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Asma

O que é
É a doença pulmonar crônica mais comum, com milhões de portadores no
Brasil e no mundo. A asma pode aparecer em crianças pequenas até
idosos. E pode ser de leve a muito grave em pacientes diferentes. Em geral,
médicos e portadores chamam de bronquite, o que é verdade: toda asma é
uma bronquite, mas nem toda bronquite é asma. O que as diferencia é que
a asma é recorrente e até os dias de hoje não se conhece a sua cura,
entretanto ela pode ser controlada com medicamentos e atividade física
que permitem uma boa qualidade de vida. Mesmo que um asmático fique
sem sintomas por um período, a doença pode se manifestar a qualquer
momento e, por isso, pode matar em uma crise grave.
Causas
Pode se dizer que existem vários tipos de asma, sendo a mais comum a
alérgica a pó, poeira, mofo, pelos de animais, produtos químicos de limpeza
ou beleza, entre outros. A alergia respiratória é familiar, ou seja, crianças
com asma alérgica quase sempre tem pais, avós, irmãos ou familiares com
asma ou rinite alérgica.
Asma e rinite alérgicas são “irmãs siamesas” e a rinite está presente em 70 a
80 % dos asmáticos alérgicos. Existem também asmas não alérgicas como
as induzidas por exposição a vapores relacionados a ocupação do
indivíduo.  


Sintomas
Os sintomas que caracterizam a asma são chiados (sibilos agudos) ao
respirar, tosse seca e falta de ar.


Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico da asma é feito quando um médico (especialista ou não),
identifica, além da recorrência dos sintomas, algum tipo de alergia
detectada em exame. Além disso, o exame mais recomendado é o de
função pulmonar, que mede a capacidade do sopro.
A asma é crônica e não tem cura, mas pode ser controlada adequadamente
com anti-inflamatórios usados por via inalada, permitindo uma ótima
qualidade de vida a quase 90% dos pacientes.

Câncer de pulmão
O que é
O câncer de pulmão é um dos tumores de maior incidência, sendo a
principal causa de mortalidade por câncer tanto no Brasil, como nos demais
países do mundo. De forma geral, o prognóstico é ruim quando a doença é
diagnosticada em fases mais avançadas, com sobrevida estimada em 15%
em 5 anos. Quando diagnosticado em estágios mais iniciais, a sobrevida é
bem maior. A faixa etária mais afetada é de pessoas entre 50 e 70 anos,
mas esse tipo de câncer pode se manifestar também em pessoas jovens.
Causas
O cigarro é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de
pulmão e o risco diminui em qualquer idade a partir da cessação do
tabagismo. Além do cigarro, outros fatores de risco incluem o fumo passivo,
exposição à poluição do ar, exposição à queima de biomassa (queima de
madeira, carvão, ou resíduos agrícolas), exposição ocupacional a agentes
químicos ou físicos (asbesto, sílica, urânio, cromo, agentes alquilantes,
radônio, entre outros), infecções pulmonares de repetição, doença
pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica),
fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão.



Sintomas
Os sintomas mais comuns são tosse persistente, escarro com sangue, dor
no peito, rouquidão, falta de ar, perda de peso, perda de apetite e
pneumonia recorrente. Contudo, esses sintomas costumam aparecer
quando a doença já está avançada, o que pode retardar o diagnóstico.



Diagnóstico e Tratamento
O câncer de pulmão, na maioria dos casos, ainda é diagnosticado em
estágio avançado, pois geralmente é nessa fase da doença que os sinais e
sintomas se apresentam. Isso gera maior comprometimento da qualidade
de vida e maiores custos relacionados ao tratamento.
A detecção precoce do câncer de pulmão é possível com a utilização da
tomografia do tórax com baixa dose de radiação (TCBD), indicada para
pessoas de alto risco devido ao tabagismo, como parte de programas de
rastreamento da doença. Estudos realizados ao redor do mundo já
demonstraram a eficácia da tomografia com baixa dosagem de radiação
(TCBD) em reduzir a mortalidade por câncer de pulmão.
Na suspeita de câncer de pulmão, os exames indicados incluem RX,
tomografia de tórax e broncoscopia ou punção transtorácica para
realização de biópsia. Após confirmação do diagnóstico, outros exames são
realizados para avaliação do estágio da doença, incluindo PET-CT,
cintilografia óssea, mediastinoscopia, entre outros. Além desses, mais
recentemente, a introdução de testes moleculares para casos de câncer de
pulmão se tornou fundamental para melhorar os resultados terapêuticos.
O tratamento do câncer de pulmão atualmente engloba diferentes
modalidades terapêuticas. A escolha da mais indicada depende
principalmente do tipo histológico e do estágio no qual a doença se
encontra, ou seja, se está restrita ao pulmão ou se existem focos em outros
órgãos. As principais formas de tratamento incluem cirurgia, radioterapia,
quimioterapia e, mais recentemente, a imunoterapia e a terapia alvo, que
podem ser indicadas isoladamente ou em combinação. Tal escolha também
está relacionada a idade associada a presença de comorbidades, tais como
doenças cardiopulmonares e metabólicas. 
Para otimizar os resultados positivos do tratamento, é fundamental que seu
planejamento envolva equipe multidisciplinar e multiprofissional composta
por oncologista, cirurgião torácico, pneumologista, cardiologista,
radioterapeuta, radiologista , médico nuclear, enfermeiro, fisioterapeuta,
nutricionista, psicólogo e assistente social.




Tuberculose
O que é
A tuberculose é uma doença infecciosa que se inicia, habitualmente, pela
inalação da bactéria Mycobaterium tuberculosis pelos pulmões e é
transmitida pela tosse de gotículas expelidas por uma pessoa doente. A
tuberculose pulmonar é uma doença mundial e o Brasil ainda é um dos
países que têm mais casos, apesar da longa história de combate a ela.
Causas
Na maior parte das pessoas que são infectadas, a doença não se manifesta
por conta de defesa do organismo. Fatores como debilidade causada por
outras doenças, tabagismo acentuado, desnutrição, condições
sócioeconômicas e de higiene favorecem a instalação da pneumonia por
tuberculose. Adultos, jovens ou pessoas com os fatores de risco citados são
os mais acometidos.


Sintomas
Sintomas mais característicos são tosse crônica, às vezes com raias de
sangue, febre vespertina (no final do dia) e emagrecimento, que persistem
por meses se não houver diagnóstico. Do pulmão a bactéria pode migrar,
se não tratada, para outros locais do corpo causando outras lesões.


Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é feito por exames, classicamente com a pesquisa da bactéria
presente no escarro do paciente, a realização da radiografia de tórax, entre
outras técnicas de biologia molecular, que identificam a presença do DNA
do bacilo no material. Entre eles, o teste tuberculínico ou PPD, um teste
cutâneo que pode mostrar a reação do bacilo na pele. 
O tratamento é feito com antibióticos associados durante meses,
dependendo das lesões e da condição física do paciente. O não tratamento,
ou a interrupção do tratamento, pode levar a disseminação pelo organismo
e a destruição dos pulmões acometidos.


Bronquiectasia/ Fibrose
Cística
O que é
Os pulmões possuem canais que começam na traqueia e dividem-se em
canalículos chamados brônquios e bronquíolos, que vão se afunilando e
estreitando, levando o ar para permitir a troca de oxigênio por gás
carbônico durante a respiração. Dependendo da resposta de defesa do
pulmão, alguns fatores externos podem provocar agressão e destruição
dos brônquios. A bronquiectasia é uma alteração e dilatação dos brônquios
por essa destruição.
A fibrose cística é uma doença hereditária, causada pelo aumento da
viscosidade do muco, que afeta os pulmões e, nos casos mais graves, além
dos pulmões afeta o trato digestivo e o pâncreas. Nos pulmões, o aumento
dessa viscosidade pode facilitar o aparecimento de bactérias que leva à
infecção crônica, à lesão pulmonar e, algumas vezes, ao óbito por disfunção
respiratória. No pâncreas, quando os ductos estão obstruídos pela secreção
espessa, há uma perda de enzimas digestivas, levando à má nutrição. No
passado foi chamada de mucoviscidose e acomete 3 a 4 mil pessoas no
país, aproximadamente.
 

Causas
Na bronquiectasia, a destruição dos brônquios é causada por inalação de
partículas como fumaça, vapores, bactérias ou vírus, que podem alcançar
os pulmões. Já a fibrose cística é uma doença hereditária.



Sintomas
Na bronquiectasia os sintomas são produção de catarro intensa, tosse
crônica e mau hálito, piorado por infecções de bactérias que podem se
aninhar nos brônquios dilatados. As exacerbações das infecções podem
levar a pneumonias e falta de ar crônica.
Para fibrose cística, como o acometimento é muito precoce e, em alguns
casos, a presença de bronquiectasias graves são acompanhadas por lesões
no pâncreas ou fígado, por exemplo, a evolução é muito variável, mas
constante, com crises que podem levar a indicação de transplante de
pulmões em pacientes adolescentes.



Diagnóstico e Tratamento
As pessoas com bronquiectasia adquirida podem passar anos sem
diagnóstico ou com tratamento inadequado, para uma bronquite simples,
mesmo com sintomas de tosse, chiado e catarro espesso. O diagnóstico
pode ser feito por história clínica, tomografia de tórax e exames
complementares, se necessário.
O tratamento específico para as bronquiectasias vai depender de cada caso
e da causa que levou ao surgimento da doença.
A fibrose cística (FC) pode ser diagnosticada logo após o nascimento por um
exame chamado teste do suor e por exame genético, especialmente se pais
ou familiares tiverem um diagnóstico prévio.

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