Publicação de Mariana Ribeiro

Desde que começamos esse mergulho no tema de mulheres e poder através de CLARICE, Beatriz e eu temos recebido uma enxurrada de indicações de filmes, livros, séries e todo tipo de expressão artística que explora o tema. Decidimos que isso era serviço público e que seria genial poder compartilhar adiante. Na primeira edição de CLARICE Indica, convidamos nossa musona inspiradora Rita Moraes para compartilhar suas dicas. Só coisas imperdíveis! Toda sexta, tem mais! ♥️

I’m so excited to see All Out take the world through one of the most powerful cultural masterpieces of our times! I’m such a huge fan of RuPaul’s Drag Race and all it does for the LGBTQ+ communities — can’t wait for the premier! Kudos to the whole AllOut team and board members who made this happen! ✨

"Menos mulheres lideram grandes empresas do que homens com o nome 'John'" Essa era a chamada de um artigo publicado no New York Times em 2015 pela pesquisadora Lauren Harris, à época doutoranda de economia na Universidade de Standford. Na sequência, por conta da relevância que o artigo tomou, Harris seguiu analisando a presença de mulheres não só no setor privado, mas também na academia e na ciência. 2018 foi o primeiro ano em que o número de mulheres superou o número de homens com um mesmo nome entre companhias S&P 500. Em 2019, houve empate com "James". Em 2023, a mesma análise identificou que as 41 CEOs superavam Johns, James, Davids e Harrys. Esse tipo de estatística escancara obviedades que provocam, ao menos em mim, vontade de rir -- de nervoso, no caso. Hoje mais cedo, a Carlota Mingolla compartilhou comigo o artigo abaixo que, a partir de um levantamento anual do Grupo Estado, mostra que a inclusão de mulheres em cargos de liderança nas grandes empresas está perdendo fôlego. A gente ainda nem chegou lá e o caminho já está mais difícil. Olhando os dados do levantamento deste ano, apenas 4 mulheres são CEO de empresas listadas pelo Ibovespa, enquanto 3 liderança Conselhos de Administração. Somadas, são 4,3% do total. A Vânia Neves, membro do Conselho de Administração do Carrefour, sugere um mecanismo simples na matéria publicada hoje: o "teste do pescoço". Se você está numa sala, olha ao redor, e não encontra diversidade, você tem que ficar indignada. No meu caso, o teste deu torcicolo.

Feliz de anunciar a chegada de CLARICE, um estúdio de inteligência e criação sobre mulheres e poder, co-idealizado, co-gestado e co-desenvolvido com uma das profissionais que mais admiro no mundo. Estou falando de Beatriz Della Costa Pedreira, cientista política, storyteller, imaginadora política, pesquisadora do tema de mulheres no poder pela América Latina e, como ela mesma costuma dizer, "insistencialista". CLARICE surge a partir da beleza do óbvio (ao menos para nós, mulheres): chegar em espaços de poder é difícil e demorado, mas ainda mais desafiador para uma mulher é permanecer neles. Ocupar as cadeiras não basta. Precisamos redesenhá-las. Foi o poder da imaginação que me trouxe ao setor de impacto mais de 10 anos atrás. Desde então, venho vivenciando e experimentando, em todas as posições que ocupei e ocupo, o que somos capazes de transformar a partir das histórias. Nossa missão com CLARICE é criar um novo imaginário do poder feminino a partir de diversas experiências e posições de influência, autoria e autoridade. Na prática, são projetos -- de pesquisas inéditas a produções audiovisuais -- que apontem para um objetivo comum: mulheres no poder, com poder. Vamos começar essa conversa?

So excited to see the new chapter of #Verified come to life! Verified is a global partnership between Purpose, United Nations and now also TikTok! #TheFutureThanksYou is a campaign to debunk global disinformation narratives and build a path towards a just and equitable energy transition. Big kudos to the stellar Verified team behind this. I'm speaking of Lisa Chau, Nada Ezzat, Gabrielle Choo, Caroline Rego, Anna Baranova, Nara Perobelli, Diego Justino and so many others from all parts the globe. This is true Purpose magic!

Começo hoje a jornada como conselheira do Instituto MOL para avançar o propósito bonito de "usar a força da comunicação para inspirar a generosidade, conscientizar e mobilizar uma sociedade mais doadora". Mais do que a missão em si, o que me inspira é estar ao lado de tanta gente que eu admiro. Estou falando de Roberta Faria, Rodrigo Pipponzi, Raull Santiago, Cássio Aoqui, Laila Zaid, Leca Guimarães e Nathalia Arcuri, além, claro, da minha amiga querida, ex-sócia e liderança executiva do Instituto, a Mariana Campanatti. Faço votos para que a gente tenha muitas "acabativas" juntos! Vambora!

Feliz de compartilhar que serei Conselheira do Centro Brasileiro de Justiça Climática, cujo nascimento tive o prazer de acompanhar bem perto da maravilhosa Andréia Coutinho Louback (she/her). Uma honra fazer parte desta jornada, estou animada pelo que vem por aí! I’m happy to share that I’m starting a new position as Board Member at Brazilian Center for Climate Justice, whose birth I was lucky enough to have witnessed side by side with the one and only Andreia Coutinho Louback! I'm honored to be part of this journey, I look forward to what comes next!

Parece pegadinha, mas não é. Foi num 1o de abril, exatamente 20 anos atrás, que eu comecei a trabalhar. Quando a carteira voltou assinada nesta data, eu fiquei pensando se ela iria significar alguma coisa sobre minha jornada profissional. Deus é um cara gozador, adora brincadeira e será que faria da minha carreira uma grande piada? Eu tinha sido convidada pelo meu professor Bruno Rabin pra entrar no time da monitoria de redação da escola onde eu havia estudado. O Rabin era um cara que eu admirava muito (era uma espécie de nerd que deu certo, o que me dava alguma esperança de futuro). Ele tinha me apresentado ao Erick Bretas, que sedimentou de uma vez por todas minha escolha pelo jornalismo (acho que nunca te agradeci oficialmente por ter reservado seu tempo para tantas troca de e-mails com uma [email protected] — ou era hotmail?!). Na época eu abri mão, com o coração apertado, de uma vaga na faculdade de História (na qual tinha me inscrito por incentivo de outro professor que eu adorava, o Luiz Antonio Simas, que ainda não era famoso mas já cantava seus sambas) pra poder fazer isso aí: ler e ajudar a escrever. As circunstâncias familiares apertaram e impediram que eu ficasse no trabalho mais do que 6 meses, tive que sair pra cuidar do meu pai. Mas eu amei ser monitora! Fiz grandes amigos que levo até hoje (estou olhando pra você, Felippe Cronemberger), criei o hábito odioso de corrigir mentalmente tudo o que eu leio, desenvolvi uma verdadeira paixão pelas palavras (tive um vício em etimologia por um tempo, mas me recuperei) e, mais do que tudo, percebi não só a beleza, mas o verdadeiro poder da boa comunicação. Tinha uma piada interna entre os monitores que qualquer tema de redação poderia ser desenvolvido a partir do argumento central de que “as estruturas sociais, econômicas e culturais da sociedade brasileira são determinadas por macrogrupos neoliberais e oligarquias tradicionais”. Olhando pra trás, demorou um tempo, mas entendi a piada: era verdade.

Quem é você (na fila do pão)? Mês passado, recebi um convite irrecusável da Cris Bartis e da Juliana Wallauer, as maravilhosas idealizadoras e realizadoras do Mamilos Podcast. Eu não seria entrevistada, não era isso. Mas saber que eu ia ter que responder a essa pergunta provocou uma verdadeira revolução. Semanas mais tarde, a autobiografia da Viola Davis me colocou de novo neste "batismo de fogo", nas palavras dela, que é pensar sobre quem verdadeiramente somos e o que fazer quando acessamos isso. Depois que ler aqui, conta pra mim: e você? Quem é?