio climático do planeta e a conservação da Amazônia pode ser chave para o atingimento das metas globais do Acordo de Paris. E é no uso da terra que pode fazer grandes contribuições para o clima. Sozinho, o desmatamento é responsável por 40% das emissões do país.
Ambiente na mira da política externa
A pauta ambiental tomará boa parte da política externa em 2021 e as atenções estão todas voltadas para o que fará o novo chanceler brasileiro, Carlos França, que entrou no lugar de Ernesto Araújo na semana passada. Estão previstas três grandes reuniões de chefes de Estado.
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Além da Cúpula do Clima em abril, haverá em maio, na China, a 15ª Conferência das Partes (COP 15) da Convenção da Diversidade Biológica e em novembro, na Escócia, no Reino Unido, a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26).
O presidente americano Joe Biden, em carta ao presidente Jair Bolsonaro, em 26 de fevereiro, cobrou um compromisso maior do governo brasileiro com a proteção do meio ambiente. O aquecimento global foi também foi discutido, já algumas semanas, em reunião entre o ex-chanceler e o enviado especial para o clima dos EUA, John Kerry.
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