A noiva inadequada
De LIZ FIELDING
4/5
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Sobre este e-book
Zahir ficou muito surpreendido quando descobriu que o seu novo motorista era uma mulher lindíssima. Uma mulher que não passava despercebida, porque Diana Metcalfe falava, ria-se e conseguia fazer com que Zahir se divertisse como já não acontecia há muitos anos.
No seu reino do deserto havia um casamento preparado para ele, porém, embora parecesse uma loucura, Zahir começava a desejar que aquela rapariga maravilhosa e completamente inadequada para um xeque fosse a sua noiva…
LIZ FIELDING
Liz Fielding was born with itchy feet. She made it to Zambia before her twenty-first birthday and, gathering her own special hero and a couple of children on the way, lived in Botswana, Kenya and Bahrain. Eight of her titles were nominated for the Romance Writers' of America Rita® award and she won with The Best Man & the Bridesmaid and The Marriage Miracle. In 2019, the Romantic Novelists' Association honoured her with a Lifetime Achievement Award.
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A noiva inadequada - LIZ FIELDING
Editados por HARLEQUIN IBÉRICA, S.A.
Núñez de Balboa, 56
28001 Madrid
© 2007 Liz Fielding. Todos os direitos reservados.
A NOIVA INADEQUADA, N.º 1113 - Novembro 2012
Título original: The Sheikh’s Unsuitable Bride
Publicado originalmente por Mills & Boon®, Ltd., Londres.
Publicado em português em 2009
Todos os direitos, incluindo os de reprodução total ou parcial, são reservados. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Enterprises II BV.
Todas as personagens deste livro são fictícias. Qualquer semelhança com alguma pessoa, viva ou morta, é pura coincidência.
® Harlequin, logotipo Harlequin e Bianca são marcas registadas por Harlequin Books S.A.
® e ™ São marcas registadas pela Harlequin Enterprises Limited e suas filiais, utilizadas com licença.
As marcas que têm ® estão registadas na Oficina Española de Patentes y Marcas e noutros países.
I.S.B.N.: 978-84-687-1335-9
Editor responsável: Luis Pugni
Conversão ebook: MT Color & Diseño
www.mtcolor.es
Capítulo 1
– Deixa isso, Di.
Diana Metcalfe afastou-se da porta traseira do autocarro que estava a limpar e, tirando uma tablete de chocolate do bolso do fato-macaco de trabalho, virou-se para olhar para a sua chefe, que parecia extremamente irritada.
– O que se passa, Sadie?
– Jack Lumley foi para casa. Está doente. É o terceiro hoje.
– Outra vez os rolos de carne do café?
– Parece que sim, embora seja problema do delegado de saúde. O meu problema é que tenho três condutores a vomitar sem parar e um VIP que vai chegar ao aeroporto de Londres em menos de uma hora – apesar das suas preocupações, Sadie sorriu. – Por favor, diz-me que não tens um encontro esta noite.
– Não, não tenho. Queres que trabalhe até tarde?
– Sim, se puderes.
– Não vejo porque não. Vou telefonar ao meu pai para lhe pedir para dar o lanche a Freddy.
– Como está o teu menino lindo?
– A crescer sem parar.
– Daisy está sempre a perguntar quando vão lá a casa para brincar com ele. Vou telefonar ao teu pai para tratar disso, tu não tens tempo. Tens de ir buscar o cliente.
Diana pestanejou.
– Desculpa, estás a dizer que sou eu quem vai buscar o VIP?
– Sim.
– Não é possível! Não podes…
Sadie franziu o sobrolho.
– Passaste o exame de condução, não foi?
– Bom, sim…
Em teoria, qualquer membro da equipa da Capitol podia conduzir qualquer carro. Em teoria. Porém, aquele era o carro mais novo, mais luxuoso e mais caro. Era o orgulho de Jack Lumley, o condutor número um da empresa. Diana esperara que lhe dessem algum trabalho extra, contudo, nunca esperara que a pusessem ao volante daquele veículo.
Nem confiar-lhe um dos seus melhores clientes.
– Ainda bem – disse Sadie.
Aparentemente, era o que ia ter de fazer!
Diana tapou a boca com uma mão, no entanto, não com a rapidez suficiente para sossegar a palavra que escapou dos seus lábios.
Sadie suspirou.
– Por favor, Diana, não utilizes esse tipo de linguagem quando conduzires os autocarros das escolas.
– Onde achas que aprendi uma palavra assim?
– Os meninos de hoje em dia são assim tão terríveis?
– Não, os meninos são bons – respondeu Diana rapidamente. – O problema é que estão na idade de querer impressionar os adultos. O melhor que se pode fazer é ignorá-los, não lhes dar importância.
– O melhor que se pode fazer, Di, é não dizer o mesmo que eles.
– Eu não… – ao aperceber-se de que fora o que fizera, deu-se por vencida. – Está bem.
Sadie adoptou uma expressão pensativa.
– Estou a pensar em pôr Jack nesse trabalho durante uma semana ou duas quando recuperar. Isso ensinará os meninos a terem cuidado com o que dizem e também fará com que Jack pense duas vezes antes de comer um rolo de carne naquele café.
O condutor mais antigo da Capitol Cars castigado a conduzir um autocarro cheio de crianças para as levar à escola?
Diana sorriu.
– Daria tudo para ver isso.
Trocaram um olhar cúmplice. Eram ambas mães solteiras, uma no fundo e outra no topo de um negócio dominado por homens, que tinham ouvido todo o tipo de piadas machistas sobre as mulheres condutoras.
Sadie, com pesar, abanou a cabeça.
– Infelizmente, apresentaria a sua demissão antes de fazer isso.
– Sim, um trabalho totalmente indigno dele – comentou Diana. – No entanto, tenho a certeza de que será castigo suficiente descobrir que conduzi o seu carro.
Sadie evitou sorrir maliciosamente e voltou a adoptar a sua atitude de «chefe».
– Enfim, a única coisa que te peço é que recordes que este tipo de clientes prefere que o seu condutor seja quase invisível.
– Então… não poderei cantar?
– Cantar?
– Descobri que cantar evita que os passageiros digam palavrões.
– Estou a falar a sério!
– Sim, senhora.
– Óptimo. Bom, então vamos. Enquanto mudas de roupa, explicar-te-ei o itinerário do xeque Zahir. Tens de vestir a farda completa. E sim, antes que perguntes, tens de levar a boina.
– Um xeque?
– O xeque Zahir al-Khatib é o neto do emir de Ramal Hamrah, é primo do embaixador em Londres e um homem de negócios multimilionário que, sozinho, está a conseguir transformar o seu país no destino turístico da moda.
Diana perdeu imediatamente a vontade de cantar.
– Nesse caso, é um verdadeiro VIP.
– Exacto. O Mercedes estará à sua completa disposição, a qualquer hora do dia, durante a sua estadia em Londres. Infelizmente, o horário de trabalho é imprevisível. Mas se fizeres o serviço de hoje, arranjarei alguém para te substituir amanhã.
– Não será necessário – disse Diana com uma certa veemência e com a esperança de emendar qualquer impressão de irresponsabilidade que pudesse ter causado.
Talvez não fosse Jack Lumley, porém, os seus passageiros ficavam sempre satisfeitos com ela.
– Não te preocupes, eu trato disso – acrescentou Diana. – Pelo menos, até Jack recuperar.
Aquela era a oportunidade por que esperara, a possibilidade de provar que era capaz de ser responsável por trabalhos importantes, de deixar de conduzir autocarros pequenos, cheios de crianças a caminho da escola, e começar a fazer trajectos para o aeroporto, conduzindo limusinas e levando clientes importantes. Não estava disposta a deixar o Mercedes nas mãos do primeiro homem que recuperasse de uma gastroenterite.
– Dá-me esta oportunidade, Sadie. Prometo que não vou desiludir-te.
Sadie tocou-lhe no ombro com uma expressão de compreensão.
– Vejamos como corre esta tarde, está bem?
Era a sua oportunidade de mostrar o que conseguia fazer e tinha de tirar proveito da situação.
Diana respondeu ao desafio tirando as luvas de borracha que utilizava para limpar o pequeno autocarro. Depois, despiu o fato-macaco e vestiu umas calças da farda bem engomadas, uma camisa branca lavada e, em vez da t-shirt com o logótipo da empresa, vestiu o casaco bordeaux da farda.
Sadie, examinando o papel que tinha nas mãos, disse:
– O xeque Zahir chega ao aeroporto de Londres no seu avião privado às cinco e um quarto da tarde. Espera por ele no estacionamento da zona de chegadas. A hospedeira dos VIPs tem o número de telefone do carro e telefonar-te-á quando o avião aterrar para que possas aproximar-te e esperar por ele.
– Óptimo.
– A sua primeira paragem vai ser na embaixada do seu país, a Belgravia. Ficará lá durante uma hora. Depois, irá para o seu hotel, em Park Lane, antes de o levares a uma recepção na galeria Riverside, em South Bank, às dezanove horas e quarenta e cinco minutos. Depois, vai jantar no Mayfair. Tens todas as indicações na tua folha de serviço.
– Belgravia, Mayfair… – Diana, incapaz de se conter, sorriu enquanto fechava o casaco. – Estou a sonhar? Nem posso acreditar.
– Di, não te entusiasmes. Mantém-te em contacto comigo, está bem? Se surgir algum problema, quero ser informada por ti, não pelo cliente.
O xeque Zahir bin Ali al-Khatib ainda estava a trabalhar quando o avião aterrou.
– Já chegámos, Zahir – James Pierce pegou no computador portátil, passou-o a uma secretária e substituiu-o por um pacote embrulhado em papel de presente.
Zahir franziu o sobrolho, tentando recordar do que se tratava. Quando o fez, levantou o olhar.
– Conseguiste encontrar o que ela queria? – perguntou Zahir.
– Foi uma das pessoas que trabalha para mim que encontrou na Internet. É antiga. Veneziana. Muito bonita. Tenho a certeza de que a princesa vai adorar – respondeu Pierce. – O seu motorista habitual está à sua espera, mas esta tarde temos uma agenda muito apertada. Se quer chegar à recepção a tempo, terá de sair da embaixada às sete horas menos um quarto.
Diana parou o carro na zona de chegadas do aeroporto, ajustou a boina, esticou o casaco da farda e alisou as luvas de pele. Depois, saiu do veículo e ficou de pé, junto à porta traseira da limusina, pronta para entrar em acção no instante em que o seu passageiro aparecesse.
O xeque Zahir al-Khatib, em vez de usar o traje tradicional que imaginara, apareceu com uma roupa ocidental. No entanto, ela não teve dificuldade em reconhecê-lo.
A camisola cinzenta, as