Um só planeta
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A meta de desmatamento zero ainda está sendo perseguida, mas, na semana em que se comemora o Dia Nacional da Mata Atlântica — 27 de maio —, o Estado do Rio tem razões para celebrar: houve redução das perdas de seu bioma de floresta tropical. De 2022 para 2023, o desflorestamento caiu 71,2%, informa a 18ª edição do Atlas da Mata Atlântica, que monitora áreas com mais de três hectares, ou 68,7%, de acordo com o Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD), que desce a detalhes —flagra desmatamentos acima de 0,3 hectare em qualquer fragmento de terra. Especialistas citam a melhoria da fiscalização como o fator principal para a inibição de cortes ilegais.

O Atlas mostra perda de 70 hectares de mata no estado, entre setembro de 2022 e agosto de 2023. Em período igual e imediatamente anterior, 243 hectares foram suprimidos. O Sistema de Alertas de Desmatamento, que analisa anos inteiros, informa que a vegetação encolheu 495 hectares em 2022 e 155 em 2023. As supressões de verde mais significativas foram registradas em Campos, Magé e Paraty, afirma o diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto. Ele celebra a redução verificada nos dados, mas lamenta que ainda haja desmatamento:

— A diminuição do desflorestamento é uma tendência nacional, com a retomada da política ambiental brasileira, que diminuiu a sensação de impunidade. Isso faz muita diferença. O Rio entrou nesse contexto e aumentou a fiscalização.

30% de Mata Atlântica

No cenário geral dos 17 estados que apresentam florestas de Mata Atlântica, a redução foi menor do que a encontrada no Rio: em média, atingiu 27% em um ano. Além do Rio, outros 11 estados também tiveram queda nas áreas desmatadas. Na contramão estão Piauí, Mato Grosso do Sul, Ceará e Pernambuco. No Rio Grande do Norte, embora a variação tenha sido pequena, houve aumento da área suprimida.

Na área do estado do Rio, que se estende por cerca de 4,3 milhões de hectares, restam quase 30% de Mata Atlântica, conforme dados da rede MapBiomas, aferidos através do uso da plataforma do SAD, que também considera faixas de vegetação que estão em movimento de recuperação. Nesse percentual estão inseridas ainda florestas que foram replantadas — o caso mais notório é o da Floresta da Tijuca.

Coordenador técnico do MapBiomas, Marcos Rosa observa que, apesar do ganho com a fiscalização e o replantio, a perda que tem ocorrido no Rio é de floresta antiga.

— Ganha-se uma floresta muito jovem, que tem pouca biodiversidade, tem pouco carbono estocado. Então, ela presta pouco serviço ambiental de qualidade do ar, de proteção da água. Precisa crescer. Continuam desmatando as matas mais antigas. Esse é o problema que precisa parar — alerta Marcos Rosa.

A secretaria estadual do Ambiente e Sustentabilidade, por sua vez, afirma que tem usado a tecnologia como aliada. Através do programa Olho no Verde, por exemplo, é realizado monitoramento por três tipos de imagens de satélite, que têm frequências e escalas de resolução diferentes, a fim de se detectar a supressão ilegal de vegetação a partir de 200 metros quadrados e à distância.

Subsecretária estadual de Mudanças do Clima e Conservação, Marie Ikemoto conta que, desde que o programa foi criado, há oito anos, foram feitas 1.800 ações de fiscalização:

— Estamos buscando, com o Programa Olho no Verde, chegar ao desmatamento zero. Cerca de 86 % do que é identificado nos nossos alertas são áreas inferiores a meio hectare. São desmatamentos muito pequenos e muito pulverizados. O padrão de desmatamento aqui no estado é o que se chama de desmatamento formiguinha. Ele é feito pelas bordas, mas também quando se abre um clarão no meio da mata. O perfil é dessas pequenas áreas, e muitas vezes você tem dificuldade de acesso pela via terrestre. Se a gente não combina diferentes imagens e satélites, não se consegue coibir de uma forma eficaz. Uma vez que se identifica, a gente vai lá e age.

Além de multa, sendo constatado desmatamento ilegal, o proprietário pode ter o embargo cautelar da área, o que o impede de receber benefícios, como o crédito rural.

Nova trilha ecológica

O Rio tem 654 unidades de conservação, subordinadas às esferas municipais, estadual e federal. Na data de celebração do Dia da Mata Atlântica, na última segunda-feira, foi inaugurada uma trilha sensorial na Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu, em Cachoeiras de Macacu. A trilha foi planejada para receber crianças e visitantes com limitações visuais. Houve o plantio de árvores frutíferas e espécies aromáticas. Sinos que imitam o ruído do vento foram instalados no percurso.

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