O RPG No Desenvolvimento de Habilidades Sociais - Um Estudo de Caso Clinico
O RPG No Desenvolvimento de Habilidades Sociais - Um Estudo de Caso Clinico
O RPG No Desenvolvimento de Habilidades Sociais - Um Estudo de Caso Clinico
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
GOIÂNIA,
2016
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GOIÂNIA,
2016
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Resumo
O presente artigo teve como objetivo explorar, sob à luz da análise do comportamento, a
possibilidade da utilização do RPG (Role Playing Game) como ferramenta na execução de
um programa de Treino de Habilidades Sociais em um estudo de caso clínico. Observou-se
que, o RPG pode ter contribuído para um treino encoberto de habilidades sociais, que
resultou na aprendizagem e aperfeiçoamento parcial de habilidades sociais específicas.
Abstract
The purpose of this article was to explore, in the light of behavioral analysis, the
possibility of using the Role Playing Game (RPG) as a tool in the execution of a social
skills training program in a clinical case study. It was observed that RPG may have
contributed to a covert training in social skills, which resulted in the learning and partial
improvement of specific social skills.
Introdução
Para falar sobre habilidades sociais é necessário realizar algumas definições prévias
privado pode ser definido como o tipo de comportamento em que ocorre dentro do
organismo e que só ele tem acesso. Já o comportamento público, pode ser definido como
aquela parcela do comportamento que é observável e que pode ser descrita por terceiros
comporta e essa ação, por fim, gera consequências. Essas consequências podem retroagir
sobre a ação do organismo e que podem ser de dois tipos: reforçadoras ou punitivas. Ou
suprimindo ações. Por isso é que o comportamento operante é assim chamado, pois é o
comportamento que opera no ambiente. E esse ambiente alterado por essa ação retroage
seja, o agir de um indivíduo sobre outro indivíduo pode exercer papel de variável
na qual, um homem prestes a pisar na lama, é advertido por outro transeunte (estímulo
antecedente), que pela advertência dada se desvia da poça (comportamento) e assim evita
1957/1985).
acesso a reforçadores básicos e necessários, por exemplo, um indivíduo que está com fome
(necessidade básica) pode, ao interagir com outro indivíduo, conseguir comida (reforço
Grande parte do que fazemos envolve interação recíproca com outros indivíduos.
Essas interações podem ser ou não efetivas, a depender de diversos fatores que estão
relacionados com o nosso aprendizado. Caso algum indivíduo seja submetido à exposição
favorecer uma habilidade específica. Se aplicada a um contexto social, ela pode tornar-se
segundo Del Prette e Del Prette (1999), como déficit de habilidade social.
promover consequências aversivas à sua vida (Del Prette e Del Prette, 1999).
demanda interpessoal, e que, por se tratar de uma dimensão operante, estão sujeitos a
interpessoal, que deve considerar o amplo sentido que pode ter essa demanda, e que
emitidos, bem como a adequação ao aspecto situacional presente. (Del Prette e Del Prette,
1999).
outrem. Pode-se pensar, por exemplo, em um homem casado que não concorda com
algumas atitudes da sua esposa dentro de casa com relação à forma com ela o trata. Como
resposta a isso ele se isola e evita discutir a postura dela para com ele, de forma assertiva.
O que poderia se supor é que cumulativamente o sofrimento gerado por esse contexto
aversivo seria danoso tanto a ele quanto à relação conjugal. (Del Prette & Del Prette,
1999).
A amenização das consequências aversivas pode ser suprida com algum manejo
De acordo com Del Prette & Del Prette (2011), o programa de Treinamento de
Habilidades Sociais pode ser definido como um conjunto organizado de atividades que
indivíduo, mesmo ainda deficitárias. Os autores ainda afirmam que aquilo que é
habilidades sociais significativas para o seu contexto atual e, por último, também se faz
comportamento de se isolar em casa nos fins de semana para ver séries na TV ao invés de
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ir visitar os amigos que há tempos não encontra ou participar de uma reunião familiar ou ir
a algum evento social para ampliar seus conhecimentos e melhorar seu networking no
Ainda de acordo com Del Prette & Del Prette (2011), um dos aspectos do
programa de THS é seu caráter instrumental, no qual diversos instrumentos e técnicas são
que tem como estrutura básica do jogo a criação de personagens e papéis fictícios para
narrativas são guiadas quase sempre por um jogador específico, que toma para si o papel
responsabilidade por interpretar os personagens que estão presentes na história e que não
microestrutura representa o sistema de regra específico ao qual uma partida específica irá
se basear. Para melhor entender, a macro estrutura representa as características básicas que
personagens, a liberdade de escolha por parte dos personagens outros variados aspectos. Já
a micro estrutura representa o sistema de regras no qual o jogo está se baseando, sistema
esse que está presente nos mais variados livros de RPG que tem surgido desde o inicio do
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jogo.
em que os jogadores/personagens têm liberdade de tomar decisões, aos quais podem alterar
toda a macroestrutura da narrativa, mas ressaltando que essas decisões são livres até o
que as decisões dos jogadores guiam a direção que o jogo irá tomar.
Outra característica do jogo é que, na maioria dos sistemas de regras para jogos de
que o jogador obtém no desenrolar da partida são recompensados com uma moeda fictícia
equipamentos que o irão ajudar a alcançar os objetivos do jogo. Essa moeda também conta
como pontos de experiência, que normalmente são convertidos para aprimorar das
O objetivo geral do presente artigo foi realizar a aplicação do jogo de RPG como
sociais específicas, para que pudessem ser generalizadas para a vida e cotidiano do
participante.
Método
Participante
adolescente apresentava dificuldades de interação social e era uma criança tímida, até
mesmo dentro de casa. O adolescente, segundo seus relatos e da mãe, apresentava-se como
uma criança solitária, pelo fato de ela e o esposo trabalharem fora de casa, para
estamos na igreja, em casa ou até mesmo com alguns parentes, ele fica a maior parte do
tempo calado e nervoso, como se ele quisesse que aquela situação terminasse logo (...)”.
(Mãe do participante, 1ª sessão); “A diretora dele que me sugeriu buscar tratamento para
ele, disse que ele podia ter autismo ou alguma coisa do tipo, daí eu fiquei muito
preocupada e fui atrás, mas a gente não conseguiu nada na rede pública (...)”. (Mãe do
participante, 1ª sessão); “A professora falou pro pai dele que em sala de aula ele é calado,
nunca faz perguntas, no recreio fica sentado próximo da sala de aula até o recreio passar
(...)”. (Mãe do participante, 3ª sessão); “Nessas últimas férias a gente fez uma viagem de
uma semana pro interior, tinha muita coisa pra ele fazer. Lá tinha rio para nadar, cavalo pra
poder andar, tinha os priminhos dele da idade dele lá também, mas ele não quis se
envolver com nada, ficava o dia todo sentado no sofá da sala com os braços cruzados e só
conversava com alguém se fosse pra responder alguma coisa que fosse perguntado (...)”.
(Mãe do paciente, 9ª sessão); “Eu não falo com ninguém na escola porque acho que os
assuntos dos meus colegas não têm a ver comigo e meus assuntos não tem a ver com eles
(...)”. (Eduardo, 4ª sessão); “Essa semana tive que fazer um trabalho de inglês que todo
mundo da sala tinha que cantar uma música em uma apresentação para os pais na escola, aí
eu fiquei escondido atrás dos outros alunos maiores que eu e só mexendo a boca (...)”.
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(Eduardo, 11ª Sessão)]. Até seus oito anos de idade seus cuidados foram realizados por
babás. A interação com seus pais estava restrita aos finais de semana que eram os dias que
restavam sem trabalho, sendo que essa interação com os pais durava pouco tempo. [e.g.:
“Como a gente sempre trabalhou fora, em toda a infância do Eduardo, ele teve que ser
cuidado por babás que eu conseguia no setor e a gente ficava junto com ele mesmo só nos
primeira sessão, por exemplo, ele se manteve calado, respondendo a perguntas com “sim”
e “não” e com olhar fixo ao chão. Na recepção da clínica escola da faculdade, ele se
sentava de forma retraída junto à mãe, sempre extremamente quieto, com olhar fixo ao
chão, e conversando apenas com a Mãe em um tom razoavelmente baixo. Não era
observado nenhum tipo de interação com as pessoas ali presentes, o que foi observado pelo
aprendizagem ou desenvolvimento por parte de seus pais. Eduardo, segundo o relato dos
pais, sempre teve um bom desenvolvimento escolar, embora não gostasse da escola, pois,
problemas com bullying na escola [e.g.: “O Eduardo sempre teve boas notas, as
professoras falavam pra mim nas reuniões que ele era o aluno mais dedicado na sala, e é
muito difícil ele pedir ajuda para mim e o pai dele em alguma tarefa de casa, a não ser que
seja um trabalho de Artes que precise montar alguma coisa (...)”. (Mãe do participante, 6ª
sessão); “Tem um colega na escola que se chama Guilherme, ele senta sempre atrás de
mim, que fica me incomodando o tempo todo. Ele fica me empurrando, mexendo nas
minhas coisas, perguntando coisa pra mim o tempo inteiro e às vezes na hora do recreio ele
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fala que não vai me deixar voltar pra sala (...).” (Eduardo, 6ª sessão); “Antes do
Guilherme, tinha uma menina que se chamava Júlia. Ainda bem que ela saiu da escola, ela
era pior ainda, já puxou meu cabelo, jogou meus materiais no chão e ficava o tempo todo
falando que ia me bater na saída (...).” (Eduardo, 6ª sessão); “Eu sempre estudo, faço os
trabalhos e tiro nota boa na prova, mas na escola fico olhando no relógio da sala toda hora
pra ver se está chegando a hora de sair para o meu pai me buscar (...).” (Eduardo, 8ª
sessão)].
incômodos gerados pelos colegas ele justificou ao afirmar que preferia não fazer nada,
porque tinha medo de entrar em uma briga e porque a professora não tomava medidas
sobre suas queixas quando da realização de suas reclamações. Também relatou que nunca
comentou com os pais sobre esse tipo de situação: [e.g.: “O Guilherme é muito brigão, já
tomou mais de uma suspensão na escola, por isso eu prefiro deixar isso pra lá, eu nem ligo.
Sei que se eu fizer alguma coisa ele vai é querer brigar comigo (...)”. (Eduardo, 6ª sessão);
“O máximo que a professora pode fazer é mudar ele de carteira, e aí amanhã ele já vai
estar do meu lado de novo e vai me incomodar mais ainda (...)”. (Eduardo, 6ª sessão); “Eu
prefiro não falar sobre isso lá em casa porque se meu pai ficar sabendo ele vai querer ir à
escola, vai me fazer ficar contando as coisas pra diretora, aí eu acho melhor deixar pra lá
O tempo livre de Eduardo era ocupado com jogos virtuais, em que ele apresentava
de alguém que faz comentários enquanto joga algum jogo. Esse comportamento de
Eduardo era excessivo, pois ele gastava, em média, mais de cinco horas diárias, segundo o
relato da mãe, envolvido com as atividades virtuais. [e.g.: “Em casa quando eu termino as
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coisas da escola eu só fico no computador. Meu pai me chama às vezes para assistir filme
com ele na sala, mas ele só assiste filme que eu não gosto (...)”. (Eduardo, 5ª Sessão); “O
Eduardo chega da escola, faz suas tarefas de casa correndo e vai direto pro computador. Lá
ele fica com os joguinhos até a gente falar pra ele ir dormir. Ele só interrompe para jantar e
tomar banho e se a gente deixar, ele vai até de madrugada (...)”. (Mãe do participante, 7ª
sessão).].
Instrumentos e materiais
O presente estudo usou como ferramenta o sistema de RPG (Role Playing Games)
Mighty Blade, desenvolvido por Thiago Junges (2012). A escolha desse jogo específico
para realização das intervenções foi por esse jogo apresentar uma característica de conter
um sistema de regras fáceis de serem seguidas e também pelo jogo ser acessível a novos
jogadores e passível de bastante flexibilidade para ocorrer tantas mudanças quanto forem
original para que fosse possível sua aplicação com objetivos terapêuticos específicos de
Treino de Habilidades Sociais, que foram estabelecidos através da análise dos relatos
trazidos pela mãe e pelos relatos do próprio participante. Também foram utilizados
materiais, como: folhas de papel A4, lápis, borracha e três dados de seis faces, cada.
Procedimentos
na 13ª sessão. Com base nas observações realizadas em consultório, pelo relato de sua
Antes do início das intervenções com o participante, o final da 12ª sessão foi feita
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que o participante tentasse pensar soluções diante de situações difíceis para ele, porém que
se assemelhavam ao cotidiano de sua vida. E também foi explicado à mãe que o objetivo
associado com as situações difíceis da vida dele. Terceiro, foi explicado o papel da mãe do
ambientes fora do setting clínico, qual seria o comportamento do filho perante as tarefas
jogo e explicá-lo que faria parte de seu tratamento para a aquisição de algumas habilidades
sociais específicas. Então, foi feita a explanação para o participante da proposta do RPG
participante sobre o que é o RPG; as regras do jogo e foram levantados vários personagens
potenciais para ele interpretar na sessão. Depois, foram eleitos os personagens que
Após a eleição dos personagens com suas características, foi definido o papel de
estagiário-terapeuta seria o Mestre. O papel do Mestre era criar os cenários das narrativas;
diversos personagens presentes na narrativa que interagiriam com o participante e por fim,
tanto dentro do setting clínico quanto fora. Tudo foi anotado em uma folha de papel A4.
Foi criada uma história fictícia com o objetivo de criar contingências específicas
imaginária em situações específicas dentro da história fictícia, porém que tinham como
O participante foi informado que ele seria avaliado pelo Mestre na interpretação do
seu personagem. Para isso, foi combinado com o participante sobre como deveria ser a
interpretação de seu personagem, e a instrução foi que ele tentasse ser criativo na
estivesse parcial, ele era estimulado a realizar novamente a interpretação com novo
Ao final de cada sessão eram passadas tarefas de casa em forma de “missões”, que
precisariam ser executadas no cotidiano real do participante. Essas missões eram passadas
pelo estagiário-terapeuta, como por exemplo: iniciar um diálogo com algum colega da sala
de aula; pedir para que a professora tirasse alguma dúvida ou exigir que algum aluno de
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sua classe que estivesse lhe perturbando parasse. As “missões” foram oferecidas de forma
sem especificação de quais contextos deveriam ser emitidos, para que o participante
Caso as tarefas fossem executadas e fosse confirmada a realização tanto por ele
quanto pela mãe ou alguém da sua família, isso geraria recompensas ao longo do jogo
novas habilidades que o personagem pudesse precisar, etc. Essas recompensas poderiam
Aplicação do RPG – Ocorreu a partir da 14ª sessão, no qual está descrito em uma
da execução de uma habilidade e as “missões” que foram passadas para serem executadas
no cotidiano do participante.
bem como a execução das tarefas fora do setting clínico houve a liberação de reforço
Resultados
que, houve uma execução variável das tarefas, onde em todas as sessões todas as classes
Fora do setting clínico – A tabela 3 descreve os resultados obtidos pelo participante fora
Mãe.
conversação; Expressar incômodo. que fazia uma visita em sua casa sobre filmes;
Fazer pedidos e relatou que pediu a mãe que não ficasse falando
Expressar demais sobre ele com as outras mães que
incômodo. esperavam na recepção da faculdade.
17 Manter Manter conversação. O participante relatou que conversou com um
conversação; colega de classe sobre a série de televisão
Fazer pedidos e “Chaves”.
Expressar
incômodo.
18 Manter Manter conversação; O participante relatou que conversou com uma
conversação; fazer pedidos e amiga da sua mãe sobre qual profissão ele desejava
Fazer pedidos e expressar incômodo. ter como adulto; relatou que pediu um copo a
Expressar recepcionista da clínica da faculdade; relatou que
incômodo. confrontou um colega de classe que estava
empurrando sua carteira durante a aula.
19 Manter Manter conversação; O participante relatou que conversou com alguns
conversação; fazer pedidos e colegas de classe simultaneamente sobre jogos;
Fazer pedidos e Expressar incômodo. relatou que pediu o dicionário de inglês de uma
Expressar colega emprestado; relatou que confrontou um
incômodo. colega que estava zombando dele durante a aula.
que, houve uma execução parcial das tarefas e, especificamente nas duas últimas sessões, o
Discussão
indicam que o uso do RPG pode ter tido eficácia como ferramenta auxiliar na aplicação do
contingências na narrativa do jogo, devido ao fato dessa narrativa ser imersa em uma
realidade imaginária simulada, sugere que essa simulação pode ter sido eficaz na
situações reais em que houve uma busca de criação de cenários imaginários muito
habilidades sociais específicas, através das missões. Também é importante salientar que, o
simples fato do jogador interpretar um personagem na fantasia, isso pode ser indicativo de
de RPG, o desempenho das habilidades dentro do jogo ocorreu na execução variável das
classes de comportamentos, onde em todas as sessões ocorreram todas as classes, mas com
frequências variáveis. Sendo assim, pode-se concluir que o uso do RPG pode ter
em seu cotidiano.
a percepção das mudanças após a intervenção, pois sua mãe afirmou que mesmo tendo
presenciado a execução de algumas das tarefas, não foi capaz de perceber de forma geral
sentir-se mais confiante para lidar com parte das situações sociais que lhe geravam
desconforto. [e.g.: “Então, mesmo eu tendo observado ele fazendo as tarefas e tudo mais,
ele ainda continua bem quietinho. Não é querendo desmerecer o trabalho, mas acho que
ele ainda precisa melhorar bastante. (...) (Mãe do participante, 20ª Sessão.); “Eu não sei
explicar muito bem, mas acho que estou mais confiante para poder enfrentar algumas
coisas. Na escola mesmo, eu nunca tinha feito nada quando alguém ficava me
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incomodando e agora que eu fiz eu me senti muito bem (...). (Eduardo, 20ª Sessão.). Na
de um método mais objetivo no que diz respeito à coleta de dados sobre quais habilidades
sociais estava deficitárias e que deveriam ser trabalhadas, bem como a mensuração dos
meios próprios e em tempo hábil para a adequada coleta de dados com uso de instrumentos
técnicos.
esse cenário se passava em um mundo imaginário, repleto de seres não humanos pode ter
sido uma variável que influenciou o participante não produzir generalizações mais rápidas
para seu cotidiano. Os eventos ocorrentes nesse mundo fictício continham histórias que se
É importante ressaltar que não foi encontrado nada conciso na literatura científica
que mostre que algum empreendimento semelhante já tenha sido realizado, o que faz desse
Considerações Finais
Habilidades Sociais em um estudo de caso clínico. Observou-se que, o RPG pode ter
mesmo que o trabalho presente tenha contribuído para o treino e aprendizagem de novas
classes comportamentais, ainda há muito que desenvolver no âmbito das suas dificuldades
em lidar com demandas sociais, essas que são e serão invariavelmente presentes em sua
vida.
o treinamento de habilidades sociais, para além do seu valor psicoterápico, tem um enorme
valor ético e social, pois se mostra como ferramenta capaz de ajudar na construção de um
Referências
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