DUBLINENSES - James Joyce
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James Joyce
James Joyce (1882–1941) was an Irish poet, novelist, and short story author and one of the most innovative artists of the twentieth century. His best-known works include Dubliners, A Portrait of the Artistas a Young Man, Finnegans Wake, and Ulysses, which is widely considered to be the greatest novel in the English language.
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DUBLINENSES - James Joyce - James Joyce
James Joyce
DUBLINENSES
1a edição
Coleção Grandes Clássicos
img1.jpgIsbn: 9788583863045
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Prefácio
Prezado Leitor
Seja bem-vindo a mais um grande clássico da literatura universal.
Dublinenses, como o próprio nome diz, é uma obra que apresenta o povo de Dublin, seus usos e costumes e a vida na cidade, mas é universal, porque fala de sentimentos inerentes a todos, além de ter sido escrito de uma forma magistral pelo escritor irlandês James Joyce.
São quinze contos que agarram o leitor pela mão e o levam a um desfecho inesperado e surpreendente. Trata-se de uma excelente obra de entrada no fascinante mundo literário de Joyce, autor da obra-prima Ulisses.
Uma excelente leitura.
LeBooks
Pensamento
Questões que se resolvem com violência nunca ficam resolvidas
James Joyce
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor: James Joyce
img3.pngJames Joyce (1882-1941) foi um escritor irlandês. Autor de Dublinenses e também Ulisses, considerada a obra que inaugura o romance moderno e uma das mais importantes da literatura ocidental.
Joyce nasceu em Dublin, na Irlanda, no dia 02 de fevereiro de 1882. Filho de rica família católica recebeu uma rígida formação com padres jesuítas, contra a qual mais tarde se rebelou. Foi aluno da Universidade de Dublin, onde estudou inglês, francês e italiano. Participou de grupos de literatura e teatro.
Em 1902, vai estudar Medicina em Paris, mas no ano seguinte, com a morte da mãe, retorna à Irlanda. Trabalha como professor particular, em seguida muda-se para Zurique e depois para Trieste, na Itália, onde se sustenta dando aulas de inglês.
Suas primeiras experiências literárias são conservadoras, marcadas pela influência do realismo de Ibsen e pelos simbolistas. É o caso dos poemas em Música de Câmara
em 1907, seu primeiro livro. Em 1914, publica a Coletânea de Contos Dublinenses
e, em 1916, Retrato do Artista Quando Jovem
, reminiscências de sua infância e adolescência em Dublin.
Em 1922, publica Ulisses
, cuja história passa-se em um único dia, 16 de junho de 1904, em Dublin. Seus personagens, Stephen Dedalus, Leopold Bloom e Molly Bloom, enfrentam situações correspondentes aos episódios da Odisseia, de Homero. Nessa obra, James Joyce reinventa a linguagem e a sintaxe. Radicaliza a linguagem narrativa, explorando processos de associação de imagens e recursos verbais, paródias estilísticas e o fluxo da consciência. Também incorpora teorias da psicanálise freudiana sobre o comportamento sexual. O livro é proibido no Reino Unido e nos Estados Unidos, onde só é liberado em 1936.
Joyce sofre seguidas cirurgias em razão de problemas na visão. Sua última obra é Finnegans Wake
(1939), na qual leva às últimas consequências as inovações estéticas e linguísticas apresentadas em Ulisses.
James Joyce faleceu em Zurique, Suíça, no dia 13 de janeiro de 1941
Sobre a Obra:
Dubliners (Dublinenses em português ) foi escrito por James Joyce a partir de 1904 e publicado em 1914. Consiste em quinze contos enfocando diversos aspectos da vida da cidade e seus habitantes. Ênfase especial é dada a experiências de infância, relacionamentos conjugais e epifanias (revelações). O termo vem de escritos católicos mas tornou-se mais conhecido a partir de seu uso por Joyce.
James Joyce começou a escrever os contos que compõem os Dublinenses, enquanto trabalhava também as primeiras versões de Um retrato do Artista quando Jovem, que seriam publicadas numa revista mensal irlandesa chamada Dana.
Em junho de 1904, Joyce conheceu quem seria sua futura esposa, Nora Barnacle, com quem deixou a Irlanda para se instalar na Europa Continental. Em 1905, Joyce e Nora se mudaram para Trieste, no norte da Itália, onde o autor escrevia as primeiras versões dos contos.
Em outubro do mesmo ano, Joyce havia completado um conjunto de doze contos que se chamariam Os dublinenses, e apresentou-os a várias editoras, que recusaram publicá-los. Joyce também apresentou sua coletânea para a editora londrina de Grant Richards, que embora tenha considerado o livro bom, pensou que não faria sucesso no mercado uma vez que tratava da Irlanda. Em 20 de fevereiro de 1906, contudo, Joyce e Richards fizeram um acordo, com Joyce acrescentando uma décima terceira história à coletânea (Two Gallants). Esse último conto, contudo, foi considerado demasiado obsceno pelos editores, que pediram que Joyce fizesse algumas alterações em Two Gallants, assim como em Counterparts, se possivel suprimindo Um Encontro. Joyce defendeu sua liberdade artística de expressão em negociações posteriores, mas não conseguiu convencer Richards, que lhe enviou as provas de volta no dia 26 de outubro, alegando que seria melhor para a reputação de ambos não publicá-las.
Em 1909, Joyce tentou publicar seu livro junto a uma editora irlandesa especializada na publicação de novos autores. Um dos diretores da firma, contudo, achou as menções a Eduardo VII em um dos contos preocupante, levando as negociações a um impasse que culminou, em 1911, com Joyce publicando uma carta à imprensa irlandesa na qual expunha suas dificuldades para imprimir os dublinenses. Em setembro de 1912, os editores irlandeses se recusaram terminantemente a publicar a obra de Joyce, com medo de sofrerem represálias pelo conteúdo dos contos.
As negociações com Richards foram retomadas em 1914, quando Joyce, tendo cuidadosamente considerado as possibilidades de ação legal contra a editora, aceitou realizar algumas alterações no texto dos Dublinenses. Além disso, acabou adicionando novos contos à coletânea. O livro foi finalmente publicado em 15 de junho de 1914, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, tendo sido recebido na ocasião por um completo silêncio por parte da crítica e do público. Muitos se passaram até o livro adquirir a reputação que hoje possui.
Em Dublinenses, Joyce explora o conceito de epifania, isto é, uma súbita revelação acerca da essência de algo. Joyce também aborda a ideia de paralisia que, nos contos, se expressa como um ímpeto de liberdade que, num momento crucial, não pode ou não consegue se realizar.
DUBLINENSES
As irmãs
Um encontro
Arábia
Eveline
Após a corrida
Dois galantes
A pensão
Uma pequena nuvem
Contrapartida
Argila
Um caso doloroso
Dia de hera na lapela
Mãe
Graça
Os mortos
As irmãs
Desta vez não havia esperança para ele: fora o terceiro derrame. Noite após noite, ao passar diante da casa (era tempo de férias), observava o retângulo iluminado da janela e, todas as noites, encontrava-o com a mesma luz pálida e uniforme. Se estivesse morto, pensava, eu veria o reflexo das velas nas cortinas escuras, pois sabia que duas velas devem ser colocadas à cabeceira de um defunto. Dissera-me várias vezes não ficarei muito tempo neste mundo
e eu julgara vãs suas palavras. Sabia agora que eram verdadeiras. Ioda noite, ao olhar a janela, murmurava comigo a palavra paralisia.
Ela sempre soara estranha aos meus ouvidos, como a palavra gnômon em Euclides e simonia no catecismo. Agora, porém, soava como o nome de um ente maléfico e pecaminoso. Enchia-me de terror, mas ainda assim ansiava contemplar de perto seu trabalho implacável.
Quando desci para o jantar, o velho Cotter estava sentado junto à lareira, fumando. Enquanto minha tia preparava-me um prato de aveia, ele disse, como retomando uma observação anterior:
— Não, não afirmaria que era exatamente... mas havia nele algo de excêntrico... de misterioso. Em minha opinião...
Começou a tirar baforadas do cachimbo, por certo ganhando tempo para forjar a tal opinião. Velho enfadonho, tolo! No princípio, quando o conhecemos, costumava ser interessante com suas conversas sobre vermes e desmaios, mas logo cansara-me dele e de suas intermináveis histórias a respeito da destilaria.
— Tenho minha teoria sobre isso — prosseguiu. — Penso que se trata de um desses... casos peculiares... Mas é difícil afirmar...
Voltou a aspirar o cachimbo, sem nos expor a teoria. Vendo-me de olhar atento, meu tio dirigiu-se a mim:
— Bem, seu amigo morreu. E uma notícia triste para você.
— Quem?
— O padre Flynn.
— Está morto?
— O senhor Cotter acaba de nos contar. Passou há pouco diante da casa...
Sabia que me observavam e continuei a comer como se o fato não tivesse interesse para mim. Meu tio explicou ao velho Cotter:
— O garoto e ele eram grandes amigos. O velhote ensinou-lhe muitas coisas, compreende? Dizem que o queria muito bem.
— Deus tenha misericórdia de sua alma — murmurou, em tom piedoso, minha tia.
O velho Cotter fitou-me um instante. Senti seus olhos pequenos e negros, redondos como duas contas, examinarem-me. Mas não lhe daria o prazer de desviar meus olhos do prato. Ele retornou ao cachimbo e, passado algum tempo, cuspiu grosseiramente na lareira.
— Não gostaria que um filho meu — recomeçou — tivesse muito a falar com um homem desse tipo.
— Que pretende dizer com isso, senhor Cotter? —- perguntou minha tia.
— Que não é nada bom para uma criança. Minha opinião é a seguinte: rapazes devem andar e se divertir com rapazes da mesma idade e não... Estou certo, Jack?
— Também penso assim — concordou meu tio. — Ele que aprenda a se defender. Estou sempre dizendo a esse rosa-cruz aí: faça exercícios. Quando eu era rapazote, tomava toda manhã, fosse inverno ou verão, uma ducha fria. É o que me conserva firme até hoje. Cultura é coisa muito boa, mas...
Voltou-se para minha tia:
— ... creio que o senhor Cotter apreciaria uma fatiazinha desse carneiro.
— Não, não. Para mim não — recusou o velho Cotter.
Minha tia trouxe a travessa do guarda-comida e colocou-a na mesa:
—Mas por que não é bom para as crianças, senhor Cotter? — insistiu ela.
— Porque são muito impressionáveis. Quando veem coisas como essas, a senhora sabe, isso tem um efeito...
Enchi a boca de aveia, temendo que minha raiva me traísse. Velho narigudo, enfadonho, imbecil!
Era bem tarde quando adormeci. Embora irritado com o velho Cotter, que me tratara como criança, esforçava-me em compreender o sentido de suas frases inacabadas. Na escuridão do quarto, imaginei estar vendo o rosto severo e grisalho do paralítico. Puxei as cobertas sobre a cabeça e procurei pensar no Natal, mas o rosto continuou a perseguir-me. O espectro movia os lábios e compreendi que desejava confessar-me alguma coisa. Senti a alma retroceder para uma região agradável e corrupta e, também lá, encontrei-o esperando por mim. Começou a confessar-se numa voz murmurada e eu me indagava por que razão ele não parava de sorrir e por que seus lábios estavam tão úmidos de saliva. Recordei-me então que morrera de paralisia e percebi que eu também sorria delicadamente, como para absolvê-lo da simonia do seu pecado.
Na manhã seguinte, após o café, desci para observar a pequena casa da rua Great Britain. Era uma loja modesta, designada pelo vago nome de Armarinhos. Seus artigos consistiam, principalmente, em guarda-chuvas e botas para crianças. Em dias normais, havia uma tabuleta pendurada na vitrina: Recobrem-se guarda-chuvas. Não se via a tabuleta agora, pois as cortinas estavam fechadas. Uma coroa de crepe estava presa à maçaneta por uma fita. Duas mulheres pobres e um garoto entregador de telegramas liam o cartão espetado na coroa:
1.° de julho de 1895
Reverendo James Flynn (outrora da Igreja de Santa
Catarina, rua Meath), com a idade de sessenta e cinco anos.
R. I. P.
O cartão convenceu-me de que estava morto e a comprovação perturbou-me. Se estivesse vivo, eu entraria no quarto pequeno e escuro nos fundos da loja, onde o encontraria na poltrona junto à lareira, sumido quase dentro do seu casaco. Titia talvez lhe tivesse mandado um pacotinho de High Toast e esse presente arrancá-lo-ia do entorpecimento. Era sempre eu quem esvaziava o pacote na caixinha, pois suas mãos, trêmulas demais, não permitiriam que ele próprio o fizesse sem derramar metade no chão. Mesmo quando levava o rapé ao nariz, com a mão larga e incerta, minúsculas nuvens de fumo escapavam-lhe por entre os dedos sobre o casaco. Essa constante chuva de tabaco era talvez responsável pela cor verde e surrada de seus paramentos eclesiásticos, pois o lenço vermelho, quase sempre sujo de uma semana, com que tentava remover as migalhas de fumo, mostrava-se de todo ineficaz.
Quis entrar para vê-lo, mas faltou-me coragem de bater à porta. Afastei-me devagar e, enquanto caminhava pela parte ensolarada da rua, ia lendo os anúncios de teatro nas vitrinas das lojas. Surpreendia-me que nem eu, nem o dia, aparentasse tristeza e fiquei realmente aborrecido ao descobrir em mim uma sensação de alívio, como se sua morte me houvesse de alguma forma libertado. Espantava-me porque, como dissera meu tio na noite anterior, o velho padre instruíra-me muito. Havia cursado o colégio irlandês de Roma e ensinara-me a pronunciar corretamente o latim. Contara-me histórias acerca das catacumbas e de Napoleão Bonaparte; explicara-me o significado das diversas cerimônias da missa e das diferentes vestes usadas pelo sacerdote. Às vezes, divertia-se fazendo-me perguntas difíceis. Perguntava-me o que uma pessoa deveria fazer em determinada circunstância, se este ou aquele pecado era venial, mortal ou apenas imperfeição.
Suas inquirições mostravam-me como eram complexas e misteriosas certas normas da Igreja, que eu sempre tivera como atos muito simples deveres do sacerdote para com a Eucaristia e o sigilo do confessionário pareceram-me tão graves que me admirava ler alguém suficiente coragem para assumi-los. E não me surpreendi ao ouvi-lo dizer que, elucidando aquelas complicadas questões, os padres haviam escrito livros tão grossos como o Anuário do Correio e em letra tão miúda como a das notas jurídicas dos jornais. Eu geralmente não sabia responder ou o fazia de forma tímida e hesitante, diante do que ele balançava a cabeça e sorria. Mandava-me às vezes dizer as réplicas da missa, que me fizera decorar. Enquanto eu tagarelava, ele sorria pensativamente, movendo a cabeça e aspirando, de tempo em tempo, grandes pitadas de rapé numa e noutra narina, alternadamente. Ao sorrir, mostrava grandes dentes enegrecidos e sua língua pendia sobre o lábio inferior — hábito que me causara má impressão no início de nossa amizade, quando ainda não o conhecia bem.
Caminhando pelo sol, recordei-me das palavras do velho Cotter e tentei lembrar a sequência do sonho. Recordei-me de ter visto longas cortinas de veludo e uma lâmpada antiga oscilando suspensa. Tinha a sensação de haver estado muito longe — na Pérsia, pensei —, mas não pude reconstituir o final do sonho.
À tardinha, titia levou-me com ela para a visita de pêsames. Era quase noite, mas as janelas das casas voltadas para o ocaso refletiam o ouro fulvo de um aglomerado de nuvens. Nannie recebeu-nos no vestíbulo e como se fosse indelicado dirigir-lhe a palavra, titia limitou-se a apertar-lhe a mão. A idosa mulher apontou para cima interrogativamente e, ao assentimento de minha tia, adiantou-se a nós e subiu com esforço a escada estreita, arqueando a cabeça quase ao nível do corrimão. Parou no primeiro patamar e indicou-nos a porta aberta da câmara mortuária. Minha tia entrou. Vendo que eu hesitava, a mulher encorajou-me com repetidos acenos.
Entrei na ponta dos pés. Através das cortinas uma luz fosca e dourada invadia o quarto, empalidecendo a chama das velas. Ele estava no caixão. Nannie fez um sinal e nós três nos ajoelhamos ao pé da cama. Fingi estar rezando, mas não conseguia ordenar meus pensamentos, pois os murmúrios da velha distraíam-me. Reparava na forma grosseira com que sua saia estava presa às costas por um alfinete e nos saltos de suas botas de pano, gastos de um lado só. Ocorreu-me então a ideia de que o velho sorria deitado no caixão.
Mas não. Quando nos levantamos e fomos à cabeceira do leito, vi que não estava sorrindo. Jazia ali, imenso, solene, vestido como para a missa, as mãos segurando molemente um cálice. Na verdade seu rosto, circundado por escassa penugem branca, era truculento, escuro e maciço, com narinas negras e cavernosas. Um odor pesado no quarto: as flores.
Persignamo-nos e saímos. Na saleta, embaixo, encontramos Eliza dignamente sentada na poltrona que pertencera ao morto. Com timidez, dirigi-me à cadeira de costume, no canto, enquanto Nannie apanhava uma garrafa de xerez e alguns cálices nos guarda-louças. Colocou-os na mesa e convidou-nos a tomar um pouco de vinho. A um sinal da irmã, serviu o xerez e passou-nos os cálices. Insistiu para que eu aceitasse alguns biscoitos, mas recusei achando que iria fazer muito barulho mastigando-os. Pareceu um tanto desapontada com minha recusa e, em silêncio, foi sentar-se no sofá, atrás da irmã. Ninguém falava: olhávamos todos para a lareira apagada.
Minha tia esperou que Eliza suspirasse e disse:
— Bem, foi para um mundo melhor.
Eliza tornou a suspirar e balançou a cabeça, concordando. Titia bateu com o dedo na haste do cálice, antes de provar um minúsculo gole.
—... foi... tranquila? — perguntou ela.
— Oh, muito tranquila, madame — respondeu Eliza. — Nem se percebeu quando a respiração cessou. Teve uma bela morte, louvado seja Deus!
— E tudo?...
— Padre O’Rourke esteve com ele na terça-feira. Deu-lhe a extrema-unção e preparou-o.
— Então ele sabia?
— Estava totalmente conformado.
— Seu rosto mostra isso — comentou minha tia.
— Foi o que disse a mulher que veio lavá-lo: Parece estar dormindo, tão resignada e serena é sua expressão.
Ninguém podia imaginar que daria um defunto tão bonito.
— E verdade — concordou titia.
Bebeu outro pequeno gole e prosseguiu:
— Bem, senhorita Flynn, de qualquer maneira deve ser um grande consolo para vocês saber que fizeram tudo o que podiam. Foram muito devotadas a ele.
Eliza pôs as mãos nos joelhos, alisando o vestido:
— Ah!