Dissertação, 3!12!2015 - Último Revisão e Finais
Dissertação, 3!12!2015 - Último Revisão e Finais
Porto, 2015
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Porto, 2015
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
“As mulheres nunca têm uma meia hora em todas as suas vidas que elas
possam chamar de sua, sem medo de ofender ou de ferir alguém. Por que
as pessoas se sentam tão tarde, ou, mais raramente, se levantam tão cedo?
Não é porque o dia não é o suficiente, mas porque elas não têm nenhum
momento do dia para si mesmas”.
“Florence Nightingale”
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Dedicatória
AGRADECIMENTOS
Às minhas colegas de mestrado, José Miguel Santos, Telma, Mª Teresa Silva, Rui
Fonseca, Pedro Raul Silva, Serenella e Tánia Morreira, pela sua amizade, incentivo e ajuda,
na superação de momentos difíceis.
SIGLAS e ABREVIATURAS
ÍNDICE
O - INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
PARTE I - ENQUADRAMENTO TEÓRICO .................................................................................5
1- A EVIDÊNCIA SOBRE O CONHECIMENTO DA GESTÃO EM ENFERMAGEM .....................5
1.1- Enfermagem e saúde das populações ....................................................................6
1.2 - Tendências e profissão ..........................................................................................7
1.3 - Contributos da enfermagem para a saúde das populações ................................15
2. GESTÃO EM ENFERMAGEM..........................................................................................18
2.1. Competências dos Enfermeiros gestores ..............................................................20
2.2. Processos de Gestão .............................................................................................26
2.3. Sistema de classificação de doentes .....................................................................31
2.4. Processo de Enfermagem .....................................................................................33
3. QUALIDADE EM SAÚDE ................................................................................................38
3. 1. Qualidade em Enfermagem .................................................................................45
3.2. Uma visão sobre a sustentabilidade da enfermagem como ciência ....................48
3.3. Padrões de qualidade dos cuidados de enfermagem ...........................................51
3.2.1. A saúde ...................................................................................................................................... 53
3.2.2. A pessoa .................................................................................................................................... 54
3.2.3. O ambiente ................................................................................................................................ 56
3.4. Cuidados de enfermagem .....................................................................................57
3.5. Padrões de qualidade de cuidados – enunciados descritivos ...............................61
4 - FUNCIONAMENTO DOS CUIDADOS .............................................................................65
5 - TEMPO NA CENTRALIDADE DE CUIDADOS ..................................................................67
PARTE II- ENQUADRAMENTO METODOLÓGICO ..................................................................69
1 - TRABALHO DE CAMPO.................................................................................................70
1.1- Desenho do Estudo ...............................................................................................71
1.2- Variáveis em estudo .............................................................................................73
1.3- População e amostra............................................................................................78
1.4- Instrumento de colheita de dados ........................................................................79
1.5- Procedimentos de colheita de dados e éticos.......................................................80
PARTE III – TRAÇADO DAS OPINIÕES DOS ENFERMEIROS –.................................................85
APRESENTAÇÃO DOS DADOS ...............................................................................................85
1 - CARATERIZAÇÃO DA AMOSTRA ...........................................................................................85
1.1 - Exercício profissional ...........................................................................................86
2 - PADRÕES DA QUALIDADE ..................................................................................................87
2.1. A satisfação do cliente ..........................................................................................87
2.2. A promoção da Saúde ...........................................................................................89
2.3. A prevenção de complicações ...............................................................................90
2.4. O bem-estar e o autocuidado ...............................................................................93
2.5. A readaptação funcional ......................................................................................95
2.6. A organização dos Cuidados de Enfermagem ......................................................97
3 - O FUNCIONAMENTO DOS CUIDADOS ...................................................................................99
3.1-Frequência de cuidados de enfermagem ............................................................101
3.1.1- Alimentação ............................................................................................................................ 102
3.1.2-Movimentação ......................................................................................................................... 103
3.1.3- Eliminação ............................................................................................................................... 104
3.1.4-Terapêutica .............................................................................................................................. 104
3.1.5-Tratamentos ............................................................................................................................. 105
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE DIAGRAMAS
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE DE GRÁFICOS
ÍNDICE DE QUADROS
RESUMO
A qualidade dos cuidados de enfermagem tornou-se uma questão intemporal e um
fenómeno de crescente interesse nas organizações de saúde que, para além da
importância que tem para a instituição e utente, deve ter uma importância máxima para o
prestador de cuidados. Este estudo tem como finalidade contribuir para a promover a
qualidade dos cuidados de Enfermagem e para o desenvolvimento do sistema de
educação em Timor-Leste. Partimos da problematização dos cuidados, sustentado no
conhecimento e experiência de Portugal, pelo que deliniamos como objetivos: traduzir e
adaptar culturalmente a “Escala de Percepção das atividades de Enfermagem que
contribuem para a qualidade de cuidados” (EPAECQC) para Tétum1; Identificar o perfil de
cuidados em Timorenses a partir da opinião dos enfermeiros que prestam cuidados;
Analisar a opinião dos enfermeiros face a intervenções que garantem qualidade;
Descrever os cuidados de enfermagem mais frequentes; Descrever necessidades de
formação dos enfermeiros Timorenses. O estudo foi desenvolvido no paradigma
quantitativo de natureza exploratório e descritivo iniciando-se com uma fase
metodológica para adaptação culturalmente dos instrumentos a utilizar. A amostragem
foi composta por 226 enfermeiros a partir de uma amostragem intencional, desenvolvida
em dois hospitais e dois centros de saúde. O instrumento de colheita de dados foi um
questionário de autopreenchimento e foram garantidos as condições éticas e
consentimentos das instituições e participantes. Verificamos que o nível de formação
2
académica dos enfermeiros, na sua maioria são de nível SPK (54%), e os de nível Ensino
Superior (46%). Dos resultados salienta-se que, em relação aos Padrões de Qualidade e
considerando que a qualidade se deveria situar com as maiores frequências no sempre,
que menos de metade da amostra considera que se preocupam sempre com a satisfação
do cliente, acrescendo referir que apenas (19,5%), procuram constantemente empatia
nas interações com o cliente (Doente/família); sobre a promoção da saúde, valores ainda
são mais baixos sendo que apenas (31%) aproveitam o internamento para promover
estilos de vida saudáveis; a prevenção de complicações situa-se também em valores
baixos sendo que o valor mais elevado é nos que dizem sempre no que concerne à
demonstração de rigor técnico / científico na implementação das intervenções de
enfermagem (40,7%); O bem-estar e o autocuidado situa-se nas frequências próximas de
(25%) apenas, contudo a referência a situações problemáticas identificadas que
contribuam para aumentar o bem-estar e a realização das atividades de vida dos clientes
e demonstração de responsabilidade pelas decisões que tomam, pelos atos que praticam
passa para apenas (38,5%); a readaptação funcional tem uma grande variação sendo o
valor mais elevado, (44,2%) para a continuidade na prestação de cuidados, por ultimo, a
organização dos cuidados de enfermagem regista valores das frequências a abaixo dos
(5%) o que demostra na globalidade uma grande necessidade de melhoria de cuidados.
Verificamos ainda que há diferenças significativas entre a opinião dos enfermeiros com
formação superior e os outros, sobre a qualidade de cuidados e frequência da sua
realização, mas não ocorre da mesma forma em todos os hospitais.
Palavras-chave: Enfermagem, Gestão, Qualidade dos Cuidados de Enfermagem
1
Tétum é a Língua oficial de Timor-Leste, verso com a Língua Portuguesa.
2
SPK - Sekolah Perawat Kesehatan (Lingua Indonesia), é o nível da escolaridade equivale
ao Ensino Secundário no domínio de Escola Enfermagem com duração de três anos
(10o,11o e 12o ano)
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
ABSTRACT
The quality of nursing care has become a timeless question and a growing interest
phenomenon in health organizations and its relevance is not only a matter to institutions
and client but must be also a focus to the caregiver. This study aims to contribute to the
promotion of nursing care quality and to the development of the education system in East
Timor. The study begins by addressing main care issues, based on the knowledge and
experience of Portugal, thus leading to the outlined objectives: Translate and culturally
adapt the "Scale of Perception of Nursing activities that contribute to the quality of care"
(EPAECQC) to Tétum3; Identify the profile of care for the East Timor population based on
the perception of nurses responsible for care provision; Analyze the nurses’ opinions
concerning the interventions that ensure quality; Describe the most common nursing
care; Describe training needs of East Timor nurses.
The study was based on the quantitative paradigm of exploratory and descriptive nature,
beginning with a methodological approach to enable cultural adaptation of the selected
instruments. The sample comprised 226 nurses from an intentional sampling, and study
was developed in two hospitals and two health centres. The instrument of data gathering
was a self-administered questionnaire and ethical approval and formal consents from
institutions and participants were guaranteed. This study shows that the scholar degree of
nurses is mainly a SPK4 level (54%), and nurses with a higher education degree represent
(46%). Considering that the Quality Standards in item “always” should register the highest
frequencies, the results show, however, that less than half of the sample refers being
always concerned with the client´s satisfaction, in addition to (19,5%) of participants that
refer their commitment to establish empathy when interacting with the client
(patient/family). Concerning the health promotion item, results are even lower, since only
(31%) consider the admission to care institutions as a way to promote healthy lifestyles;
the prevention of complications also registers low frequencies and the highest is for the
item related to the demonstration of technical/scientific rigour in the implementation of
nursing interventions (40.7%); The well-being and self-care items represent only (25%),
however the reference to constraints interfering in the well-being and the
accomplishment of daily life activities by the clients and their demonstration of personal
commitment to decision making and actions, reaches only (38,5%); The functional re-
adaptation has significant variation, with the highest indicator reaching (44.2%) for the
item referring to continuing care provision. The last result for the nursing care
organization item shows frequencies below (5%) which evidence the overall perception of
the need for improvement of care. Yet we find that there are significant differences
between the opinions of nurses with higher education and the other on the quality of care
and frequency of its completion, but does not occur in the same way in all hospitals.
3
Tétum is the official language in East Timor
4
SPK - Sekolah Perawat Kesehatan (Indonesian language) is the equivalent to the high
school level of the Nursing School with a three years duration (10th, 11th and 12th scholar
years)
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
O - INTRODUÇÃO
A qualidade dos cuidados de enfermagem para além da importância que possuem para
a instituição deve ter uma importância máxima para o prestador de cuidados. Numa prestação
de cuidados de qualidade, existe um encontro entre o profissional e o utente. Em seguida, o
enfermeiro deve almejar a qualidade em cada gesto realizado, deve pesquisar para que o
desempenho da sua função seja mais do que uma simples execução de tarefas.
A Enfermagem é uma profissão na área da saúde, tem como objetivo prestar cuidados
de enfermagem ao ser humano, saudável ou doente, ao longo do ciclo vital, e aos grupos
sociais em que ele está integrado, de forma que mantenham, melhorem e recuperem a saúde,
ajudando-os a atingir a sua máxima capacidade funcional tão rapidamente quanto possível
(REPE Decreto-Lei n.º 161/96, de 4 de Setembro (com as alterações introduzidas pelo Decreto-
Lei nº 104/98 de 21 de Abril).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A concepção deste padrão tem por base a pessoa enquanto ser individual, social e
único “com dignidade própria e direito a autodeterminar-se”. Este processo é influenciado pelo
contexto humanos, físicos, políticos, económicos, culturais e organizacionais que constituem o
ambiente no qual a pessoa vive e se desenvolve, influenciando o seu estilo de vida.
Timor-Leste é um novo país, jovem e pequeno, com uma superfície de cerca de 15.000
km2 e uma população de 1,066,582 habitantes; 541,147 dos homens e das mulheres 525, 435
(Censos, outubro de 2010). Reconhecendo que é um país em desenvolvimento, incluindo na
área de saúde, teremos que aprender com as experiências dos outros países mas também
articular com a realidade, particularmente no que concerne aos recursos humanos,
infraestruturas e equipamentos que asseguram os cuidados de saúde e de enfermagem. Os
enfermeiros que trabalham no Ministério da Saúde (TL) são 1142, sendo 63,7% do sexo
masculino e 36,3% do sexo feminino, e que trabalham em proximidade com a população pois
permanecem em vigilância durante 24 horas. (data bases MdS, 2014).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Referência de Baucau (HRB), Centro da Saúde de Lospalos (CSL) e Centro da Saúde Vera Cruz
de Díli (CSVCD), podendo, numa fase posterior, alargar a todos os enfermeiros de Timor-Leste.
Com este estudo, procuramos compreender até que ponto os enfermeiros timorenses
se preocupam com a garantia de respostas específicas relacionadas com a saúde, bem-estar e
autocuidados, ou centram a sua atuação no cumprimento de atividades prescritas.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Enfermagem, com o seu próprio corpo de conhecimento pode afirmar-se como uma
ciência na qual pode assumir dimensões de orientação para a prática, de cariz humanista,
orientada para a saúde e centrada no conceito de cuidar. Neste sentido, o domínio da
disciplina de enfermagem é delimitada por aspetos que estão ligados à prática, formação,
política e gestão e na qual Meleis define sete conceitos centrais que caraterizam o domínio da
enfermagem: cliente, transições, interação, ambiente, processo de enfermagem, intervenções
de enfermagem e saúde (Pereira,2009).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
De acordo com Donabedian (2003), a estrutura é definida como “ (…) as condições sob
as quais os cuidados de saúde são prestados”. Os processos segundo o mesmo autor referem-
se “ (…) às atividades que constituem os cuidados de saúde (…) habitualmente levadas a cabo
pelos profissionais de saúde mas que podem incluir outras contribuições, como atividades
desenvolvidas pelas famílias juntos dos pacientes”. E os resultados, para Donabedian,
traduzem “ (…) as modificações (desejadas ou indesejadas) nos indivíduos e populações que
podem ser atribuíveis aos cuidados de saúde.” (Pereira, 2007; p. 75).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
No início do século XX, a enfermagem não era nem uma disciplina académica nem uma
profissão. Contudo, as concretizações do último século levaram ao conhecimento da
enfermagem em ambas as áreas, porque estão definitivamente interligadas, embora com
significados específicos, são importantes para a enfermagem. O corpo de conhecimento
caraterístico da enfermagem é vital ao reconhecimento da enfermagem enquanto disciplina e
profissão. Uma disciplina é própria da académica e diz respeito a um ramo do ensino, a um
departamento da aprendizagem ou a um domínio do conhecimento.
“Uma profissão diz respeito a um campo especializado da prática fundada com base na
estrutura teórica da ciência ou conhecimento daquela disciplina e nas capacidades da prática
que a acompanham” (Tomey, 2004, p. 15).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Uma profissão entendida à luz das correntes atuais deverá possuir um corpo de
conhecimentos organizado e definido, deverá funcionar de forma autónoma e reger-se por um
código de ética.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Portanto, vamos prestar atenção à ideia de Nightingale que foi referida no estudo de
Costa (2011, p.93):
“Uma boa enfermeira deve ser uma pessoa com quem se possa contar, uma
mulher de sentimentos delicados e recatados, observadora sagaz e discreta, sóbria
e honesta, religiosa e devota, enfim, alguém que respeita a sua própria vocação
porque a vida, a mais preciosa dádiva de Deus, é posta em suas mãos.”
Pode afirma-se que a enfermagem científica é uma profissão relativamente nova. Data
de meados do século XIX, quando Florence Nightingale inicia a sua carreira como
superintendente de enfermagem na casa de Gentlemen, em Inglaterra, em 1853; na II Guerra
Mundial, consegue reduzir de 42% para 2% o índice de mortalidade dos soldados em Scutari,
na Turquia. A prática de enfermagem até ao momento em que o hospital se transformou em
local de cura era então independente da prática médica, e as suas ações prendiam-se ao
conforto de alma prioritariamente (evolução da enfermagem nos séculos XVII, XVIII, XIX e XX)
(Malagutti, 2010).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Na verdade, na sua longa história, a enfermagem sempre cuidou, e foi essa dimensão
que a caraterizou, tanto antes, ainda em sua fase pré-profissional, quanto depois, ao ser
elevada à categoria de profissão. No entanto, “na fase atual, esse cuidar vem sendo
redimensionado conceitualmente, contribuindo, segundo se entende, para aplicar a
possibilidade de uma ação conjunta, interdisciplinar, entre os profissionais da saúde”
(Malagutti et al., 2010, p.97).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
cuidados com mais qualidade, designados oficialmente por hospitais. Portugal, tal como os
restantes países da época, reunia enfermeiros a trabalhar em condições precárias, socialmente
mal reconhecidos e com escassa formação (Vieira, 2009).
Por outro lado, Vieira (2009, p.21) ao citar Adão (1956) refere que “o exercício de
enfermagem foi regulamentado e exigida a carteira profissional, cerca de 80% dos enfermeiros
em exercício no país não tinham condições para o ser”.
É neste contexto que mencionamos de seguida uma breve lista que retrata a evolução
do perito em enfermagem em Portugal (Nunes, 2003; OE, 2010):
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Constata-se desta forma que demorou alguns anos a incutir oficialmente um cunho
profissional à enfermagem, que no entanto nunca deixou de exercer a sua arte de bem cuidar
do outro, mesmo nas circunstâncias mais adversas. Surge a necessidade de focar o conceito de
profissional como sendo, segundo Amante, et al. (2006) “… aquele que sabe mobilizar a sua
subjetividade e a sua identidade profissional na vida profissional, obedecendo a uma ética e a
regras deontológicas e atingindo um nível de excelência por possuir um corpus de saberes e um
saber fazer reconhecido e valorizado”. O mesmo autor acrescenta ainda que a competência
das profissões visualiza-se nas ações estrategicamente estruturadas, que implicam não apenas
um saber fazer mas também saber o que fazer e como fazer para obter um determinado fim
(p. 5).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Esta abordagem centrada na pessoa terá que orientar todos os enfermeiros que
trabalham em qualquer serviço, seja um hospital ou comunidade onde se prestam cuidados de
enfermagem. O mesmo se passa com os estudantes de enfermagem, os professores de
enfermagem, os formadores e os responsáveis dos serviços que procuram formalizar as suas
práticas com vista a transmiti-las e a avaliá-las.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
No estatuto da Ordem dos Enfermeiros, Art.º 3º, n.º 1, “a Ordem tem como desígnio
fundamental promover a defesa da qualidade dos cuidados de enfermagem prestados à
população, bem como o desenvolvimento, a regulamentação e o controlo do exercício da
profissão de enfermeiro, assegurando a observância das regras de ética e deontologia
profissional” (OE, 2000 a 2001, p 22).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
2. GESTÃO EM ENFERMAGEM
Por outro lado, verificamos da leitura de vários autores, uma partilha desta visão ”(…)
processo de planear, organizar, dirigir e controlar, o uso de recursos a fim de alcançar
objetivos” (Chiavenato, 1999); “processo de planear, organizar, liderar e controlar o trabalho
dos membros da organização, e usar todos os recursos disponíveis da organização para
alcançar os objetivos estabelecidos” (Stoner & Freman, 1995) (citado por Parreira, 2005, p. 32-
33).
Parreira (2005) referencia Megginson (1986) ao falar que a palavra
gestão/administração está associada a uma série de palavras como “autoridade, poder,
influência, comando, satisfação, realização de atividades, eficiência, desempenho, estatuto,
estima, respeito, prestígio, desafio, oportunidade ”. Todos eles contribuem para realçar uma
abordagem parcelar dum conceito complexo, que só poderá ser consistente se integrarmos
todas as partes. (p.31).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Os enfermeiros com funções de gestão, como profissionais de saúde que fazem parte
do sistema de saúde, deverão preparar-se para enfrentar as constantes mutações
tecnológicas, organizacionais e humanas (Ruthes & Cunha, 2009). Uma das formas será através
do desenvolvimento das competências necessárias para o melhor desempenho da sua função.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Um enfermeiro gestor tem, ainda entre as suas tarefas, a elaboração de manuais para
os procedimentos administrativos, a requisição de equipamentos e consumíveis, a gestão do
inventário, a gestão dos documentos, escalas de pessoal, (…). (Henriques et al., 2014).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
O Nursing Leadership Institute dos Estados Unidos, por sua vez, definiu um conjunto de
competências básicas para um enfermeiro-gestor: poder pessoal, eficácia interpessoal, gestão
financeira, gestão de recursos humanos, atenção aos pacientes, funcionários e a si próprio, e
pensamento sistematizado. Ao mesmo tempo, foram indicadas como qualidades adicionais o
otimismo e a resiliência. Esta definição destaca três categorias de competências ou qualidades
que um enfermeiro-gestor precisa de ter: qualidades ou competências individuais (saber,
competência técnica, (….), qualidades ou competências na sua relação com o grupo de colegas
que o rodeia (capacidade de liderança e de interação, etc.) e qualidades ou competências na
sua relação com a instituição para a qual trabalha (capacidade de gestão de recursos humanos,
físicos, financeiros, etc., capacidade de negociação) (Cunha & Neto, 2006).
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A gestão da qualidade já percorreu um longo caminho até chegar aos dias de hoje, por
isso, a história da qualidade pode ser narrada de diversas formas. A literatura vem
evidenciando que “o conceito ou a filosofia da qualidade existe desde há muito, apenas
divergindo quanto ao seu início” (António et al., 2007).
Este modelo foi “introduzido pela primeira vez em 1966” (WHO, 2010), e consiste na
avaliação da qualidade em saúde, assente em três componentes essenciais: estrutura,
processo e resultados.
Esta tríade de aspetos essenciais para avaliação da qualidade, referida por diversos
autores como por exemplo Maia et al. (2008), Hayes (2007), Komashie et al. (2007), Hurst
(2005), Paneque (2004), Revere et al. (2004), Mezomo (2001) e a própria WHO (2010), é
entendida conforme a descrição efetuada na figura seguinte. (Figura 2).
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
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em que a média global de Horas de Cuidados Prestados por dia de internamento (HCP) é de
3.61 horas e as Horas de Cuidados Necessárias por dia de internamento (HCN) é de 5.53 horas,
o que corresponde a uma diferença negativa de 1.92 horas. Utilizando o indicador de
equivalente a tempo completo (ETC), permite concluir que os recursos de enfermagem nos
hospitais continuam parcos, pois evidencia que com estes dados os hospitais necessitariam de
3.178,40 enfermeiros (ACSS, 2008).
Além disso, a dotação de enfermeiros a nível dos serviços de internamento deverá ter
em conta a taxa de ocupação, a lotação oficial, as horas de cuidados necessários por dia de
internamento e as horas de trabalho por ano por enfermeiro. O mesmo autor afirma que,
atualmente, este sistema encontra-se informatizado através da aplicação informática “Sistema
de Classificação de Doentes, baseado em níveis de dependência de cuidados de Enfermagem
(SCD/E) nos hospitais”, permitindo a sua interligação com o sistema de gestão de doentes
hospitalares.
EN = Lo * To * H.C.N/D.I. * 36
T
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O processo de enfermagem é guiado por uma ampla estrutura teórica, que permite ao
enfermeiro visualizar o ser humano de uma forma holística, sendo que a Sistematização de
Assistência de Enfermagem – SAE é a metodologia utilizada para aplicar os conhecimentos
teóricos na prática assistencial. Através desta sistematização, o enfermeiro consegue através
de conhecimento e fundamentação teórica aplicar na prática a assistência de enfermagem,
para que possa atender as demandas de cada indivíduo de acordo com as necessidades
pessoais.
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3. QUALIDADE EM SAÚDE
Ao mesmo autor diz que o conceito de qualidade evoluiu ao longo da segunda metade
do século XX, tendo contribuído para essa evolução, os trabalhos de investigadores como
Deming, Juran, Ishikawa, Crosby, Taguchi, entre outros, chegando-se ao conceito de gestão da
qualidade total assente no desenvolvimento sustentável. Ou seja, uma perspetiva integral da
qualidade que abarca o todo, e que significa mais que a soma das suas partes: entre
produtores e fornecedores de serviços e os clientes ou consumidores, que não pode ser
imposta de fora da organização mas que supõe uma cultura e filosofia de gestão, e que aponta
para a melhoria contínua.
O autor acima afirma que os parâmetros usados para medir a qualidade dos cuidados
de saúde incluem, por exemplo: (a) eficácia – a relação entre os objetivos propostos e os
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Definir o conceito de qualidade não é fácil e não se pode falar dela sem abordar os
grandes estudiosos, que contribuíram para iniciar uma visão da qualidade mais objetiva e
consistente, tais como: Deming (1986); Juran (1995) e Crosby (1984). Neste trabalho,
considera-se que os modelos defendidos pelos autores anteriormente mencionados são
complementares, sendo modelos atuais, adequando-se às exigências dos consumidores. O
controlo de custos está presente e é fundamental para que uma organização se mantenha e
cresça. Mas esta redução de custos tem de resultar de uma maior eficiência dos processos,
onde consumidores internos e externos de uma organização são satisfeitos.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Mas para planear uma estratégia coerente para a qualidade numa organização de
saúde, através da norma ISO, é fundamental que a comunicação relativamente aos conceitos
chave seja precisa. Cada organização deve conhecer os seus profissionais e a definição que
estes têm de qualidade, como refere António e Teixeira (2007). A definição de qualidade de
cada profissional reflete a sua atitude perante o fenómeno, mais conservadora ou não,
dependendo esta dos interesses e pontos de vista de cada um.
Para conceptualizar qualidade em saúde é necessário ter prudência, pois esta não deve
ser definida de uma forma redutora. É fácil perceber que a complexidade que carateriza a
prática profissional de enfermagem, centrada no cuidar, não facilita a compreensão nem a
avaliação da qualidade nesta área.
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Formação dos
profissionais
•Aquisição de conhecimentos
e apropriação de técnicas
Reflexões filosóficas e inerentes à prática do cuidar;
conhecimentos •Percursos interiores e
técnico-científicos. abertura sobre as “coisa da
Recursos dos protestadores vida”;
de cuidados; Capacidade •Modalidade de
Prática de acompanhamento dos
dos mesmos de se
interessarem questionar e cuidados estágios;
documentarem sobre a vida da •Enriquecimento da
e sobre a humanidade; experiência profissional;
Reflexão dos mesmos sobre
qualidade •Existência de espaços de
as experiências vividas e liberdade;
sobre a melhoria das •Biblioteca, colóquios,
práticas; Organização de congressos
espaços de discussão,
conhecimentos diversos e
actualização dos mesmos.
41
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Segundo Mezomo (2001), para abordar o tema qualidade é preciso ter presentes pelo
menos três conceitos, que são: “missão”, “serviços” e a “satisfação do cliente” e por isso
afirma que não é possível “satisfazer os clientes”, se os serviços não forem adequados às suas
necessidades e se o atendimento deles não estiver previsto na própria definição da “missão”
da instituição”. A partir daqui ele define qualidade como sendo a “Adequação dos serviços
(produtos) à missão da organização comprometida com o pleno atendimento das necessidades
de seus clientes”. (p. 111). Também refere que, quando se fala em serviços de saúde é possível
identificar alguns componentes da qualidade que estão diretamente ligados à qualidade, à
ciência e à tecnologia dos cuidados e à sua aplicação na prática dos cuidados de saúde.
Nos dias de hoje, as organizações de saúde são das mais complexas; onde uma equipa
multidisciplinar, com elevado grau de autonomia, tem de responder às necessidades de
utentes cada vez mais exigentes e informados (informados não implica conhecedores),
utilizando tecnologia e conhecimentos científicos sempre em evolução.
Algumas organizações atuais estão a escolher uma estratégia de mudança, que aposta
na melhoria contínua da qualidade, através de melhorias graduais e constantes.
Segundo Barbora et al. (2008), Joseph Juran considerado o pai da qualidade, propôs
que esta fosse regulada por três processos de gestão: planeamento, controlo e melhoramento
ficando conhecida como a Trilogia de Juran. (citado por Barbora & Melo, 2008, p. 367).
Segundo Silva et al. (2004), é preciso ter em consideração cinco elementos essenciais
para manter uma melhoria contínua de qualidade: os clientes no centro da organização; a
gestão de processos; envolvimento das pessoas; o domínio do processo de inovação e, por fim,
a liderança.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Eficácia
Efectividade
Eficiência
Optimização
Aceitabilidade
Legitimidade
Equidade
A eficiência. Diz respeito à capacidade de reduzir os custos dos cuidados sem diminuir a
efetividade destes. Este conceito é frequentemente usado numa análise económica,
baseando-se na mera redução de custos que não traduz necessariamente eficiência.
Donabedian (2003) refere diversas categorias de eficiência, como a eficiência clínica que
depende de aspetos como o julgamento clínico, os conhecimentos e competências, que
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
poderão traduzir menores custos para o cliente. A eficiência produtiva, quando são
aperfeiçoados pelo treino, determinados procedimentos terapêuticos com vista a reduzir a
frequência de erros e consequentemente, a diminuir os custos. A eficiência distributiva que se
refere à capacidade de prestar assistência a quem dela mais necessita.
3. 1. Qualidade em Enfermagem
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
De acordo com Batey (1977), ou seja, depois de 25 anos após a publicação de Nursing
Research, apresentam os pontos fortes e fracos da investigação. Através destes, a atenção
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
No início dos anos 90, a literatura de enfermagem continuou a falar do significado dos
conceitos de domínio; da necessidade de estabelecer interligações entre estes conceitos de
enfermagem centrais, e nos meados ao mesmo ano, os estudiosos de enfermagem dedicaram-
se ao desenvolvimento de uma epistemologia da terapêutica da enfermagem, a coerência
entre ciência de enfermagem e arte, e defendendo o pluralismo das teorias de enfermagem e
dos métodos de investigação.
De acordo com Orem (1958) ou seja, desde os anos 50, houve um discernimento sobre
o conceito de enfermagem. A autora explicou o autocuidado como uma necessidade humana e
a enfermagem como um serviço humano, e enfatizou a preocupação especial da enfermagem
pela necessidade que o ser humano tem de ter ações de autocuidado continuamente para
manter a vida e a saúde. A teoria geral do autocuidado de Orem tem um modelo concetual de
enfermagem íntegra e interrelaciona três teorias: a teoria do autocuidado; a teoria do défice
de autocuidado; a teoria dos sistemas de enfermagem (Tomey, 2004, p. 23).
Por outro lado, em meados dos anos 60, Levine usou as ciências, como a psicologia, a
sociologia e a fisiologia para analisar diversas práticas de enfermagem e descrever
determinadas atividades e competências de enfermagem. Por isso, na sua obra, classificou três
teorias: conservação; redundância e intenção terapêutica, no modelo concetual de
enfermagem (p. 24).
Johnson publicou desde meados dos anos 40 até ao início dos anos 70, apresentou o
Modelo de Sistema Comportamental no livro de Riehl e Roy, Conceptual Models for Nursing
Practice, e, desenvolveu este modelo para a prática, o ensino e a investigação da enfermagem
(p. 24).
50
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Hildegard E. Peplau (1952) é a primeira autora que introduziu a teoria dos outros campos
científicos e a sintetizar uma teoria para prática de enfermagem. Ela começou com o livro
“Interpessoal Relation in Nursing”, e salientou que a importância da capacidade do
enfermeiro para compreender o seu próprio comportamento no sentido de ajudar os
outros e a identificar as dificuldades observadas.
Segundo Orlando (1961) no livro “The Dynamic Nurse-Patient Relationship” utilizou a
relação interpessoal enfermeiro – doente em resposta às necessidades do doente, como
base do trabalho.
De acordo com Madaleine Leininger (1984), ela escreveu diversos livros sobre
enfermagem, mas, a mais complexa descrição da Teoria do Cuidar Transcultural foi o livro
com o título “Care: The Essence of Nursing and Health”.
Rosemarie Rizzo Parse (1998) extraiu a sua teoria dos princípios e conceitos de Rogers e da
fenomenologia existencial de Heidegger, Ponty e Sartre. Parse vê a enfermagem como
uma ciência humana. E portanto a teoria de Parse pode ser uma abordagem humanista
única em oposição a uma base fisiológica da enfermagem.
Evelyn Adams escreveu e começou a publicar em meados dos anos 70 sobre o conceito de
enfermagem.
Nola J. Pender (1996) definiu o objetivo dos cuidados de enfermagem como a saúde ótima
do individuo. A teoria dela identifica fatores cognitivo-percetuais no individuo, tais como a
importância de comportamentos promotores de saúde.
51
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Pazargadi e Saeedi (2007), é a prestação dos cuidados com segurança baseada em padrões de
enfermagem como a satisfação do utente, cuidados mínimos otimizados e cuidados seguros
para os utentes.
A qualidade não é um atributo abstrato, mas algo com atributos comuns que assenta
em pilares de eficácia, efetividade, eficiência, otimização, aceitabilidade, legitimidade e
equidade. Assim sendo, podemos afirmar que a qualidade associada aos cuidados de saúde
deve ser definida à luz das normas técnicas dos prestadores e das expetativas dos utentes.
Assim, as associações profissionais da área da saúde assumem um papel fundamental na
definição dos padrões de qualidade em cada domínio específico caraterístico dos mandatos
sociais de cada uma das profissões envolvidas. Aqui importa salientar as dimensões relativas
aos cuidados de enfermagem, em especial a comunicação e informação; a cortesia e apoio
emocional; a qualidade dos cuidados técnicos; o cuidado centrado no cliente (indivíduo/
família/ comunidade) e a disponibilidade.
52
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
3.2.1. A saúde
De acordo com Peplau (1952/ 1988, p.12) definiu a saúde como “uma palavra
simbólica que implica o movimento adiante da personalidade e de outros processos humanos
em curso na direção de uma vida criativa, construtiva, produtiva, pessoal e comunitária”.
Henderson, na sexta edição de “The Principles and Practice of Nursing”, ela citou-se
várias fontes incluindo o quadro da OMS (2005). A autora referiu que “ é a qualidade de saúde
e não a própria vida, mas, a margem de vigor mental/físico que permite a uma pessoa
53
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
trabalhar com maior eficácia e obter o nível de satisfação mais elevada na vida” (Tomey, 2004;
p. 114).
Rogers afirma que a promoção da saúde positiva conota orientação na ajuda das
pessoas com oportunidade de coerência rítmica (Gunther in Tomey, 2004).
Johnson (1978) afirma que a saúde é um estado indefinido determinado por fatores
“psicológicos sociais, biológicos e fisiológicos” (George, 2000, p. 108).
Segundo Neuman (1995) citado por George (2000) afirma que a saúde é definida como
a condição ou o grau de estabilidade do sistema e é considerada uma continuidade do bem-
estar para a doença (p. 232).
3.2.2. A pessoa
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
são influenciados pelo ambiente que a rodeia, sendo que esta interage, influencia e é
influenciada no qual ela vive e se desenvolve. Toda a pessoa objetiva intencionalmente é
atingir a homeostasia na procura incessante de melhores níveis de saúde, sendo que para isso
interage com o ambiente: modifica-o e sofre a influência dele durante todo o processo não
intencional que afeta o seu equilíbrio e da harmonia (OE,2001).
Nightingale dividiu na maior parte das duas obras: - referiu-se à pessoa como um
doente. Os enfermeiros executavam tarefas para e pelo doente e controlavam o ambiente do
doente para apressar a recuperação.
Henderson disse que o utente e a sua família são vistos como uma unidade e eles têm
15 necessidades da enfermagem (Tomey, 2004).
55
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Segundo Marta Rogers (1992) citado por Tomey (2004) apresentou cinco pressupostos
sobre os seres humanos, que estão em troca constante de energia com o ambiente. Existe um
padrão para a vida. Por isso, os processos de vida de um ser humano evoluem irreversível e
imprevisivelmente na pandimensionalidade. Finalmente, o ser humano é capaz de abstração,
visualização, linguagem, pensamento, sensibilidade e emoções, assim, os seres humanos “ não
são entidades separadas, nem agregados mecânicos (p. 257).
3.2.3. O ambiente
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Em seguida Neuman (1995) disse que o ambiente é uma arena vital que é relevante ao
sistema e à sua função: inclui o ambiente interno e externo (George, 2000).
57
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Por outro lado, Henderson definiu a enfermagem em termos funcionais. Ela afirmou
que a única função do enfermeiro é assistir o individuo, doente ou saudável, no desempenho
das atividades que contribuam para a saúde ou para a sua recuperação e os conhecimentos
necessários (Tomey, 2004). Ela considera “os 14 componentes das funções de enfermagem ou
necessidades básicas são: biológicos, psicológicos, sociológicos e espirituais”. Quando as
necessidades não são preenchidas, a pessoa não está completa (George, 2000, p. 64).
Lydia Hall apresentou a sua teoria de enfermagem de forma visual, desenhando três
círculos entrelaçados: o círculo de Cuidados, da Essência e da Cura. A enfermagem é
identificada como a participação de forma visual, desenhando três círculos entrelaçados: nos
aspetos de cuidados, da essência e da cura no cuidado ao utente. O cuidado é função único
dos enfermeiros, enquanto o núcleo e a cura são compartilhados com os outros membros da
equipa de saúde (George, 2000).
Em 1980, Johnson definiu a enfermagem como “uma força reguladora externa que age
para preservar a organização e a integração do comportamento do paciente ao nível ideal,
58
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
condições abaixo das quais o comportamento constitui uma ameaça para a saúde física e
social ou nas quais é encontrada a doença (Orem, 1980, citado por George, 2000, p. 84).
Segundo Levine, 1989), o propósito da enfermagem é cuidar dos outros quando eles
necessitam de cuidados. Segundo a autora que a teoria de enfermagem é “uma posta à prova
nas rocas diárias pragmáticas e simples entre o enfermeiro e paciente… no seu sucesso equipar
os indivíduos com força renovada para continuarem suas vidas com independência, realização,
esperança e promessa” (citado por George, 2000, p. 163).
De acordo com Rogers (1971; 1990) afirma que a enfermagem é uma profissão
aprendida, uma ciência e uma arte, com o objetivo promover a saúde e o bem-estar de todas
as pessoas. Esta profissão existe para cuidar das pessoas e do processo de vida dos seres
humanos (Tomey, 2004), ou seja é “uma arte e uma ciência humanística e humanitária – o
estudo dos seres humanos irredutíveis e seus ambientes”. (citado por George, 2000, p. 186).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Segunda a Ordem dos Enfermeiros Portuguesa, “uma profissão deve procurar controlar
a sua prática tendo em vista garantir a qualidade de serviço prestado e promover
desenvolvimento pessoal e profissional dos seus membros. A finalidade dos padrões é garantir,
melhorar a qualidade da prestação dos cuidados para a proteção das pessoas e das profissões.
Sem padrões não estamos em condições de medir, avaliar ou implementar métodos que
permitam atingir o nível de excelência dos cuidados de enfermagem.”
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A promoção da saúde sendo uma das áreas nobres de atuação dos enfermeiros aos
longos dos tempos neste contexto e para aprondarmos o seu peso neste estudo entende-se
que a procura permanente da excelência no exercício profissional, o enfermeiro ajuda os
clientes a alcançarem o máximo potencial de saúde.
O enfermeiro é pedido uma continuidade assistencial que promova a saúde é que evite
complicações pelo que se entende que o padrão de prevenção de complicações é a procura
permanente da excelência no exercício profissional, o enfermeiro previne complicações para a
saúde dos Utentes.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Relacionado com o artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro, sobre
as unidades funcionais a implementar consta a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC),
prestam cuidados de saúde e apoio psicológico e social, de âmbito domiciliário e comunitário,
às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis em situação de maior risco ou dependência
física e funcional, atuando na educação para a saúde, na integração em redes de apoio à
família e implementação de unidades móveis de intervenção. No processo de implementação
das UCC parece ser útil aproveitar o impulso de autonomia e de iniciativa própria dos
profissionais que tem resultado de forma muito adequada no desenvolvimento de outra das
unidades funcionais, incluindo a unidade de saúde familiar (USF). Este modelo de auto- -
organização, com os ACES, tem permitido a rápida disseminação do modelo, com grande
satisfação dos utentes do Serviço Nacional de Saúde e com grande empenho dos profissionais.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Acresce ainda que este “saber-ser” os enfermeiros tem as suas raízes nas
competências comportamentais, como a liderança, a comunicação, a negociação, as relações
interpessoais e a iniciativa, porque são as que efetivamente mais contribuem para a
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Os seres humanos sempre precisaram de cuidados, para manter a vida quer para lutar
para contra o mal e as ameaças constantes. Portanto, a centralidade dos cuidados em todo o
território é facilitar e tornar mais fácil a acessibilidade aos cuidados de saúde.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
interesse podem ser classificadas como opiniões, atitudes ou factos e os dados da pesquisa
podem ser colhidos por um questionário ou uma entrevista.
1 - TRABALHO DE CAMPO
As questões de investigação são uma das partes fulcrais de uma investigação. Face ao
explorado no início do enquadramento teórico, foi possível elaborar as questões de
investigação que constituíram a base à orientação da investigação:
Quais as caraterísticas dominantes dos enfermeiros em Timor-Leste?
Que opiniões têm os enfermeiros sobre os cuidados no seu serviço?
Quais os cuidados mais frequentes nos serviços em Timor-Leste?
Como funcionam as unidades na área dos cuidados de enfermagem?
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Estudo Quantitativo
Pesquisa Objetivos Descritivo -
Bibliográfica
Exploratório
Projeto
Identificação do questionário de
recolha de dados
Aprovada da EPAECQC
Comissão de
Tradução,
Ética para a Colheita de dados
adaptação cultural
Saúde.
e validação
Análise de dados
Resultados e
conclusões
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
As variáveis são, na sua génese, as propriedades que são estudadas pelo investigador
numa determinada investigação. “A variável (…) é algo que varia”. (…) ” É qualquer qualidade
de uma pessoa, grupo ou situação que varia ou assume diferentes valores” (Polit, 2004:46). O
mesmo autor enuncia que o investigador frequentemente se questiona sobre a relação
existente entre duas ou mais variáveis. As variáveis poderão ser classificadas “em função do
papel que ela tem em um determinado estudo” (Polit, 2004:47).
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Através da pesquisa bibliográfica foram encontrados artigos que deram suporte a esta
investigação, e emergiram os questionários que se utilizaram para a recolha de dados,
nomeadamente a EPAECQC. Desenvolveu-se um pré-projeto que foi aprovado pela Comissão
da Ética para a Saúde na instituição onde se desenrolou o estudo (Anexo III).
Partimos para o trabalho de campo durante 2 meses (21 de fevereiro até 21 de abril de
2015). Num primeiro momento, realizámos os encontros com os grupos de peritos (fizeram
tradução para tétum, a adaptação cultural e a validação da EPAECQC), em Díli. No segundo
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
momento, utilizaram-se cinco (5) enfermeiros como treino-piloto, com o objetivo de identificar
qual o grau de dificuldade de compreensão no preenchimento dos questionários.
A quarta fase foi a codificação dos questionários e o lançamento no programa SPSS 20,
vindo depois a fazer-se a análise dos dados com recurso da estatística descritiva na globalidade
e o recurso a testes não paramétricos para verificar a associação entre a formação e as várias
variáveis.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Neste caso, existe uma relação estreita entre o dever do sigilo do enfermeiro como
forma de preservar o direito à confidencialidade, mas também o direito ao anonimato e à
reserva da vida privada, bem como o respeito pela intimidade das pessoas em estudo.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
1 - Caraterização da amostra
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
(54%) dos enfermeiros possuíam o Curso de Enfermagem do nível educação básica, e, (46%)
têm Curso Superior de Enfermagem.
Tabela 1 - Distribuição dos enfermeiros de acordo com os anos de exercício profissional e anos
atual do serviço profissional
Variável Nº %
Anos de exercício profissional
1 – 10 Anos 37 16,4 %
11 – 20 Anos 22 9,7 %
21 – 30 Anos 43 19,0 %
31 – 40 Anos 68 30,1 %
41 – 50 Anos 56 24,8 %
Anos no atual serviço
1 – 5 Anos 50 22,1 %
6 – 10 Anos 36 15,9 %
11 – 15 Anos 59 26,1 %
16 – 20 Anos 37 16,4 %
21 – 25 Anos 18 8,0 %
26 – 30 Anos 18 8,0 %
Mais 30 anos 8 3,5 %
Tabela 2 - Distribuição dos enfermeiros de acordo com exercício na área de gestão e exercício
nos cuidados
Variável Nº %
Exercício na área da gestão
86
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Sim 42 18,6%
Não 184 81,4%
2 - Padrões da qualidade
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
de saúde e de enfermagem, e também uma perceção subjetiva que pode ser considerada
como realidade tanto pelo enfermeiro como também pelo cliente. Contudo, há dimensões que
se esperam que os enfermeiros realizem sempre. Ao analisar a forma de garantir a satisfação
parte-se do princípio do respeito pelo utente como pessoa única e com caraterísticas
individuais.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Satisfação do cliente
Envolvem os conviventes significativos
do cliente individual no processo de
cuidados
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Na promoção da saúde
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Prevenção de complicações
Prescrevem e implementam
intervenções com vista à prevenção de
complicações
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Na opinião dos enfermeiros da amostra o grupo dos que se situam no sempre ocupam
percentagens mais baixas em todas as componentes.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Bem-estar e o autocuidado
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Readaptação funcional
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Tabela 9 - Distribuição opinião dos enfermeiros sobre os recursos quando tem dúvidas sobre
os cuidados
Variável Nº %
Pergunto ao médico 46 20,4%
Pergunto aos colegas 21 9,3%
Pergunto ao Enfermeiro chefe 47 20,8%
Vou Ler em livros ou vou à internet 11 4,9%
Médico e colegas 5 2,2%
Médico e chefe 12 5,3%
Medico e ler 2 0,9%
Colegas e chefe 7 3,1%
Chefe e ler 1 0,4%
Todos 35 15,5%
Pergunto ao médico e Pergunto aos colegas e Pergunto ao 31 13,7%
Enfermeiro chefe
Pergunto aos colegas e Pergunto ao Enfermeiro chefe e Vou 8 3,5%
Ler em livros ou vou à internet
99
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Tabela 11 – Distribuição das profissionais que são referenciados quando há faltas de materiais
Variável Nº %
Com o Enfermeiro chefe 174 77,0%
Com o Médico 18 8,0%
Com os doentes 5 2,2%
Não falo com ninguém 3 1,3%
Com o Enfermeiro Chefe e com o Médico 13 5,8%
Com o Enfermeiro Chefe e com os doentes 4 1,8%
Com o Enfermeiro Chefe e com os doentes 1 0,4%
Com o Médico e com os doentes 2 0,9%
Com o Enfermeiro chefe e com o Médico e com os doentes e não 1 0,4%
falo com ninguém
Com o Enfermeiro Chefe e com o Médico e com os doentes 5 2,2%
Em síntese, a funcionalidade dos cuidados passa por uma representação forte do papel
do enfermeiro gestor pois é junto deste que os enfermeiros tiram dúvidas e referenciam a
falta de materiais e pela sua contribuição na organização da assistência pelo método em
equipa.
100
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Os cuidados de higiene pessoais são muito importantes: para manter a saúde do nosso
corpo precisamos ter alguns cuidados, tais como tomar banho diariamente, cuidados aos
cabelos, vestir-se e despir-se. Apresentar bons hábitos de higiene pode prevenir e aliviar a
doença.
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
3.1.1- Alimentação
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3.1.2-Movimentação
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
concluir que estes cuidados não são considerados como prioritários para a prevenção de
sequelas da imobilidade, logo, mais uma das áreas e ter em conta na formação.
3.1.3- Eliminação
3.1.4-Terapêutica
104
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3.1.5-Tratamentos
105
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Medicação endovenosa 79 32 32 83
Medicação intramuscular 82 35 62 47
Medicação por via oral 83 20 31 92
Algaliação 26 6 184 10
Colocar aparadeira 38 49 89 50
Ajuda na ida ao sanitário 27 24 169 6
Deambulação 133 0 93 0
Mobilização na cama 151 3 72 0
Posicionamento na cadeira 50 22 134 20
Posicionamento na cama 53 34 89 50
alimentaçã
Entubação 27 28 144 27
Hidratação nos intervalos das refeições 62 23 141 0
o
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A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
4 - Formação e cuidados
Após a analise descritiva dos dados prosseguimos para uma análise estatística não
paramétrica considerando a natureza das variáveis, no sentido de compreender se há
diferenças entre os enfermeiros com formação superior e não superior e os cuidados e quais
as áreas de carência para dar resposta ao objetivo de descrever as necessidades de formação,
pelo que analisamos a relação entre estas variáveis e utilizando o teste de Mann-Whitney,
considerando que a distribuição das variáveis, tirando-se de um teste de amostras
independentes, com valores significância inferiores a 0,050 e apenas apresentaremos os
variáveis em que ocorra um nível de significância inferior a 0,05 o que demonstra não haver
igualdade entre a subamostra com formação superior e a subamostra com formação não
superior, face à opinião sobre a qualidade de cuidados e a frequência da realização de
atividades na amostra na totalidade, contudo e considerando que há um hospital nacional
onde decorrem os locais de estágio dos estudantes do curso superior de enfermagem da
110
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Universidade Nacional de Timor Lorosae (UNTL) faremos uma análise mais aprofundada para
este grupo de enfermeiros, até pela aproximação institucional entre as duas organizações.
111
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
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Há associação entre, a formação e o que faz quando algum cuidado corre mal, com um
valor de significância de 0,023, dos dados verificamos um comportamento de organização
garante segurança e coordenação por parte dos enfermeiros.
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O REPE (1998), artigo 8.º sobre Exercício profissional dos enfermeiros portugueses,
afirmam que os enfermeiros assumem as suas funções, com base nos objetivos fundamentais
na implementação dos padrões de qualidade, e também têm uma atuação de
complementaridade funcional relativamente aos demais profissionais de saúde, mantendo-se
idêntico nível de dignidade e autonomia de exercício profissional. Assim, os enfermeiros que
exercem funções na área da gestão e de cuidados, nos resultados da amostra (18,6%), na área
de gestão, todos referem que estão na prestação dos cuidados, ao contrário de Portugal onde
(14%) assumem o cargo de gestores e (68%) prestam os cuidados de enfermagem (OE, 2007).
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frequentes são as dos que têm 33 a 42 anos (42,9%), enquanto em Portugal podemos verificar
(OE, 2012, dados estatística membros ativos e efetivos com total 64535 enfermeiros) que se
situam entre 26 a 30 anos; pelo que podemos afirmar que os enfermeiros da amostra têm
mais idade do que em Portugal.
Em relação às habilitações académicas, Cunha & Neto (2006) e (Peres & Ciampone,
2006) defendem que formação académica de licenciados é a formação inicial para os
enfermeiros mantendo-se a necessidade de formação continua, por outro lado consideram
essenciais as competências de gestão, porque, com estas competências os enfermeiros têm
capacidade de tomar decisão, atenção às situações de saúde, comunicação e liderança. Os
resultados de pesquisa indicam que (54%) têm educação de nível mais básica que o Curso
Superior de Enfermagem e que só (46%) dos enfermeiros têm o grau académico adequado; é
ainda de referir que Cianciarrulo (2000, citado in Freeman et al., 2008) considera que as
competências-chave têm três pilares: conhecimento, habilidades, e atitudes, o que sustenta a
necessidade dos enfermeiros se desenvolverem nestes três domínios: o que nos faz refletir
sobre as necessidades de formação teórica e prática.
Segundo alguns autores: Palmer, 1992, cit in Sousa, 2014; Silva, 2013; Roemer e
Aquilar, 1991, citado por Sousa, MMA, 1999; António e Teixeira, 2007; a qualidade contribui
para um serviço de saúde seguro, eficaz, centrado no utente, atempado, eficiente e equitativo.
De acordo Silva (2013); Ribeiro et al. (2008); Hesbeen (2001); Donabedian (2003); há
necessidade de ter parâmetros, para medir a qualidade dos cuidados de saúde, a fim de
permitir monitorizar e comparar a qualidade dos cuidados prestados.
Malagutti e Caetano (2010) citado por Martins (2009) referem que “competência é a
capacidade para realizar algo, implicando mobilização, integração e aplicação de
conhecimentos a uma situação correta” e “é ainda saber atuar com responsabilidade”.
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Segundo Le Boterf (1994) diz que as competências surgem pela aplicação adequada e
ajustada às situações concretas de trabalho, desses mesmos conhecimentos. Este autor define
a competência como “saber mobilizar”, “saber integrar”, e “saber transferir” assim, o
enfermeiro tem de executar todas as competências com rigor técnico/científico na
implementação das intervenções de enfermagem que contribuam para aumentar o bem-estar
e a realização das atividades de vida dos clientes.
De acordo com CIPE Versão 2 (2011) o autocuidado é executado pelo próprio utente:
tratar do que é necessário para se manter, manter-se operacional e lidar com as necessidades
individuais básicas e íntimas bem como das atividades da vida diária. Portanto, o autocuidado
higiene é um tipo de autocuidado com as caraterísticas específicas: encarregar-se de manter
um padrão continúo de higiene, conservando o corpo limpo e bem arranjado, sem odor
corporal, lavando regularmente as mãos, limpando as orelhas, nariz, dentes e zona perineal e
mantendo a hidratação da pele, de acordo com os princípios de preservação e manutenção da
higiene. Dar banho ou lavar-se, é aplicar água para enxaguar o próprio corpo, total ou
parcialmente. Por exemplo, um tipo de autocuidado é entrar e sair da banheira, juntando
todos os objetivos necessários ao banho, obtendo água, abrindo as torneiras, lavando e
secando o corpo (CIPE VERSÃO 2, 2011; p. 96).
Por outro lado, para ajudar o utente a vestir-se e despir-se, a maioria (89,4%) dos
enfermeiros disseram que raramente executam esta intervenção, porque tentam envolver a
participação da família. Não obstante o disposto acima, os enfermeiros continuam tentando
encontrar uma solução para satisfazer as necessidades do cliente de acordo com a sua
responsabilidade profissional.
Como sabemos, a alimentação é essencial para nossa saúde e bem-estar. Por isso, a
alimentação tem um papel fundamental diretamente nos diversos processos orgânicos, e na
prevenção de certas doenças; como por exemplo, no crescimento e desenvolvimento, nos
mecanismos de defesa imunológica e na resposta às infeções, na cicatrização de feridas e na
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evolução das doenças. Assim sendo, cada vez mais aumenta a consciência dos profissionais de
saúde que cuidam de pacientes internados em hospitais, certos de que apenas a terapêutica
medicamentosa não é suficiente para se obter uma resposta orgânica satisfatória. Além disso,
o profissional de enfermagem tem a responsabilidade de acompanhar as pessoas de quem
cuida, tanto a nível domiciliar como no hospitalar, preparando o ambiente e auxiliando-as
durante as refeições.
Segundo CIPE VERSÃO 2 (2011, p. 95) “alimentar é dar comida ou bebida a alguém”,
pelo contrário, os resultados (71,7%) diz que raramente ajuda o paciente a alimentar-se nas
refeições. Em relação à hidratação nos intervalos das refeições (62,4%) os enfermeiros
referiram que raramente supervisionam os doentes, mas realçaram que as famílias ajudam
nas refeições e hidratação dos pacientes.
O horário dos pacientes que são alimentados através da sonda nasogástrica deve ser
respeitado e no intervalo das refeições deve ser instituída a hidratação. Também devem ser
mantidos cuidados gerais na manipulação das sondas. Relativamente à atividade inserir sonda
nasogástica, mais de metade (63,7%) dos enfermeiros referiram que raramente executam essa
intervenção.
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o resultado de pesquisa, mostra que (81,4%) dos enfermeiros diz raramente inserir um cateter
urinário.
Os sinais vitais, indicadores das funções vitais podem orientar o diagnóstico inicial e o
acompanhamento da evolução do quadro clínico dos doentes. São eles: temperatura; pulso;
tensão arterial e respiração. Os enfermeiros avaliam estes indicadores em todos os pacientes
diariamente. Assim, olhando o resultado de pesquisa, em todos os turnos a avaliação de
temperatura (93,4%); em avaliação da tensão arterial (77%); em avaliação do pulso (98,7%); e
em avaliação da respiração (98,2%).
Segundo a ICN (2006, p.137) ensinar significa “Dar informação sistematizada a alguém
sobre temas relacionados com a saúde,” e aprendizagem “Processo de adquirir conhecimentos
ou competências por meio de estudo sistemático, instrução, prática, treino ou experiência.”
Estes são mais eficazes quando correspondem às expetativas do cuidador. Phaneuf (2005)
comenta que para se poder intervir junto de uma pessoa doente é necessário conhecer a sua
motivação para colaborar no processo de cura e de tratamento, bem como na sua vontade em
mudar de estilo de vida.
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Estilo de vida é a forma pela qual uma pessoa ou um grupo de pessoas vivenciam no
mundo e, em consequência, se comportam e fazem escolhas. Como produto emergente da
tríade: conhecimento, valores e práticas (Clément 2004, 2006), os Estilos de Vida assumem-se
a ação humana e da saúde, tenham elas por génese sistemas de interação sócio ambiental,
aspetos físicos, psíquicos, sociais, emocionais. Assim sendo, os enfermeiros ensinam o utente
sobre estilos de vida analisando aspetos comportamentais, expressos geralmente sob a forma
de padrões de consumo, rotinas, hábitos ou uma forma de vida no dia a dia. Porém, nos
resultados de pesquisa obtidos, os enfermeiros diz raramente promovem a aprendizagem do
utente sobre: estilos de vida (54,4%); as situações patológicas (38,1%); prevenção de
complicações (45,1%); a adaptação dos autocuidados à situação patológica (44,7%); e, a
familiares cuidadores (41,6%). Os enfermeiros têm de saber acrescentar, a família, como parte
essencial no cuidado ao utente, é muito importante na continuação dos cuidados ao utente
em casa, e precisam de capacitar a família para uma assistência eficaz e eficiente à pessoa
dependente a fim de manter o doente no seio familiar.
O REPE (1996) num dos primordiais artigos; artigo 4ª, nº 1, definiu claramente o foco
de atuação de enfermagem, “Ser Enfermeiro é a profissão que, na área da saúde, tem como
objetivo prestar cuidados de enfermagem ao ser humano, saudável ou doente, ao longo do
ciclo vital, de forma que mantenham, melhorem e recuperem a saúde, ajudando-os a atingir a
sua máxima capacidade funcional tão rapidamente quanto possível” aos grupos sociais em que
ele está integrado. O referido documento ainda classifica as formas de atuação em fazer por,
orientar, ajudar, encaminhar, supervisor e avaliar resultados.
Notes de enfermagem
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“Nenhuma delas (a Medicina e a Cirurgia) pode fazer alguma coisa a não ser a
remoção de obstruções; nenhuma delas pode curar; só a natureza pode curar. A
cirurgia remove a bala que constitui um obstáculo à cura de um membro, mas é a
natureza que cicatriza a ferida. Assim é com a medicina; a função de um orgão
acha-se impedida; tanto quanto sabemos, a medicina ajuda a natureza remover a
obstrução, nada mais além disso, e o que a enfermagem tem de fazer em ambos
os casos é manter o paciente nas melhores condições possíveis, a fim de que a
natureza possa atuar sobre ele” (Vieira, 2009, p. 75).
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Assim, a promoção da saúde nos resultados de pesquisa dos que dizem às vezes
(54,4%) identificam as situações de saúde das populações e dos recursos do cliente /família e
comunidade e (47,3%) aproveitam o internamento para promover estilos de vida saudáveis. Os
enfermeiros têm limitações de capacidades de ciência e técnica da promoção de saúde,
porque, pareciam ter muitas dificuldades ao executar. Os enfermeiros mostravam-se sobre
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carregados e não tinham tempo para ensinar e promover estilos de vida saudáveis. Um dos
papéis dos enfermeiros é ser “educador”, por isso, os enfermeiros podem fornecer as
informações geradoras de aprendizagem cognitiva, afetiva e psicomotora ou de novas
capacidades do cliente, os resultados da pesquisa indica que (51,8%) fazem às vezes.
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Segundo (OE, 2003, p.5) os cuidados de enfermagem tomam por foco de atenção, a
promoção dos projetos de saúde que cada pessoa vive e persegue. Neste contexto, procura-se,
ao longo de todo o ciclo vital, (…) promover os processos de readaptação à doença. Procura-
se, também, a satisfação das necessidades humanas fundamentais e a máxima independência
na realização das atividades de vida diária, bem como se procura a adaptação funcional aos
défices e a adaptação a múltiplos fatores, frequentemente através de processos de
aprendizagem do cliente/família”. Nos resultados de pesquisa (44,2%) referem sempre fazer
continuidade ao processo de prestação de cuidados de enfermagem ao cliente.
Segundo Pereira e Santos (2008) os enfermeiros ajudam as pessoas para alcançar o seu
próprio nível de saúde, quer pela otimização dos recursos externos, quer pela orientação
prestada, promoção e desenvolvimento de todo um potencial individual capaz de contribuir
para a concretização do projeto de saúde. Os enfermeiros fazem otimização das capacidades
do cliente e conviventes significativos para gerir o regime terapêutico prescrito. Na amostra
(39,8%) dizem fazê-lo às vezes, mas, por outra amostra (38,5%) diz sempre fazê-lo.
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primordial privilegiar e proporcionar a educação dos enfermeiros que cuidam dos pacientes na
área de especialização de enfermagem, por exemplo, especialização de Enfermagem de
Reabilitação, Enfermagem Comunitária, Enfermagem Médico-Cirúrgica, Enfermagem Saúde
Infantil e Pediatria, Enfermagem Saúde Materna e Obstetrícia, Enfermagem Saúde Mental e
Psiquiatria, etc., para melhorar a qualidade de cuidados de enfermagem no futuro.
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prescrição elaborada por outro técnico da equipa de saúde (médico e farmacologista etc.),
cabendo ao enfermeiro a responsabilidade de assegurar a sua execução e monitorizar os seus
efeitos.
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Segundo Vieira, (2009, p.7), os enfermeiros trabalham com pessoas ao longo do ciclo
de vida, saudáveis e doentes, em ambiente de alta tecnologia, como as unidades de cuidados
intensivos, ou no domicílio mais pobre de qualquer zona de país, onde a principal arma
terapêutica é o próprio enfermeiro e a relação que estabelece com a pessoa/família que
pretende ajudar.
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CONCLUSÕES
Após o Términus deste estudo, podemos concluir, que a qualidade deverá ser
considerada uma prioridade para todos os profissionais de saúde, devendo para tal serem
criadas as condições institucionais, a par de uma sensibilização e motivação continuas, de
todos aqueles ligados à prestação de cuidados de saúde.
O cuidar, praticado pela enfermagem, pode ser entendido como um processo que
envolve e desenvolve ações, atitudes e comportamentos, fundamentados no conhecimento
científico, técnico, pessoal, cultural, psicossocial, económico, político e espiritual, pretendendo
a promoção, manutenção e ou recuperação da saúde, dignidade e plenitude humana.
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profissional, no que diz respeito à escassez de recursos, sobre perceção das atividades de
enfermagem que contribuam para qualidade dos cuidados.
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Para concluir deste trabalho, gostaria de dizer que, a qualidade dos cuidados de
enfermagem em Timor-Leste precisará de apoio das lideranças, instalações, equipamentos e a
formação para capacitar os enfermeiros nomeadamente em áreas especialização de
enfermagem no futuro.
No encerrar deste relatório também não posso deixar de agradecer à ESEP e seus
professores, pelas aprendizagens que me dispensaram e o quanto contribuíram para o meu
crescimento pessoal e profissional.
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159
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
ANEXOS
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Unidades de
Atividades
competência
Garante o respeito Atendimento dos enfermeiros para problemas pessoais
pelos valores, regras Reuniões formativas
deontológicas e Revisão de procedimentos normas e protocolos
prática legal Verificação de faltas
Reuniões de divulgação de resultados de investigação
Avalia execução de normas de procedimentos
Avalia a satisfação dos doentes
Assiste à passagem de turno
Garante as melhores
Faz distribuição diária dos doentes
práticas profissionais
Faz os horários.
Afaz cálculos de rentabilidade do serviço
Monitoriza indicadores para o serviço
Plano de férias
Monitoriza dotações seguras de acordo com os padrões de
qualidade da profissão.
Planeai o processo de integração dos colaboradores
Prevê necessidades e Promove atividades de prevenção de riscos de acidentes de serviço
gere pessoas Promove momentos informais e de lazer
Assiste á visita médica
Monitoriza os registos de enfermagem
Planeia a avaliação da qualidade
ANEXO II – QUESTIONÁRIOS
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Considerando o conhecimento que tem sobre os cuidados do seu serviço, pedimos que
exprima a sua opinião partir das afirmações que apresentamos que pressupõem padrões de
qualidade.
Relativamente aos quadros que se seguem, assinale com a resposta que melhor se adequa à sua
opinião, com o significado:
Numa escala de 1 a 4, considere:
1- Nunca: 2- Poucas vezes; 3- Às vezes; 4- Sempre
Grupo I
1 – Unidades ________________________________________
2 – Perfil sociodemográfico:
2.1 – Género: Feminino Masculino
2.2 – Idade: ___________(Anos completos até ao momento de preencher o
questionário)
2.3 – Anos de exercício profissional: _________________
2.4 – Anos no atual serviço: _________________
2.5- Exercício na área da gestão: Sim ____ Não ____ Exercício nos Cuidados Sim ___
Não___
2.6 – Anos de escolaridade antes do curso de Enfermagem______
2.7 – Formação em Enfermagem
Curso de Enfermagem _____ Curso Superior de Enfermagem _____
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Grupo II
3 – Enquanto enfermeiro considera que os enfermeiros da unidade onde trabalha demonstram
para cada um dos seguintes domínios:
3.1 - A satisfação do cliente 1 2 3 4
Os enfermeiros demonstram respeito pelas capacidades, crenças, valores e o o o o
desejos da natureza individual do cliente nos cuidados que prestam.
Os enfermeiros procuram constantemente empatia nas interações com o o o o o
cliente (doente/família)
Os enfermeiros envolvem os conviventes significativos do cliente individual o o o o
no processo de cuidados
Assinale necessidade de formação nesta área:
_________________________________________________________________________________
enfermagem
Os Enfermeiros planeiam a alta dos clientes internados em instituições de o o o o
saúde, de acordo com as necessidades dos clientes e os recursos da
comunidade.
Os Enfermeiros otimizam as capacidades do cliente e conviventes o o o o
significativos para gerir o regime terapêutico prescrito.
Os enfermeiros ensinam, instruem e treinam o cliente sobre a adaptação o o o o
individual requerida face à readaptação funcional.
Digo ao médico o
Digo ao Enfermeiro Chefe. o
Registo o
Aguardo que se descubra o
5 – Frequência de cuidados
(1 – Em todos os turnos; 2 – Diariamente; 3 – Raramente; 4- Nunca
5.1 - Higiene e cuidados pessoais 1 2 3 4
Banho na cama o o o o
Banho no Chuveiro o o o o
Cuidados aos cabelos o o o o
Vestir e despir o o o o
5.2 - Alimentação 1 2 3 4
Alimentação nas refeições o o o o
Hidratação nos intervalos das refeições o o o o
Entubação o o o o
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
5.3 - Movimentação 1 2 3 4
Posicionamento na cama o o o o
Posicionamento na cadeira o o o o
Mobilização na cama o o o o
Deambulação o o o o
5.4 - Eliminação 1 2 3 4
Ajuda na ida ao sanitário o o o o
Colocar aparadeiras o o o o
Algaliação o o o o
5.5 - Terapêutica 1 2 3 4
Medicação por via oral o o o o
Medicação Intramuscular o o o o
Medicação endovenosa o o o o
Medicação por outras vias o o o o
5.6 - Tratamentos 1 2 3 4
Pensos de feridas cirúrgicas o o o o
Pensos de feridas abertas o o o o
Aspiração de secreções o o o o
5.7 - Sinais vitais 1 2 3 4
Avaliação da temperatura o o o o
Avaliação da TA o o o o
Avaliação do Pulso o o o o
Avaliação da Respiração o o o o
5.8 - Atividades especiais / de apoio e educação 1 2 3 4
Ensino sobre estilos de vida o o o o
Ensino sobre as situações patológicas o o o o
Ensinos sobre prevenção de complicações o o o o
Ensino sobre a adaptação dos autocuidados à situação patológica o o o o
Ensino a familiares cuidadores o o o o
Os Enfermeiros na atenção a família no caso de obtido
5.9 - Avaliação e planeamento de cuidados 1 2 3 4
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Grupo I
1 – Unidades ________________________________________
2 – Perfil sociodemográfico:
2.1 – Género: Feminino Masculino
Jéneru: Feto Mane
2.2 – Idade: ___________(Anos completos até ao momento de preencher o questionário)
(tinan kompletu to’o momentu ne’ebé prenxe kestionáriu)
2.3 – Tinan hira ona hala’o servisu profisionál nian: _________________
2.4 – Tinan hira ona servisu iha ospitál: _________________
2.5- Servisu iha área jestaun nian: Sim__Lae__Servisu iha área kuidadu nian
Sim____Lae__
2.6 – Eskola tinan hira, molok tama kursu Enfermajen ______
Grupo II
Marka resposta ne’ebé di’ak liu, tuir ita-boot nia hanoin, ba kuadru hirak tuir mai ne’e:
Husi eskala 1 to’o 4, konsidera:
1-Nunka: 2- dalabalun; 3- dalaruma; 4-beibeik / sempre
3 – Nu’udar enfermeiru, ita konsidera katak grupu enfermeiru ne’ebé servisu hamutuk iha
unidade, ida-idak hatudu ninia hahalok ba área ida-idak tuir mai:
Hakerek treinamentu no motivasaun konkreto atu melhoria satisfasaun kliente iha área ida-ne’e:
________________________________________________________________________________
kapasidade foun
Hakerek treinamento / modelu motivasaun konkreta atu melhoria promosaun da saúde ba kliente
no família, no suporta ita boot nia servisu, iha área ida-ne’e:
________________________________________________________________________________
Hakerek treinamentu saida de’it mak persiza atu halo formasaun iha área ida-ne’e:
________________________________________________________________________________
Hakerek treinamentu saida de’it mak persiza atu halo formasaun iha area ida-ne’e:
________________________________________________________________________________
Enfermeiru sira halo planu hodi fó-alta ba kliente ne’ebé baixa iha o o o o
instituisaun saude nian, tuir kliente nia presiza no komunidade nia kbiit
Hakerek treinamentu saida de’it mak persiza atu halo formasaun iha área ida-ne’e:
________________________________________________________________________________
Hakerek treinamentu saida de’it mak persiza atu halo formasaun iha área ida-ne’e:
________________________________________________________________________________
3.7 - Karik kazu seluk ne’ebé konsidera pertinente (adekuadu), hakerek treinamentu ne’ebé
persiza iha parte seluk no seidauk temi iha leten
4.2 – Bainhira kuidadu (tau-matan) -saúde ruma la’o la di’ak, oinsa ita-
boot halo?
La dehan buat ida o
Fó-hatene ba médiku o
Fó-hatene ba xefe-enfermeiru nian o
Hakerek nota kona˗ba saída mak akontese (registu o
Hein to’o ema seluk sei deskobre o
5.2 – Alimentasaun 1 2 3 4
Fó aihan ba pasiente iha fatin ba refeisaun nian/ toba fatin o o o o
Fó bee ba pasiente entre oras han o o o o
Uza kateter atu fó hahán (NGT) o o o o
5.4 – Eliminasaun 1 2 3 4
Ajuda pasiente bá sanitáriu/sintina o o o o
Fó basia atu rekolle teen no miin (aparadeira) ba pasiente o o o o
Fó katéter atu hasai miin (algaliação) o o o o
5.5 – Terapêutica 1 2 3 4
Fó hemu ai-moruk ba pasiente o o o o
Fó medikasaun intra-muskulár nian (sona pasiente o o o o
Fó medikasaun endevenoza nian (uza uat atu tau ai-moruk o o o o
Uza maneira seluk atu fó ai-moruk ba pasiente o o o o
5.6 - Tratamentu 1 2 3 4
Halo kurativu no taka kanek sirúrjiku o o o o
Halo kurativu no taka kanek naklokek /nakloke hela o o o o
Uza aspirasaun ba sekresaun sira o o o o
5.7 - Sinais vitais 1 2 3 4
Halo avaliasaun ba temperatura o o o o
Halo avalisaun ba Tensaun Arteriál o o o o
Halo avaliasaun ba pulsu o o o o
Halo avaliasaun ba respirasaun (dada˗iis no hasai iis) nian o o o o
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Muito obrigado
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste
Grupo II
3 – Enquanto enfermeiro considera que os enfermeiros da unidade onde trabalha demonstram
para cada um dos seguintes domínios: Nu’udar enfermeiru, ita konsidera katak grupu
enfermeiru ne’ebé servisu hamutuk iha unidade, ida-idak hatudu ninia hahalok ba área ida-
idak tuir mai:
Relativamente aos quadros que se seguem, assinale com a resposta que melhor se adequa à
sua opinião, com o significado:
Numa escala de 1 a 4, considere:
2- Nunca: 2- Poucas vezes; 3- Às vezes; 4- Sempre
Marka resposta ne’ebé di’ak liu, tuir ita-boot nia hanoin, ba kuadru hirak tuir mai ne’e:
Husi eskala 1 to’o 4, konsidera:
1-Nunka: 2- dalabalun; 3- dalaruma; 4-beibeik / sempre
funsionál nian).
Muito obrigada
A Qualidade dos Cuidados de Enfermagem em Timor-Leste