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Júlia: livro II da Série O Recomeço
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Júlia: livro II da Série O Recomeço
E-book257 páginas3 horas

Júlia: livro II da Série O Recomeço

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Sobre este e-book

Júlia, criada na fazenda, tem sua infância marcada pela morte de Mateus, irmão de Joana, sua melhor amiga. O trauma dessa perda, a dura lida do campo e a rigidez da criação de seu pai forjaram nela um desejo de viver a vida adulta, na qual seus sonhos pudessem se realizar. No Rio de Janeiro, seu caminho se cruza com o de Rogério, num relacionamento de amor e paixão, mas que aos poucos se torna asfixiante e doentio. Sem esperar, vê-se envolvida numa vida sombria e sem significado e precisa de muita força para libertar-se e encontrar a si mesma. A dor de outras mulheres e a maternidade lhe propiciam esse recomeço.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento28 de mai. de 2021
ISBN9786589808169
Júlia: livro II da Série O Recomeço

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    Pré-visualização do livro

    Júlia - Edna Corrêa

    surpreenda-se

    CAPÍTULO I

    Renda-se como eu me rendi,

    Mergulhe no que você não conhece

    Como eu mergulhei

    Não se preocupe em entender,

    Viver ultrapassa qualquer entendimento.

    Clarice Lispector

    Júlia acorda e luta com o corpo para levantar-se.

    Jamais se sentiu assim. Já faz quase um mês que chegou ao Rio. Antes, seu coração pulsara forte, sentia-se extremamente excitada pela perspectiva de uma nova vida e pela certeza de estar deixando uma Júlia para trás e reinventando outra. Mas por que pensara assim se agora não tinha forças para começar?

    Deitada, com o olhar fixo no teto do aconchegante apartamento de Joana, sua mente voa até a fazenda, às suas origens e o que havia deixado lá.

    Vê claramente a rotina dos pais, logo cedo à beira do fogão a lenha, com cheiro de café e broa assada. Seu pai traçando os planos para o dia que será bastante atarefado. Sua mãe dando as primeiras ordens para os afazeres de Efigênia, que parece bastante impaciente e desatenta, mas é só porque quer começar logo e acabar mais cedo. Seu intuito é ficar o resto do dia, "xeretando’’ a tudo e todos. Tudo parece tão bom, equilibrado, mas... então... por que fugir dessa vida calma, tranquila e organizada? Seria o jeito rude do pai que a incomodava?

    Quando pensava nisso, percebia que ele sempre exercera um controle velado, que não permitia crescimento, mudanças, não permitia o novo. Sim, era disso que tinha medo! Ela ansiava por mais... Algo que não conseguia dar nome ou explicar. Mas era algo mais!

    Pensar em tudo isso, sempre a deixava incomodada. Tivera bons momentos na fazenda. Vencera o trauma da morte de Mateus, irmão de Joana, com o apoio e carinho dos pais. Estudou e se envolveu na administração da fazenda desde muito nova. Seu pai sempre confiou nela para tomar decisões acerca dos negócios e da produção da fazenda. Ele jamais confiara em nenhuma outra pessoa.

    Mas... um pensamento insiste... será que ele permitiu que ela fosse ela mesma? Até que ponto fez escolhas? Decidiu o que vestir, comer, ler ou estudar? Parece que tudo lhe era imposto... estava ali... seu pai comprou... seu pai fez... seu pai decidiu... Era assim que ela e a mãe vivera até então.

    Ao tomar a decisão de deixar tudo para trás, acreditara que seria possível quebrar esse círculo vicioso que viveu ao lado dos pais. Sua vida adulta era sempre a mesma rotina e lidava costumeiramente com as mesmas situações: broncas e insatisfações do seu pai. Ele ditava as regras de convivência para todos e com ela, mostrava-se sempre muito severo e exigente. Quando criança, ele era seu herói, gastava tempo a lhe ensinar as lidas do campo, os segredos da natureza e isso a encantava. Mas, agora, a idade chegara, sentia-se pronta para ditar seu destino.

    Os primeiros dias na cidade grande foram de encantamentos. Tudo era novidade e tinha muito a ser explorado. E é claro que a presença de Nestor fez toda a diferença. Todos os dias ele chegava com uma ideia nova, queria levá-la a algum lugar novo. A alegria dele e a maneira despojada de ver a vida foram marcantes naqueles dias.

    Nestor era assim! De uma alegria contagiante, sempre disposto e descolado. Para ele tudo estava sempre muito bom e não tinha tempo ruim. Mas então, num momento em que menos esperavam e aproveitando um jantarzinho que Francine preparara com todo carinho, ele anunciou que estava de volta a Paris. Júlia ainda se lembra o quanto foi tensa aquela conversa.

    - Mamãe, Júlia, não quero que vocês fiquem tristes ou chateadas. Mas preciso voltar para a França. Sinto que deixei tudo muito incerto por lá. Disse Nestor, entre uma garfada gulosa e outra, saboreando com gosto a suculenta carne de panela que a mãe fizera.

    - Mas, eu pensei que... Gaguejou Francine.

    - Pensei que ficaria mais. Seu apoio à Júlia tem sido tão importante. Completou ela, tentando justificar seu desapontamento.

    - Mãe, por favor, entenda. As coisas ficaram soltas com meus irmãos. Preciso voltar, entender o que eles esperam de mim. Mostrar para eles quem eu sou realmente. Hoje pela manhã, recebi uma ligação de Maurice dizendo que nosso pai não está bem de saúde. Isso também me preocupou bastante. Júlia, por favor, me passe a salada.

    Fala ele, com ar descontraído, tentando trazer leveza à conversa.

    - Eu entendo. Diz Júlia, que se mantivera calada.

    - E não se preocupe, sua mãe agora tem companhia.

    Completa, entregando-lhe a saladeira e a seguir acariciando a mão de Francine sobre a mesa

    - O que temo é que o preço de tudo isso seja alto demais. Estou ficando velha, cansada e cada dia que passo longe de Nestor, faz diferença na contagem desse tempo. Diz Francine, com voz de choro.

    - Não... não! Dona Francine! Não quero que fique assim. Tudo vai se acertar e nós ainda gozaremos bons momentos. Fala Nestor, levantando-se e dando um abraço apertado na mãe.

    - Vamos curtir esse momento agora. Eu já falei que esse jantar está maravilhoso? Volta a sentar-se e a se servir de mais salada.

    Nestor havia antecipado a viagem e isso deixara a mãe triste e até mesmo furiosa. Júlia ficou também sem a sua companhia, que era tão especial e que aprendera a gostar como se o conhecesse há séculos.

    Balança a cabeça com força, para fugir das lembranças e falando consigo mesma, diz: É isso Júlia! Então vá à luta! Levante-se! Decida! Tome as rédeas de sua vida.

    Pula da cama, toma uma boa chuveirada. Após vestir-se de maneira confortável e despojada, como sempre gostou, resolve sair e andar um pouco na orla. Sente falta de ver gente e quer estruturar sua mente.

    Decide que vai ligar para Francine e pedir-lhe ajuda para distribuir alguns currículos e indicar alguma faculdade próxima. Quem sabe possa retomar os estudos? É isso aí! É disso que preciso.

    Já fora do prédio, o vento quente, o vai e vem dos carros, o colorido das pessoas a fazem cair num mundo real e cheio de desafios. O coração começa a bater forte. Tem a alegria e a confiança de que suas expectativas serão alcançadas. Com certeza será feliz e plena na cidade que escolheu para recomeçar. É só uma questão de tempo. Precisa seguir em frente, caminhar devagar e com confiança no futuro.

    Com o celular, que comprara na primeira semana e que ainda não usara muito, a não ser, dois ou três contatos entrecortados e difíceis com os pais e algumas chamadas para Francine, começa a fotografar tudo o que lhe parece interessante. As montanhas, a imagem do Cristo Redentor ao longe, parcialmente coberto por nuvens branquinhas como pequenos carneiros, gaivotas que mergulham rápido no mar à busca de pequenos peixes.

    Tenta captar e fotografar crianças que brincam na areia. Grupos de jovens que jogam nas quadras improvisadas. Ciclistas que passam, despreocupados com seus fones de ouvidos, como se estivessem num mundo só deles. Tudo parece ter tanta vida, tanta liberdade. Todos parecem tão intensos e sabedores do seu destino. É assim que quer se sentir.

    Sua meta é adaptar-se à nova vida, conhecer pessoas diferentes e fazer amigos. Viver uma vida absoluta e feliz. É pensando nisso e com essa certeza, que faz o caminho de volta para casa.

    Já no apartamento, Júlia faz uma ligação para Francine:

    - Alô, oi Francine! Tudo bem, amiga? Já faz um mês que não nos falamos.

    - Sim, querida! Está tudo bem. Esse início de ano está sendo tão corrido... Perdoe-me! Sinto que não estou lhe apoiando nesse começo, como deveria.

    - Não se preocupe, eu entendo.

    - Sei que entende, mas quando voltei das férias encontrei uma agenda cheia. Sabe como é, né? Alta temporada, verão. A demanda dos turistas é muito grande. Faço tantas massagens que quando chego em casa, estou igualmente louca por uma massagem.

    Diz Francine, rindo e pensando em todos os motivos que poderia dar.

    - E além de tudo isso, de novo a partida de Nestor. Penso o tempo todo nisso e ainda não me conformei totalmente com essa decisão dele de deixar-me sozinha e viver uma vida igualmente sozinho na Europa.

    - Calma lá Francine! Ele não está sozinho. Tem o pai, o irmão e a irmã e é importante para ele resgatar tudo isso.

    Diz Júlia, já se arrependendo em ser tão sincera e rápida em opinar.

    - É... eu entendo isso, mas me sinto só, cansada.

    Júlia fala, de forma amorosa:

    - Você agora tem a mim. Não se sinta assim.

    - Que bom! Mas... e aí, está precisando de algo? Posso ajudar em alguma coisa?

    - Sim... na verdade, eu pensei que... Gagueja Júlia, sem muita convicção.

    - Talvez você pudesse me ajudar a distribuir alguns currículos. Não sei por onde começar. Toda minha experiência profissional foi com a administração da fazenda, preciso voltar a estudar, me especializar em algo, mas... preciso também trabalhar. Afinal, tenho que me manter, não é, amiga?

    - Sim! Enquanto você falava, pensei em algumas opções: talvez algumas clínicas, hotéis, construtoras ou até mesmo administração de lojas em shoppings. Por coincidência, amanhã é meu dia de folga. Quer fazer isso?

    - Ah! Sim! Podemos marcar. Diz Júlia, mais animada.

    - Ok! Então. Amanhã às 8:00h eu pego você aí.

    - Combinado. E ... obrigada, amiga. É bom contar com você.

    As duas se despedem. Júlia abre o computador, dá uma rápida lida em seu currículo, imprime algumas cópias e segue para o banho.

    Sentindo uma onda de otimismo lhe invadir, passa o dia colocando em ordem as gavetas e armários. Entretanto, não deixa de pensar em Joana, sua amiga, que construiu sua vida ali e estava se sentindo tão realizada, mas viu tudo desmoronar com a perda tão drástica dos pais. Teria ela feito uma boa escolha indo para a fazenda? Ali tudo parecia tão mais promissor. Eram tantas as oportunidades... e o que queria era agarrar-se a todas elas.

    Dorme rápido e tranquila, assustando-se apenas com o toque do despertador. O que esse dia lhe reserva?

    CAPÍTULO II

    O que vale na vida não é o ponto de partida

    E sim a caminhada.

    Caminhando, semeando, no fim terás o que colher.

    Cora Coralina

    O dia passou e ambas não perceberam. Visitaram quase dez empresas, algumas delas de clientes antigos de Francine. Sempre se deparando com a educação e gentileza de alguém do Departamento de Recursos Humanos, mas nenhuma promessa. Desânimo é o que define Júlia.

    - Júlia, tenho uma ideia! Diz Francine, tentando animá-la.

    - Hã?

    - Vamos até Ipanema beber um chope bem gelado. Curtir esse fim de tarde. Ouvir uma boa música e ver gente alegre, é disso que precisamos. Que tal? Conheço um bom lugar para isso.

    - Sim! É mesmo uma boa ideia. Vamos! Júlia fala, sem muita convicção de que se sentirá bem ou animada.

    O barzinho com mesas na calçada está lotado. Homens e mulheres com roupas leves de verão, embora alguns estejam vestidos de roupas mais formais, com ares de quem acabara de sair do escritório para curtir um happy hour.

    Em pé, por alguns minutos, Júlia percorre com os olhos o ambiente, pensando como tudo é tão diferente do mundo onde fora criada. Parece não haver censura ou reprimenda para nada. A conversa e o riso fluem facilmente nas pessoas que gesticulam, bebem, fumam, e.... parecem felizes! Será que é disso que sente falta?

    Seus pensamentos são interrompidos pelo jovem garçom, que também se veste de maneira descontraída, com uma bermuda preta, camiseta branca e uma bandana igualmente preta, que ajuda a prender um farto cabelo com tranças afro.

    - Boa tarde! Por aqui, tenho uma mesa para vocês! Diz o jovem.

    - Ah! Obrigada.

    Responde Francine, que até então, olhava ansiosa à procura de uma.

    - O que gostariam de beber? Diz o jovem, após elas se sentarem.

    - Para mim, um chope de vinho.

    Júlia responde prontamente, já se sentindo mais convicta de que fora uma boa coisa estar ali.

    - Sim! Pode ser um para mim também.

    Completa Francine, esforçando-se para vencer o cansaço do dia quente e sentindo as pernas formigarem.

    A contar com a sua disposição, teria ido direto pra casa, tomado um banho e procurado a cama, mas sente que Júlia precisava de momentos como aqueles. Portanto, valia a pena todo seu esforço e além do mais, estava se sentindo tão só e a companhia de Júlia a fazia sentir-se viva.

    Quando o chope chega, Júlia percebe que também está com muita fome, afinal as duas comeram apenas um sanduíche entre uma entrega e outra de currículo.

    - Vamos comer alguma coisa?

    Diz, já acenando mais uma vez, para o jovem garçom que se afastara.

    Este simples gesto, a deixa contente. É como se aos poucos estivesse aprendendo o que é ser independente. Decidir por si mesma o que fazer ou o que comer. Quando o garçom se aproxima, já se sente mais livre.

    - Queremos ver o cardápio, por favor!

    - Sim, senhorita! Aqui está! Temos ótimas opções de petiscos e também pratos rápidos.

    - O que você gostaria, Francine? Indaga Júlia, voltando-se para a amiga.

    - Apenas petiscar. Não como muito à noite.

    - Ok! Então podemos pedir uma porção de camarão ao alho e óleo?

    - Sim! Ótimo!

    O garçom anota o pedido e pergunta:

    - Mais alguma coisa?

    - Sim! Outro chope.

    Completa Júlia, que bebeu sofregamente a primeira taça, deixando Francine surpresa.

    Ele se retira. Enquanto aguardam, conversam sobre o dia. Francine volta a falar sobre o filho. Júlia fala da falta que sente da fazenda, do quanto é grata a Joana pela oportunidade de estar ali.

    São interrompidas pela chegada do prato que vem fumegante e com um cheiro delicioso.

    Entre um camarão e outro, ambas continuam a compartilhar a vida. Júlia relata um pouco da sua infância, rememora como foi uma criança triste e insegura até ter a coragem de contar tudo o que ocorrera no dia da morte de Mateus. Relembra o carinho e apoio dos pais, que a fizeram superar e se tornar uma jovem alegre e de bem com a vida. Emociona-se ao contar o momento em que Joana ficou sabendo toda verdade sobre a morte do irmão. A maneira amorosa com lidou com o fato, perdoando-a completamente. Fala como era a rotina na fazenda e como sente falta disso. Francine a ouve sem interromper, até que Júlia exclama:

    - Meu Deus! Eu não deixei você falar nem um pouquinho. Vamos lá! Fale-me, como é ser sozinha numa cidade grande como o Rio?

    Francine esboça um sorriso e com um olhar perdido começa a contar como foi sua juventude e o encontro com o pai de Nestor. Sua entrega a essa relação e as decepções que passou ao perceber que ele não assumiria o filho que estava a caminho. Num dado momento, olha para Júlia fixamente e diz:

    - Não foi fácil! Mas, a cada nova decepção, nascia dentro de mim uma determinação e uma força que me impulsionavam. Criar o meu filho, educá-lo, fazer dele um homem de bem eram minhas metas. Graças a Deus, eu tinha uma profissão e um bom emprego. Sempre fui respeitada. Os anos foram se passando e com eles, toda amargura que senti no começo se dissipou. Hoje, sou o que sou. Acho que consegui!

    - Francine, você nunca pensou em procurar o pai de Nestor? Mostrar-lhe que tinha um filho?

    - Sim, pensei muitas vezes. Mas, logo entendi que para ele havia sido apenas um caso do outro lado do oceano. Eu deduzi que ele tinha uma vida, uma família e que não valia a pena exigir nada. Por muito tempo, eu sempre me culpei por ter me entregue totalmente e de maneira tão irresponsável. Contudo, hoje, essa culpa arrefeceu. Acredito que vivi um grande amor e que só tive a ganhar. Afinal, tenho meu filho e ele é meu tudo.

    Júlia aperta a mão da amiga e a olha com admiração e com emoção na voz diz:

    - Sabe Francine? Eu admiro muito o seu jeito de ver a vida. Sua garra e a vontade de fazer as coisas acontecerem da melhor maneira, permitiram realmente que você chegasse até aqui, vitoriosa. Nestor é um ótimo rapaz e agora você permitiu que ele se encontrasse, indo de encontro à sua origem junto ao pai e a família que tem lá. Tudo isso é muito lindo! Tudo que desejo é me espelhar em você. Quero ter coragem e disposição para traçar meu destino, mas às vezes fico me indagando: se eu gosto tanto da vida na fazenda, por que tenho esse desejo de encarar tudo sozinha e por mim mesma? Não consigo achar uma resposta. Mas é algo muito forte. Eu quero! Sinto que a vida tem mais a me oferecer. Você entende?

    - Sim. Eu entendo. Mas não pense que será fácil. Responde Francine, em tom maternal.

    Em seguida, Júlia se levanta para ir ao banheiro, deixando Francine à mesa. Ao cruzar o salão, observa que um homem a segue firmemente com o olhar, isto a deixa alerta e ao voltar percebe que ele se sentou em uma mesa em frente à sua.

    O bar está se esvaziando aos

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