Comportamento Alimentar
Comportamento Alimentar
Comportamento Alimentar
Consumo;
Comportamento alimentar Modo de comer;
Outras questões relacionadas.
Cuidado
Conceito Definição
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Padrão alimentar Analise sobre os alimentos verdadeiramente
consumidos.
Estrutura Alimentar Horários, tipo e regularidade das refeições.
Atitudes alimentares
Comportamento Alimentar
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FOME, APETITE E SACIEDADE:
Quando falo em informações fisiológicas: fome e saciedade são fundamentais na
regulação da fisiologia do comportamento alimentar.
FOME: necessidade fisiológica de comer, privação de energia. Não tem relação de
especificidade com nenhum alimento. Fome não é sinal reativo de emoção.
APETITE: fome hedônica, desejo de comer algo. Intimamente ligada ao prazer e
satisfação. Não está relacionado a fatores biológicos. Provoca emoções.
SACIEDADE: após ingestão de determinado alimento, sinais sensoriais, hormonais,
nervosos: informações chegam ao cérebro.
FOME + APETITE + SACIEDADE: dependem de um complexo sistema
biopsicossocial que exige alto grau de interação: corpo e ambiente. Pacientes com
problemas alimentares tem dificuldade em identificar sinais de fome e saciedade.
Hábito de fazer dietas: incentiva fome, ignorar sinais, regras rígidas não internas
regulam a alimentação.
Dieta e compulsão: desregulação explica compulsão alimentar e transtornos
alimentares, em pessoas suscetíveis.
Eixo fisiológico: defesa do organismo: dietas nos levam a peso abaixo do nosso
ponto de ajuste de ingestão e manutenção de peso. ECA: tentativa do
organismo em restaurar peso adequado.
Efeito sanfona;
Desregulação: aumento de fome física (em resposta a estímulos visuais e
olfativos – aumento de salivação e motilidade e diminuição da liberação de
insulina e leptina – intimamente ligados aos sinais de fome e saciedade).
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Construção de um modelo comportamental
Comportamento: maneira de se comportar ou se conduzir (condutas,
procedimentos, conjunto de ações do individuo).
Também é o conjunto de reações do individuo diante das interações meio
ambiente e circunstâncias.
Psicologia: diversas abordagens englobam as interações ambiente – social. Cada
uma com sua premissa.
Técnica Cognitiva (behaviorismo – analise do comportamento): principal
Teorias e princípios da aprendizagem:
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clássico também possibilita o entendimento de coisas comuns do nosso dia a dia,
como o barulho de um despertador, que por si só não significa nada, mas nós
relacionamos aquele barulho ao objetivo de acordar em um determinado momento.
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Distingue-se de outros tipos de aprendizagem por basear-se na imitação.
Construção do modelo e o papel do nutricionista:
Identifica comportamento disfuncional e habitual;
Modifica cognições;
Ensina novas estratégias de mudança comportamental.
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Metas devem atender às necessidades mais urgentes do paciente, mas que
também devem levar em conta a capacidade do paciente alcançá-la naquele
momento.
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Crença
central
Emocional
Crença
intermediária
Resposta Comportamental
Pensamento
automático Psicológica
Objetivos da TCC:
Compreender os processos que mantem a condição do sofrimento emocional.
Identificar ideias, memorias, pensamentos e comportamentos prejudiciais.
Refletir e testar novos paradigmas de pensamento e comportamento.
Princípio 1
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Os eventos chaves (fatores predisponentes);
E os padrões duradouros de interpretação (crenças).
Princípio 2
Princípio 3
Princípio 4
Princípio 5
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Princípio 6
Princípio 7
Princípio 8
Princípio 9
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Três técnicas importantes são utilizadas para esse princípio:
Questionamento Socrático: consiste em fazer perguntas contínuas sobre o que o
paciente pensa, levando-o a novas descobertas sobre seus próprios pensamentos.
Empiricismo Colaborativo: consiste em experimentar o comportamento para verificar
seus pensamentos e emoções.
Descoberta Orientada: processo em que o terapeuta questiona o paciente sobre o
sentido dos seus pensamentos a fim de lhe revelar as crenças subjacentes (atitudes,
suposições ou regras) que mantém em relação a si mesmo, ao mundo e as outras
pessoas.
Princípio 10
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O modo como as pessoas se sentem está
associado ao modo como elas interpretam e
pensam sobre uma situação.
Usando todos os seus sentidos na escolha para comer comida que seja
satisfatória para você e nutritivo para o seu corpo. Reconhecendo respostas para
alimentos (gostos, desgostos ou neutro), sem julgamento.
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Princípios do mindful eating
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Comer Intuitivo - Intuitive eating
Foi criado por duas nutricionistas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch.
15
As pessoas que seguiram os princípios do Comer Intuitivo
tiveram um menor IMC, maior sensação de bem estar e conseguiram
manter o peso e as mudanças de comportamento por mais tempo.
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Entrevista Motivacional
Motivação:
• Atingir objetivos
• Comportamento incentivado, estimulado, energizado.
Motivação é essencial para a vida, para entender o comportamento humano e para
compreender o que faz com que alguém aja de determinada forma.
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Motivação é um processo individual.
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Comer de determinada Prêmios e coação, menos
maneira para não levar reconhecida como controle e
REGULAÇÃO EXTERNA bronca do nutricionista ou considerada a forma menos
outra pessoa ou porque será autônoma de motivação.
recompensado caso fizer.
Comer de determinada Evita a culpa, o que é
maneira apenas para evitar considerada outra forma
REGULAÇÃO INTROJETADA sentimentos de culpa ou pouco autônoma de
comer para melhorar motivação.
autoestima, sentir orgulho
(sentimentos de valor).
Comer algum alimento apenas Indivíduo faz pelo
por acreditar que faz bem comportamento ser
REGULAÇÃO IDENTIFICADA para a saúde, mesmo sem valorizado e aceito, com boa
prazer (por recomendação vontade mesmo sem ter
nutricional, p.e.). prazer.
EM
Espírito da EM: conceitos que norteiam a
técnica e que embasam todas as
habilidades e estratégias.
Estilo da EM: elementos chave: respeito,
empatia, colaboração, escuta.
Habilidades da EM: maneira de conduzir
à mudança.
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Respeito
Reconhecer e aceitar que o paciente tem autonomia sobre sua própria saúde.
Cada um faz suas próprias escolhas sobre sua vida. O nutricionista pode
informar orientar, advertir.
Reconhecer que o paciente tem liberdade para fazer suas escolhas, é isso que
torna a mudança possível, por mais contraditório que pareça.
Empatia
Colaboração
Relação profissional-paciente.
Busca parceria entre ambos, entendendo
que os dois têm conhecimentos. O nutricionista
deve fazer com que o paciente tenha papel ativo.
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Etapas da EM segundo Berg-Smith
Iniciar a conversa
Construir e fortalecer a
motivação
Planejar o próximo
passo
Finalizar a conversa
Você tem ideia de por que seu médico pediu para me procurar? Como você
imagina que posso ajudar?
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Quero emagrecer
Como começou seu desejo de emagrecer? O que o fez desejar isso agora?
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2. Negocie a agenda
5. Explore a ambivalência
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Eu já tentei comer salada,
mas elas não têm gosto
Você já teve experiências bem ruins com as verduras e acredito que já tenham
recomendado muitas vezes que você as comesse. Você se importaria de compartilhar
um pouco como foi isso?
Você se preocupa em melhorar seu diabete, mas tem algumas coisas que te
impedem, e a dor para aferir a glicemia é uma delas. Como é essa dor? Como você se
sente?
O sal parece ser um ingrediente importante para você sentir o gosto da comida
e é fundamental para você que ela seja bem temperada, porém você se depara com
varias orientações para reduzir o sal da comida. Como foram suas experiência em
relação a isso?
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A comida perece um problema para você, pois você acredita que come muito.
O que o faz pensar que come muito?
A exploração da ambivalência sempre começa com uma reflexão, ou seja,
devolve para a pessoa alguns pontos do que ela disse e que o nutricionista considera
importante aprofundar.
Inicia a conversa sobre determinado tema, para assim emergirem soluções,
problemas, angustias, facilitadores e pontos a serem mais profundamente discutidos.
Empatia.
6. Explorar a prontidão para a mudança
Paciente está realmente pronto para a mudança proposta por vocês? Escala de
zero a dez, assim o paciente consegue identificar melhor quanto está pronto, mas
independente do grau de prontidão, é importante o nutricionista explorá-lo. Prós e
contras podem ajudar.
7. Compartilhar informações
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8. Planejar o próximo passo
9. Finalizar a conversa
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Durante o atendimento, só você fala, e o Ouvir mais do que falar, explorar a
tempo todo você passa muitas motivação do paciente e sua possível
informações de forma autoritária, ambivalência. Questionar o que ele quer
julgando os comportamentos dos mudar, o que já tentou antes, o que deu
paciente, direcionando para o que você certo errado e quais são suas ideia no
considera certo e saudável. momentos para concretizar suas metas.
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Pré-contemplação
Contemplação
Preparação
Quando se verifica alguma tentativa de mudança, mas ela não chega a ser bem-
sucedida ou a persistir, fala-se que a pessoa se encontra no estágio de preparação.
É, por exemplo, o caso do regime retomado toda segunda-feira, mas
abandonado na quarta, porque se ficou nervoso com alguma coisa, ou porque a
sobremesa do almoço era irrecusável.
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Ação
Manutenção
Término
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Contemplação desvantagens de mudar. Reduzir
os “contras” da mudança e
começar a pensar em metas.
Pretende fazer mudanças (estado de Estruturar um plano para
prontidão, antecipação) também chamada mudança. Construir auto eficácia.
fase de “decisão”. Oferecer ajudar para que o
paciente encontre uma
estratégia de mudança ou um
objetivo que seja aceitável,
Preparação apropriado e realizável.
Proporcionar treino e assistência.
Identificar passos e habilidades
necessárias para a mudança
gradual.
Tem alterações de comportamento (estado Provocar uma mudança na área
de entusiasmo e mudança). do problema. Desenvolver plano
de ação e compromisso de
Ação mudança, assistir, reforçar,
encorajar, trabalhar a solução de
problemas.
Mantém e sustenta as mudanças. Evitar recaídas e consolidar
ganhos obtidos durante a fase de
ação. Reforçar o novo
comportamento. Esclarecer que
lapsos e recaídas são normais e
aproveitar para identificar o que
Manutenção o fez retomar os
comportamentos de risco.
Propor um plano de seguimento,
suporte e fortalecimento.
Explorar estratégias de
superação.
Término
30
Por isso, faz-se importante ter atenção às técnicas de EM a fim de melhorar o
prognóstico e aderência ao tratamento.
PNL
Embora não existam estudos sistemáticos e rigorosos para verificar a validade das
hipóteses sobre as quais se alicerça a PNL, os conceitos que ela propõe se harmonizam
com outras abordagens.
Pressupostos: As pressuposições da PNL são princípios sobre os quais se
fundamenta sua aplicação.
São eles o seguintes:
As pessoas respondem à sua interpretação da realidade, não à realidade em si.
Ter uma escolha ou opção é melhor do que não ter.
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As pessoas fazem a melhor escolha que podem no momento.
As pessoas funcionam perfeitamente.
Todas as ações têm um propósito.
Todo comportamento possui intenção positiva.
A mente inconsciente contrabalança a consciente; ela não é maliciosa.
O significado da comunicação não é simplesmente aquilo que você pretende,
mas também a resposta que obtém.
Já temos todos os recursos de que necessitamos ou então podemos criá-los.
Mente e corpo formam um sistema. São expressões diferentes da mesma
pessoa.
Processamos todas as informações através de nossos sentidos.
Modelar desempenho bem-sucedido leva à excelência.
Se quiser compreender, aja.
Coaching
Mudança de comportamento;
Relacionada a alimentação: estratégias baseadas em alteração de
comportamento alimentar;
Estudos científicos não existem.
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(população adulta da cidade do Porto): obesidade: 26,1 %
das mulheres e 13,9% dos homens.
Distribuição da Gordura:
Dobras cutâneas
Bioimpedância
US/TC/RNM
Relação circunferência abdominal/ quadril
Circunferência Abdominal:
Aumentado ≥ 94 cm ≥ 80 cm
Aumentado substancialmente ≥ 102 cm ≥ 88 cm
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Redução da relação cintura/quadril das
modelos;
Aumento das matérias sobre dieta e perda
de peso;
Redução das receitas de culinária;
Saúde passou a ser menos citada do que a
estética em matérias de nutrição e fitness.
(Guillen & Barr, 1994)
35
Mulheres ingressantes em uma academia de
ginástica em Curitiba: 55% das mulheres entre
20 e 30 anos desejavam redução de peso,
somente 17% delas realmente necessitavam.
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Crianças de 9 anos associaram as seguintes características a figuras de crianças
obesas: têm menos amigos, são menos amadas por seus pais, vão pior na escola, estão
mais infelizes com suas aparências e querem ser mais magras (Hill & Silver, 1995).
Apresentação a crianças e adultos de fotos de crianças obesas, ou com
deficiência física, desfiguradas, cegas = fotos dos obesos são as mais rejeitadas
(Giancoli & Nieimeyer, 1983).
Achado acima foi verificado em 1961 e em 2001: aumento de 41% na rejeição
aos obesos (Latner & Stunkard, 2003).
Pessoas obesas são tidas como sem de força de vontade, preguiçosas, descuidadas,
incompetentes, emocionalmente instáveis, e até pessoas defeituosas (Puhl et al,
2004).
Obesos são menos aceitos nas faculdades e recebem menos bolsas de estudo
(Crandall 1994; Canning & Mayer, 1966; Crandall 1991).
Obesos são mais rejeitados em entrevistas de emprego (Larkin & Pines, 1979;
Rothblum et al., 1990).
Quando empregados, obesos recebem menores salários e menos promoções
(Averett & Korenman, 1996).
“É notável que nos últimos anos medidas legais e normas sociais tenham diminuído
a estigmatização de grupos raciais, religiosos ou de gênero, enquanto que o
preconceito contra obesos continua sendo tolerado e até socialmente aceito”
(Stunkard & Sobal, 1995).
37
Obesos seriam piores trabalhadores.
As pessoas se sentiriam desconfortáveis em se associar a obesos.
Obesos não poderiam levar uma vida normal.
Obesos são responsáveis pelo seu estado.
Principais causas da obesidade: sedentarismo, comer muito dos alimentos
errados, mudanças de humor que levam ao exagero alimentar, prática de
dietas, influência da família e de pares, falta de força de vontade.
Fatores Emocionais;
Genética;
Sedentarismo e Alimentação;
Fatores Neuroendócrinos;
Ambiente.
Genética
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40% a 70% da diferença peso podem ser explicada pela carga genética;
Entre 15 e 40% da variação de padrão alimentar também pode ser justificada
por influências genéticas;
Síndrome de Prader Willi e a de Bardet-Biedl.
Fatores Neuroendócrinos
Insulina/Glucagon;
Grelina/Obestatina;
Leptina;
α-MSH (hormônio melanocítico estimulante- gene agouti);
PYY;
Oxintomodulina;
PP (polipeptídeo pancreático);
Amilina;
GLP1 – GLP2 (receptores do glucagon);
Somatostatina (SMT);
NPY, AgRP, CART, CRH, TRH;
Sistema endocanabinóide;
Receptores de histamina H3.
Ambiente
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Estresse: hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófiseadrenal → progressivo
desequilíbrio → associado ao ↑acúmulo de gordura visceral (Matos et al, 2003;
Rosmond et al, 1998).
Medicamentos (benzodiazepínicos, corticosteroides, antipsicóticos,
antidepressivos tricíclicos, antiepiléticos, sulfonulreias, insulina) (Cheskin et al, 1999).
Abandono do tabagismo (Jorenby et al, 1999).
↑ da ingestão alimentar;
↓ do gasto energético;
Maior capacidade de estocar gordura;
Oxidação de gorduras deficiente.
Sedentarismo e Alimentação
Satisfação Saciedade
Causas pré-deglutição:
Papel do Inconsciente.
40
Não guardamos com precisão o que comemos (Booth & Freeman, 1995; Lowe,
2005).
31% das pessoas que saem de um restaurante italiano não se lembram qual
quantidade de pão comeram e 12% dos comedores de pão negam ter comido um
único pedaço (Linder &Wansink, 2003).
Não somos capazes de estimar o tamanho das refeições (Lansky e Brownell, 1982;
Barbara et al., 2003; Toozze et al., 2004).
Eutróficos => estimaram 20% menos;
Obesos => 30 a 40% menos.
Topografia da mesa:
É o “tamanho da refeição” que determina a precisão com que estimamos
quanto comemos, e não o “tamanho da pessoa”.
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Porções cada vez maiores, principalmente de alimentos ricos em lipídios,
açúcares e, consequentemente, energia.
Aspecto cultural: satisfação dos clientes com “mais comida por menos
dinheiro” (Young & Nestlé, 2002).
2000
42
Estudos tem demonstrado relação inversa (Drummond et al.,
1996) ou falta de relação (Summerbell et al., 1996; Crawley &
Summerbell, 1997) entre frequência alimentar e peso corporal.
Outros fatores:
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Fome física x Fome emocional - Gatilhos alimentares e emocionais
Situar alimentação:
Simbolismos
Relações
com algo ou COMER Prazer
alguém
Lembranças
Contexto atual:
Valorização da magreza como símbolo de beleza, atratividade, poder e
sucesso;
Enorme disponibilidade de alimentos/ aumento da obesidade/ transição
nutricional;
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Alimento
“Ameaça”
Cenário atual:
As informações sobre Nutrição e Alimentação são divulgadas não só por
profissionais capacitados. Restrições alimentares severas: “única” opção para quem
quer se alimentar melhor e alterar o peso.
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Dieta é gatilho?
Dieta para perda de peso:
• Causam pensamentos obsessivos para com os alimentos e o peso corporal;
• Não melhoram a auto estima e nem significam disciplina ou auto controle;
• Causam irritabilidade, letargia e mau humor.
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Experiências adversas são gatilhos?
Abuso sexual, trauma e estímulos negativos, como comentários depreciativos
recebidos ao longo do desenvolvimento podem ser fatores importantes.
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Fome física X Fome emocional – Gatilhos alimentares e emocionais:
• Fome; • Social;
• Vontade genuína; • Sentimento;
• Prazer. • Emoção.
48
Gastronomia
49
Cozinhar
50
Mais uma vez a nutrição comportamental está totalmente de acordo com o
novo guia alimentar, que propõe que para se orientar uma alimentação saudável, não
é suficiente apenas dizer O QUE as pessoas devem comer, mas é importante também
garantir outras coisas, como incentivar que as pessoas DESENVOLVAM, EXERCITEM E
PARTILHEM HABILIDADES CULINÁRIAS.
Gastronomia X Culinária
Cozinha e culinárias:
Técnicas de sobrevivência, gestos e gostos estabelecidos, identidades
familiares, étnicas, regionais.
Gastronomia:
Passado concepção médica e filosófica de uma dietética como regra de bem
viver.
51
Século XIX expressão como forma de arte e distinção social.
Nos dias de hoje: espécie de alta-cultura da cozinha, diferente da cozinha
cotidiana, caseira.
PRAZER DE COMER!
ESCUTA
• Dados básicos:
– Idade, estado civil, filhos, escolaridade, profissão, com quem mora e
como, indicação para tratamento.
• Dados antropométricos: coletar
– Peso e altura (IMC), peso desejado/habitual/mínimo/máximo,
circunferências, dobras cutâneas, bioimpedância, etc;
– Dados de saúde:
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– Dados de saúde (doenças pregressas e atual, tratamentos já realizados
ou em andamento, medicamentos, suplementos, qualidade do sono)
devem ser coletados:
– Exame físico.
• Histórico do peso, da alimentação:
– Não são indicadas anamneses estruturadas, com muitas perguntas
fechadas, pois elas não dão chance para o paciente contar sua história e
apresentar suas questões únicas e particulares;
– Recomenda-se que não faça perguntas diretas;
– Iniciar a entrevista com perguntas indiretas, como “Como era sua
alimentação e peso na infância?”;
– Anotar os dados, atentando para momentos importantes;
– Levantar o histórico, prestando atenção em momentos importantes,
como infância, adolescência, reação às mudanças corporais da
puberdade e gestações, mudanças do padrão ou consumo alimentar,
etc.
– Avaliação clínica e bioquímicas e exames complementares.
• Aspectos atuais:
– História alimentar simplificada, com rotinas e horários, abordando o
que o paciente costuma comer normalmente;
– R24h não é recomendado enorme variação de consumo de um dia
para o outro. Exemplos de compulsão e frequência;
• Alimentação habitual durante semana e finais de semana;
– Métodos inadequados para controle de peso;
– Aversões e preferências alimentares;
– TA.
53
Pensamentos
Atitudes
Comportamento Sentimentos
Alimentares
Crenças
Americanas Francesas
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Patologias do sistema nervoso e doenças psiquiátricas
/comportamentais
Esqueçam os estereótipos:
Compulsão 3 bombons
Gordo Come
Compulsivo
muito
55
Genéticos
Biológicos
Fatores
Socioculturais
Familiares
Psicológicos
Fatores genéticos
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Estudos com gêmeos monozigóticos e dizigóticos também
apontam a genética como possível participante etiologia
dos transtornos alimentares.
Fatores biológicos
Fatores socioculturais
57
Fatores familiares
Fatores psicológicos
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Fatores Fatores
predisponentes Fatores precipitantes
mantenedores
Fatores predisponentes
Fatores Psicológicos:
Personalidade:
Traços comuns na Anorexia Nervosa são os obsessivos, perfeccionistas,
dificuldade em expressar sentimentos e introversão;
Em relação à Bulimia Nervosa, traços impulsivos, instabilidade afetiva e
sociabilidade são comuns. Baixa autoestima é um fator de risco comum a Anorexia
Nervosa e a Bulimia Nervosa.
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Fatores Socioculturais:
Mudanças na disponibilidade e no significado dos alimentos.
Mudanças no conceito de beleza e supervalorização da magreza.
Fatores Biológicos:
TA e doenças psiquiátricas associadas, como depressão e abuso de substâncias,
são comuns em uma mesma família, porém, ainda é incerto o tamanho da
contribuição da genética para os TA.
Alterações nos sistemas de neurotransmissão são frequentes em pacientes com
TA, principalmente nos sistemas serotoninérgico (importante regulador do
comportamento alimentar) e noradrenérgico (papel no controle do humor, impulso e
obsessividade nos TA).
Fatores Familiares:
A família é a estrutura básica da formação das pessoas. É dentro dela que se
forma a personalidade e se desenvolve a vida no âmbito do cotidiano como um
processo contínuo.
60
Família é determinante no processo de incorporação de padrões sociais e
culturais e na aprendizagem de como conviver com as demais pessoas.
A condição psicológica de uma pessoa é diretamente relacionada com a
estrutura do grupo do qual faz parte (família). O distúrbio psiquíquico tem muitas
vezes raízes no papel inconscientemente imposto pela família.
Características comuns:
• Perfeccionismo – bom comportamento extremamente valorizados
(especialmente na AN);
• Hipercontrole/ rigidez, resultando em infantilização (especialmente na AN).
• Superproteção – atraso no desenvolvimento da autonomia pessoal
(especialmente na AN);
• Ligação simbiótica – relação mãe e filha. (especialmente na AN);
• Pouco espaço da individualização – papéis se misturam, posições familiares não
claras (funcionamento em “bloco”) (especialmente na AN);
• Controle estrito das emoções (especialmente na AN);
• Comunicação prejudicada – dificuldade em elogiar = baixa autoestima;
• Preocupação exagerada com o peso e dietas, valorização excessiva da
aparência física (especialmente por parte da mãe). Membro obeso é
geralmente criticado e humilhado;
• Dinâmicas caóticas – ausência de regras, limites e autoridade dos pais;
desorganização (especialmente na BN);
• Dificuldade em lidar com impulsos e descargas emocionais (especialmente na
BN);
• Não raro histórico de abuso de drogas, álcool e transtornos psiquiátricos;
• Filhos de mães com TA possuem mais de 50% de chance de desenvolver um
transtorno psiquiátrico.
61
Principal: Dieta para perda de peso:
Acontecimentos estressores, como perdas, separações, doenças, menarca e
gravidez por provocarem desorganização e reforçar sentimentos de insegurança e
insatisfação.
Falando em dieta...
8 milhões de pessoas sofrem de TAs nos EUA;
9 em cada 10 mulheres está insatisfeita com seu corpo. Pelo menos 6 fazem
dieta para perder peso;
78% das meninas americanas de 17 anos está infeliz com seu corpo;
Ideal de magreza apresentado pela mídia é alcançado por menos de 5% da
população feminina;
80% das meninas de 10 anos nos EUA já fizeram alguma dieta;
Apenas 4% das mulheres no mundo se consideram bonitas;
Em sua vida 50.000 pessoas morrerão como resultado direto dos TAs;
Americanos gastam mais de 40 bilhões de dólares por ano com dietas e
produtos relacionados a perda de peso.
62
É necessária a interação de diversos fatores de risco para o aparecimento de um
TA, portanto, a prática de dieta, como um comportamento isolado, não desencadeia
um TA.
Trazem pensamentos obsessivos para com os alimentos e o peso corporal. Não
melhoram a autoestima e nem significam disciplina ou autocontrole. Causam
irritabilidade, letargia e mau humor.
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Fatores Mantenedores
64
0,6%
3 : 1
1 – 1,5%
3 : 1
65
Prevalência transtorno da compulsão alimentar
1 : 1
66
Incidência Anorexia Nervosa
População pareada
Grupos de risco
67
Estudantes de educação física e educadores físicos.
Atletas competitivos:
Ginastas Jóqueis
Boxers
Lutadores
68
Bailarinas
Dançarinas
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Atores (“celebridades”)
Amenorreia
Pode ser concomitante ou preceder à perda de peso, pode resistir mesmo após
a recuperação de peso mínimo.
Pode ser acompanhada de: regressão dos ovários para estágios pré-puberais,
regressão do tamanho mamário, redução útero, infertilidade.
70
Osteopenia e osteoporose.
↓ Testosterona: em pacientes AN do sexo masculino;
↓ T3 e T4: mecanismo adaptativo à desnutrição:
o Sintomas de hipotireoidismo: constipação, intolerância ao frio,
bradicardia etc.
Hipercolesterolemia (redução dos níveis de T3 e da globulina carreadora de
colesterol e/ou da diminuição da excreção fecal de ácidos biliares e colesterol);
Pele e fâneros:
Queda de cabelos;
Lanugo (penugem fina) → Pode ocorrer em consequente da redução da
atividade da enzima 5-alfa redutase e/ou do hipotireoidismo;
Alterações hidroeletrolíticas:
o Hiponatremia → Pode ser consequência de grande ingestão de água ou
de flutuações do ADH;
o Hipofosfatemia → Consequência da desnutrição ou da síndrome de
realimentação;
o Hipocalemia (↓potássio): K<3,5mmol/L → decorrência de métodos
compensatórios purgativos, como uso de vômito, abuso de diuréticos e
laxantes → risco de arritmia.
71
Fisiopatologia – Bulimia Nervosa
Mortalidade: 3%;
Grande variação de peso;
Práticas constantes de restrição e purgação (abuso de laxantes e diuréticos) →
estado hipovolêmico → estímulo do sistema renina-angiotensina-aldosterona
→ estímulo à retenção de fluidos;
Condição persiste temporariamente mesmo após a cessação das práticas
purgativas → Edema;
Lesão do dorso da mão: “Sinal de Russell”.
Alterações hidroeletrolíticas:
- Hipocalemia (↓potássio) → Causas: vômito, desnutrição e abuso de
diuréticos e laxantes;
- Sintomas: fraqueza, confusão, náusea, palpitações, arritmias cardíaca,
poliúria, dor abdominal e constipação.
Alterações cardíacas:
- Arritmias cardíacas → risco de morte súbita, especialmente no caso de
hipocalemia → causa mais comum de morte nos TAs;
Alterações renais: Nefropatia por abuso de diuréticos.
72
Alterações gastrointestinais:
– Vômitos frequentes levam ao relaxamento do esfíncter esofagiano inferior;
– Esofagite: comum na BN e também na AN subtipo purgativo;
o Pode variar de branda a grave, podendo haver herniações ou até
trazer risco de morte se houver ruptura.
– Constipação: tanto na BN quanto na AN, decorrente do uso de laxantes →
danos irreversíveis ao cólon intestinal (cólon catártico) e perda da função
peristáltica normal;
– Pacientes que abusam de laxantes devem deixar de fazê-lo gradativamente,
concomitantemente ao aumento do consumo de fibras e água.
73
- Sobrepeso e obesidade;
- Síndrome Metabólica e outras condições clínicas associadas à obesidade:
Instrumentos de investigação
Cientistas e clínicos utilizam-se de mensurações como uma forma de
compreender, avaliar e diferenciar características de pessoas e objetos. Na psiquiatria,
instrumentos ou escalas de avaliação são questionários, entrevistas ou testes,
elaborados para realizar essas mensurações na avaliação dos transtornos mentais e,
dentre eles, dos transtornos alimentares (TA).
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Investigação e avaliação
• Importância de uma boa avaliação: pessoas com TAs não são um grupo
homogêneo;
• A elucidação dos padrões dietéticos tem implicações no tratamento e
conhecimento da variabilidade clínica nestes pacientes;
• Instrumentos padronizados X entrevistas clínicas: não é necessário usar
instrumentos prontos para avaliação do paciente → instrumentos são melhores
para pesquisa;
• Na prática clínica, é melhor desenvolver sua própria anamnese.
Para os TAS:
1) Instrumentos autoaplicáveis:
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autoaplicável, ela tende a ser mais precisa em identificar sintomas ambíguos,
como os episódios bulímicos, podendo, em vista disso, ser utilizada como
instrumento diagnóstico. Entre as desvantagens, tem o fator tempo, pois a
entrevista clínica padronizada demanda mais tempo para a avaliação e o
avaliador precisa estar treinado.
Resumo:
• Entrevistas clínicas padronizadas: informações de forma sistemática.
• Mais precisa que questionários autoaplicáveis.
• Desvantagens: tempo de avaliação e necessidade de entrevistador treinado.
• Maioria validada em originalmente em inglês.
• Maior parte é apenas uma sessão de outro instrumento diagnóstico de
transtornos psiquiátricos mais amplos.
• EDE: Diagnóstico e psicopatologia de TAs. Avalia restrição dietética e episódios
bulímicos, grande riqueza de detalhes (episódios bulímicos objetivos,
subjetivos, hiperalimentação objetivas, subjetivas). Cooper et al., 1989.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
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• NKS: Avalia conhecimentos sobre a importância da alimentação para a saúde.
Harnack et al., 1997.
• DEAS: Avalia atitudes alimentares. Alvarenga et al., 2010.
• EEICA: Avalia distúrbios de imagem corporal. Conti et al., 2009.
Comorbidades psiquiátricas
Define-se comorbidade como a ocorrência conjunta de dois ou mais transtornos
em um mesmo indivíduo avaliado clinicamente.
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Estudo americano com 2.436 pacientes com TA internados
psiquiátricas.
Obesidade:
A obesidade não é um TA nem uma doença
psiquiátrica embora alguns autores incluam-na
didaticamente nesta categoria pelo seu funcionamento
semelhante.
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Comorbidades mais frequentes nos TAs e na Obesidade:
Transtornos
Depressão Depressão Depressão Depressão atípica
de Humor
Álcool,
Abuso de Álcool, maconha,
maconha,
Substâncias cocaína e
cocaína e
Psicoativas anfetamina
anfetamina
Conclusão
79
a regra que a exceção, e o atendimento destes mostra-se mais difícil e requer
conhecimento técnico e específico.
Imagem corporal
As questões relacionadas à imagem corporal (IC) vêm recebendo cada vez mais
atenção. O terapeuta nutricional deve estar preparado para lidar com essa questão,
pois ela afetam o relato do consumo alimentar, os hábitos alimentares, a motivação
para mudanças comportamentais, além de serem sintomas de algumas doenças que
exigem tratamento nutricional, destacando-se, entre essas, os transtornos alimentares
(TA).
Os distúrbios de IC são alterações graves e persistentes em qualquer
componente da mesma (perceptivo e atitudinal), trazendo sofrimento e/ou prejuízos
sociais, físicos e emocionais. Eles podem ocorrer nos dois componentes, de maneira
independente ou simultânea.
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Componentes da Imagem corporal (IC):
Exemplos de distúrbios de IC
81
Se a pessoa se vê de forma diferente daquela que ela é (por ex. mais gorda),
pode-se dizer que ela tem distúrbio no componente perceptual da imagem corporal ou
uma distorção de imagem corporal.
Se a pessoa é extremamente insatisfeita com seu corpo ou dá muita
importância à aparência física, pode-se dizer que ela tem um distúrbio no componente
atitudinal da imagem corporal.
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– Distorção é instável e intermitente e pode ter “gatilhos”, como emoções
negativas, achar que comeu muito ou ver imagens de mulheres magras.
Ideal de corpo mais magro e rígido do que na BN.
Menor insatisfação do que na BN, pois já se encontram em seu peso “ideal”.
O acompanhamento da evolução pode ser feito por meio de escalas e
questionários validados:
• BSQ (Body Shape Questionnaire), Cooper et al. 1987; Di Pietro e Silveira 2008;
Conti et al. 2009: avalia preocupação com peso e formas corporais, “sentir-se
gordo”.
• Escala de Figuras de Stunkard, Stunkard et al. 1983, Scagliusi et al. 2006: avalia
percepção do tamanho corporal e insatisfação corporal.
• BAQ (Body Attitudes Questionnaire), Ben-Tovim e Walker 1991, Scagliusi et al.
2005: avalia sentimentos relacionados a adiposidade corporal, depreciação
corporal, relevância do peso e forma corporal, achar-se fisicamente atraente,
percepção de gordura nos membros inferiores do corpo.
• EEICA (Escala de Evaluación de Insatisfación Corporal), Conti et al. 2009: avalia
insatisfação corporal.
83
Escala de Silhuetas – KAKESHITA
• Brasil
84
É importante ao profissional sensibilidade e coerência. Segundo Herrin, 2003,
os pacientes reconhecem quando o terapeuta possui questões próprias de IC.
Conhecer seus limites, boa vivencia corporal (teatro, dança, ioga, circo, etc.).
Técnicas de tratamento da IC derivam de diversas abordagens:
• Psicoeducação, TCC, dança, teatro, bioenergética, arteterapia, eutonia.
Técnicas (podem, e devem, ser aplicadas pela equipe interdisciplinar):
Verbais e não verbais, originalmente dos trabalhos de Lowen (1982), Alexander
(1991), e Cash (2008), a seguir adaptadas e testadas na prática clínica.
1. Representações Mentais:
• Arte em vez da fala para expressar como o paciente percebe seu corpo.
O terapeuta deve constatar quais partes corporais são mais chamativas
e pedir para que o paciente as explique.
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Modelagem feita por uma paciente de 36 anos, diabética tipo 1, com peso normal e
diagnóstico de BN. Tornou-se cega em função do mau uso proposital da insulina com
intuito de perda de peso. Como a paciente não enxerga, ela se aperta continuamente,
checando especialmente a barriga, quadril e coxas (justamente as regiões
representadas como “uma bola” na modelagem).
2. Sensibilização:
Essa técnica faz com que o paciente sinta seu corpo e, com isso, conheça- o
melhor.
Exemplos de dinâmicas: massagem, automassagem, relaxamento e exercícios
de respiração. Ótimo para pacientes com evitação e depreciação corporal. O terapeuta
é guia do processo.
Uso de objetos que intermedeiem o contato, por exemplo bolas de tênis,
podem ajudar.
3. Espaço:
Útil para tratar distorção, a referencia do tamanho corporal está fora do corpo.
Exemplo: paciente deve definir o espaço entre duas varas, estando diante das mesmas,
para passar, sem faltar ou sobrar espaço. Nos casos de distorção de IC é comum que o
espaço delimitado seja muito maior que o necessário, assim, o papel do terapeuta é
mostrar para ao paciente a maneira distorcida que ele se vê.
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4. Carimbo:
Útil para tratar distorção, a referencia do tamanho corporal está fora do corpo.
Intervenções verbais
1. Atividades Educativas:
Para os terapeutas Nutricionais, essa intervenção deve ser realizada com esmero,
já que entendemos como uma competência básica do profissional.
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2. Debates:
O questionamento dos padrões de beleza e sua perpetuação na mídia é
importante questão para que se reduza a pressão sociocultural pela magreza.
Debater com argumentos científicos, concebidos por meio de estudos
antropológicos, filosóficos e sociológicos. Evitar explicações simplistas (ex. “Homens
não gostam de mulheres magras”, “estilistas escolhem mulheres magras porque
devem parecer cabides”...).
3. Técnicas cognitivo-comportamentais:
Embora abordagem seja psicológica, Cash (2008) adaptou para serem utilizadas
em seu programa de autoajuda: questões presentes nos pensamentos, emoções e
comportamentos do dia a dia.
Espelho: baseada em técnicas que trabalham fobias. Consiste na exposição ao
objeto que causa desconforto (IC do paciente). Exercícios reais e imaginação.
Diário de IC: registro de atividades diárias e pensamentos, sentimentos,
sensações e comportamentos para com o corpo.
Para pensar....
88
Técnicas de Automonitorização
Registro sistemático da ocorrência de algum comportamento (registro diário, diário
de atividades, diário de sintomas e auto registro).
O diário alimentar é a principal técnica de auto monitoramento utilizada por
nutricionistas
Objetivos:
Elucidar pensamentos e comportamentos;
Avaliação durante todo o processo;
Clarificação do diagnóstico;
Condução do rumo da consulta;
Delimitação dos objetivos da intervenção;
Planejamento de metas;
Intervenção e avaliação do progresso e resultado final.
89
Reforço do desempenho positivo e que não reforce fracassos e frustrações. Deve-
se focar na mudança de comportamentos e não na ingestão calórica ou peso.
90
Para obesidade e TCA:
Exemplo:
91
alface, rúcula,
tomate, temperado
com 1 colher de chá
de azeite, sal e limão.
3 colheres de sopa de
arroz, 1 concha
pequena de feijão, 1
colher de sopa de
farofa, 1 coxa de
frango cozida, ½ copo
de Coca-Cola light.
Técnicas de automonitorização
1 2 3 4 5 6 7
Frutas
Exercício
Compulsão
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Mudanças de comportamento alimentar
Comportamento alimentar:
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Intuitive Eating
Comportamento
Alimentar
Atitudes
Mindfullness
Alimentares
O que difere?
Nutrição focada no
Modelo tradicional Nutrição
Comportamento
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Plano de ação é determinado Plano de ação muito
rapidamente, nos primeiros individualizado, que evolui com o
contatos. tempo.
Adesão alimentar
O nutricionista deve estabelecer, juntamente com o paciente, metas semanais
individuais de acordo com a necessidade específica de cada paciente.
O peso ideal
95
Evitar confronto: discussões são contraproducentes, suscitam defesa e
resistência; mostrar aceitação e entendimento.
Promover auto eficácia: crença da própria pessoa na sua habilidade de
executar uma tarefa.
Explorar metas do paciente.
“Olhar para frente e para trás”: Como você era sem a doença? Daqui a alguns
anos como você quer estar?
Estima-se que 90% das pessoas reganhará o peso perdido quando abandonar a
restrição.
Aconselhamento Nutricional
AN BN TCA
Não reconhece
Restritivo Dieter profissional seu problema
central
Acha que
Dificuldade de Dificuldade de
conhece
controle controle
Nutrição
96
Problemas com Supervalorização do Problemas com
Imagem Corporal corpo Imagem Corporal
Dificuldade em
Dificuldade de
Medo da comida perceber
escolha alimentar
“gatilhos”
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Habilidades Interpessoais
Demonstre empatia.
98
Faça um pergunta por vez e espere a resposta. Não
coloque palavras na boca de seu paciente. Aprenda a
se sentir confortável com o silêncio.
Ouvir não só́ com os ouvidos, mas também com os olhos. Saber ouvir é
requisito para a empatia.
Requer:
Abertura: física e psicológica;
Postura: tensa vs. Relaxada;
Concentração.
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Usar para reforçar novos bons comportamentos, p.e.
Cuidados:
Avalie:
Pense nas vezes em que outra pessoas usaram seu nome e veja que efeito isso
teve sobre você̂.
100
Pensamentos
Comportamentos
Podemos escolher.
101
Às vezes o paciente, especialmente os mais ansiosos, precisarão de um tempo “para
respirar”.
102
semana divertido. Podemos ver seu diário alimentar?” ou “Entendo que foi uma
semana muito atarefada para você. Podemos ver [no diário alimentar] como foi sua
alimentação diante destes problemas?”.
Se houver alguma questão mais urgente para o paciente, diga que pode ouvi-lo,
mas reserve um tempo para conversar brevemente sobre a alimentação e estabelecer
pequenas metas para aquela semana.
Sugerir que pode ser útil para o paciente conversar com outras pessoas sobre o
assunto, inclusive procurar ajuda profissional (psicológica), uma vez que você não está
treinada para lidar com estas questões.
103
“Se você fosse levar o almoço para o trabalho, como você
faria isso? O que você colocaria?”
- “Por que você não testa sua glicemia diariamente, como seu medico lhe
pede?”
“O que lhe incomoda mais a respeito de seu diabetes?”
“Como você vê os testes de glicemia lhe ajudando?”
Perguntas pessoais
Quem nunca na prática clínica se deparou com alguma(s) das seguintes
questões, por parte dos pacientes?
“Você já foi gorda?” / “Quanto você pesa?”;
“Você tem diabetes também?”;
“Em quem você votou nas eleições?”;
“Você é casada?” / “você tem filhos?”;
“Você é católica?”;
“Você come do jeito que você orienta seus pacientes?”;
“Você faz dieta?;”
“Você faz academia?”.
Princípio fundamental:
A pergunta não é a seu respeito, é a respeito de seu paciente.
Muitas vezes, a pergunta que o paciente realmente gostaria de fazer está “por
trás” da pergunta que ele fez.
1º passo: verifique se quer compartilhar esta informação com seu paciente.
Alguns profissionais não respondem perguntas a respeito de sua vida pessoal.
Terapeutas nutricionais com pouca experiência, não se coloquem em situações
complicadas ao tentar responder.
104
Caso resolva se “aventurar” a responder, tenha muita certeza do que está
fazendo e tenha cuidado com a forma de fazê-lo. Caso não queira responder, pode-se,
por exemplo, perguntar ao paciente de que maneira a sua resposta poderia ajudá-lo.
Pode ser uma maneira de prover o que o paciente precisa, sem a necessidade de fazer
revelações acerca de si mesmo.
Dê uma resposta apropriada as necessidades de seu paciente. Não mude o foco
para você. Redirecione a consulta de volta ao paciente.
Muitas vezes, não há uma “pergunta”, mas uma afirmação, por exemplo:
- “Ah, você não precisa se preocupar com peso, você é magra”;
- Traduzindo: “Eu não acredito que você pode me ajudar a perder peso,
você não entende, você obviamente nunca teve problema com peso”.
Se alguém nos diz “você não entende”, não adianta discutir. Procure “espelhar” o
que o paciente diz e mostrar que entende o quão importante é para o paciente que
tenha alguém que compreenda a sua dificuldade.
Cuidado para não se colocar na defensiva. Por exemplo:
- “Só porque em nunca fui gorda, isso não quer dizer que eu não posso
tratar de você!”.
105
O vizinho dele lhe deu um livro de dietas e ele resolveu seguir ao invés de
continuar indo ao seu consultório;
Entre outros.
Considerações Finais
106
Apenas o dado de IMC não é suficiente para atendermos a relação obesidade-saúde.
107
Devemos considerar: idade, raça,
alimentação, atividade física, distribuição
da gordura, antecedentes familiares,
estrutura corporal, efeito sanfona, práticas
não saudáveis de controle de peso,
cuidados médicos, fatores psicológicos e
socioculturais.
108
Há diferença entre alguém que é “naturalmente”
mais pesado ou alguém que cujo excesso de peso foi
induzido pelo estilo de vida.
Uma pessoa com sobrepeso deve tentar reduzir
ou manter seu peso.
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REFERÊNCIAS
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