Publicação de Eduardo Saron

#IAs #IA #Desigualdade #Equidade #DesenvolvimentoHumano

É sempre relevante ter contato com múltiplas pesquisas que estão avaliando o quanto conhecemos e interagimos com a inteligência artificial generativa, além de nossos sentimentos sobre este novo mundo. Aqui, posto dados interessantes do Relatório Inteligência Artificial no Brasil, da Opinion Box (disponível na íntegra neste link: https://bit.ly/3xAXzOp). 1. Perfil dos Entrevistados: A pesquisa incluiu 1.011 pessoas, com uma distribuição equilibrada entre homens (47%) e mulheres (53%), e variadas faixas etárias, regiões do Brasil e perfis socioeconômicos, sendo 20% das classes A e B e 80% das classes C, D e E. 2. Conhecimento sobre IA: 30% dos entrevistados afirmam ter um bom entendimento do que é a IA, enquanto 61% têm um conhecimento básico da tecnologia. Os jovens de 16 a 29 anos são os que mais entendem sobre o assunto. 3. Uso da IA no dia a dia: Cerca de 90% dos entrevistados afirmam que já utilizaram algum tipo de IA, com 37% fazendo uso diário. As principais aplicações incluem organização pessoal e tarefas de trabalho. 4. Opiniões sobre IA: A maioria dos brasileiros acredita no potencial positivo da IA, mas há preocupações éticas. De acordo com a pesquisa, 32% estão animados com o que está por vir, enquanto 73% se preocupam com o fato de que a inteligência artificial possa coletar e analisar dados pessoais. 5. ChatGPT: 79% dos entrevistados conhecem o ChatGPT, e dentre esses, 53% já utilizaram a ferramenta. Para 40% dos usuários, as respostas fornecidas contêm vieses ou informação tendenciosa. 6. Impacto na Sociedade: Apesar do otimismo quanto ao futuro da IA, há um sentimento misto, com algumas preocupações sobre a perda de empregos e o controle excessivo sobre a vida das pessoas. Na opinião de 62%, quem não aprender a usar a IA deve ficar para trás no mercado de trabalho 7. IA nas Empresas: 37% das empresas em que os entrevistados trabalham estão utilizando alguma ferramenta ou solução de inteligência artificial. Além disso, 27% estão usando a IA em tarefas de rotina do trabalho e 24% em processos internos. 8. Aprendendo sobre IA: Redes sociais são a principal fonte de informação sobre IA para a 64% das pessoas, seguidas por vídeos e tutoriais online (48%), blogs e sites especializados (39%) e artigos e publicações acadêmicas (30%). É fundamental realizar uma leitura crítica das pesquisas neste campo, especialmente em um cenário tão dinâmico, turvo e incerto. Compartilho aqui esta fotografia interessante que certamente nos oferece alguns insights valiosos. Aliás, se você tiver acesso a outras pesquisas e quiser dividir com a gente aqui nos comentários, seria ótimo. #IA #InteligênciaArtificial #Pesquisa #Tendência #Comportamento

Você sabia que a Fundação Itaú tem quatro editais com inscrições abertas? Aproveite para se inscrever ou avisar alguém que você acha que possa se interessar. - Edital Inteligência Artificial para Educação (Fundação Itaú): Seleciona projetos de pesquisadores ou instituições com foco na aplicação da tecnologia na educação básica pública brasileira. Inscrições até 31 de julho: https://bit.ly/4czCMcB - Edital Fundos da Infância e da Adolescência (Itaú Social): Fomenta iniciativas de Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente que assegurem o direito à educação dos estudantes. Inscrições até 5 de julho: https://bit.ly/3VWHPhV - ||entre|| arte e acesso (Itaú Cultural): Voltado para artistas e pesquisadores com deficiência que desenvolvam projetos no campo das artes. Inscrições até 19 de julho: https://bit.ly/45DplGz - Edital de Jornalismo de Educação (Fundação Itaú): Em parceria com a Associação de Jornalistas de Educação, oferece bolsas para a produção de reportagens sobre a educação pública brasileira. Neste ano, o edital priorizará pautas relacionadas ao Rio Grande do Sul e aos impactos da crise climática. Inscrições até 20 de julho: https://bit.ly/45HYDwz Para nós, os editais têm um papel relevante na descoberta de novos projetos e talentos, além de proporcionar o oxigênio da Fundação ao termos um mapa das iniciativas propostas e a possibilidade de conhecermos pessoas de todo o Brasil. Se você tem uma iniciativa que se encaixa em nossos editais ou conhece alguém que possa se inscrever, nós queremos muito conhecer. Vamos lá! Nos links estão os detalhes de cada edital, incluindo o objetivo e a forma de participação. #Edital #Fomento #Educação #CriançaseAdolescentes #IA #InteligênciaArtificial #Jornalismo #Cultura #Pesquisa

A revolução da Inteligência Artificial Generativa na educação e na construção do conhecimento humano é uma realidade. No entanto, para que essa tecnologia realmente beneficie a humanidade, é necessário que governos, empresas e a sociedade se envolvam e participem de forma colaborativa, garantindo que inovação, inclusão, pluralidade e regulação sejam pilares centrais dessa transformação social que já estamos vivenciando. Nos capítulos dos direitos sociais, as IAs também já começam atuar. Na educação, intencionalidade pedagógica, envolvimento da comunidade escolar, segurança dos dados e mudança cultural são essenciais para alcançarmos os melhores resultados. Esses pressupostos são fundamentais para avançarmos na educação e posicionarmos o Brasil como um ator relevante na arena tecnológica, partindo do Sul Global. Entretanto, não há como progredir em um tema que exige tantos recursos sem um Plano Nacional, com a educação no centro desta revolução. Falo mais sobre o assunto em artigo publicado hoje no Valor Econômico. Para assinantes, a versão online está disponível aqui: https://bit.ly/3xNbl0d Me conte o que achou e boa leitura! #InteligênciaArtificial #Educação #Docente #Professor #Formação #Inclusao #Pluralidade #Inovacao #Equidade #Regulamentação #EducaçãoDigital #EducaçãoMidiática

Na esteira de materiais sobre Inteligência Artificial e educação que merecem ser compartilhados, o Banco Mundial publicou na última semana um relatório muito rico chamado “Revolução da IA na Educação: O que você precisa saber”. O material foca nos desafios e oportunidades da América Latina e Caribe, e está dividido em capítulos: 1. Introdução: explica como a IA está redefinindo métodos de ensino e aprendizagem, ainda que esteja no início de seu processo de desenvolvimento. Traz também a importância de uma abordagem crítica e ética da tecnologia em sala de aula. 2. Aplicações atuais da IA na educação: dividido entre professores, estudantes e gestores, o capítulo traz exemplos de ferramentas já colocadas em prática por esses diferentes atores. As aplicações incluem tutoria especializada para alunos, mentoria e feedback para professores, e soluções organizacionais para a área administrativa. 3. Preparação para um futuro movido pela IA na educação: indica os melhores caminhos para o desenvolvimento da IA com fins educacionais, incluindo investimentos em infraestrutura e conectividade nas escolas, privacidade dos dados dos alunos, a mitigação de vieses algorítmicos e a oferta de programas de desenvolvimento profissional para professores. 4. O papel das parcerias público-privado: aqui, o relatório traz a necessidade da criação de mecanismos de governança robustos para garantir transparência e responsabilidade das empresas, e aponta para o modelo de parceria entre as esferas pública e privada para o sucesso dessa empreitada. 5. Conclusão: o material, por fim, reforça que a revolução da IA já está em curso e exige adaptação proativa para melhorar a jornada educacional e a equidade. Essa implementação bem-sucedida requer o desenvolvimento de infraestrutura e treinamento de professores, além da colaboração entre formuladores de políticas, educadores e especialistas expoentes na América Latina e Caribe.  É de fato uma pesquisa muito útil não só para quem é do meio educacional, como para todos nós que estamos atentos às revoluções trazidas pela IA. Tanto este relatório quanto o da Unesco, que eu postei aqui na segunda-feira, convergem em pontos cruciais, como as vantagens da personalização do ensino e a importância de formação para docentes. O trabalho deixou de fora, porém, pontos que considero muito importantes, principalmente no contexto brasileiro, como estratégias mais detalhadas para o desenvolvimento contínuo de professores, o impacto psicológico da IA na sala de aula e a transparência dos algoritmos. O relatório está disponível para download na íntegra neste link: https://bit.ly/3XCF9qU #IA #AI #InteligêciaArtificial #Educação #Formação #Pesquisa #BancoMundial #AméricaLatina

A UNESCO sempre desempenha um papel vital na produção e difusão de conhecimento nos campos da Ciência, Cultura e Educação em todo o mundo. Desta vez, ela nos oferece a versão já em português do Guia sobre Inteligência Artificial Generativa na #Educação e #Pesquisa. Além de explicar o funcionamento e as diversas tecnologias e modelos disponíveis, o material aborda a necessidade imperiosa de considerar aspectos éticos e políticos, como segurança e privacidade de dados, direitos autorais e manipulação de informações. O guia enfatiza, de maneira necessária e óbvia, a necessidade de uma abordagem centrada no ser humano. Para regulamentar o uso da IAGen, o documento propõe etapas para o desenvolvimento de marcos políticos coerentes e abrangentes, garantindo que essas ferramentas beneficiem verdadeiramente profissionais da educação, estudantes e pesquisadores. A publicação explora como a IAGen pode ser utilizada de maneira criativa no design de currículos, ensino, aprendizado e atividades de pesquisa. O Guia da UNESCO para IAGen é uma ferramenta essencial para todos os envolvidos no setor educacional, desde formuladores de políticas a educadores e pesquisadores. Ele fornece um caminho claro e um roteiro interessante para garantir que a adoção da IA na educação seja realizada de maneira responsável e benéfica, respeitando valores humanos fundamentais e promovendo o desenvolvimento sustentável. Para mim, o aspecto central e profundamente revolucionário é que a inteligência artificial generativa desloca completamente o modo como construímos nossa memória social, o desenvolvimento do conhecimento e toda a difusão. Para que isso seja um salto positivo para a humanidade, é preciso que tenhamos inclusão, diversidade, inovação e equidade como centrais para que esta transformação digital esteja a serviço da humanidade. Ahhhh, no primeiro semestre de 2025, a UNESCO promoverá em Barcelona o #Mondiacult, com um dos temas centrais focado na Inteligência Artificial Generativa. #InteligênciaArtificial #Inovação #IA #Sustentabilidade #UNESCO #IAGen

A ascensão da NVIDIA está entre as mais rápidas da história do mercado. Esta semana, ela se tornou a mais valiosa empresa de capital aberto no mundo, alcançando a marca de 3,3 trilhões de dólares. Em pouco mais de um ano, a organização ganhou um valor de mercado de mais de 2 trilhões de dólares. Esse crescimento extraordinário da Nvidia é um dos vários testemunhos do impacto da inteligência artificial generativa em todo o mundo. Nos útimos dois anos essa tecnologia impulsionou a Microsoft, que voltou ao topo, fruto da “parceria” com a OpenAI. Observando de perto o gráfico, é possível perceber que a recente valorização da Apple reflete o anúncio do iOS 18, marcando a entrada da marca nas IAs. #ParaEntenderNvidia (um pouco…) A grande mudança que a Nvidia provocou no universo das IAs está diretamente ligada ao uso de #GPUs (unidades de processamento gráfico) para tarefas de inteligência artificial. Tradicionalmente, os CPUs (unidades centrais de processamento) eram usados para processar a maioria das tarefas computacionais. No entanto, as GPUs, que a Nvidia desenvolveu inicialmente para o setor de #games (#EconomiaCriativa na veia ai!), mostraram-se muito mais eficientes para processar grandes volumes de dados em paralelo (pense numa imagem de redes neurais), uma característica essencial para treinamentos de modelos de IA. As GPUs da Nvidia transformaram-se no padrão-ouro para treinamentos de IA, oferecendo desempenho superior e reduzindo significativamente o tempo necessário para desenvolver e implementar modelos de inteligência artificial complexos. Esta mudança tecnológica permitiu avanços rápidos em áreas como aprendizado profundo, reconhecimento de voz e imagem, e análise de grandes volumes de dados. A empresa, que no passado tinha entre seus colaboradores a frase "vamos quebrar no mês que vem" (algo assim), hoje domina 80% do mercado de GPUs. #IAs #MercadodeCapitais #RevoluçãodaIA #InteligênciaArtificial

Hoje pela manhã, tive o privilégio de abrir as atividades do Brazil Forum UK, evento organizado por estudantes brasileiros de pós-graduações das principais universidades do Reino Unido. Iniciei o encontro reforçando a importância da educação e da cultura como pilares fundamentais na formação da sociedade e na redução das desigualdades. Apresentei dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), ressaltando como a educação brasileira está posicionada frente ao mais novo elemento considerado pela OECD - OCDE que é o pensamento criativo https://lnkd.in/ds3FMhBB. Também compartilhei números sobre a educação pública no Brasil, abordando as defasagens na aprendizagem, especialmente em matemática, e discutindo o contexto educacional em termos de número de professores, alunos, além de práticas pedagógicas e infraestrutura. Abordei o papel da Fundação Itaú, uma entidade privada com espírito público, comprometida em colaborar com políticas públicas para melhorar a educação no país. Aprofundei os números sobre os anos finais do ensino básico e o tema das Escola das Adolescências, pauta para a qual o Itaú Social tem se dedicado. Também falamos dos dados da Educação Profissional e Tecnológica. No Brasil a taxa de alunos matriculados nesta modalidade é de 11%, enquanto a média de países do grupo pesquisado pela OCDE é de 44%. Assunto liderado pelo Itaú Educação e Trabalho. Ao falar de mudanças, também apontei nossa potência nas indústrias criativas e o papel de nossos pensadores e artistas - temas centrais de nossa frente conduzida pelo Itaú Cultural. Discuti ainda nossa estratégia de atuação em parceria com as universidades brasileiras para aprimorar os caminhos da educação e da cultura no combate às desigualdades. Mencionei a importância dos mestrados profissionais como uma ação vital nesse esforço. O encontro proporcionou um espaço para a troca de experiências e ideias, revelando a diversidade e a profundidade das pesquisas realizadas por esses estudantes de diversas universidades - entre elas University of Sussex, King's College London, University of Oxford, University College London, Glasgow e The London School of Economics and Political Science (LSE) - que apontaram os temas de suas pesquisas: políticas públicas para saúde, educação, cultura, mudanças climáticas, segurança pública, ciências de dados, entre outros. Sempre orientados por evidências, metodologias sólidas e a alta aplicabilidade junto à sociedade. A determinação e o talento dos pesquisadores que conheci são um reflexo do potencial do Brasil. Que o país possa recebê-los, para ampliarmos nossa produtividade, capacidade de desenvolvimento econômico e combate à desigualdade. Agradeço a Natalia Paes Barreto Lima, Fernando Antunes Lopes e todos os voluntários do BR Fórum UK. #Educação #Cultura #Inovação #Equidade #PesquisaAcadêmica #Universidades #DesenvolvimentoEconômico #Brasil #ReinoUnido #IndústriasCriativas #EducaçãoProfissional #PolíticasPúblicas

Pela primeira vez, o #Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), um dos principais parâmetros de educação mundial realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD - OCDE ) avaliou o pensamento criativo de estudantes de 15 anos. O resultado, divulgado ontem, mostra que o Brasil figura na 44ª posição entre 56 países. O teste avaliou a capacidade dos alunos de gerar, avaliar e melhorar ideias em quatro contextos: - expressão escrita; - expressão visual; - resolução de problemas científicos; - resolução de problemas sociais. O Brasil apareceu no ranking atrás de países como Catar e empatado com a Arábia Saudita. No contexto regional, está atrás de Chile e México, e empatado com Peru. Em uma escala de 0 a 60, o país somou 23 pontos (a média da OCDE é 33). Entre os mais e menos favorecidos economicamente, a diferença de desempenho foi de 11 pontos (30 e 19 pontos, respectivamente). A maior parte (54%) alcançou os níveis 1 e 2 de criatividade, o que corresponde a soluções simples, isoladas e óbvias para os problemas apresentados. O novo enfoque da avaliação e o baixo desempenho do Brasil trazem insumos urgentes para revermos a aplicação do nosso modelo educacional. #Criatividade, #PensamentoCrítico e #Colaboração entre estudantes são habilidades cada vez mais essenciais no mundo contemporâneo e devem ser estimuladas por meio de um modelo integral, incluindo educação digital, cultural, arte e esporte, além de abordagens lúdicas e criativas de todas as disciplinas. O pensamento criativo é nossa maior potência frente a múltiplas adversidades, como a pobreza, o agravamento das desigualdades, os impactos da inteligência artificial e as mudanças climáticas. Tanto para o mercado de trabalho quanto no âmbito pessoal, a formação de indivíduos criativos é um imperativo do século 21. Tal demanda se choca com o modelo educacional que predomina no cenário brasileiro, com um currículo sobrecarregado de conteúdos que devem ser decorados. O próprio ambiente escolar precisa ser repensado para propiciar uma atmosfera criativa que envolva gestores, professores, alunos e suas famílias. Como transformar nossas escolas em um ecossistema que propicie o pensamento criativo? Primeiro, é necessário reconhecer que criatividade vai além do talento pessoal e pode, sim, ser adquirida. Portanto, é preciso incorporar a habilidade no currículo escolar, de forma transversal nas disciplinas, para que seja estimulada em vários contextos. Apoiar os educadores a desenvolverem propostas lúdicas, colaborativas e multifacetadas, para que a criatividade esteja no cotidiano dos alunos. Os desafios do presente precisam ser enfrentados a partir de uma aliança transformadora entre #Arte, #Cultura e #Educação - temas da Fundação Itaú. Até porque em arte e cultura somos um país maravilhoso! Seguimos nessas frentes para apoiar nossos alunos a serem protagonistas do futuro, nessa caminhada rumo a um país com índices educacionais mais promissores.