Publicação de Ivan Martinho

No futebol existe uma interseção entre a paixão do torcedor e a lógica do negócio. Recentemente, a eliminação da seleção brasileira para o Uruguai nas quartas de final da Copa América trouxe à tona essa dualidade. Naturalmente, como torcedor, a frustração é mais do que normal, mas é crucial lembrar que a vida é feita de conquistas e derrotas. Para quem trabalha no esporte, assim como em qualquer outro setor, é necessário ter calma e tranquilidade para lidar com as derrotas e saber que existe um dia após o outro. Isso porque nem só de futebol vive o futebol! Embora tudo nasça da paixão entre time e torcedor, esse esporte evoluiu para se tornar uma poderosa plataforma de negócios. Basta conferirmos o estudo conduzido pela Morning Consult, "Global Sports Attitudes and Behaviors", realizado em maio de 2024, com uma amostra total de 18.082 fãs de 10 países, que revelou que 64% dos torcedores acompanham futebol, reafirmando sua posição como o esporte com maior fandom global. Hoje, o futebol não é apenas paixão, mas também estratégia, marca e negócio. Ao todo, a #Conmebol distribuirá 72 milhões de dólares (R$ 395 milhões) em premiações nesta competição, todas as 16 seleções participantes se beneficiarão, independentemente do resultado em campo. O Brasil sai da Copa América com 4 milhões de dólares e ainda tem pela frente mais seis partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Como referência, a seleção campeã da Copa América levará 18 milhões de dólares e o vice-campeão, 9 milhões de dólares. É essencial que quem lida com o futebol como negócio entenda que o sucesso não é linear. A paixão dos torcedores é a alma do esporte, mas é a visão estratégica que sustenta seu crescimento e impacto. Aqui, como torcedor e em termos de bola no pé, sigo esperançoso por dias melhores para a nossa seleção.