AV1 TCC1 - Bianca Rodrigues
AV1 TCC1 - Bianca Rodrigues
AV1 TCC1 - Bianca Rodrigues
JUAZEIRO DO NORTE
2022
BIANCA RODRIGUES LEITE
A INFLUÊNCIA NEGATIVA DE FATORES INTERNOS E EXTERNOS NO
COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO
ESPECTRO AUTISTA (TEA): REVISÃO INTEGRATIVA
JUAZEIRO DO NORTE
2022
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________
Profa. Me. Érica Carneiro Ricarte
ORIENTADOR
__________________________________________
PROF X
EXAMINADOR I
__________________________________________
PROF X
EXAMINADOR II
RESUMO E PALAVRAS-CHAVE
Sumário
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................5
1.1 PROBLEMA................................................................................................................6
1.2 HIPÓTESE...................................................................................................................6
1.3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................6
2 OBJETIVOS...........................................................................................................................7
3 REFERENCIAL TEORICO.................................................................................................8
Segundo Maenner et al., (2016) o predomínio de TEA nos EUA foi de 18,5 por 1.000
(uma em 54) crianças de oito anos, além disso em 4,3 vezes teve uma prevalência maior entre
meninos do que em meninas, podendo ser assim considerado um grave problema para área da
saúde. Para o diagnóstico é necessário analisar vários fatores, incluindo a análise do quadro
clinico por uma equipe multiprofissional, o relato do cuidador e caso seja possível analisar o
autorrelato do indivíduo (APA, 2013).
Crianças portadoras de TEA, possuem uma interação difícil com alguns grupos
alimentares devido terem seletividade alimentar, repertorio alimentar limitado e aversão a
alguns alimentos, com vários graus de severidade. Assim, terão pré-disposição a desenvolver
baixo peso ou obesidade, por isso se faz necessário a implementação de um nutricionista para
formular estratégias para a aplicação e variedade de alimentos ricos nutricionalmente (LOPEZ
et al., 2021).
1.1 PROBLEMA
Desta forma, tem-se como pergunta de partida: Fatores externos e internos podem ter
influência de forma negativa no comportamento alimentar de crianças com Transtorno do
Espectro Autista?
1.2 HIPÓTESE
1.3 JUSTIFICATIVA
Revisar a literatura atual sobre a relação negativa de fatores internos e externos com o
comportamento alimentar de crianças com Transtorno do Espectro Autista
1. Verificar a possível relação entre as refeições dos pais e das crianças com TEA e
comparar se a um padrão alimentar;
2. Associar possíveis alterações entre sabor, cor, texturas, aromas de alimentos no
desenvolvimento da seletividade alimentar
3. Analisar possíveis alterações sensoriais que reajam de forma negativa no processo de
alimentação;
3 REFERENCIAL TEORICO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA), foi reconhecido pela primeira vez como um
diagnóstico clinico único pela Associação Psiquiátrica Americana (DSM-3, 1980), sendo
classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento tendo como definição prejuízo na
comunicação, interação social, desenvolvimento comportamental e interesses ou
comportamentos restritivos e repetitivos (DSM-5, 2013).
Segundo a OMS (2019), a um aumento considerável do TEA em todo o mundo,
afetando cerca de 1 em cada 160 crianças, apesar de muitos países de baixa e média renda não
fazerem as notificações devidas da quantidade real de casos, esse aumento está ligado
diretamente com a conscientização, notificação e expansão dos critérios mais precisos para o
diagnóstico.
A causa exata do TEA continua incerta, mas algumas pesquisas relacionadas a
etiologia apontam dois principais fatores, a genética e o meio ambiente. Podendo assim ser
considerado um distúrbio multifatorial. As exposições ambientais estão relacionadas com
períodos como o pré-natal, poluição do ar, idade paterna e uso de medicamentos psicotrópicos
maternos no período da gestação (BOLTE, S.; GIRDLER, S.; MARSCHIK, P.B., 2019). A
grande parte dos genes relacionados ao TEA estão ligados diretamente ao desenvolvimento e
funcionamento do cérebro, como a formação de sinapses, metabolismo cerebral e
remodelação de cromatina (BOURGERON, 2015).
É bastante comum portadores do TEA apresentarem alterações fisiológicas no
desenvolvimento sensorial, podendo ser de forma reduzida ou aumentada aos estímulos,
estando relacionada a uma possível modulação irreparável que ocorre diretamente no sistema
nervoso central, fazendo a regulação de mensagens neurais relacionadas aos estímulos
sensoriais (MILLER et al., 2007).
Além disso, a relatos frequentes de problemas gastrointestinais, que ocasionam uma
alteração comportamental, como ansiedade e afastamento social (HUGHES et al., 2018),
conhecido como o “eixo intestino-cérebro”, possui uma alta complexidade devido envolver
múltiplas vias de comunicação, entre elas o sistema imunológico, comunicação metabólica e
neural por via do sistema nervoso entérico (COLINS, S.M.; SURETTE, M.; BERCIK, P.,
2012). Bem como apresentam comportamentos como recusa alimentar, repertorio alimentar
limitado e ingestão de alimentos únicos na hora das refeições (MARIE-BAUSET et al.,
2015).
A APA (2015), relata o início precoce das características de TEA antes dos três anos
de idade, apresentando sintomas que incluem um conjunto de prejuízos sociais, comunicativos
e comportamentais. O reconhecimento dos sintomas manifestados pelas crianças é de extrema
importância para a obtenção do diagnóstico precoce, sendo identificadas primeiramente por
pais, cuidadores e familiares que fazem a comparação dos padrões com os de comportamentos
característicos do autismo (CARDOSO et al., 2012).
Segundo Silva et al (2012), é necessária uma investigação detalhada e criteriosa para
diagnosticar o TEA, “cada criança tem maior ou menor facilidade com alguma área”, sendo
assim será através desse ponto em que um profissional irá desenvolver métodos para trabalhar
juntamente com a criança para ajudar nas áreas que ela contém menor facilidade de
desenvolvimento.
Os critérios para o diagnostico foram revisados e lançados pela DSM-5 (2013), que faz
a utilização de dois principais sintomas no TEA, sendo os déficits sociais e de comunicação e
os padrões restritos e repetitivos de comportamentos.
Para o tratamento do TEA é necessária uma equipe multidisciplinar que realize um
diagnóstico precoce, terapias comportamentais, escolares e familiares. Essas intervenções
podem diminuir os sintomas e oferecer um melhor desenvolvimento e aprendizado do
paciente (MELO et al., 2016).
Apesar de não haver cura, o tratamento especifico contribui para ajudar os déficits
presentes em cada indivíduo, tendo em visto que cada criança tem um grau diferente, devido a
isso, a uma grande importância de uma abordagem individualizada para cada caso (ONZI;
GOMES, 2015).
3.3 Fatores externos e internos que influência negativamente na alimentação de crianças com
Transtorno do Espectro Autista
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com base nas produções cientificas
presentes nas bibliotecas digitais, de caráter descritivo com abordagem qualitativo.
A busca pelos estudos nos bancos de dados eletrônicos será realizada no segundo
semestre do ano de 2022.
O estudo será realizado a partir de pesquisa eletrônica nos bancos de dados: LILACS
(Literatura Cientifica e Técnica da América Latina e Caribe), MEDLINE (Medical Literature
Analysis and Retrieval System Online) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online).
Serão utilizados os Descritores em Ciências da Saúde (DeCs): “crianças”, “autista”,
“comportamento alimentar”, “fatores fisiológicos” e “fatores ambientais”. Foram associados
os DeCs com o operador booleano AND, sendo feito estratégias de cruzamentos com um ou
mais descritores. Todos os artigos serão analisados pela pesquisadora, obedecendo os critérios
de inclusão e exclusão.
Serão incluídos artigos originais, publicados nos últimos cinco anos (2018-2022), nos
presentes idiomas português Brasil, inglês e espanhol.
Serão excluídos os artigos com publicação dupla nas bases de dados, os que não forem
originais e os que não abordarem o tema proposto.
4.6 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS
Quadro 1 –
Quadro 2 –
ATIVIDADES MESES
(2022.1 e 2022.2)
JAN FE MAR ABR MAI JUN JUL AGOS SET OUT NOV DEZ
V
Levantamento X X X X X X X X X X X
bibliográfico
Escolha do tema X
Elaboração do X X X X
projeto
Apresentação do X
projeto
Coleta de dados X X X X X
Tabulação e análise X X X
dos dados coletados
Apresentação dos X
resultados
Fonte: Autoria própria.
6 ORÇAMENTO
Quadro 3 –
SHARP, W. G. et al. The Autism Managing Eating Aversions and Limited Variety Plan vs
Parent Education: A Randomized Clinical Trial. The journal of pediatrics, v.211, p.185- 192. FALTOU
CIDADE DE PUBLICAÇÃO, 2019.
HUBBARD, Kristie L.; ANDERSON, Sarah E.; CURTIN, Carol; MUST, Aviva; BANDINI, Linda G. A
comparison of food refusal related to characteristics of food in children with autism spectrum
disorder and typically developing children. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics.
FALTOU CIDADE DE PUBLICAÇÃO,2014.
JOHNSON, Cynthia R.; TUMER, Kylan; STEWART, Patricia A.; SCHMIDT, Brianne; SHUI, Amy; MACKLIN,
Eric; REYNOLDS, Anne; JAMES, Jill; JOHNSON, Susan L.; COURTNEY, Patty M.; HYMAN, Susan L.
Relationships Between Feeding Problems, Behavioral Characteristics and Nutritional Quality in
Children with ASD. Journal of Autism and Developmental Disorders. FALTOU CIDADE DE
PUBLICAÇÃO, 2014.
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