![Porto Alegre alagada em maio deste ano — Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini](https://s2-pipelinevalor.glbimg.com/XjP_fEmMP_tbxHRMrqP1N-8sF5M=/0x0:2999x2000/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b3309463db95468aa275bd532137e960/internal_photos/bs/2024/Z/y/CrN7CBSSqqIEhr7X7vqA/53700252497-565ca10ab3-o.jpg)
O impacto das enchentes no Rio Grande do Sul no segundo trimestre da Porto Seguro deve ser menor do que se projetava inicialmente, avalia o BTG Pactual após uma imersão de dois dias no Rio com a equipe da seguradora. A presença relevante no segmento auto fez analistas de casas como Genial projetarem, em maio, uma subtração de até R$ 135 milhões no lucro líquido da companhia.
A CNSeg compilou 19 mil acionamentos do seguro auto desde as enchentes em maio, um impacto para a indústria de seguros de R$ 1,3 bilhão. “Assumindo que a Porto tem cerca de 18% do mercado gaúcho, vemos um volume bruto extra de sinistros de R$ 200 milhões a R$ 250 milhões atingindo o balanço do segundo trimestre. Considerando 30% de recuperabilidade, 4,5% de impostos (principalmente PIS/Confins), participação nos lucros (20%) e deduções de alíquotas de imposto corporativo (40%), estimamos que isso reduzirá em R$ 60-80 milhões a linha final da Porto no segundo trimestre, substancialmente menos do que as notícias indicadas há um mês”, avaliam os analistas Thiago Paura, Eduardo Rosman e Ricardo Buchpigel, em relatório.
O trio avaliou ainda o ritmo de novos acionamentos das apólices. “O impacto deve parar por aí uma vez que o número de sinistros, em torno de 200 por dia na primeira semana após a enchente, caiu para 5 a 10 por dia nas últimas semanas, já mais em linha com a taxa média da região”
O BTG reiterou a recomendação de compra para o papel, considerando essa reavaliação de impacto e também a agenda de diversificação de receitas da seguradora, como a vertical de saúde e o Porto Bank.