Abcde Do Trauma
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Em 1976, ao sofrer um acidente com sua família, o cirurgião ortopédico Jim Styner
pôde perceber quão inadequados eram os cuidados em relação aos primeiros socorros de
vítimas de traumas. Depois dessa experiência, o médico desenvolveu o protocolo
ABCDE do trauma, que passou a ser empregado em diversas regiões do mundo a
partir de 1978. Também nesse ano, o primeiro curso sobre o tema foi ministrado.
A importância do método desenvolvido por Jim Styner não demorou a ser reconhecida
pelas autoridades médicas, uma vez que só com esses cuidados é possível realmente
estabilizar o paciente, deixando-o mais seguro para o transporte e para quaisquer outras
intervenções que se façam necessárias. O protocolo tem como principal objetivo
reduzir índices de mortalidade e morbidade em vítimas de qualquer tipo de
trauma. Quer saber como o método funciona? Então acompanhe agora mesmo
nosso post:
Vias aéreas e controle da coluna cervical. Nessa primeira fase do atendimento, o médico
deve checar se o paciente está com as vias aéreas desobstruídas. É importante verificar
se não há corpos estranhos impedindo a respiração, fraturas de face ou qualquer lesão na
coluna cervical. Todo o processo deve ser tátil, verificando sinais de edemas ou
sangramentos e observando se a vítima não emite qualquer som durante a respiração,
tosse ou apresenta alguma agitação. Garantida a permeabilização, o colar cervical deve
ser colocado.
Como é no Brasil?
Com o primeiro curso tendo sido ministrado em 1978, a partir de 1980 diversos países
(como o Canadá e outros da América Latina) já receberam profissionais totalmente
capacitados para disseminar os conhecimentos entre os médicos interessados em adotar
o método. No Brasil, porém, o curso só foi disponibilizado em 1989, chegando a todo o
país só em 1992. Há atualmente núcleos de formação espalhados pelo território
nacional. Segundo estimativa divulgada pela instituição responsável pelos cursos,
credenciada pelo Colégio Americano de Cirurgiões, já foram treinados mais de 30 mil
médicos no Brasil. Todos eles são, portanto, devidamente capacitados para adequar o
método aos demais protocolos clínicos iniciados em sua instituição.
Leigos não são autorizados a mexer nas vítimas até a chegada de uma equipe médica de
urgência. Profissionais realmente capacitados para atender vítimas de acidente de
trânsito ou qualquer outro tipo de trauma são médicos, socorristas ou bombeiros, que
tiveram todo o treinamento necessário, possuem certificação e têm em mãos os aparatos
certos para tentar reverter alguma situação, estabilizando a vítima. Isso sem contar que
têm experiência em salvamentos e primeiros socorros, claro.