Publicação de Eduardo Saron

Há duas semanas, estive com a família e amigos na Amazônia, embarcado por seis dias no Rio Negro. Foi uma experiência incrível e libertadora. Uma pausa? Não! Um acelerar na vida que precisa ser vivida sem consumir vidas. Aliás, essa foi, mais ou menos, uma frase que ouvi de um pajé em uma das comunidades indígenas que visitamos. Liderar uma organização como a Fundação Itaú é um desafio imenso que exige não apenas visão, mas também a capacidade de reconhecer e fazer o presente que vem do futuro e se soma às experiências acumuladas. É preciso habilidade para decifrar o inconsciente coletivo e equilibrar os aspectos conscientes e inconscientes das pessoas, para seguirmos juntos, emaranhados por propósitos e fazeres. Complexo? Muito! Prazeroso? Muito! Em meio à turbulência do tempo presente, é belo retornar às fontes ancestrais da natureza, permitindo que sua erudição e serenidade desfaçam a errônea certeza dos parâmetros urbanos que parecem ser únicos. As imagens que divido com vocês, capturadas ao longo do Rio Negro, me provocam uma descida profunda nos sentidos. A água espelhada do rio, duplicando a paisagem, parece uma metáfora poderosa sobre nossas dualidades. Afinal, a realidade está no real e no que parece apenas espelhar. Se invertermos as fotos, o espelho se torna a origem do real para nosso olhar. A quietude e a vastidão do rio, junto à magnitude da floresta, me lembram da importância de cuidar de si, cuidar do espírito e da mente. A comunhão com a natureza oferece e impõe a necessidade de respirar profundamente, refletir e reconectar-me com o que deveria ser genuinamente essencial. Não se trata de parar. Essa concepção para mim é equivocada. Trata-se de intensificar o ritmo da vida ao mimetizar-se com o eco, que oferece suas sabedorias ao caminhar em um movimento de individuação coletiva, uma forma de viver plena, simples e intensa. É uma maneira de nutrir minha alma e se propor ao equilíbrio necessário para viver somando vidas e liderar com sabedoria, integridade e alegria. Ps.: Fotos sem Photoshop #SaúdeMental #Liderança #Harmonia #BioConexãoComANatureza #Inspiração #Individuação #Gestão #RH #Pessoas #Sustentabilidade #ESG

Ao longo dos meus diversos posts aqui, tenho falado sobre a #InteligênciaArtificial e o quanto ela modificará de forma estrutural, e em escala nunca antes vista, o modo como construímos nossas memórias sociais, produzimos conhecimento e conduzimos sua difusão. Tenho refletido muito sobre como permaneceremos sendo relevantes e sobretudo determinantes nessa relação pessoa-máquina e sociedade. Diante de temas centrais como o combate à #desigualdade, a #RevoluçãoTecnológica, a ampliação da #Produtividade e a desconstrução da #GuerraCultural, me pergunto: quais #HabilidadesHumanas precisamos aprofundar e desenvolver? Sem a intenção de ser conclusivo ou exaustivo, mas com o objetivo de estimular o diálogo sobre esta questão, relaciono alguns pontos que me parecem essenciais: 1. Habilidades Socioemocionais: gerenciar emoções, estabelecer relacionamentos saudáveis e tomar decisões responsáveis; 2. Cultura de Paz e Coexistência: Reconhecer e resolver conflitos de maneira pacífica e viver em harmonia com pessoas de diferentes origens, tendo a diversidade com força transformadora; 3. Pensamento Crítico e Resolução de Problemas: analisar informações de maneira crítica e desenvolver soluções inovadoras; 4. Pensamento Lógico: raciocinar de forma estruturada e resolver problemas de maneira eficiente; 5. Competências Digitais: usar e compreender tecnologias digitais, incluindo segurança cibernética e pensamento computacional e interseção pessoa-máquina e sociedade; 6. Comunicação Eficaz: comunicar-se de maneira clara e eficaz, tanto verbalmente quanto por escrito levando-se em consideração o recepto; 7. Colaboração: trabalhar em equipe e valorizar a diversidade de perspectivas e compreender que a força transformadora está no coletivo, levando-se em consideração o sujeito; 8. Criatividade: desenvolver novas ideias e abordagens para resolver problemas ao pensar de maneira diferente, desafiar suposições estabelecidas e conectar informações de maneiras inovadoras; 9. Fabulação: criar e narrar histórias, promovendo a imaginação e a expressão criativa, provocando novos modos de existência e formas de pensar; 10. Adaptabilidade: ajustar-se rapidamente a novas situações e desafios, com flexibilidade cognitiva e emocional, podendo navegar com confiança diante das mudanças e adversidades; 11. Pensamento Sistêmico: compreender a interconexão entre diferentes aspectos da vida considerando a articulação e preservação dos ecossistemas entre sujeito, tecnologia e natureza; 12. Aprendizagem ao Longo da Vida: desenvolver uma mentalidade de aprendizagem contínua e autonomia no aprendizado e emancipação do sujeito. Com a abordagem estruturada, estratégica, podemos aprimorar a formação das gerações para um mundo em mudança, onde o conhecimento e as habilidades são a chave para a real inclusão, pluralidade e sustentabilidade das pessoas e a natureza. Ps.: tirei esta foto numa comunidade indígena na Amazônia. #IA #Educação #Trabalho

Hoje tive a oportunidade de participar de um encontro na sede do Cubo Itaú que foi bem legal e necessário. O evento reuniu educadores, gestores, professores de escolas, startups e empresas. Em resumo, edutechs comprometidas com o debate sobre o presente e o futuro da Inteligência Artificial na educação. Este evento foi promovido pelo Cubo Education e a International school. No encontro, reafirmei a crença da Fundação Itaú de que a IA generativa deve ser orientada por cinco grandes eixos fundamentais; 1. #Equidade como central em seu propósito; 2. #Inclusão como pressuposto, para acolher todos os públicos; 3. #Pluralidade, para ampliar a potência de seu conteúdo, principalmente sob as óticas de gênero, raça e idade, entre outras; 4. #Ética na sua abordagem e compromisso com o bem público; 5. #Inovação, para que a memória, o conhecimento e a difusão sejam ainda mais democráticos. Atendidos esses requisitos, é fundamental também que os desenvolvedores incluam educadores, gestores da área e alunos no diálogo de construção das plataformas. É desse espírito colaborativo que sairão as melhores soluções para o presente/futuro da educação, especialmente ao considerarmos os desafios do sul global e nossa soberania. A IA é uma revolução irreversível e irá mudar a maneira como ensinamos e aprendemos. O diálogo e a transmissão de conhecimento precisarão ser cada vez mais hiperpersonalizados, adaptados ao ritmo de aprendizado de cada aluno e às necessidades dos professores, para termos uma educação ainda mais focada na qualidade e, portanto, mais efetiva e envolvente (veja um artigo que publiquei no Valor Econômico sobre o tema: https://bit.ly/3xNbl0d). Aqui na Fundação, estamos mobilizados em torno dos desafios desta nova fronteira. Por isso, criamos um edital específico para mapear e fomentar o trabalho de pesquisadores, desenvolvedores e acadêmicos que também estão debruçados sobre os desafios desta temática (https://bit.ly/4czCMcB). Nosso propósito com essa e outras iniciativas é formar uma grande rede colaborativa para que possamos avançar na aplicação de IA na educação no Brasil. Agradeço à Camila Rossato e ao Filipe Guimarães, do Cubo Education e à Milena Hama, da International School pelo evento e a oportunidade de participar. O encontro foi um momento importante para mim, pois tive a oportunidade de ouvir e perceber os desejos e objetivos que reverberavam em cada pergunta. Obrigado pelo ótimo papo, Antonio P. (CGO da Zallpy), Ismael F. (Google) e Ana Maria Menezes (International School). #IA #Educação #Cubo #Professores #Escola #Startup #IAGenerativa #InteligênciaArtificial

Hoje, a Folha de S.Paulo publicou um artigo em que abordo o desafio da criatividade no processo de ensino-aprendizagem em nossas escolas, com base nos resultados da avaliação realizada pelo PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Esta foi a primeira pesquisa destinada a analisar o pensamento criativo nas escolas, contando com a participação de 57 países. O Brasil ficou em 44º lugar, marcando 23 pontos de um total de 60, enquanto a média dos países da OCDE foi de 33 pontos. A criatividade é essencial para o desenvolvimento integral do sujeito, que passa por uma educação plural e inclusiva, em diálogo com a cultura, as artes, mídias digitais e o esporte. Além disso, envolve habilidades socioemocionais, a articulação entre escola, famílias, territórios e natureza, bem como a devida atenção às condições de trabalho e formação dos profissionais de educação e à infraestrutura escolar. A versão online, para assinantes, está disponível neste link: https://bit.ly/4bFdhpt #PISA #Criatividade #Educação #EducaçãoIntegral #Arte #Cultura #Matemática #IA

É incrível como no Brasil uma geração de artistas extraordinários nasceu em meados dos anos 1940. Naná Vasconcelos foi um desses encantos. O percussionista é um dos mais destacados da história da nossa música, com mais de 400 gravações, parcerias nacionais e internacionais, além de diversos prêmios Grammy e uma notável atuação carnavalesca. Para homenageá-lo, a Fundação Itaú, por meio do Itaú Cultural, realiza mais uma edição do projeto Ocupação, dedicada a mostrar a vida e obra de Naná, com documentos e obras já vistas e materiais inéditos ao público. Um exemplo é o berimbau construído por ele em 1967, sua marca registrada, que será exposto pela primeira vez. A concepção e realização da mostra são do Itaú Cultural, com curadoria da gerência de Curadorias e Programação Artística, consultoria de Patrícia Vasconcelos, viúva de Naná, e pesquisa do jornalista Mateus Araújo. A ocupação abre para o público no dia 17 de julho, às 20h, e vai até o dia 27 de outubro. O programa inclui uma programação de shows entre os dias 18 e 21 de julho. Mais informações no site: https://bit.ly/45XkvE6 #NanáVasconcelos #Música #Percussão #Berimbau #Ocupação #ItaúCultural #Exposição #Arte #Cultura

Quando o assunto é corrida tecnológica e avanços em IAs generativas, tudo é incrivelmente grandioso. E sempre há um plano público estratégico nacional, independente do perfil ideológico econômico/cultural do país. A China acaba de anunciar um plano ousado para ampliar significativamente a capacidade computacional de seus supercomputadores até 2025. O objetivo é aumentar o poder de processamento estatal em 30%, alcançando 300 exaFLOPS. Mas o que isso significa? Um exaFLOP é capaz de realizar um quintilhão de cálculos por segundo! Atualmente, o supercomputador mais rápido do mundo é o Frontier dos EUA, com aproximadamente 1,1 exaFLOPS. Se esse aumento for bem-sucedido, a China se tornará líder global, possibilitando avanços significativos em inteligência artificial e transformações digitais, especialmente em áreas rurais. Essa conquista é ainda mais impressionante quando consideramos as restrições econômicas impostas pelos EUA ao acesso da China a superprocessadores. Tom's Hardware - (https://lnkd.in/dg68kKxY) #Inovação #IA #China #Tecnologia #Computação #TransformaçãoDigital #InteligênciaArtificial

#IAs #IA #Desigualdade #Equidade #DesenvolvimentoHumano

É sempre relevante ter contato com múltiplas pesquisas que estão avaliando o quanto conhecemos e interagimos com a inteligência artificial generativa, além de nossos sentimentos sobre este novo mundo. Aqui, posto dados interessantes do Relatório Inteligência Artificial no Brasil, da Opinion Box (disponível na íntegra neste link: https://bit.ly/3xAXzOp). 1. Perfil dos Entrevistados: A pesquisa incluiu 1.011 pessoas, com uma distribuição equilibrada entre homens (47%) e mulheres (53%), e variadas faixas etárias, regiões do Brasil e perfis socioeconômicos, sendo 20% das classes A e B e 80% das classes C, D e E. 2. Conhecimento sobre IA: 30% dos entrevistados afirmam ter um bom entendimento do que é a IA, enquanto 61% têm um conhecimento básico da tecnologia. Os jovens de 16 a 29 anos são os que mais entendem sobre o assunto. 3. Uso da IA no dia a dia: Cerca de 90% dos entrevistados afirmam que já utilizaram algum tipo de IA, com 37% fazendo uso diário. As principais aplicações incluem organização pessoal e tarefas de trabalho. 4. Opiniões sobre IA: A maioria dos brasileiros acredita no potencial positivo da IA, mas há preocupações éticas. De acordo com a pesquisa, 32% estão animados com o que está por vir, enquanto 73% se preocupam com o fato de que a inteligência artificial possa coletar e analisar dados pessoais. 5. ChatGPT: 79% dos entrevistados conhecem o ChatGPT, e dentre esses, 53% já utilizaram a ferramenta. Para 40% dos usuários, as respostas fornecidas contêm vieses ou informação tendenciosa. 6. Impacto na Sociedade: Apesar do otimismo quanto ao futuro da IA, há um sentimento misto, com algumas preocupações sobre a perda de empregos e o controle excessivo sobre a vida das pessoas. Na opinião de 62%, quem não aprender a usar a IA deve ficar para trás no mercado de trabalho 7. IA nas Empresas: 37% das empresas em que os entrevistados trabalham estão utilizando alguma ferramenta ou solução de inteligência artificial. Além disso, 27% estão usando a IA em tarefas de rotina do trabalho e 24% em processos internos. 8. Aprendendo sobre IA: Redes sociais são a principal fonte de informação sobre IA para a 64% das pessoas, seguidas por vídeos e tutoriais online (48%), blogs e sites especializados (39%) e artigos e publicações acadêmicas (30%). É fundamental realizar uma leitura crítica das pesquisas neste campo, especialmente em um cenário tão dinâmico, turvo e incerto. Compartilho aqui esta fotografia interessante que certamente nos oferece alguns insights valiosos. Aliás, se você tiver acesso a outras pesquisas e quiser dividir com a gente aqui nos comentários, seria ótimo. #IA #InteligênciaArtificial #Pesquisa #Tendência #Comportamento

Nesta semana, celebramos com o time o aniversário de 5 anos da Fundação Itaú. É com muita alegria e orgulho que chegamos a esse marco, pois, mesmo sendo tão jovem, a entidade reúne "filhos bem mais adultos", vindos de trajetórias muito consolidadas – Itaú Cultural, Itaú Social e Itaú Educação e Trabalho. O desafio de juntar as frentes sociais do Itaú Unibanco, potencializando nossas estratégias e foco, envolveu reunir diversas experiências em uma só governança. Pessoas de diferentes trajetórias estavam, enfim, juntas com um mesmo propósito, e a Fundação foi se consolidando nesse grande encontro de histórias. Somam-se a essa pluralidade as diferentes gerações que convivem em nosso grupo, com gente experiente e gente que chegou agora. Contamos ainda com a força de termos um conselho administrativo engajado historicamente com a filantropia, a educação e a cultura, e que sabe, na prática, como podemos potencializar nossas ações e garantir o espírito público de nossa instituição. Há muitas iniciativas no terceiro setor no campo da educação e muita gente boa fazendo a diferença na arte e na cultura. Mas são poucas as instituições que abarcam esses universos como a Fundação Itaú. Juntos, trazemos sinergia e conhecimentos únicos para o poder transformador da aliança entre cultura e educação. Hoje, temos um propósito, uma marca e uma cultura organizacional que nos garantem norte, identidade e valores. Mas só chegamos aqui porque cada um que está nessa foto abraçou o projeto e segue acreditando nessa jornada. Muita alegria, orgulho e gratidão a todos. Mega obrigado também às lideranças da Fundação que estão no dia a dia direto comigo: Valeria Breslin, Ana Inoue, Patricia Mota Guedes, Jader Rosa e Aninha de Fátima Sousa ;-)!!!! Vida longa à Fundação Itaú! #Filantropia #Cultura #Arte #Educação #Governança #ESG #Equipe #GestãodePessoas #Propósito #CulturaOrganizacional #TerceiroSetor #Celebração #RH