Aripiprazol Na Mania Aguda
Aripiprazol Na Mania Aguda
PORTO ALEGRE
2019
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PORTO ALEGRE
2019
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RESUMO
ABSTRACT
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 4
2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................... 4
3 OBJETIVOS ............................................................................................................... 4
3.1 Objetivo Geral ......................................................................................................... 4
3.2 Objetivos Específicos .............................................................................................. 5
4 JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 6
5 METODOLOGIA ........................................................................................................ 7
6 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................... 8
6.1 HISTÓRICO E CONCEITO ..................................................................................... 8
6.2 ETIOLOGIA DO TRANSTORNO BIPOLAR ........................................................... 9
6.3 EPIDEMIOLOGIA DO TRANSTORNO BIPOLAR ................................................ 10
6.4 COMORBIDADES DO TRANSTORNO BIPOLAR ............................................... 10
6.5 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DO TRANSTORNO BIPOLAR .......................... 11
6.6 FASES MANÍACAS AGUDAS .............................................................................. 12
6.7 O ARIPIPRAZOL ................................................................................................... 14
6.8 TRATAMENTO ...................................................................................................... 16
6.8.1 Tratamento da Mania ....................................................................................... 17
6.8.2 Tratamento de manutenção ............................................................................ 18
7 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES .............................................................................. 19
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 23
1 INTRODUÇÃO
2 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
3 OBJETIVOS
4 JUSTIFICATIVA
5 METODOLOGIA
Este trabalho trata-se de uma revisão de literatura, que é elaborada com base
em material já publicado, servindo de base para o restante da pesquisa a ser
desenvolvida.
A pesquisa se deu no mês de novembro de 2018. Foram escolhidas quatro
bases de dados para a pesquisa bibliográfica (PubMed, Scielo, LILACS, Google
Acadêmico). Para melhor definição dos termos de busca nas bases selecionadas,
foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Aripiprazol. Mania aguda. Tratamento.
Utilizou-se a ferramenta “explode” que aumenta a possibilidade de termos
semelhantes serem abarcados na pesquisa não restringindo a busca ao termo como
um tópico principal, mas também a tópicos subordinados adjacentes ao conceito.
Do total das pesquisas, foram encontrados 49 artigos, sendo selecionados 38,
usando-se como critério de exclusão a duplicidade de artigos e artigos incompletos,
que só disponibilizavam o resumo.
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6 REVISÃO DA LITERATURA
O diagnóstico diferencial deve ser feito com base na história pessoal (na
doença bipolar, os quadros são agudos e seguidos por períodos de depressão ou de
remissão) e familiar (com certa frequência, podem ser identificados quadros de
mania e depressão na família) (MORENO et al., 2005).
Deve-se ter em mente o diagnóstico diferencial com os seguintes quadros:
esquizofrenia; psicoses esquizoafetivas; psicoses ciclóides; quadros orgânicos
cerebrais (o estudo inclui a esclerose múltipla, quadros demenciais, a sífilis e a Aids,
além de certas formas de epilepsia); quadros associados a condições clínicas gerais
(cushing, hipertiroidismo, entre outros) e ao uso de drogas (anfetaminas, cocaína
etc.); e síndromes desencadeadas por medicamentos (corticóides, antidepressivos,
entre outros). Os quadros mais leves (de tipo II) são, muitas vezes, classificados
erroneamente como “transtornos da personalidade” (mais frequentemente o
transtorno “borderline” de personalidade), e, assim, permanecem sem tratamento
mais específico (TENGAN; MAIA, 2004).
A mania, particularmente nas formas mais graves associadas a delírios
paranóides, agitação e irritabilidade, pode ser difícil de distinguir da esquizofrenia,
que apresenta em geral maior número de delírios incongruentes com o humor e
alucinações auditivas, além de sintomas negativos, como embotamento afetivo.
Ideias delirantes de grandeza também podem aparecer na esquizofrenia, porém sem
o humor expansivo ou eufórico observado na mania (MORENO et al., 2005).
De acordo com Akiskal et al. (2001), as manias também podem ser
caracterizadas por humor ansioso. Novamente a agitação da ansiedade
generalizada é menor que a da mania. A história familiar de TB também auxilia no
diagnóstico diferencial. Os transtornos de controle de impulsos, como cleptomania,
piromania e transtorno explosivo intermitente devem ser diferenciados da hipomania
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para a fuga de ideias. O discurso é caracterizado por prolixidade, pressão para falar
e tangencialidade. As ideias costumam ser de grandeza, podendo ser delirantes
(MORENO et al., 2005).
A maior dificuldade no diagnóstico ocorre em episódios em que há
irritabilidade, ideias delirantes paranoides, agitação psicomotora e sintomas
depressivos com labilidade afetiva. Quando sintomas depressivos estão presentes
em grande quantidade, o quadro é denominado de episódio misto ou até mesmo de
depressão agitada (MORENO et al., 2005).
Inclui também como sintomas o aumento de energia, a diminuição da
necessidade de sono, a distratibilidade, a grandiosidade, a pressão para falar e a
perda das inibições sociais. Em 2001, Akiskal et al. propuseram novos critérios para
o diagnóstico de mania. Enfatizaram a ativação psicomotora como central na mania,
humor depressivo ou ansioso, além de eufórico ou irritável, ausência de crítica e
quatro dos seguintes sintomas: aumento de energia, diminuição da necessidade de
ajuda, grandiosidade, sociabilidade excessiva, aumento da libido, fuga de ideias e
distratibilidade.
6.7 O ARIPIPRAZOL
6.8 TRATAMENTO
O tratamento de manutenção deve ser feito após a melhora dos sintomas dos
episódios agudos e é uma continuação direta do tratamento desses episódios. O
tempo específico para que o tratamento passe a ser chamado de manutenção varia
consideravelmente de paciente para paciente. O objetivo do tratamento de
manutenção é a prevenção de novos episódios de humor com o uso de
medicamentos em longo prazo. Nessa fase, medicamentos antidepressivos devem
ser gradativamente suspensos sempre que possível. Idealmente, o tratamento com
monoterapia deve ser buscado na manutenção, mas dificilmente é atingido na
prática, pois muitos pacientes necessitam de tratamento combinado (MORENO et
al., 2005).
O aripiprazol é altamente eficaz na prevenção da recidiva de episódios de
mania durante o tratamento de manutenção do transtorno bipolar I. Sua eficácia e
segurança em longo prazo foram comparadas com o placebo em um estudo
randomizado e duplo-cego, que incluiu 161 pacientes com transtorno bipolar I (pelos
critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais; DSM-V).
Após um período de estabilização com tratamento aberto com aripiprazol 15 mg/dia
ou 30 mg/dia, os pacientes foram randomizados para tratamento de manutenção
com aripiprazol ou placebo durante um período de 26 semanas. Os indivíduos que
concluíram a fase de manutenção inicial sem recidivas foram incluídos em um
período de extensão de 74 semanas com o mesmo tratamento para o qual foram
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7 DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
dos pacientes (PATKIN et al., 2003, TAYLOR, 2003; DELEON et al., 2004; NABER
E LAMBERTS, 2004), com diminuição dos efeitos colaterais (KECK E MCELROY,
2003; MCINTYRE, 2003; GHANIZADEH, 2016).
Sendo visto em comparação a outros, é uma opção nova e eficiente de
tratamento (ARGO et al., 2004; FAZIO et al., 2010; CROXTALL, 2012), tendo
somente um estudo, nesta pesquisa, concluído o lítio como melhor opção em
detrimento do aripiprazol (SHAFTI, 2018).
A qualidade de vida dos portadores da mania aguda depende do uso de
medicamentos, onde um tratamento apropriado pode controlar e reduzir o
transtorno, melhorando a vida do portador ou diminuir os efeitos negativos do
transtorno.
As Diretrizes de Tratamento Bipolar CANMAT e ISBD de 2018 também
fornecem uma visão geral e recomendações bastante úteis e confiáveis aos
profissionais da área.
Ao findar a pesquisa, é importante se registrar a escassez de trabalhos e
publicações na temática abordada, o que faz com que este assunto não se esgote e
se sugiram mais pesquisas, tanto na correlação do aripiprazol com a mania aguda
como demais aspectos pertinentes ao uso desse medicamento.
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REFERÊNCIAS
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5 (1):5-5.
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