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Bartleby, o escriturário
Bartleby, o escriturário
Bartleby, o escriturário
E-book65 páginas55 minutos

Bartleby, o escriturário

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Sobre este e-book

Idealizada por Fernando Sabino, a coleção Novelas Imortais reúne narrativas breves de autores de grandes clássicos universais, como Miguel de Cervantes, Herman Melville, R. L. Stevenson, Gustave Flaubert, Henry James, E. T. A. Hoffmann, entre outros. São pequenas obras-primas selecionadas e apresentadas pelo escritor mineiro que voltam às prateleiras com o objetivo de difundir obras talvez menos conhecidas, mas não menos geniais, de escritores consagrados, agora ao alcance dos jovens brasileiros.
Autor de Moby Dick, ou a baleia branca, seu livro mais conhecido, e de várias outras obras de ficção importantes, mas consideradas demasiado intensas por seus contemporâneos, Herman Melville (1819-1891) é também o criador da emblemática novela Bartleby, o escriturário, que conta a história de um escrivão que se recusa a fazer os trabalhos solicitados pelo patrão, menos por desobediência ou insubordinação que por hábito, com a simples justificativa "Prefiro não".
O posicionamento de Bartleby, que subverte a ordem das coisas e mergulha num estado crescente de abulia e alienação que tem a morte como único desfecho possível, e a curiosa reação de seu superior, que não o demite, desconcertam o leitor e o levam a uma profunda reflexão.
A obra foi traduzida para a coleção Novelas Imortais por Luís de Lima, que em 1953, por sugestão de Vinicius de Moraes, concebeu, dirigiu e interpretou no Rio e em São Paulo um memorável drama de mímica baseado nesse trabalho.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de mar. de 2010
ISBN9788581220154
Bartleby, o escriturário
Autor

Herman Melville

<p>Herman Melville nació en Nueva York en 1819, hijo de un comerciante. Muerto el padre en la ruina en 1832, tuvo que dejar la escuela y trabajar en los más diversos empleos. En 1839 se embarcó en un buque mercante, y en 1841 en un ballenero, que abandonó junto con un compañero en las Islas Marquesas, donde vivieron con una tribu caníbal. De allí fue rescatado por un ballenero australiano, del que desertó tras un motín. Después de una temporada en Honolulu, se enroló en la fragata United States y volvió a Estados Unidos en 1844. De todos estos viajes surgieron las novelas que publicaría a lo largo de los siete años siguientes: <i>Taipí</i> (1846) y <i>Omú</i> (1847; ALBA CLÁSICA núm. XXXI), ambientadas en los mares del Sur; <i>Mardi</i> (1849), una fantasía alegórica; <i>Redburn</i> (1849; ALBA CLÁSICA núm. XCVIII), sobre su primer viaje en un buque mercante; <i>Chaqueta Blanca</i> (1850, ALBA CLÁSICA núm. XXIV), sobre la travesía a bordo del United States; y <i>Moby Dick</i> (1851), que, pese a su actual celebridad, pasó casi inadvertida. Su obra posterior tampoco contó con las simpatías del público: <i>Pierre o las ambigüedades</i> (1852), <i>Israel Potter</i> (1855) y <i>The Confidence-Man</i> (1857) no le permitieron seguir viviendo de la literatura. Sus <i>Cuentos completos</i> se hallan reunidos en un volumen publicado por esta editorial (ALBA CLÁSICA MAIOR núm. XXXII). En 1866 consiguió un empleo de inspector de aduanas en el puerto de Nueva York. En esa ciudad murió veinticinco años después, en 1891. En 1919, un biógrafo encontró el manuscrito de <i>Billy Budd, marinero</i>, que se publicaría en 1924.</p>

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    Bartleby, o escriturário - Herman Melville

    (1986)

    BARTLEBY,

    O ESCRITURÁRIO

    Sou um homem de certa idade. A natureza das minhas ocupações, nestes últimos trinta anos, me levou a entrar permanentemente em contato com uma espécie de homens interessantes e um tanto singulares, da qual, que eu saiba, nada até agora se tem escrito: refiro-me aos copistas, escriturários ou escreventes a serviço de homens de leis. Conheci muitos, quer profissional quer particularmente, e poderia, se quisesse, contar sobre eles inúmeras histórias que fariam sorrir afáveis cavalheiros e levariam às lágrimas as almas sentimentais. Mas renuncio às biografias de todos os demais escriturários para relatar algumas passagens da vida de Bartleby, o mais estranho de todos que jamais vi e de quantos tive notícia. Se de outros escreventes eu poderia traçar a biografia completa, de Bartleby nada nesse estilo eu poderia fazer. Acredito não existirem elementos para uma biografia completa e satisfatória deste homem. É uma perda irreparável para a literatura. Bartleby era uma dessas criaturas de quem nada se pode averiguar senão nas fontes de origem, e, no caso dele, estas eram muito escassas. O que meus olhos atônitos viram de Bartleby é tudo quanto sei dele – exceto uma vaga informação que será relatada mais adiante.

    Antes de apresentar o copista, tal como me apareceu pela primeira vez, será bom que faça umas referências a mim próprio, meus empregados, minhas atividades, meu escritório e tudo o que me cerca, porque uma tal descrição é indispensável a uma adequada compreensão do principal personagem que vai ser aqui apresentado.

    Em primeiro lugar: sou um homem que, desde a mocidade, mantém a profunda convicção de que a melhor maneira de se viver é de se encarar tudo com tranquilidade. Daí que, embora eu exerça uma profissão proverbialmente enérgica e tão agitada que, por vezes, chega às raias da turbulência, nunca permiti que nada pudesse perturbar a minha paz.

    Sou um desses advogados sem ambições que nunca interpelam um júri ou buscam o aplauso público, mas que, na serena tranquilidade de um correto retiro, negociam corretamente com o capital, as hipotecas e títulos de propriedade de homens ricos. Todos os que me conhecem me consideram um homem eminentemente correto.

    O falecido John Jacob Astor, pessoa pouco dada a entusiasmos poéticos, não hesitava em declarar que o meu primeiro grande mérito era a prudência; o segundo, o método. Não digo isto por vaidade, mas registro simplesmente o fato de que nunca me deixou desempregado em minha profissão o falecido John Jacob Astor – um nome que, admito, adoro repetir, porque nele há um som rotundo e fluente, tilintante como ouro em barra. E, francamente, devo acrescentar que eu não era insensível à boa opinião do saudoso John Jacob Astor.

    Pouco antes da época em que esta pequena história começa, minhas ocupações haviam aumentado consideravelmente. O antigo e rendoso cargo – ora extinto no Estado de Nova York – de conselheiro do tribunal da Chancelaria, tinha me sido conferido. Este cargo, sem ser muito árduo, era no entanto perfeitamente compensador. Eu raramente perco a calma; muito mais raro ainda é eu me entregar a perigosas indignações perante erros e ofensas; mas permitam que aqui me deixe arrebatar declarando que considero a súbita e violenta extinção daquele cargo, decretada pela nova Constituição, como um ato... prematuro! – tanto mais que eu contava com rendimentos vitalícios e, assim, só recebi proventos de uns breves anos. Mas falei disto só de passagem.

    Meu escritório estava instalado no segundo andar do nº... da Wall Street. De um lado dava para a parede branca de um largo poço coberto por uma claraboia cuja área tinha a dimensão do prédio, de alto a

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