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Por — Rio de Janeiro

RESUMO

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GERADO EM: 17/08/2024 - 04:00

Rock in Rio adota medidas sustentáveis para "lixo zero" em 2030

Rock in Rio adota medidas sustentáveis inovadoras, como copos retornáveis, para reduzir impacto ambiental. Com foco em reciclagem, separação de resíduos e uso de energias renováveis, o objetivo é atingir "lixo zero" até 2030. Ações incluem parcerias com catadores e incentivo à cooperação do público.

Os preparativos para a edição da festa que, em setembro, vai celebrar os 40 anos do Rock in Rio, apontam para o futuro. Na Cidade do Rock, berço dos sete dias previstos de programação, a preocupação com a redução do impacto ambiental aparece em cada detalhe. A estrutura dos palcos é reciclada e reciclável.

O lixo a ser produzido será separado e encaminhado para cooperativas de catadores, enquanto o excedente será encaminhado à Comlurb. Materiais específicos, como as lonas das tendas, já têm destino certo: vão virar bolsas e outros produtos. Nesta edição, o foco nos copos retornáveis é a aposta para evitar a produção de 14 toneladas de lixo plástico.

A ideia parece simples, mas não é. Começa pela escolha do design, que não deve pender nem para objeto de consumo, nem para peça de descarte.

— Não pode ser muito bonito, se não a pessoa vai querer fazer torre de copo, você acha que ela vai usar uma unidade, mas usa 40 — observa Letícia Moniz Freire, gerente de sustentabilidade operacional da empresa Rock World. — Por outro lado, se você faz um copo feio, a pessoa joga fora, o que não resolve. Dá trabalho encontrar o ponto em que a marca queira ter o nome no produto, que não pode ser um objeto de desejo e consumo descontrolado.

A bebida vai ser vendida em copos específicos de cerveja, energético ou refrigerante. Na segunda compra, ao levar o copo do mesmo produto, o consumidor ganha R$ 4 de desconto ao retornar com ele. Apesar dos 176 bebedouros espalhados pela Cidade do Rock, quem quiser também pode comprar água mineral. Para acelerar a operação, o copo usado vai ser trocado por um limpo já abastecido com a mesma bebida.

Como na edição de 2022, o Rock In Rio vai contratar a Associação Nacional de Catadores (ANCAT) para fazer a separação dos resíduos. Além da renda da venda do material separado, os profissionais recebem treinamento e diárias pelo serviço prestado.

Na edição passada, 250 toneladas de resíduo foram para reciclagem, o que representa 75% do total. A expectativa é aumentar esse percentual e reduzir ao máximo o restante destinado aos aterros sanitários.

— Sonho mesmo é lixo zero, com tudo reciclado, essa é nossa meta para 2030. Aumentamos muito de 2019 para 2022, quando começamos a contratar as cooperativas — afirma Letícia.

Mais uma vez, o evento aposta em campanhas e brincadeiras para incentivar a cultura de cooperação. Resíduos plásticos poderão ser trocados por brindes em quatro pontos de entrega.

— Acho que o público também vem mais disposto a cooperar do que do lado de fora, na cidade normal. As pessoas têm comportamento mais consciente, existe uma cultura muito própria do evento — conta Letícia.

Os resíduos que não tiverem aproveitamento pelas cooperativas serão recomprados pelas marcas ou por uma empresa especializada na aquisição de recicláveis. Mas a conversa começa antes, na negociação com patrocinadores e fornecedores.

— O resíduo que uma empresa coloca dentro do evento, a gente negocia para que ela recompre depois da separação pelos catadores. Assim, a gente consegue fazer o material retornar para a indústria e circular. Fizemos isso com as marcas de refrigerantes, de cerveja e com uma empresa compradora de plástico. A gente já tem a cadeia mapeada. Mesmo que a marca não queira o seu resíduo de volta, eu já tenho quem compre — afirma a gerente de sustentabilidade.

Os alimentos que sobram ainda são um desafio. Mesmo em condições de serem consumidos, vão para compostagem. Em Portugal, os excedentes do megaevento são doados para a população, o que por aqui é inviabilizado pela legislação brasileira, que estabelece parâmetros sanitários de segurança alimentar mais rígidos.

Energia limpa

No quesito energia, a Cidade do Rock mantém a estrutura que realizou em 2017, com nove subestações próprias. Dessa vez, 43 postes de painéis fotovoltaicos vão iluminar parte da Cidade do Rock com energia renovável, mas os palcos principais continuam abastecidos por geradores.

— A gente teve um ganho grande de pegada de carbono com as subestações, que são 65% do funcionamento do evento. O restante ainda são os geradores, nos palcos principais, onde não pode ter falha nem por um segundo — afirma Bernardo Coscarelli, gerente de infraestrutura e estruturas da Rock World.

O conceito começou a ser gestado em 2006, quando Roberta Medina, vice-presidente executiva da Rock World, se incomodou depois de participar de um evento sobre emissões de carbono e mudanças climáticas.

— Era tudo muito novo, eu não entendia do assunto. A sensação era que eu tinha sido enganada sobre a realidade do planeta até aquele dia. E os cientistas estudando aquilo há mais de 25 anos. Foi uma aprendizagem. Depois, passamos a mapear toda a nossa cadeia de emissões — conta Roberta.

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