PAULA - Violencia Das Torcidas e Racismo No Futebol - o Que A Escola Tem Com Isto
PAULA - Violencia Das Torcidas e Racismo No Futebol - o Que A Escola Tem Com Isto
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Quadrimestral N 07 Ago/Set/Out/Nov Maring - Paran - Brasil - ISSN 1519.6178
Centro de Estudos Sobre Intolerncia - Maurcio Tragtenberg
Departamento de Cincias Sociais - Universidade Estadual de Maring (DCS/UEM)
Resumo
O objetivo deste trabalho fazer uma abordagem sobre a violncia das torcidas e o racismo no
futebol como conseqncias da excluso provocada pelo modelo de sociedade e educao
calcados no sistema econmico capitalista neoliberal, e a necessidade de uma abordagem
reflexiva na escola.
Palavras-chave: educao, sociedade, futebol, excluso, racismo e violncia das torcidas .
Abstract
The objective of this work is to make a boarding on the violence of the twisted ones and the
racism in the soccer as consequence of the exclusion provoked for the model who is based on
a society and an education proceeding of the neoliberal capitalist economic system, and the
necessity of a reflexive pertaining to school boarding.
Keyword: education, society, soccer, exclusion, racism and violence of the twisted ones.
1 . Introduo
Nos ltimos anos temos presenciado o aumento da violncia no futebol, no apenas entre
jogadores no nvel profissional, mas principalmente entre torcedores e estudantes. Em 2004
dois casos graves que ocorreram em So Paulo tiveram repercusso nacional: o caso do
estudante de 16 anos, torcedor corintiano, espancado por integrantes da Mancha Alviverde no
ms de maio e o caso do torcedor do So Paulo Futebol Clube, tambm estudante, 17 anos,
assassinado em setembro com um tiro dentro de um nibus, supostamente por torcedores da
Gavies da Fiel, torcida organizada do Sport Club Corinthians Paulista. O que estas vtimas
tinham em comum eram a alegria de viver, a adolescncia em transio e, acima de tudo,
freqentavam uma escola.
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Formado em Educao Fsica, graduando em Pedagogia pelo Centro Universitrio Nove de Julho e ps
graduando em Esporte Escolar pela Universidade de Braslia.
Diante das contradies que o futebol apresenta, atravs de uma pesquisa numa escola pblica
da periferia da Grande So Paulo, os alunos das quintas e sextas sries do Ensino
Fundamental foram levados a uma reflexo mais crtica sobre a violncia que invade os
estdios e o racismo presente no futebol. Duas pesquisas foram realizadas para melhor
abordagem do tema na escola: uma bibliogrfica e outra atravs de questionrios junto aos
alunos. Portanto, o professor de educao fsica e a escola devem desempenhar um papel
importante na abordagem dos problemas recorrentes na sociedade, despertando no aluno a
reflexo, motivando-o e favorecendo oportunidades de incluso na comunidade atravs do
esporte.
2 . Educao e reproduo social
Durkheim mostra que na busca pela afirmao de sua identidade cada tipo de povo tem um
tipo de educao que lhe prprio e que pode servir para defini-lo (DURKHEIM, 1972,
p.79). Esta mesma educao muda conforme mudam as necessidades e que estas necessidades
mudam porque mudam as condies sociais das quais dependem as necessidades humanas.
H a compreenso que as mltiplas aptides e necessidades que a vida social exige no
podem se reproduzir simplesmente de maneira natural e hereditria. O sistema educacional
pode criar no indivduo um novo ser social, no sistema educacional que o sujeito vai ser
inserido num modelo de vida em sociedade, desenvolvendo formas de consenso ou pacto
social, tendo oportunidades de experimentar e exercer certos padres de sociabilidade, ou
seja, a internalizao da moral social e do grupo. Neste entendimento somente uma educao
e uma cultura voltadas amplamente para o aspecto humanstico pode dar s sociedades
modernas os cidados de que elas tm necessidade. De tal forma a sociedade, atravs da
educao, forja em cada indivduo o tipo humano adequado para sua conservao e sua
sobrevivncia. No apenas idealiza o modelo que o educador deve formar como o constri, e
o constri segundo as suas necessidades (DURKHEIM, 1972, p.81).
Assim a reproduo age como uma necessidade de garantir e renovar qualquer modelo de
sociedade, e esta tarefa atribuda educao. A reproduo transforma o ser individual em
ser social atravs de uma ao civilizatria da conduta humana, pelo processo de socializao,
preparando o indivduo para responder s necessidades da sociedade. Assim se reproduzem na
sociedade os ideais, os valores, a cultura, a educao e o esporte que so prprios da classe
dominante. A perpetuao e a transmisso so funes latentes que as classes cultas atribuem
instituio escolar, a saber, organizar o culto de uma cultura que pode ser proposta a todos
(BOURDIEU, 1998, p.56).
Esses valores e ideais variam numa hierarquia que no se repete em momentos diversos da
histria. Houve um tempo, na Grcia Antiga, em que a coragem estava em primeiro lugar,
aspirando todas as qualidades que a virtude militar implica no cidado; hoje o pensamento
crtico e a reflexo, amanh quem sabe que qualidade exaltar a virtude humana? O esprito
crtico que hoje aspiramos foi durante muito tempo considerado perigoso para a ordem social.
A educao , portanto, o instrumento atravs do qual a sociedade renova perpetuamente as
condies de sua prpria existncia (DURKHEIM, 1971, p.42).
Bourdieu (1998), ao falar sobre as desigualdades sociais, destaca que os mecanismos de
eliminao e excluso ocorrem durante toda a carreira escolar, por meio de democrticas
oportunidades de acesso que nada mais so do que resultado de um processo de seleo
discriminatrio, cujo peso exercido com rigor desigual sobre os indivduos de diferentes
classes sociais . Atribui uma grande responsabilidade escola pela reproduo e pela
legitimao das desigualdades sociais:
provvel por um efeito de inrcia cultural que continuamos tomando o sistema escolar como
um fator de mobilidade social, segundo a ideologia da escola libertadora, quando, ao
contrrio, tudo tende a mostrar que ele um dos fatores mais eficazes de conservao social,
pois fornece a aparncia de legitimidade s desigualdades sociais, e sanciona a herana
cultural e o dom social tratado como dom natural (BOURDIEU, 1998, p.41).
multirraciais no Rio de Janeiro, porque havia um dilema para a elite dirigente do futebol
carioca: manter a eugenia e perder para os paulistas ou reforar o time e perder a pureza racial
da organizao de futebol do Rio. Era aceitvel um jogador de cor num clube de futebol,
mas na seleo, que representava a fina flor da sociedade, era discutvel (Agora So Paulo, 21
mar. 2005, caderno Vencer, p. B12). Em 1923 o Clube de Futebol e Regatas Vasco da Gama
venceu o campeonato estadual do Rio de Janeiro com uma equipe composta por negros e
mulatos, todos de origem pobre. Isto trouxe grandes preocupaes e incomodou dirigentes e
amantes do futebol de elite daquele tempo (AZEVEDO, SUASSUNA e DAOLIO, 2004,
p.86).
Em 1938, aps a vitria da Itlia sobre o Brasil na semifinal da Copa do Mundo, os italianos
manifestavam saudamos o triunfo da inteligncia itlica contra a fora bruta dos negros
(AGOSTINO, 2002, p.65). Outra manifestao, mais recente, foi em 2001, quando torcedores
da Lazio exibiam faixas, slogans e hinos visando atacar aos jogadores Cafu, Aldair, Antonio
Carlos Zago e Jonathan Zebina, com os dizeres equipe de negros, corja de judeus
(AGOSTINO, 2002, p.249). Em 2004 vrias situaes mostravam o crescimento do racismo
nos estdios europeus, entre elas o momento em que o tcnico da seleo espanhola se dirige
para seu jogador, o francs Thierry Henry, fale para o negro: eu sou melhor do que voc,
negro di merda (Agora So Paulo, 18 mar. 2005, caderno Vencer, p. B6).
Notcias deste ano, 2005, do conta de manifestaes mais evidentes e prximas de ns: em
jogo vlido pela Taa Libertadores da Amrica de 2005, Quilmes, da Argentina, contra o So
Paulo Futebol Clube, do Brasil, jogadores e dirigentes do clube brasileiro foram hostilizados.
O jogador Grafite reclamou ter sido vtima de racismo: O Sanchez me chamou de negro de
m... e de macaco. O fato resultou em manifestaes dos dirigentes de clubes brasileiros e
numa carta pedido de desculpas pelo clube argentino (Agora So Paulo, 18 mar. 2005,
caderno Vencer, p. B1). No segundo jogo entre as duas equipes, desta vez no Estdio Ccero
Pompeu de Toledo, Morumbi, em So Paulo, o jogador argentino Leandro Desbato foi
detido pela polcia, no final da partida, para prestar depoimento aps ser acusado de racismo
pelo jogador Grafite, do So Paulo Futebol Clube. Este caso teve repercusso internacional,
exigindo uma posio poltica do governo brasileiro. Em nota imprensa o ministro do
esporte, Agnelo Queiroz, e a secretria especial de Polticas de Promoo da Igualdade Racial
da Presidncia da Repblica, Matilde Ribeiro, repudiaram qualquer manifestao de
preconceito, discriminao e xenofobia no esporte, considerando grave o incidente que levou
priso do jogador argentino (BRASIL, 2005).
4 . O futebol e a violncia das torcidas
O futebol tem carter eminentemente moderno e urbano, cuja evoluo est vinculada s
condies histricas que marcaram o fim do sculo XIX e o incio do sculo XX, atingindo
as diferentes classes sociais. To urbano o fenmeno que faz parte do cenrio o andar em
bando, vestindo a camisa do time, diferenciando-se do todo e construindo para si e para o
grupo uma nova forma de sociabilidade e de identidade (BAUDRILLARD, 1992, p.88).
Considerados os aspectos sociolgicos e antropolgicos, o esporte tem servido de instrumento
para desvio de ateno da massa e atenuar as tenses sociais. No apenas os governantes mas
em todos os nveis hierrquicos os superiores tm usado o esporte como instrumento de
manipulao e controle social (AZEVEDO, SUASSUNA e DAOLIO, 2004, p.62).
Hoje lucrativos loteamentos residenciais e industriais engolem terrenos onde outrora eram
campinhos de futebol e as crianas e jovens passavam parte do dia jogando. Estes campinhos,
que j serviram de referncias nos bairros e cidades, deram lugar a estacionamentos ou
galpes industriais. Uma anlise mais aprofundada far-nos- compreender que no sistema
mundial atual, pelas suas caractersticas cada vez mais excludentes, o lugar das classes mais
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seus companheiros de equipe. Eram comuns socos, pontaps e golpes de lutas, ossos
quebrados, ferimentos graves e morte (GIULIANOTTI, 2002, p. 17). O mais surpreendente
que o futebol era praticado nas festas religiosas representando ritual simblico e figuras da
elite dominante.
Numa perspectiva sociolgica de Durkheim os aspectos primitivos do futebol servem para
integrar o indivduo no mbito local e manter a ordem social. A integrao do indivduo
funciona como um rito de passagem celebrado publicamente, confirmando a maturidade de
jovens e adultos, aumentando o sentimento de solidariedade e de responsabilidade sociais, por
exemplo: jogos entre casados e solteiros, cidade versus campo, cidade versus cidade, parquia
versus parquia, escola versus escola (GIULIANOTTI, 2002, p.17). No sem propsito que
as tabelas de jogos dos campeonatos esportivos prevem jogos de ida e volta, em casa e fora
de casa.
Numa anlise taylorista, de perspectiva marxista, as causas da violncia das torcidas de
futebol esto relacionadas s mudanas econmicas e sociais mais amplas ocorridas no psguerra (Taylor apud GIULIANOTTI, 2002, p.63). A influncia inglesa dominante na
expanso da economia mundial e do futebol colaborou para a globalizao da violncia das
torcidas. O futebol praticado enquanto classe operria, l pelos romnticos e histricos anos
finais do sculo XIX e primeiras dcadas do sculo XX, de mbito local, envolvendo
comunidades locais ou vizinhas, criava no torcedor-operrio a falsa idia de que ele exercia
influncia nas decises do clube e considerava a agremiao como uma democracia
participativa. Para a elite dominante que administra os clubes o espetculo visa atrair
expectadores consumistas e no satisfazer os torcedores apaixonados. A perda da influncia
direta sobre o clube marca o incio da marginalizao do torcedor (AGOSTINO, 2002, p.235).
No mercado capitalista do esporte os clubes perdem a afetividade, porm ganham a fidelidade
consumista do torcedor. E o mesmo interesse opera nas ideologias das torcidas organizadas.
O aparecimento da televiso contribuiu para difundir os gritos de guerra, os cantos, os
smbolos, os emblemas e os slogans das torcidas, fazendo acirrar ainda mais os antagonismos
ocultos, ampliando a arena de confronto (AGOSTINO, 2002, p.235).
No Brasil a histria das torcidas mostra-se culturalmente complexa e ilusria. Tendo origem
na dcada de 40, era composta de indivduos socialmente estabelecidos que foram
substitudos ao longo dos anos pela cultura jovem, partidria e agressiva. Primeiro a torcida
do Clube de Regatas Flamengo, no Rio de Janeiro, depois a torcida do Sport Club Corinthians
Paulista, em So Paulo, constituram-se em grupos que cresceram muito ao longo das dcadas
e estavam fortemente ligados ao hooliganismo europeu nos anos 80 e 90 (GIULIANOTTI,
2002, p. 85). A participao dos torcedores no futebol tornou-se mais problemtica em razo
de um contexto mais complexo e dinmico que aquele vivido pelos torcedores smbolos desde
a dcada de 40 (TOLEDO, 1996, p.30). As torcidas latinas, do Brasil e do norte da Europa
principalmente, so consideradas carnavalescas pelos estudiosos em sociologia do futebol
por isso vale lembrar Bakhtin: Os risos do carnaval sempre carregam consigo a possibilidade
de violncia (Bakhtin apud GIULIANOTTI, 2002, p. 87).
5 . O que a escola tem com isto?
Que viso podemos ter sobre o esporte escolar neste processo de reproduo, uma vez que a
Educao Fsica um componente curricular desta educao que a se efetiva? Muitas vezes
somos surpreendidos seguindo risca certos elementos tradicionais da prtica esportiva e da
educao fsica. A escola o lugar na sociedade que deve permitir ao indivduo o acesso s
manifestaes culturais e participao na construo de uma cidadania democrtica. Dentro
da escola, o esporte deve ser ensinado para todos, em igualdade de condies de participao,
sem qualquer forma de discriminao. Na escola os comportamentos e as regras da sociedade
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jogos de futebol. Isto significa dizer que, embora cerca de metade dos alunos tenham o Sport
Club Corinthians Paulista como o time de preferncia, no seja esta a torcida mais violenta.
Pode-se constatar pela pesquisa escolar realizada que a maioria dos jovens rarssimas vezes
tem oportunidade de ir a um estdio assistir um jogo de futebol oficial; poucos no tem
preferncia em torcer para algum time; embora a maioria gostaria de integrar a torcida
organizada de seu time, cerca da metade destes brigaria por ela. Percebe-se que a relao de
fidelidade maior pela torcida organizada do que pelo clube. Outra informao que aparece
a ocorrncia de torcida para equipes de outros estados ou regies longnquas, fora da
familiaridade dos alunos.
Vale destacar o carter pedaggico e que foi o mais importante neste trabalho: ao sarem de
classe em classe distribuindo e recolhendo os questionrios, os alunos passaram por uma
experincia de introduo metodologia da pesquisa, necessidade fundamental aos estudantes
to carentes de perspectivas e motivao nos dias atuais.
6 . Consideraes finais
Confirmando a lgica globalizante mundial, est acontecendo aqui o mesmo que ocorreu na
Europa, principalmente na Inglaterra. Os problemas de violncia que atingiram seu pice, nos
anos sessenta, despertando a ateno e grandes preocupaes na Europa, s foram sentidos no
Brasil a partir de 1974, com o advento da transmisso de jogos pela televiso e a profuso de
torcidas organizadas, passando nos anos seguintes pelos mesmos aspectos e mesmas
tentativas de soluo ocorridas na Europa, tanto no mbito poltico quanto policial.
No contexto da violncia e rivalidade no futebol, entre torcidas e naes, preocupante o
evento em que Carlos Alberto Parreira, tcnico da seleo brasileira de futebol, toma gua que
lhe foi servida por um comediante argentino. O fator mais relevante foi a revelao, e a
televiso mostrou, de que jogadores argentinos cuspiram no galo de gua, supostamente o
mesmo que fora oferecido ao tcnico brasileiro. Encarado no incio de forma jocosa por um
programa humorstico da televiso argentina, o evento remonta a um episdio antigo de
partida vlida por Copa do Mundo em que jogadores brasileiros foram dopados aps beberem
gua oferecida pelos argentinos. Tambm nos faz lembrar uma partida de tnis vlida pelas
oitavas de final do Aberto da Austrlia de 2005, em que o argentino Juan Igncio Chela,
derrotado, deu uma cusparada em seu adversrio.
O mais preocupante sabermos que, mesmo em tom humorstico, certos jarges, prticas e
atitudes do futebol ganham o cotidiano do povo e invadem a escola. Uma cusparada no cho,
no adversrio ou num galo de gua, e outros gestos de desagravo demonstram sinais de
incivilidade e que beiram barbrie. So atitudes e comportamentos que deseducam a
sociedade. Torna-se, portanto, imprescindvel educar o soberano, preocupao manifestada
por Tamarit (1996) ao referir-se educao como uma srie de prticas dirigidas formao
integral do homem, sua plena humanizao (TAMARIT, 1996, p.58 e 64) e referindo-se
inquietude de Sarmiento, compartilhada tambm por Mitre, sobre a necessidade de educar o
maior nmero possvel de ignorantes para que a barbrie no vena (Mitre apud Tamarit,
1996, p.58).
Portanto o professor de educao fsica e a escola devem desempenhar um papel importante
na abordagem dos problemas recorrentes na sociedade, despertando no aluno a reflexo,
motivando-o e favorecendo oportunidades de incluso na sociedade atravs do esporte.
Devem, portanto, estar bem preparados no apenas nas especificidades do esporte mas
tambm nas questes sociais emergentes que caracterizam a comunidade onde atuam. Assim
podero integrar a atividade fsica e o esporte ao cotidiano da escola e da populao com a
qual se relaciona. A preocupao da Escola deve ser contribuir com a formao do homem
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