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Por — São Paulo


O Scale-Up Ventures, fundo que investe em companhias do programa de aceleração da Endeavor, renovou o comitê de investimentos, trazendo a Kaszek - um dos principais parceiros em rodadas - para a mesa. Além de Mariana Donangelo, sócia da gestora latino-americana, entraram também para o comitê Anderson Thees, que foi da Redpoint, e Fabiana Fagundes, advogada que é mentora Endeavor há mais de 20 anos.

O trio substitui Tiago Lafer, Selmo Nissenbaum e Fabiana Salles, que já cumpriram dois anos de mandato. Seguem no comitê Laura Constantini, ex-Astella, Sergio Furio, da Creditas, Igor Piquet, do Endeavor Catalyst, e Arthur O’Keefe, da Bamboo. “É uma oxigenação no comitê com uma turma que tem conhecimento sobre a indústria de venture capital e que abre portas para fundraising global para aplicação no Brasil e fluxo de negócios”, diz Gustavo Cruz, diretor do Scale-Up Ventures.

Não que a gestora esteja na rua agora levando capital: a estimativa é que o segundo veículo, hoje com 20 startups no portfólio, tenha fôlego até o final do ano que vem ou início de 2026, chegando a 45 startups. Um terceiro fundo, portanto, deve começar a ser discutido no primeiro semestre de 2025.

Com o fundo um já investido e o dois parcialmente, são R$ 148 milhões sob gestão, levantados com mais 170 investidores e aplicados em fintechs, agritechs, biotechs, healthtechs. O Scale-Up Ventures investe, via de regra, em early stage, portanto em rodadas seed e série A, de empresas da rede Endeavor - ou seja, o VC pesca no aquário daquelas já selecionadas para o programa Scale-Up e com fundadores com potencial de ganharem a chancela de Empreendedor Endeavor.

“Olhamos três mil empresas por ano, trazemos 100 para o programa Scale-Up e 10 dessas, em média, vão se transformar em Empreendedor Endeavor”, conta Cruz. O fundo entra nesse meio do caminho, e tem acertado em proporções até mais altas que esse funil. “Das nossas 64 investidas, 11 viraram companhias de empreendedores Endeavor, um indicativo que os critérios de seleção do fundo estão funcionando”, avalia o diretor.

Gustavo Cruz é diretor do Scale-Up Ventures, que investe em companhias do ecossistema Endeavor no Brasil — Foto: Divulgação
Gustavo Cruz é diretor do Scale-Up Ventures, que investe em companhias do ecossistema Endeavor no Brasil — Foto: Divulgação

Investidor minoritário e passivo, o VC estabeleceu quatro critérios básicos de avaliação para seu portfólio, que chamou de farol de performance: receita trimestre a trimestre, com expectativa de comparativos anuais na casa de 80%; runway igual ou maior que 18 meses; eficiência, traduzido na conta entre crescimento de receita e headcount por trimestre; e o tempo de captação, esperando que a startup não esteja há mais de 18 meses sem levantar recursos.

Cada critério é um ponto e hoje 15% da carteira está na categoria estrela, com quatro pontos, e 35% em farol verde, com três pontos. “Nos aproximamos mais dos founders do farol vermelho, para apoiar nos desafios que a companhia enfrenta”, conta Cruz. “Ainda não abrimos rentabilidade porque os fundos são novos com marcações não realizadas. Mas pelo resultado das companhias vemos que, mesmo num momento mais incerto em venture capital, nosso portfólio cresceu 46% em 2023. Juntas, essas companhias de early stage somaram R$ 2,6 bilhões em receita”.

Para as próximas investidas, o Scale-Up Ventures fez alguns ajustes. Com a atualização das cifras desse mercado, depois de uma fase inflada dada a liquidez e competição seguida por forte correção de valuations, a gestora também atualizou seus parâmetros para aportes na fase inicial de companhias. Se antes o Scale-Up Ventures considerava rodadas de até US$ 30 milhões para estágio inicial, esse teto voltou para a casa dos US$ 20 milhões.

“Houve mudança nos tamanhos de rodadas e a gente se adaptou, já que a proposta não é fazer série B, que seria já acima dessa faixa dos US$ 20 milhões”, diz Cruz. Entre os aportes mais recentes, estão Zig, Lexter, Akad, Vixtra e Visio.

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