Publicação de Ivan Martinho

A experiência é a nova moeda do mercado global. Com o final do torneio de #Wimbledon2024, temos um bom exemplo de como uma marca pode transformar um evento esportivo em uma experiência inesquecível. Recentemente, o torneio anunciou a venda de lugares privilegiados na plateia por 750 mil reais. Esses ingressos oferecem 14 dias de competição ao longo de cinco anos, incluindo acesso a bares e restaurantes exclusivos com menus de chefs renomados. O valor, que quadruplicou desde o período entre 2011 e 2015, reflete a crescente demanda por experiências únicas e de alta qualidade. Em uma economia onde a experiência é tudo, não se trata apenas de um serviço bem prestado, mas de criar histórias para contar e momentos para lembrar. Um estudo da Boston Consulting Group (BCG) revelou que empresas focadas em Customer Experience (CX) crescem 190% mais rápido que a média do mercado em três anos, proporcionando um retorno de investimento 55% maior para seus acionistas em cinco anos. O Net Promoter Score (#NPS), que mede a lealdade dos clientes, também aumenta em cerca de 70% em negócios que priorizam a experiência do consumidor. O torneio de Wimbledon de 2024 se destaca não apenas pela sua esperada competitividade, mas também pela premiação recorde que ultrapassa os US$ 60 milhões, estabelecendo um novo padrão para os Grand Slams. Quando comparado a outros grandes torneios, como o US Open, Roland Garros e o Australian Open, Wimbledon agora lidera com a maior premiação da história. Em 2023, o US Open ofereceu cerca de US$ 57 milhões em prêmios, enquanto Roland Garros distribuiu aproximadamente US$ 49 milhões, tornando Wimbledon o evento mais prestigiado do circuito profissional de tênis. Wimbledon, com sua rica história e tradição, é um exemplo brilhante dessa abordagem. Não se trata apenas de assistir a partidas de tênis, mas de fazer parte de uma comunidade global apaixonada pelo esporte. Cada detalhe, desde as quadras de grama imaculadas e o rigoroso código de vestimenta até o icônico placar, contribui para a magia do evento. Não é apenas um torneio de tênis; é uma celebração da experiência e da tradição para entusiastas e fãs casuais. Um evento imperdível, com momentos memoráveis e histórias para contar por toda a vida.

O incidente ocorrido ontem na final da Copa América sem dúvida liga um alerta para organização da Copa do Mundo 2026. Ainda que para Copa do Mundo, costumeiramente a FIFA já adote cordões de isolamento que preservam os arredores do estádio e que são somente acessados por torcedores com ingresso e credenciados, é importante aceitar e entender que o comportamento de torcedores de futebol podem ser distintos aos do futebol americano e outros esportes populares nos Estados Unidos, fato que requererá atenção e ajustes de operação. No vídeo abaixo, curiosamente postado 4 dias atrás pelo The Wall Street Journal , uma explicação detalhada sobre técnicas de gestão de público e multidões em eventos.

Uma semana mais do que especial que já ficou na memória! 🎓 Aqui, alguns momentos divertidos da 7ª edição do Curso de Marketing Esportivo da ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing que tenho a alegria de lecionar! Um enorme obrigado à todos/as os/as alunos/as e aos meus convidados! Em Janeiro/2025 tem mais, vem aí a 8ª edição! “Estudar é o primeiro passo pra transformar sonhos em realidade” - Michael Jordan #sportsmarketing #marketingesportivo Vanessa Kym 👊 Caio Bianchi, PhD 🏳️🌈 👊 Suzan Staropoli 👊

O torneio de seleções mais antigo do mundo retornou aos Estados Unidos e domingo teremos a grande final. Esta edição da Copa América marca a segunda vez na história que o maior torneio de seleções da América do Sul está sendo realizado fora do continente, repetindo a bem-sucedida experiência de 2016. Antes mesmo de começar, o torneio já era considerado um sucesso comercial e esportivo pelas confederações envolvidas. A expectativa é que a arrecadação seja muito maior nos EUA do que em qualquer país da América do Sul. Do ponto de vista esportivo, a parceria entre a Conmebol e a Concacaf permitiu um torneio expandido, com 16 participantes, proporcionando aos times da América do Sul e do Norte a chance de enfrentar rivais de peso em um ambiente competitivo. Para as seleções da Concacaf, como EUA, México, Canadá e Costa Rica, que estiveram no Catar em 2022, a Copa América representa uma excelente oportunidade de competir contra as principais equipes sul-americanas. Além disso, a competição também é um importante marco na expansão do futebol nos Estados Unidos, um mercado já dominado tradicionalmente por grandes ligas como NFL, NBA, NHL e MLB. O evento faz parte de uma parceria estratégica entre a Conmebol e a Concacaf, que visa fortalecer e desenvolver o esporte em ambas as regiões, não se limitando apenas ao futebol masculino, mas também incluindo as seleções femininas em eventos como a Copa Ouro da Concacaf, realizada este ano. Em termos econômicos, como já mencionei anteriormente em outro post, a Copa América 2024 distribuirá um recorde de US$ 72 milhões em taxas de participação e premiação em dinheiro para as equipes do torneio, com o vencedor recebendo US$ 18 milhões. Cada equipe receberá US$ 2 milhões apenas por participar. Quanto ao público, este não tem correspondido a toda essa expectativa até aqui. A primeira rodada, onde foram disputados oito jogos, teve uma média de 51.590 espectadores por jogo.  Em resumo, sediar a Copa América tem sido uma oportunidade única para os Estados Unidos reforçarem sua posição como um dos principais destinos para eventos esportivos internacionais, contribuindo significativamente para o desenvolvimento contínuo do futebol em todo o continente americano. A final deste domingo entre as seleções da Argentina e Colômbia encerra o torneio, mas também simboliza o sucesso da organização e o interesse crescente pelo futebol nos EUA, consolidando o país como anfitriões de eventos esportivos de grande porte. Qual é a sua aposta para essa final?

Após o Grande Prêmio da Inglaterra, um dos eventos mais icônicos e reverenciados da Fórmula 1, acho interessante trazer um questionamento: o que realmente impulsiona o sucesso neste esporte onde cada detalhe conta e a excelência é o padrão? Por décadas, acreditou-se que o carro e a equipe eram responsáveis por 80% do desempenho, deixando apenas 20% para a habilidade do piloto. No entanto, um estudo da Universidade de Lethbridge, publicado na revista Applied Economics, desafiou essa visão convencional. Descobriu-se que o carro contribui muito menos para o sucesso do que se imaginava, representando apenas cerca de 20%. Surpreendentemente, a habilidade do piloto em guiar o carro não fica muito atrás, respondendo por cerca de 15% do resultado final. O verdadeiro diferencial, no entanto, está na interação dinâmica entre o piloto e sua equipe, que responde por 30-40% do sucesso em cada corrida. Fatores aleatórios que ocorrem durante as corridas compõem o resto. Essa colaboração vai além das habilidades técnicas; envolve comunicação precisa, feedback detalhado e uma sincronia que otimiza cada aspecto do desempenho do carro. Hoje em dia, por exemplo, cada carro tem cerca de 30 mil sensores, que são usados para passar dados de telemetria aos mecânicos das equipes, assim como sensores espalhados pelas pistas. Lewis Hamilton, o maior vencedor da história do Grande Prêmio de Silverstone, com nove vitórias, personifica perfeitamente essa sinergia entre talento individual e suporte coletivo. Silverstone, sede emblemática no coração da história da F1 desde 1950, onde a história se escreve a cada curva, teve seu contrato renovado pela Fórmula 1 em colaboração com o BRDC (Clube dos Pilotos Britânicos) até 2034, garantindo a continuidade desse evento icônico. Sabemos que este é um esporte em constante evolução e com uma história de grandes inovações: do design dos carros a novos tipos de combustíveis e evoluções na transmissão das corridas, unindo a história da competição com a da tecnologia. Se hoje a gente já se sente próximo das pistas de uma maneira que não imaginávamos há algumas décadas, imagine daqui há 10 anos. Que a cooperação entre pilotos e equipes continue a inspirar e unir aficionados pelo automobilismo em todo o mundo.

No futebol existe uma interseção entre a paixão do torcedor e a lógica do negócio. Recentemente, a eliminação da seleção brasileira para o Uruguai nas quartas de final da Copa América trouxe à tona essa dualidade. Naturalmente, como torcedor, a frustração é mais do que normal, mas é crucial lembrar que a vida é feita de conquistas e derrotas. Para quem trabalha no esporte, assim como em qualquer outro setor, é necessário ter calma e tranquilidade para lidar com as derrotas e saber que existe um dia após o outro. Isso porque nem só de futebol vive o futebol! Embora tudo nasça da paixão entre time e torcedor, esse esporte evoluiu para se tornar uma poderosa plataforma de negócios. Basta conferirmos o estudo conduzido pela Morning Consult, "Global Sports Attitudes and Behaviors", realizado em maio de 2024, com uma amostra total de 18.082 fãs de 10 países, que revelou que 64% dos torcedores acompanham futebol, reafirmando sua posição como o esporte com maior fandom global. Hoje, o futebol não é apenas paixão, mas também estratégia, marca e negócio. Ao todo, a #Conmebol distribuirá 72 milhões de dólares (R$ 395 milhões) em premiações nesta competição, todas as 16 seleções participantes se beneficiarão, independentemente do resultado em campo. O Brasil sai da Copa América com 4 milhões de dólares e ainda tem pela frente mais seis partidas pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Como referência, a seleção campeã da Copa América levará 18 milhões de dólares e o vice-campeão, 9 milhões de dólares. É essencial que quem lida com o futebol como negócio entenda que o sucesso não é linear. A paixão dos torcedores é a alma do esporte, mas é a visão estratégica que sustenta seu crescimento e impacto. Aqui, como torcedor e em termos de bola no pé, sigo esperançoso por dias melhores para a nossa seleção.

Muito surfe, o crescimento do esporte, o prognóstico dos jogos olímpicos e muito mais nesse bate-papo bacana com o João Vítor Xavier no CNN Esportes S/A. Obrigado pelo convite João Vítor Xavier !

E na Aula 3️⃣ tivemos a alegria de receber o grande Eduardo Picarelli mostrando como a The HEINEKEN Company 🍺 constrói marca, aposta na consistência e colhe resultados expressivos com seus patrocínios, em especial os cases da UEFA Champions League ⚽️ e Formula 1. Noite de discutir também a estratégia do Paris Saint-Germain com base no case da Harvard Business School . Obrigado pela aula Eduardo Picarelli ! #espmmarketingesportivo ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing

Com a final da #Eurocopa2024 se aproximando, é impossível não se emocionar ao lembrar da criatividade e o impacto da campanha da adidas, que se tornou o grito de guerra da Inglaterra este ano. O remake da clássica "Hey Jude", dos Beatles, foi transformado em um hino de esperança e resiliência, celebrando o jovem talento de Jude Bellingham, jogador do Real Madrid. Vendido pelo Borussia Dortmund por € 103 milhões para o Real Madrid no início da temporada 2023/24, o jogador de apenas 20 anos, se tornou o símbolo de uma nova era para o futebol inglês. Criada pela agência Johannes Leonardo, a campanha enche de esperança os corações dos torcedores, ainda marcados por decepções recentes. Grandes nomes do futebol inglês como David Beckham e Frank Lampard resgatam memórias de competições passadas, enquanto personalidades como Stormzy, Laura Woods e Ian Wright se reúnem aos fãs para celebrar o esporte. A campanha foi universalmente elogiada e é forte candidata a ganhar vários prêmios publicitários. Mesmo que os jogadores da Inglaterra não triunfem no campo este ano, a campanha certamente merece um troféu no mundo da publicidade. Para quem também quiser relembrar, convido a assistir ao vídeo abaixo.