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EQUILÍBRIO INSTÁVEL

Já falamos aqui sobre velocidades e altitudes. Agora, vamos explicar de forma simplificada como essas duas variáveis se combinam durante voo e, também, como, juntas, definem limites físicos ao desempenho, ao peso e ao alcance das aeronaves. Além de entender por que, mais de 60 anos após a estreia dos jatos de passageiros, os mais modernos e sofisticados aviões intercontinentais voam hoje em velocidades inferiores àquelas que eram alcançadas por esses aviões pioneiros.

Será preciso voltar um pouco mais no tempo. Em junho de 1936, entrou em operação o bimotor Douglas DC-3, avião icônico da evolução por que passava a aviação de transporte na primeira metade do século

20. Com estrutura e revestimento inteiramente metálicos, esse novo avião comercial norte--americano levava entre 20 e 30 passageiros em uma cabine confortável e espaçosa (para a época), inteiramente fechada, com sistemas de ventilação e aquecimento. A velocidade de cruzeiro ficava entre 175 e 185 nós (325 a 340 quilômetros por hora) e o alcance podia superar os dois mil quilômetros. Como comparação, o biplano inglês de Havilland Dragon Rapide (introduzido em 1934, e que voou no Brasil pela Varig) levava um máximo de 10 passageiros a 115 nós (210 quilômetros por hora) e tinha menos de 900 quilômetros de autonomia.

CADA VEZ MAIS ALTO

O DC-3 incorporava muitas inovações. Os motores radiais Pratt & Whitney dispunham de um compressor centrífugo que pressurizava o ar atmosférico para dentro dos seus 14 cilindros. Além de aumentar a potência nas decolagens (as versões mais comuns atingiam 1.200 cavalos de potência ao

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