Algumas Semióticas PDF
Algumas Semióticas PDF
Ju l i o P i nto | Ve ra Ca sa N ova
priaes desde pocas a representao? Qual seria
remotas at a contempo- o objeto da semitica? A res-
raneidade, revelando suas Os carros transitando pelas ruas da cidade po- Julio Pinto posta pode criar diferentes
inmeras, e muitas vezes dem ser lidos de que forma? Essa pergunta lhe pare- Vera Casa Nova campos interdisciplinares,
surpreendentes, faces. ceu sem sentido? Julio Pinto e Vera Casa Nova, dois seja com a psicanlise, com
Julio Pinto e Vera Casa estudiosos de referncia no campo da semitica e a lgica, com a antropologia,
Nova, duas referncias no apaixonados por suas possibilidades, debruam-se seja com a comunicao.
assunto, mostram que, ao aqui sobre a histria da semitica, contemplando Antes de tudo, entretanto,
se falar em semitica, no procede a preocupao de
suas interfaces, suas apropriaes e seus usos na
se podem desentranhar os no restringir a semiti-
construo do cotidiano. Para o leitor, ser simples
textos (em seu sentido mais ca ao espao limitado de
perceber que carros transitando pelas ruas da cidade
amplo, isto , qualquer or- uma cincia. Por qu? No
podem ser lidos como signos de poder econmico,
Al gum as se m i ti c a s
ganizao de signos, ver- esse o conceito difundi-
bais ou no, que, de alguma
de poluio urbana, de design automobilstico... Isso do entre a maioria de ns?
porque a leitura vai semiotizar os carros, transfor-
forma, produz significao)
de suas condies de pro- mando-os em signos, conforme o desejo e as possi- Algumas semiticas Mas, pensando o signo, o
sentido, o discurso ou a re-
duo e recepo, j que bilidades do sujeito-leitor em sua insero social. presentao, uma cincia
ela no uma semntica, Instrumento para reflexo sobre a semitica, em tradicional poderia fazer
mas uma pragmtica (no linguagem acessvel e com insights surpreendentes, muito pouco. Melhor ser
sentido lingustico do ter- este livro desmistifica a temtica e aproxima o tema considerarmos a semitica
mo), que pensa a lingua- do leitor de forma a atra-lo para novas leituras e uma pesquisa epistemol-
gem em operao nos con- percepes acerca do mundo em que vive. gica que pode e deve tomar
textos, e no instanciada a prpria cincia como ob-
em textos desencarnados jeto; o que apostam os
de sua sociabilidade. autores deste livro.
Algumas semiticas Embora tenha adqui-
uma ferramenta acessvel rido nova feio somente
www.autenticaeditora.com.br
para aqueles que querem se 0800 2831322
no sculo XX, a histria da
aprofundar ou mesmo co- semitica no Ocidente data
nhecer o fascinante univer- ISBN 978-85-7526-425-6 de tempos longnquos, o
so da semitica, aproximan- que pode ser conferido
do-a do nosso cotidiano. nas pginas deste livro, que
9 788575 26425 6
Algumas semiticas
Julio Pinto
Vera Casa Nova
Algumas semiticas
projeto de Capa
Christiane Costa
editorao eletrnica
Tales Leon de Marco
Reviso
Vera Lcia De Simoni Castro
Ana Carolina Lins Brando
Editora Responsvel
Rejane Dias
ISBN 978-85-7526-425-6
09-08133 CDD-306.4014
ndices para catlogo sistemtico:
1. Cultura : Semitica : Sociologia 306.4014
2. Semitica da cultura : Sociologia 306.4014
Captulo 1
Introduo semitica
Vera Casa Nova e Graa Paulino ................................................... 7
Captulo 2
Roland Barthes: a semiologia in extremis
Vera Casa Nova ............................................................................. 31
Captulo 3
Semitica: doctrina signorum
Julio Pinto ..................................................................................... 35
Captulo 4
Umberto Eco: a popularizao dos estudos semiticos
Julio Pinto e Vera Casa Nova ....................................................... 61
Captulo 5
Semitica greimasiana: estado de arte
Ana Cristina Fricke Matte
Glaucia Muniz Proena Lara ....................................................... 67
Os autores ....................................................................................77
Introduo semitica
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O perfume
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Retrica e semitica
Considerar o significado como efeito da prpria lingua-
gem j era uma tradio no campo da retrica, seguindo o
caminho aberto pelos sofistas na Grcia antiga. Os sofistas,
atacados tanto por Plato quanto por Aristteles, por conside-
rarem o sentido um efeito do discurso, sem compromisso com
a verdade, inauguraram o que poderamos denominar uma
filosofia da linguagem. Essa era vista pelos sofistas como
persuasiva por natureza, e no por exigncias externas, liga-
das aos fatos e s coisas, ou, melhor dizendo, ao referente.
Uma linguagem que persuaso todo o tempo est
necessariamente voltada para o outro. Aliam-se, pois, na
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Referncias
ARISTTELES. Arte retrica. (livro 1)
ARISTTELES. Potica. Porto Alegre: Globo, 1966.
BARTHES, R. Aula. So Paulo: Cultrix, 1989.
BARTHES, R. Elementos de semiologia. So Paulo: Cultrix, 1977.
BARTHES, R. Rhetorique de limage. Communications 4, Seuil, s.d.
BAUDELAIRE, C. As flores do mal. Traduo e notas de Ivan Jun-
queira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
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