Caçadas de Pedrinho + Hans Staden
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Sobre este e-book
- CAÇADAS DE PEDRINHO. o Marquês de Rabicó descobre que uma onça anda rondando as proximidades do Sítio do Picapau Amarelo. Pedrinho e Narizinho decidem então organizar uma expedição para caçar a fera, mas sem avisar Dona Benta ou Tia Nastácia, que com certeza se oporiam à aventura.
- HANS STADEN. Monteiro Lobato havia traduzido em 1925 o livro "Meu cativeiro entre os selvagens do Brasil". Uma fantástica história real, escrita pelo europeu Hans Staden, relatando o período em que havia sido prisioneiro dos índios tupinambás, no início do século XVI. Monteiro Lobato então lançou, em 1927, o livro As Aventuras de Hans Staden, uma versão do livro para as crianças.
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Caçadas de Pedrinho + Hans Staden - Monteiro Lobato
Monteiro Lobato
CAÇADA DE PEDRINHO
HANS STADEN
Coleção:
Sítio do Picapau Amarelo
Edições LeBooks
ISBN: 9788583862581
img1.jpgSão Paulo – SP
Prezado leitor
Seja bem-vindo a mais um volume da coleção Sítio do Picapau Amarelo, coletânea de títulos do genial Monteiro Lobato que marcaram a infância de milhões de brasileiros e que continuam a fazer sucesso até os dias atuais. Desta vez com dois títulos:
Caçadas de Pedrinho: Marquês de Rabicó descobre que uma onça anda rondando as proximidades do Sítio do Picapau Amarelo. Pedrinho e Narizinho decidem então organizar uma expedição para caçar a fera, mas sem avisar Dona Benta ou Tia Nastácia, que com certeza se oporiam à aventura.
Hans Staden: Monteiro Lobato havia publicado em 1925 o livro Meu cativeiro entre os selvagens¹ do Brasil. Uma fantástica história real, escrita pelo europeu Hans Staden, relatando o período em que havia sido prisioneiro dos índios tupinambás, no início do século XVI. Monteiro Lobato então lançou, em 1927, o livro As Aventuras de Hans Staden, numa versão do livro para as crianças sendo narradas por Dona Benta.
Boa leitura
LeBooks
APRESENTAÇÃO
Sobre o Autor
img2.jpgJosé Bento Monteiro Lobato nasceu em Taubaté, em 1882. Homem de grande versatilidade e talento, foi um pioneiro da literatura infanto-juvenil. Formou-se em advocacia por imposição do avô, o Visconde de Tremembé. Contudo, sua vocação era mesmo as artes: pintura, fotografia e o mundo das letras e, assim, o melhor fruto da fazenda
de sua propriedade, foi a sua vasta obra literária que trazia retratos da vida no campo.
Sua obra é majoritariamente voltada para o público infantil, mas não se limitou a isso, tendo publicado também importantes obras para o público adulto e que serviram como um instrumento de luta contra o atraso cultural e a miséria do Brasil. Tornou-se editor da empresa Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato
, lançando as bases da indústria editorial no Brasil e dominou o mercado livreiro. Entretanto, sem apoio governamental aliado à crise em sua época, a editora veio à falência. Monteiro Lobato muda-se para o Rio de Janeiro e prossegue em sua carreira de escritor, criando o Sítio do Pica Pau Amarelo, que o celebrizou.
Em 1920 lança A Narizinho Arrebitado, leitura adotada nas escolas. Traz para a infância um rico universo de folclore, cultura popular e muita fantasia. Publica Reinações de Narizinho
(1931), Caçadas de Pedrinho
(1933) e O Pica-pau Amarelo
(1939). Os Trabalhos de Hércules
concluem uma saga de 39 histórias e quase um milhão de exemplares vendidos. Suas obras foram traduzidas para diversos idiomas, como francês, italiano, inglês, alemão, espanhol, japonês e árabe.
Lobato concorreu em 1926 a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, não foi escolhido. Originou recente polêmica sobre preconceito racial em função de que, entre outras, seu livro O Presidente Negro
(1926), descreve um conflito racial, após a eleição de um negro para a presidência dos EUA.
Em 1927, reside por 4 anos nos Estados Unidos em missão diplomática, como adido comercial e pôde constatar a lentidão do desenvolvimento brasileiro mediante o gigantesco progresso americano. De regresso para o Brasil inaugura várias empresas de ferro e petróleo para fazer perfuração, no intuito de desenvolver o país, economicamente. Escreveu dois livros Ferro
(1931) e O Escândalo do Petróleo
(1936), neste documenta os enfrentamentos na busca de uma indústria petrolífera independente. A política do governo de Getúlio Vargas era não perfurar e não deixar que se perfure
proibiu e recolheu os exemplares disponíveis. Por contrariar interesses de multinacionais foi preso em 1941, no Presídio Tiradentes, onde ficou por 6 meses. Saiu da prisão, mas continuou perseguido pela ditadura do Estado Novo.
Lobato ainda foi perseguido pela Igreja Católica quando o padre Sales Brasil denunciou o livro História do Mundo Para as Crianças
como sendo o comunismo para crianças
. Em 1947 escreve a história de Zé Brasil
, panfleto que percorreu o país de norte a sul, acusando o presidente Dutra de implantar no Brasil uma nova ditadura: o Estado Novíssimo
.
Monteiro Lobato concedeu uma entrevista à Rádio Record no dia 2 de julho de 1948, dois dias antes de morrer, pobre, doente e desgostoso, aos 66 anos de idade. Como ativista político e na contramão dos interesses dominantes, encerrou a entrevista com a frase O Petróleo é nosso
! Frase mais do que nunca repetida no Brasil. Foi um personagem brasileiro tão ilustre e importante que o cortejo de seu velório foi acompanhado por cerca de 10 mil pessoas, entoando o Hino Nacional.
Sobre a obra
Monteiro Lobato é bastante conhecido entre as crianças, pois se dedicou a um estilo de escrita com linguagem simples onde realidade e fantasia caminham juntas. Pode-se dizer que ele foi o precursor da literatura infantil no Brasil. Seus personagens mais conhecidos são: Emília, uma boneca de pano com sentimento e ideias independentes; Pedrinho, personagem que o autor se identifica quando criança; Visconde de Sabugosa, o sábio sabugo de milho que tem atitudes de adulto, Cuca, vilã que aterroriza a todos do sítio, Saci Pererê e outros que fazem parte da famosa obra Sítio do Picapau Amarelo, sucesso de leitura até os dias de hoje entre crianças e adultos.¹
Monteiro Lobato escreveu ainda outras obras infantis, como A Menina do Nariz Arrebitado, Fábulas do Marquês de Rabicó, Aventuras do Príncipe, Noivado de Narizinho, O Pó de Pirlimpimpim, Memórias da Emília, O Poço do Visconde,... entre outras. Além dos livros infantis produziu obras literárias adultas, tais como: O Choque das Raças, O Escândalo do Petróleo; Urupês, Cidades Mortas, Negrinha e inúmeros outros títulos de contos, gênero literário no qual também demonstrou grande maestria².
A coleção SITIO DO PICAPAU AMARELO, publicada pela LeBooks editora, abrange suas obras infantis mais marcantes, a saber:
Reinações de Narizinho - 1931
Emília no País da Gramática - 1934
Os doze trabalhos de Hércules - 1944
Peter Pan - 1930
O Saci - 1921
O Minotauro - 1939
Viagem ao céu - 1932
Dom Quixote das crianças - 1936
História das Invenções - 1935
Aritmética da Emília - 1935
Os principais personagens infantis criados por Monteiro Lobato
Emília: A personagem é de um carisma absoluto. Feita de macela e pano, nasceu muda, e graças ao Doutor caramujo que lhe receitou a pílula falante
, a menina desembestou a falar, e se transformou numa das principais companheiras de nossas crianças;
Dona Benta: Avó das crianças Narizinho e Pedrinho, Dona Benta é uma das avós mais marcantes da literatura mundial, que enquanto Tia Nastácia conta para as crianças lendas regionais, Dona Benta ilumina os pequenos com sua sabedoria culta ensinando-lhes matérias como geografia, astronomia, física, além de suas histórias fascinantes, e o melhor, sem ser chata;
Visconde de Sabugosa: Um dos dons de Lobato era o de criar personagens originais, como o Visconde, um sábio boneco feito de sabugo de milho;
Tia Nastácia: Responsável por dar um ar de brasilidade ao Sítio do Pica-pau amarelo, a bondosa cozinheira dava o gosto ao sítio, principalmente com seus bolinhos de polvilho. Lobato revelou que a personagem foi inspirada em uma cozinheira que trabalhava em sua casa, e também babá de seus filhos;
Narizinho: A menina do nariz arrebitado tem sete anos, é morena como jambo, e não pode ver uma bacia de pipoca. Interessada, até mesmo conseguiu aprender fazer alguns bolinhos de polvilho, mas sua alegria mesmo é estar na companhia de sua boneca de pano, e se divertirem pelo sítio. Com o desenrolar das histórias Narizinho torna-se uma princesa;
Marques de Rabicó: Outra característica nos personagens de Lobato era o uso de componentes de fácil visualização e reconhecimento do leitor, como o Marquês, um porco guloso, e bem gordinho.
Pedrinho: Primo de Narizinho, o menino tem como grande virtude seu caráter aventureiro e corajoso, sempre se metendo em incríveis aventuras pelo sítio do pica-pau amarelo;
Cuca: A cuca é um personagem do folclore brasileiro, assim como o saci, mas que foi imortalizada na obra de Monteiro Lobato. A bruxa com corpo de jacaré e cabelos louros, já deixou muita criança desobediente em alerta.
REINAÇÕES DE NARIZINHO
Sumário
CAÇADAS DE PEDRINHO
I – E era onça mesmo!
II – A volta para casa
III – Os habitantes da mata se assustam
IV – Os espiões da Emília
V – A defesa estratégica
VI – Aparece uma nova menina
VII – O assalto das onças
VIII – Os negócios da Emília
IX – Emília vende o rinoceronte
X – O Rio de Janeiro é avisado
XI – Inaugura-se a linha
XII – Rinoceronte familiar
AVENTURAS DE HANS STADEN
I - Quem era Hans Staden
II– A revolta dos índios
III – A volta para Lisboa
IV – A segunda viagem
V – Reconhecimento da terra
VI – O naufrágio
VII – O forte de Bertioga
VIII – A captura de Hans Staden
IX – Rumo à taba
X – Os maracás
XI – O francês sem coração
XII – Antropofagia
XIII – Esperanças
XIV – A volta do francês
XV – Cenas de canibalismo
XVI – Aparece outro navio
XVII – O carijó doente
XVIII – O terceiro navio
XIX – A guerra
XX – Festas de canibais
XXI – Hans muda de taba
XXII – A salvação
Conheça a Coleção Sitio do Picapau Amarelo da LeBooks
CAÇADAS DE PEDRINHO
I – E era onça mesmo!
img3.jpgDos moradores do sítio de Dona Benta o mais andejo era o Marquês de Rabicó. Conhecia todas as florestas, inclusive o capoeirão dos Taquaruçus, mato muito cerrado onde Dona Benta não deixava que os meninos fossem passear. Certo dia em que Rabicó se aventurou nesse mato em procura das orelhas-de-pau que crescem nos troncos podres, parece que as coisas não lhe correram muito bem, pois voltou na volada.
— Que aconteceu? — perguntou Pedrinho, ao vê-lo chegar todo arrepiado e com os olhos cheios de susto. — Está com cara de Marquês que viu onça...
— Não vi, mas quase vi! — respondeu Rabicó, tomando fôlego. — Ouvi um miado esquisito e dei com uns rastos mais esquisitos ainda. Não conheço onça, que dizem ser um gatão assim do tamanho dum bezerro. Ora, o miado que ouvi era de gato, mas muito mais forte, e os rastos também eram de gato, mas muito maiores. Logo, era onça.
Pedrinho refletiu sobre o caso e achou que bem podia ser verdade. Correu em procura de Narizinho.
— Sabe? Rabicó descobriu que anda uma onça no capoeirão dos Taquaruçus!...
— Uma onça? Não me diga! Vou já avisar vovó...
— Não caia nessa — advertiu o menino. — Medrosa como ela é, vovó ou morre de medo ou trata de nos levar hoje mesmo para a cidade. Muito melhor ficarmos quietos e caçarmos a onça.
A menina arregalou os olhos.
— Está louco, Pedrinho? Não sabe que onça é um bicho feroz que come gente?
— Sei, sim, como também sei que gente mata onça.
— Isso é gente grande, bobo!
— Gente grande!... — repetiu o menino, com ar de pouco-caso. — Vovó e Tia Nastácia são gente grande e, no entanto, correm até de barata. O que vale não é ser gente grande, é ser gente de coragem, e eu...
— Bem sei que você é valente como um galo garnisé, mas olhe que onça é onça.
Com um tapa derruba qualquer caçador, diz Tia Nastácia. O menino bateu no peito com arrogância.
— Pois quero ver isso! Vou organizar a caçada e juro que hei de trazer essa onça aqui para o terreiro, arrastada pelas orelhas. Se você e os outros não tiverem coragem de me acompanhar, irei sozinho.
A menina arrepiou-se de entusiasmo diante de tamanha bravura e não quis ficar atrás.
— Pois vou também! — gritou. — Uma menina de nariz arrebitado não tem medo de coisa nenhuma. Vamos convidar os outros.
Saíram os dois em busca dos demais companheiros. O primeiro encontrado foi o