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CIÊNCIAS DA NATUREZA

E SUAS TECNOLOGIAS
ENSINO MÉDIO
FFFFUNDAMENTALM
ÉDIO
Material Organizado pelos Professores: Cristiano Bozzetti Baldi
Débora Eckert Ferrarese
Dina Ferreira de Souza

Porto Alegre – RS - 2021


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BIOLOGIA

CÉLULA
A célula é a unidade estrutural e funcional dos seres vivos e apresenta como partes fundamentais a
membrana plasmática, o citoplasma e o material genético. As células são estruturas microscópicas que
fazem parte da organização do corpo dos seres vivos. Podemos dizer que a célula é a menor unidade
estrutural e funcional dos seres vivos. 2

CÉLULAS PROCARIONTES E EUCARIONTES.


As células são classificadas em procarionte e eucarionte. Procariontes são aquelas que não possuem
um núcleo definido envolto por membranas. Já a célula eucarionte apresenta um núcleo delimitado pelo
envoltório nuclear, possuindo, portanto, uma proteção ao seu material genético. Além da diferença no que
diz respeito ao núcleo, as células procariontes ainda apresentam diferenças quando comparadas às
eucariontes. Em procariontes, por exemplo, não existem organelas citoplasmáticas envolvidas por
membranas, como a mitocôndria e o retículo endoplasmático. As células eucariontes, por sua vez, são
células mais complexas, maiores e possuem organelas membranosas.

O QUE DIZ A TEORIA CELULAR.


A Teoria Celular baseia-se na hipótese de que todo organismo vivo possui células. Essa teoria é
sustentada por três pilares:
 Todos os seres vivos são constituídos por células, sendo estas, portanto, a unidade morfológica dos
organismos vivos;
 As células realizam importantes atividades em seu interior e, por isso, são as unidades funcionais dos
seres vivos;
 Uma célula é formada apenas a partir de outra célula preexistente.

SERES VIVOS PLURICELULARES E UNICELULARES.


Os organismos vivos podem ser classificados de acordo com o seu número de células. Os organismos
formados por apenas uma célula são os seres vivos unicelulares. São também, chamados de
microrganismos, ou micróbios, isto é, são organismos muito pequenos, visíveis apenas com o auxílio de um
microscópio. Como exemplo temos: bactérias, amebas e paramécios.
Aqueles organismos formados por muitas células são chamados de seres vivos pluricelulares ou
multicelulares. Podemos citar como exemplo: cachorros, gatos, humanos, arbustos, cogumelos.

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ESTRUTURA CELULAR DA CÉLULA ANIMAL E DA CÉLULA VEGETAL.
A célula animal é envolvida pela chamada membrana plasmática, que a circunda e delimita,
mantendo seu conteúdo separado do meio externo e controlando as substâncias que entram ao saem. É
formada por lipi ́dios e protei ́nas lembrando um mosaico fluido; tem como funções: possuir permeabilidade
seletiva, ou seja, regula trocas de substâncias através de transportes ativo ou passivo, além de capturar
substâncias por fagocitose ou pinocitose.
No interior da célula existem várias estruturas, entre elas o núcleo. Dentro do núcleo encontra-se o
chamado material genético, que tem em sua constituição uma substância conhecida como DNA. Substâncias
produzidas a partir de informações contidas no material genético são necessárias para o funcionamento da
célula. O núcleo é o componente celular que abriga os genes, por isso é considerado o portador dos fatores
hereditários e o controlador das atividades metabólicas da célula.
A região entre a membrana plasmática e o núcleo é preenchida por um material com consistência de
gelatina, chamado de citoplasma, no qual há diferentes tipos de estruturas, denominadas organelas
citoplasmáticas. As organelas citoplasmáticas desempenham diferentes funções, que permitem à célula
manter-se viva e funcionando adequadamente.

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Uma célula vegetal típica também apresenta uma membrana plasmática, um citoplasma
contendo organelas citoplasmáticas e um núcleo, no qual fica o material genético. No entanto, duas
diferenças entre a célula vegetal e a animal devem ser destacadas: a primeira delas é a presença, no
citoplasma da célula vegetal, de um tipo de organela responsável pela realização da fotossíntese; a segunda
é a existência de um envoltório rígido, ao redor da membrana plasmática da célula vegetal, denominado
parede celular, que dá sustentação à célula vegetal e impede que ela estoure por absorção de água em
excesso.

Para ajudar no entendimento do conteúdo acima, você pode acessar o link abaixo e assistir uma vídeo aula
e/ou vídeo ilustrativo: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/celula.htm

Vamos aprofundar nosso estudo das células. Quanto a sua composição química, função das
organelas e divisão celular.
As células têm na sua composição química basicamente substâncias orgânicas e substâncias
inorgânicas.

SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Proteínas: Presentes em todas as estruturas celulares. São formadas por aminoácidos e sua presença
é indispensável para o metabolismo do organismo. As proteínas formam as enzimas.
Vitaminas: Podem ser hidrossolúveis ( solúveis em água) ou lipossolúveis ( solúveis em lipi ́dios). São
necessárias em pequenas quantidades pelo organismo, sua falta pode causar doenças. As vitaminas são
adquiridas por meio de uma alimentação variada.
Carboidratos ou Glicídios = Açucares: São fundamentais, pois dão energia às células e ao organismo.
São de três tipos: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Alguns têm função estrutural, como
celulose e quitina; e de reserva, como o amido e glicogênio.
Lipídios: Insolúveis em água atuam como reserva de energia, isolante térmico, etc. São classificados
em glicerídeos, ceras, esteroides, fosfolipídios e carotenoides. Compõem estruturas celulares.
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SUBSTÂNCIAS INORGÂNICAS
Sais minerais: Formados por íons. Algumas de suas funções são: formar o esqueleto, participar da
coagulação sanguínea e transmissão de impulsos nervosos. Sua falta pode afetar o metabolismo e levar a
morte.
Água: substância encontrada em maior quantidade nos seres vivos. Pode dissolver diversas
substâncias, por isso é classificada como solvente universal. No corpo humano representa cerca de 70% do
peso corporal. Participa de inúmeras reações químicas em nosso organismo. É fundamental para a vida.

ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS OU CELULARES:


As organelas citoplasmáticas se localizam no citoplasma e cada uma desempenha uma função
diferente, segue alguns exemplos e sua respectiva função:
Reti ́culo endoplasmático: são vesi ́culas e túbulos que percorrem todo o citoplasma, tem as funções
de transporte e armazenamento de substâncias. Existem dois tipos de reti ́culo endoplasmático: liso (que é
responsável pela si ́ntese de lipi ́dios e esteróides) e o rugoso (responsável pela si ́ntese de protei ́nas, junto
com os ribossomos).
Complexo de golgi: é um conjunto de sacos achatados com função de armazenamento de protei ́nas.
Lisossomos: são vesi ́culas digestivas cuja função é digestão intracelular, manutenção celular
(autofagia) e morte celular (autólise).
Mitocô ndrias: possuem autoduplicação pelo fato de serem constitui ́das de duas membranas e DNA,
é responsável pela respiração celular com produção de energia (ATP).
Centríolos: estruturas tubulares que auxiliam na divisão celular, são responsáveis pela formação de
ci ́lios e flagelos.
Todas as organelas citadas acima ocorrem em todos os seres vivos. Os centri ́olos não ocorrem em
vegetais superiores. Em vegetais encontram-se os cloroplastos que são responsáveis pela fotossi ́ntese.

DIVISÃO CELULAR
A divisão celular ocorre para formação de células germinativas, os gametas (chamamos de meiose)
ou para o crescimento, multiplicação celular (chamamos de mitose).
Mitose: é o processo de divisão celular pelo qual uma célula diploide (2n) dá origem a duas outras
células diploides, idênticas a célula-mãe, ou seja, uma célula com certo número de cromossomos (no caso
humano, seriam 46) originaria outras duas células idê nticas a essa e eventualmente, iguais entre si, ocorre
em todo o tipo de célula, exceto nas germinativas (= reprodutoras).
Meiose: é o processo de divisão celular pelo qual células diplóides (2n), ou seja, com dois pares de
cromossomos, dando origem a quatro células haplóides (n), com apenas um par de cromossomos. A meiose
ocorre somente nas células germinativas (= reprodutoras), originando os gametas femininos ou masculinos.

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DO CORPO HUMANO


Estudamos a estrutura da célula e suas funções, agora vamos entender a diversidade de células que
existem no nosso corpo e como se organizam para formar nossos tecidos, nossos órgãos, nossos sistemas de
órgãos, nosso organismo. Então, o nosso organismo é formado pela união de células, de acordo com as

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características de cada agrupamento de célula será formado um tipo de tecido específico. E a união desse
tecido específico formará um órgão.

DIVERSIDADE CELULAR
Nem todas as células de um organismo têm o mesmo formato e a mesma função. O formato da
célula está associado à função que ela desempenha no organismo. Por exemplo, as células dos músculos são
alongadas e podem se contrair com facilidade. Já as células do sangue são arredondadas, o que facilita o
movimento dentro das veias e artérias.

TECIDOS
Tecido é um conjunto formado por células semelhantes. Cada tipo de tecido é capaz de executar
uma função específica. Há quatro tipos básicos de tecidos em nosso corpo:
Tecido epitelial – é responsável pelo revestimento de superfícies internas e externas. Nele, as células
são perfeitamente ajustadas e unidas umas às outras, como azulejos de um piso.
Tecido conjuntivo – esse tecido preenche o espaço entre tecidos e os mantém unidos. As células,
nesse tipo de tecido, estão razoavelmente espalhadas.
Tecido muscular – é formado por células capazes de se contrair. Esse tipo de tecido está em toda
parte do corpo que possui a capacidade de movimento.
Tecido nervoso – é formado por neurônios. Os tecidos nervosos levam e trazem informações,
permitindo a comunicação entre o cérebro e todas as regiões do corpo.
O organismo possui uma grande diversidade de células, que dão origem a diferentes tecidos. A
organização dos tecidos formam os órgãos, que funcionando em conjunto formam os sistemas. Toda essa
rede complexa de sistemas formam o organismo como um todo. Como representado na figura abaixo:

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ÓRGÃO
O cérebro, o estômago, o intestino, o coração e os pulmões são exemplos de órgãos. Um órgão é o
conjunto formado por dois ou mais tecidos diferentes que atuam em conjunto para a realização de
determinada função no organismo.

SISTEMAS
Há grupos de órgãos que também realizam conjuntamente funções específicas no nosso corpo. Cada
um desses grupos de órgãos denomina-se sistema. Células, tecidos, órgãos e sistemas são estruturas vivas, e
nenhuma delas tem existência isolada. O desempenho integrado de todos os sistemas garante o bom
funcionamento do organismo humano e a manutenção da saúde. Exemplos de sistema são: o sistema
digestório, o sistema respiratório, o sistema nervoso.

A INTEGRAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS


O corpo recebe vários estímulos do ambiente. Muitos são percebidos pelos nossos sentidos, como o
olfato, que permite captar os odores; o paladar, que torna possível sentir o gosto; a audição, que possibilita
ouvir; o tato, que propicia as sensações do toque; e a visão, que distingue a imagem e a cor.

O corpo também recebe estímulos relacionados à temperatura do ambiente que o rodeia (sensação
de frio e calor) e, quando se machuca, recebe estímulos de dor. Todos esses estímulos sensoriais são
percebidos pelo sistema nervoso, que os interpreta e responde a eles, regulando outros sistemas do corpo.
Veja o mapa conceitual abaixo:

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Para ajudar no entendimento do conteúdo acima, você pode acessar os links abaixo e assistir uma
vídeo-aula e/ou vídeo ilustrativo:

https://www.centrodemidias.am.gov.br/aulas/revisao-e-avaliacao-da-unidade-i-82

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https://www.centrodemidias.am.gov.br/aulas/revisao-e-avaliacao-da-unidade-i-82

https://www.centrodemidias.am.gov.br/aulas/revestimento-do-corpo-a-pele

SISTEMAS DO CORPO HUMANO


SISTEMA DIGESTÓRIO
Após uma refeição, os nutrientes presentes nos alimentos devem chegar às células. No entanto, a
maioria deles não as atinge diretamente. Precisam ser transformados para, então, nutrir nosso corpo, isso
porque as células só conseguem absorver nutrientes simples. O alimento deve passar por modificações
fi ́sicas e qui ́micas ao longo desse processo digestório. Esse processo de “quebra” das moléculas complexas
recebe o nome de digestão. A digestão acontece no sistema digestório, que é formado pelo tubo digestório
e pelas glândulas anexas.
Os órgãos do sistema digestório propiciam a ingestão e nutrição do que ingerimos, permitindo com
que seja feita a absorção dos nutrientes, além da eliminação de parti ́culas não utilizadas pelo nosso
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organismo, como a celulose. O processo de digestão ocorre ao longo do tubo digestório. O TUBO
DIGESTÓRIO é composto dos seguintes órgãos: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e
intestino grosso. Suas funções são:

1-Boca: A boca é a parte do tubo digestório que se comunica com o exterior. Nela se encontram a
língua e os dentes, estruturas anexas relacionadas à mastigação dos alimentos.
O alimento antes de atravessar a faringe, é mastigado na boca, tal ato permite sua diminuição,
umidificação e em contato com enzimas digestivas presentes na saliva (amilase e ptialina) serão
responsáveis pela transformação de glicogê nio e amido em maltose. Nessa fase da digestão, a li ́ngua tem
importante papel: além de auxiliar na diminuição e diluição do alimento, permite a captura de sabores,
estimulando a produção de saliva e neutralizando a acidez.

2-Faringe e Esôfago: A faringe é um canal comum às vias digestórias e respiratórias, ligando a boca ao
esôfago. A faringe participa do processo de deglutição. O esôfago é um tubo musculoso que mede cerca de
25 cm e está localizado entre a faringe e o estômago.
As contrações musculares do esôfago empurram o alimento em direção ao estômago. Após a
mastigação o bolo alimentar passa pela faringe sendo direcionado para o esô fago. Lá os movimentos
peristálticos permitem que o bolo seja direcionado ao estô mago. Tal processo mecânico permite, além
dessa função, misturá-los ao suco digestivo.

3-Estômago: O estômago tem o formato de uma bolsa.


No estô mago o suco gástrico (rico em ácido clori ́drico, pepsina, li ́pase e renina) fragmenta e
decompõ e protei ́nas do bolo alimentar, atua sobre alguns lipi ́dios, favorece a absorção de cálcio e ferro e
elimina as bactérias. Este órgão, delimitado pelo esfi ́ncter da cárdia ( entre ele o esô fago) e pelo esfi ́ncter
pilórico (entre eles o intestino) permite que o bolo fique retido ali, sem que ocorram refluxos. Durante
aproximadamente trê s horas a água e sais minerais são absorvidos nessa cavidade e o restante agora
denominado “quimo” segue para o intestino delgado.

4-Intestino Delgado: No intestino delgado ocorre a maior parte da digestão do que foi ingerido. Esse
órgão é compreendido pelo duodeno, jejuno e i ́leo, e o processo se inicia nessa primeira porção, que com o
auxi ́lio do suco intestinal as protei ́nas se transformam em aminoácidos e a maltose e alguns outros açúcares
são digeridos, graças a algumas enzimas. No duodeno há também o suco pancreático que possui, além de
bicarbonato de sódio, várias outras enzimas que permitem que a acidez seja neutralizada, que protei ́nas
sejam transformadas, que lipi ́deos resultem em ácidos graxos e glicerol, que carboidratos sejam reduzidos a
maltose e que ácidos nucléicos (DNA e RNA) sejam digeridos. A bile, produzida no fi ́gado, é capaz de quebrar
as gorduras através de outras enzimas. A digestão se encerra na segunda e terceira porção do intestino
delgado, pela ação do suco intestinal, inúmeras enzimas permitem que moléculas se reduzam a nutrientes e
estes sejam absorvidos e lançados no sangue com o auxi ́lio das vilosidades presentes no intestino. O
alimento passa a ter aspecto aquoso e esbranquiçado agora chamado de “quilo”.

5-Intestino Grosso: O quilo se encaminha para o intestino grosso (que é dividido em apê ndice, cólon
e reto) absorve água e sais minerais e direciona a parte que não foi digerida do quilo para o reto, afim de
que seja eliminada pelas fezes. Bactérias da flora intestinal permitem a produção de vitaminas K e B12.

SISTEMA RESPIRATÓRIO
Através do sistema respiratório o organismo humano realiza as trocas gasosas, eliminando o gás
carbô nico e absorvendo o oxigê nio. Esse processo envolve diversas estruturas, sendo: o nariz (as narinas), a
faringe, a laringe, a traquéia, os brô nquios, os bronquiolos e os alvéolos pulmonares. Cada uma dessas
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estruturas possui especializações relacionadas à função que desempenham, por exemplo: no interior das
narinas é secretado um muco polissacari ́deo que associado a presença de pelos, auxiliam na defesa do
organismo, impedindo a entrada de impurezas, filtrando o ar, retendo parti ́culas indesejáveis e
microorganismos patogê nicos. Após inspirado, o ar entrando pelas narinas (cavidade nasal) passa para a
faringe, uma região que comunica o sistema digestório ao respiratório através da válvula denominada
epiglote.
A cavidade nasal possui células epiteliais que a revestem e protegem, tais células produzem um
muco que umedece as vias respiratórias e retém parti ́culas sólidas e bactérias presentes no ar que
inspiramos como se fosse um filtro, portanto, é nas cavidades nasais que o ar que inspiramos é filtrado,
umedecido e aquecido.
No processo respiratório, a epiglote permite a passagem de ar de forma a não fechar a abertura de
acesso à laringe em relação à glote, em seguida, o ar inspirado atinge a região da laringe (estrutura formada
por cartilagem), local onde se encontram as cordas vocais que proporcionam a voz a partir da emissão de
uma corrente de ar que vibra as pregas vocais produzindo o som. Imediatamente o ar percorre a traquéia
(bifurca) em dois ramos chamados broncos, um em direção ao pulmão direito (que contém trê s lóbulos) e o
outro para o pulmão esquerdo (com dois lóbulos). Dos brô nquios partem numerosos canali ́culos (os
bronqui ́olos) e em suas terminações encontram-se os alvéolos. Nos alvéolos ocorre à hematose, processo
em que os gases se difundem de acordo com o gradiente de concentração (do meio de maior concentração
para o de menor concentração), ou seja: o maior teor de gás carbô nico presente no sangue venoso se
difunde dos capilares pulmonares para o interior dos alvéolos e o maior teor de oxigê nio no interior dos
alvéolos se difunde para os capilares pulmonares onde o oxigê nio é assimilado. O gás carbô nico é eliminado
por meio da expiração, efetuando o processo inverso ao da inspiração, ou seja, dos alvéolos aos
bronqui ́olos, depois aos brô nquios, logo a traquéia, a laringe, a faringe, a cavidade nasal, narinas e
finalmente ao meio externo. Todo esse processo ocorre em consequê ncia ao movimento perió dico da
musculatura do diafragma e também de músculos interligados as costelas (músculos intercostais),
harmonizam uma alteração do volume torácico: na situação de contração do diafragma(deslocando se para
baixo) e o relaxamento dos músculos intercostais (expansão das costelas) a cavidade torácica tem seu
volume aumentado, proporcionando uma baixa pressão no interior do pulmão, o que resulta na entrada de
ar rico em oxigê nio. Na situação de relaxamento do diafragma (deslocamento para cima) e contração dos
músculos intercostais (retração das costelas), a cavidade torácica tem seu volume diminui ́do,
proporcionando uma alta pressão no interior do pulmão, resultando na sai ́da de ar rico em gás carbô nico.

SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório é responsável pelo transporte de substâncias, tais como: gases, nutrientes,
hormô nios e excretas nitrogenadas. Nos seres humanos o coração encontra-se alojado no interior da
cavidade torácica, atrás do osso esterno, entre os pulmõ es e superior ao diafragma. Associado ao coração, e
também integrando esse sistema, existe uma difusa rede de vasos sangui ́neos que transportam o sangue
(sistema vascular sanguíneo) e a linfa (sistema vascular linfático), sendo formado pelas artérias, as veias, as
arteri ́olas e os capilares. Por isso, é considerado um sistema fechado no qual o fluido circula dentro de
vasos.
As artérias conduzem o sangue do coração em direção aos demais órgãos e tecidos do corpo,
enquanto que as veias efetuam o transporte inverso, reduzindo o sangue captado dos órgãos e tecidos até o
coração. As arteri ́olas (pequenos vasos que se ramificam das artérias irradiam-se pelo organismo enquanto
que os capilares (ductos de pequeno calibre) são ramificações tanto das arteri ́olas quanto das veias com
diâmetro delgado.

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A circulação sangui ́nea nos seres humanos apresenta hemácias anucleadas e a disposição e a
conformação das cavidades que formam o coração é dupla, ou seja, quando o sangue passa duas vezes pelo
coração (dois ciclos, sendo um arterial e o outro venoso) e completa quando o sangue arterial não se
mistura com o venoso.
O átrio direito recebe as veias cavas (superior e inferior) por onde o sangue venoso chega ao
coração, passando pela válvula cúspide (contração e si ́stole atrial) em direção ao ventri ́culo direito, o qual
encaminha o sangue pobre em oxigê nio para o pulmão (si ́stole ventricular) através das artérias pulmonares.
No pulmão o sangue é oxigenado (hematose), retornando ao coração por meio das veias pulmonares as
quais se comunicam com o átrio esquerdo, passando o sangue pela válvula bicúspide ou mitral (si ́stole
atrial), chagando ao ventri ́culo esquerdo e deste sendo distribui ́do (si ́stole ventricular) para os tecidos e
órgãos através da artéria aorta.

SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso humano além de ser o centro de nossas emoções, controla as funções orgânicas
do corpo e a interação deste como o ambiente, recebendo esti ́mulos, interpretando-os elaborando suas
respostas. É composto pelo sistema nervoso central, constitui ́do de encéfalo e medula espinal sendo
responsável por processar informações e pelo sistema nervoso periférico, constitui ́do de nervos, gâ nglios e
terminações nervosas e se encarrega pela condução dessas informações pelo corpo.
O sistema nervoso é constitui ́do por células especializadas (neurô nios) que são responsáveis pelo
recebimento e transporte de informações, pelo meio de alterações elétricas que ocorrem na região da
membrana (os impulsos elétricos), esses ocorrem, geralmente, da extremidade de um neurô nio para de
outro, sendo que o local de junção entre eles é chamado de sinapse nervosa. Na grande parte das sinapses o
citoplasma apresenta medidores qui ́micos (neurotransmissores). Esses permitem a ocorrê ncia dos impulsos
ao se ligarem a protei ́nas da membrana da célula seguinte, como a adrenalina. O sistema nervoso possui
intima relação com o sistema endócrino, podendo fornecer a ele, por exemplo, informações relativas ao
ambiente, como regulação da temperatura e mudanças na pressão arterial. Nessa situação, o sistema
endócrino, responsável pela produção e secreção de hormô nios na corrente sangui ́nea atua estimulando ou
mesmo inibindo a ação de determinados órgãos por meio desses mensageiros qui ́micos. Glândulas
exócrinas, como as responsáveis pelo suor ou pela digestão, também exercem importante papel no
funcionamento do sistema nervoso, inclusive no que diz respeito as trocas gasosas nos organismos.

SISTEMA REPRODUTOR
O sistema reprodutor humano também chamado de sistema genital é formado pelas seguintes
estruturas:

No sistema genital masculino temos:

- Pê nis: órgão reprodutor e excretor do organismo masculino, contendo no seu interior um ducto (a
uretra) responsável pela eliminação da urina (excreta nitrogenada ou uréia) e também condução do sê men
que contem os espermatozóides. Esse ó rgão é formado por tecido cavernoso e esponjoso, que se intumesce
em razão da grande vascularização, de acordo com a libido do indivíduo em ocasião da reprodução,
proporcionando a ereção deste órgão.
- Bolsa escrotal: cavidade que aloja e protege os testi ́culos, sendo responsável pela manutenção da
temperatura, adequada a fisiologia.

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- Testi ́culos: são glândulas que, além de produzirem os gametas masculinos (espermatogê nese) no
interior dos túbulos semini ́feros a partir de células germinativas primordiais, também possuem células
intersticiais, que sintetizam a testosterona (hormô nio sexual masculino).
- Epidi ́dimo: ducto formado por um canal emaranhado que coleta, armazena e conduz os
espermatozóides. Neste local os gametas atingem a maturidade e mobilidade, tornando-se apto a
fecundação.
- Canal deferente: canal que transporta os espermatozóides do epidi ́dimo até um complexo de
glândulas anexas.
- Glândulas anexas: conjunto formado pela próstata, vesi ́cula seminal e glândulas bulbouretrais,
produzindo a secreção que compõ em o sê men, fluido que nutre e proporciona meio de sobrevivê ncia aos
espermatozóides, como por exemplo, neutralizando o pH ácido da uretra.

No sistema genital feminino temos:

- Vulva: conjunto de estruturas que formam o aparelho reprodutor feminino externo (lábios vaginais,
orifício da uretra, abertura da vagina e clitóris).
- Lábios vaginais (grandes e pequenos lábios): são dobras da pele formadas por tecido adiposo,
sendo responsáveis pela proteção do aparelho reprodutor feminino.
- Clitóris: órgão sensi ́vel e prazeroso do organismo humano feminino.
- Vagina: canal que recebe o pê nis durante o ato sexual, servindo também como conduto para
eliminação do fluxo menstrual e concepção no momento do parto normal.
- Ú tero: órgão que recepciona o zigoto (embrião), proporcionando o seu desenvolvimento durante o
peri ́odo gestacional. Além de proteger o embrião contra choques mecânicos, também impede a
transposição de impurezas e contaminação contra microrganismos patogê nicos, bem como auxilia a
manutenção da nutrição (formação da placenta e cordão umbilical).
- Tubas uterinas: são ovidutos que possuem numerosos ci ́lios em sua superfi ́cie interna,
desempenhando a função de transportar o óvulo (ovócito secundário) do ovário até o útero. Normalmente
é nas tropas que ocorre a fecundação, ou seja, o encontro de espermatozoide com o óvulo.
- Ovários: são glândulas responsáveis pela ovulação periódica dos óvulos, de acordo com o ciclo
menstrual feminino iniciado na puberdade, produzindo também, os hormô nios sexuais: estrógeno e
progesterona.

PELE
Sabendo que um órgão é um conjunto de tecidos, podemos considerar a pele como o maior órgão
do corpo humano, representando cerca de 15% do peso de um ser humano adulto. A pele tem como função
o revestimento (para separar o organismo do ambiente), proteção (protege o organismo da entrada de
microorganismos patogênicos, protege de raios ultravioletas, protege contra a perda de água) e perceber
estímulos do ambiente (a pele possui receptores diferentes, por meio deles podemos perceber:
temperatura, toques e superfícies).
Composta por duas camadas (a derme e a epiderme) e pelos anexos (pelos, unhas e glândulas). A
epiderme é formada por tecido epitelial, em que as células são justapostas, não tem vasos sanguíneos, a
primeira camada é de células mortas. Melanócitos são células que produzem melanina, substância que
protege a pele contra raios ultravioletas do sol e dá cor à pele. A derme é formada por tecido conjuntivo,
com vasos sanguíneos, glândulas e nervos sensoriais. Pelos são formados pela deposição de células mortas e
queratinizadas. Bloqueiam parte dos raios solares e ajudam na percepção de estímulos externos. Unhas
protegem as extremidades dos dedos e contribuem para manipulação de objetos. Temos três tipos de
glândulas:

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• glândulas sudoríparas produzem o suor, que ajudam a regular a temperatura corporal. Controlada
pelo hipotálamo. suor=sais+ureia+água+outras substâncias

• glândulas sebáceas produzem sebo, que ajudam a proteger a pele das bactérias e fungos.

• glândulas ceruminosas produzem cera, que protege o ouvido da entrada de microorganismos.

A pele pode apresentar patologias causados por microorganismos e parasitas. Por exemplo: Micose
(fungo), bicho-geográfico (parasita), herpes simples (vírus), verrugas (vírus), pediculose (causada por
piolhos), sarna (ácaro, que é um aracnídeo).

SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos ligamentos e tendões. O
esqueleto sustenta e dá forma ao corpo, além de proteger os órgãos internos e atua em conjunto com os
sistemas muscular e articular para permitir o movimento. Outras funções são a produção de células
sanguíneas na medula óssea e armazenamento de sais minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva,
muito resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma fratura.
O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e formas, podem ser
longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares. Pode ser dividido em esqueleto axial e
apendicular.

Partes do Esqueleto:

O esqueleto humano é dividido em duas partes: esqueleto axial e o esqueleto apendicular.

1- Esqueleto Axial

Formado pelo crânio (caixa craniana), a caixa torácica (tórax) e a coluna vertebral, o esqueleto axial é a parte
central do corpo humano.

2- Esqueleto Apendicular

Formado pelos membros superiores e inferiores (braços, mãos, pernas e pés), ombro, cintura, pelve, juntas,
articulações e ligamentos, o esqueleto apendicular é aquele que se junta ao esqueleto axial.

Estrutura dos Ossos:

A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso, ósseo, adiposo, cartilaginoso e
sanguíneo) e de tecido nervoso.

Ossos
Os ossos são estruturas formadas por tecido ósseo e cálcio que auxiliam na locomoção, na sustentação, na
proteção e na reserva de minerais do corpo. Não obstante, o corpo humano é formado por 206 ossos e, de
acordo com sua forma, são classificados em: ossos curtos, longos, irregulares, planos, sesamoides e os
supranumerários.

Os ossos longos são formados de camadas, a saber:

• Periósteo: a mais externa, é uma membrana fina e fibrosa (tecido conjuntivo denso) que envolve o
osso, exceto nas regiões de articulação (epífises). É no periósteo que se inserem os músculos e tendões.
13
• Osso compacto: O tecido ósseo compacto é composto de cálcio, fósforo e fibras de colágeno que lhe
dão resistência. É a parte mais rígida do osso, formada por pequenos canais que circulam nervos e vasos,
entre estes canais estão espaços onde se encontram os osteócitos.

• Osso esponjoso: o tecido ósseo esponjoso é uma camada menos densa. Em alguns ossos apenas essa
estrutura está presente e pode conter medula óssea.

• Canal medular: é a cavidade onde se encontra a medula óssea, geralmente presente nos ossos
longos.

INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST)


As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros
microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem
o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST
pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira
menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou
pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.
Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais
conhecidos são: herpes genital; Cancro mole (cancroide); Doença Inflamatória Pélvica (DIP); Donovanose;
Gonorreia e infecção por Clamídia; Linfogranuloma venéreo (LGV); Sífilis, Infecção pelo HTLV; Tricomoníase;
Herpes Genital; Infecção pelo HIV; Infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV); Hepatites Virais B e C.
As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais (no ânus,
vagina e pênis), entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e
aumento de ínguas. As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas pode surgir também em outras
partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua). São três as principais manifestações clínicas das IST:
corrimentos, feridas e verrugas anogenitais (no ânus, vagina e pênis).
O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma
IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de
saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria
sexual. OBS: O corrimento vaginal é um sintoma muito comum e existem várias causas de corrimento que
não são consideradas IST, como a vaginose bacteriana e a candidíase vaginal. Algumas IST podem não
apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações,
como infertilidade, câncer ou até morte. Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se
houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha
masculina ou feminina.
O melhor caminho é prevenção: A prevenção combinada abrange o uso da camisinha
masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e
hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da
transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHIV, redução de
danos, entre outros. Todos os procedimentos são disponibilizados gratuitamente pelo SUS. O uso da
camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais
eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a
gravidez. A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.
O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de
transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de
saúde do SUS.
Para ajudar na compreensão do tema assista ao vídeo no link a seguir:

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https://www.tuasaude.com/video/infeccoes-sexualmente-transmissiveis-com-drauzio-varella/

GENÉTICA
É o estudo do mecanismo de transmissão das possi ́veis caracteri ́sticas de uma geração a outra, em
cada uma das espécies.

Termos utilizados em genética:

1- Gene: sequência de bases nitrogenadas do DNA que codificam uma protei ́na e esta, é representada por
letras.

2- Cromossomo: estrutura espiralada e condensada de cromatina, constitui ́da de DNA, e só é visualizada
durante a divisão celular.

3- Cromossomos homólogos: cromossomo paterno e materno pareados de acordo com as sequê ncias
gê nicas.

4- Lócus: local onde situam-se os genes.

5- Genes alelos: são genes situados no mesmo ló cus de cromossomos homólogos e são responsáveis pela
caracteri ́stica de manifestarem-se nos indivi ́duos. Ex:VV,Vv,vv.

6- Gene dominante: é o gene que domina o seu alelo recessivo, ou seja, impede que o alelo recessivo se
manifeste. É representado por letras maiúsculas, por exemplo: V.

7- Gene recessivo: é o gene que é impedido de se manifestar pelo seu alelo dominante. É representado pela
letra minúscula, por exemplo: v.

8- Homozigoto: é constitui ́do por genes alelos iguais. Ex: VV, vv.

9- Heterozigoto: é constitui ́do por genes alelos diferentes. Ex: Vv.

10- Genótipo: é a constituição genética do indivi ́duo. Ex: VV, Vv, vv.

11- Fenótipo: é a manifestação do genótipo mais a influê ncia do ambiente. Ex: semente lisa ou rugosa,
cabelo crespo ou liso. É a expressão do genótipo, aquilo que se vê.

12- Monohibridismo: cruzamento que envolve apenas um (1) carácter. Ex: cabelo crespo ou liso, semente de
cor amarela ou verde.

13- Dihibridismo: cruzamento que envolve dois caracteres. Ex: cabelo crespo ou liso E pigmentação normal
da pele ou albinismo, ao mesmo tempo.

Primeira lei de Mendel (Monohibridismo):


Gregor Mendel (1822-1884) estabeleceu as leis básicas sobre a hereditariedade estudando ervilhas,
ele escolheu esta espécie por ser de fácil cultivo, por apresentar caracteri ́sticas bem marcantes e
contrastantes, produzir grande número de descendentes e, além disso, produzir linhagens puras. Mendel
cruzou plantas de linhagens puras, amarelas com linhagens puras de cor verde. A primeira geração foi
chamada de geração parental ou geração P; a seguinte geração foi chamada de geração hi ́brida ou geração
15
F1 e apresentava todas as ervilhas amarelas, que ele chamou de hibridas; logo após este cruzamento,
Mendel realizou autofecundação dos hi ́bridos obtendo sementes amarelas e verdes novamente, numa
proporção de 3 amarelas para 1 verde, ou 75% amarelas e 25% verdes, então foi formulada a primeira lei de
Mendel que diz: quando dois indivi ́duos heterozigóticos (hi ́bridos) se cruzam, o resultado da F1 será
possivelmente de 75% como o carácter (caracteri ́stica) dominante e 25% como a recessiva, ou para cada 3
caracteres dominantes, um será recessivo.

Segunda lei de Mendel (Dihibridismo):


Após realizar vários testes de monohibridismo, Mendel resolveu experimentar com dois tipos de
caracteres. Ele cruzou as sementes de ervilhas amarelas e lisas (dominantes ) com sementes verdes e
rugosas (recessivas). A geração F1 era composta somente por sementes amarelas e lisas (como já era
esperado, uma vez que, as sementes eram puras e com caracteri ́sticas dominantes). Na geração F2 foi
observada a presença dos quatro tipos de caracteri ́sticas, ou seja: 9/16 sementes amarelas e lisas; 3/16
amarelas e rugosas; 3/16 verdes e lisas; 1/16 sementes verdes e rugosas. Então, Mendel concluiu que a
herança cor da ervilha, é independente da herança superfi ́cie da semente da ervilha. Mendel então chamou,
as sementes amarelas e lisas de dominantes e seu genótipo de (VVRR) e as sementes puras verdes e rugosas
de recessivas, e seu genótipo de (vvrr). Assim; F1: VVRR x vvrr, resulta em 100% VvRr, e se cruzarmos VvRr x
VvRr, obteremos fenótipos: 9/16 sementes de ervilhas amarelas e lisas; 3/16 sementes de ervilhas amarelas
e rugosas; 3/16 sementes de ervilhas verdes e lisas; 1/16 sementes de ervilhas verdes e rugosas.

HEREDITARIEDADE NO SISTEMA ABO E RH


Grupos sangui ́neos do sistema ABO:

O quadro abaixo demostra que tanto o tipo sangui ́neo A, quanto o B, podem ser homozigóticos ou
heterozigóticos, enquanto que o tipo AB, é somente heterozigótico e o tipo O é apenas homozigótico.

Fenótipos Genótipos

A IAIA ou IAIo
B IBIB ou IBIo
AB IAIB
O IOIO

Fator Rh:

O quadro abaixo demonstra que o fator Rh + tanto pode ser homozigótico, quanto heterozigótico,
enquanto que o fator Rh - apenas pode ser homozigótico.

Fenótipos Genótipos
Rh + RR, Rr
Rh - rr

16
Herança do X e Y

Na espécie humana o número cromossô mico é de 46 na quase totalidade das células, são eles que
contém todas as informações genéticas, que são distribui ́das em 23 pares, dois desses cromossomos, são os
denominados sexuais, ou seja, o X e o Y. Esses cromossomos determinam o sexo, em todos os seres vivos
com reprodução sexuada, sendo que XX corresponde ao sexo feminino e XY corresponde ao sexo masculino,
sendo esse último, o responsável pela determinação do sexo dos filhos ou filhotes, pois possuem ambos
tipos, ou seja, tanto o X, quanto o Y, ao contrário das fê meas que possuem apenas o X.

O QUE É BIODIVERSIDADE?
Biodiversidade é a palavra usada para expressar a variedade de espécies de seres vivos que existem
em nosso planeta (ou em uma região particular), a variedade de aspectos que existem dentro de uma
mesma espécie e também a complexidade das interações entre as diversas espécies de uma região.
Essa variedade de seres vivos que compõe a biodiversidade é tão grande que costumamos classificá-
los para poder compreender melhor suas características e interações na natureza. Portanto, uma parte
muito importante no estudo dos seres vivos é conseguir perceber as semelhanças e as diferenças entre eles
para, então, classificá-los. Um critério deve ser adotado para que possamos agrupar aqueles seres que são
semelhantes.

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS


Existem várias maneiras de classificar os seres vivos e no estudo dos seres vivos usamos elas como
forma de compreensão da natureza. Podemos classificar usando o critério que considera a maneira como o
ser vivo obtém o alimento. Então, teremos os seres autotróficos (plantas) e os seres heterotróficos (animais,
fungos). Podemos, também, utilizar a taxonomia, veja no esquema abaixo:

Outra forma de representar a mesma classificação:

17
CONCEITO DE ESPÉCIE
Espécie é um grupo de seres vivos que podem cruzar (acasalar) em condições naturais e originar
descendentes férteis. Uma espécie se diferencia de outra pelas características comuns compartilhadas por
seus indivíduos.
Esse grupo de seres vivos que possuem as mesmas características gerais e que classificamos como
espécie recebem um nome específico. O cientista Lineu (Carolus Linnaeus) propôs que cada espécie fosse
chamada por um nome constituído por duas palavras, ambas derivadas do latim ou grego. Deve-se escrever
a primeira palavra do nome de uma espécie com a inicial maiúscula e todas as outras minúsculas. A segunda
palavra deve ser escrita com letras minúsculas. O nome todo deve estar destacado do restante do texto,
sendo normalmente escrito em itálico ou sublinhado. O nome científico do gato doméstico, por exemplo,
pode ser escrito como Felis catus ou Felis catus.

Classificação dos seres vivos em três domínios

Os seres vivos são divididos em três domínios, cada domínio tem suas características em comum, o
que determina que um ser vivo se encontre naquele domínio. Então, veremos que características são essas
que definem cada domínio. Leia a tabela abaixo:

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Para ajudar no entendimento do conteúdo acima, você pode acessar os links abaixo e assistir uma
vídeo-aula e/ou vídeo ilustrativo: https://www.youtube.com/watch?v=YW0MsE11NqM
https://www.youtube.com/watch?v=TsclSi3nNsI

OS REINOS
REINO MONERA
As Bactérias e Cianobactérias (Cianofi ́cias ou Algas azuis) são os seres vivos que compõe o reino
monera. São indivi ́duos microscópicos, unicelulares, de água doce, ou de ambientes úmidos. E ainda, são
procariontes, ou seja, não possuem a membrana que envolve o núcleo da célula. Também, podem ser
autotróficas (produzem seu alimento através da fotossi ́ntese), como as cianobactérias; ou heterotróficas
(não possuem a capacidade de produzir seu alimento) como algumas bactérias.

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As bactérias podem ser também, saprófagas (decompõ em matéria orgânica morta) ou ainda, podem
causar doenças, tais como: tétano, botulismo, terçol, salmonelose, febre tifoide, gastroenterite bacteriana,
disenteria, pneumonia bacteriana, coqueluche, tuberculose, có lera, meningite bacteriana, hanseni ́ase,
antraz, leptospirose, peste bubô nica, brucelose, difteria, escarlatina, tracoma, tifo, cistite, gonorreia
(infecção sexualmente transmissível – IST), si ́filis (IST), clamídia (IST), cancro mole (IST). Essas doenças
ocorrem quando a pessoa não tem boas condições de higiene, por falta de saneamento básico, por
contaminação d’água ou de alimentos, por contato sexual, por secreções do nariz e boca, entre outros. Os
sintomas dessas doenças são variados e dependem da bactéria causadora da doença.
Grande parte das doenças bacterianas é tratada com uso de antibióticos, substâncias que atuam
matando ou impedindo que as bactérias multipliquem-se. Apesar de o surgimento dos antibióticos ter
mudado o rumo da medicina e salvado muitas vidas, se não usados corretamente, esses medicamentos
podem ser responsáveis pela seleção de bactérias resistentes. O maior problema está no fato de que muitas
pessoas interrompem o tratamento quando se sentem melhores, não utilizando o antibiótico por tempo
suficiente. Inicialmente o antibiótico mata as bactérias mais frágeis e, com o tempo de uso, consegue
eliminar as mais resistentes. Se o antibiótico é interrompido, as bactérias resistentes multiplicam-se e
causam o retorno dos sintomas.
Para ajudar na compreensão do tema assista ao vídeo no link a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=L17fd8ol5eU

REINO PROTISTA
As algas unicelulares e os protozoários são os seres vivos que compõe o reino protista. São indivíduos
microscópicos, unicelulares (maioria), pluricelulares ou vivem em colônias. A reprodução é sexuada ou
assexuada. Grande parte dos protistas vive em ambientes aquáticos, porém alguns representantes podem
viver no solo e até mesmo den-tro de outros organismos, como é o caso de alguns protozoários causadores
de doenças.
Suas principais características são: eucariontes (possuem uma membrana envolta do núcleo da
célula); podem ser autotróficos (produzem o seu próprio alimento através da fotossíntese) ou heterotróficos
(não são capazes de produzir o seu próprio alimento). Vale salientar ainda que alguns protistas são capazes
de combinar as duas formas de nutrição, sendo denominados, nesses casos, organismos mixotróficos. Os
protozoários são divididos de acordo com o seu tipo de locomoção, conforme segue: Protozoários
esporozoários, não apresentam estrutura locomotora. Por exemplo o Plasmodium e To-xoplasma gondii,
causadores, respectivamente, da malária e toxoplasmose; Protozoários com pseudópodes, movem-se por
meio de pseudópodes, que são prolongamentos cito-plasmáticos. Por exemplo as amebas. Protozoários
ciliados, locomovem-se por meio do batimento dos seus cílios. Por exemplo o Paramecium. Protozoários
flagelados, apresen-tam como estrutura locomotora os flagelos. Por exemplo o Trypanosoma cruzi,
causador da doença de Chagas.

E ainda, os protozoários podem causar as doenças: amebíase, balantiose, giardía-se (devido a falta
de saneamento básico e a higiene adequada); tricomoníase (infecção sexualmente transmissível);
leishmaniose=úlcera de Bauru (transmitida pela picada de insetos, assim como a malária, doença de chagas
e toxoplasmose). As doenças transmiti-das por protozoários podem ser evitadas por meio de medidas
simples, como lavagem das mãos antes e após preparar alimentos ou ter contato com animais, usar
preservativos durante as relações sexuais e usar calça e blusa de manga comprida ou repelente em regi-ões
que possuem risco de malária, por exemplo.

Para ajudar na compreensão do tema assista aos vídeos nos links a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=xPLgjnXPZes e https://www.youtube.com/watch?v=UxOenh5A-tE
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REINO DOS FUNGOS
As leveduras do fermento biológico (unicelulares), os cogumelos, os bolores e as orelhas-de-pau
(pluricelulares) são os seres vivos que compõe o reino dos fungos. Se diferenciam das plantas por não
possuirem clorofila e ter parede celular de quitina. São seres unicelulares ou pluricelulares, eucariontes,
heterotróficos, saprófitos (junto com al-gumas bactérias, são importantes na decomposição de restos
orgânicos). Os fungos são muito importantes no equilíbrio dos ecossistemas, pois participam da reciclagem
da ma-téria orgânica, fazendo a decomposição das mesmas. Portanto, eles ocupam o último nível trófico
nas cadeias alimentares, atuando como decompositores. Encontrados em locais úmidos e sombreados. São
utilizados na alimentação, produção de queijos, pães, na indústria para a fabricação de aguardente, vinagres
e vinhos. Alguns fungos causam do-enças nos seres humanos como as micoses, o ̈sapinho ̈ (=monili ́ase),
frieira (=pé-de- atle-ta), tinha (=tinea) e candidi ́ase. Outros fungos podem causar doenças em vegetais, a fer-
rugem dos vegetais. Segue alguns tipos de fungos e suas utilidades:
* Bolor: muito comum em alimentos e plantas. Costuma enfraquecer o hospedeiro. É de tamanho
microscópico e costuma gerar manchas brancas nas frutas e folhas.
* Champignon: muito comum na culinária, pois é comestível.
* Levedura: são microscópicos e unicelulares. Muito usado na fermentação de massas e de bebidas
alcoólicas. Sua reprodução ocorre pelo processo de brotamento.
* Mofo: composto por hifas (massa de filamentos fungais). Cresce em formato de flocos de algodão. Se
desenvolvem em alimentos (pão, frutas, legumes, etc.) e também em fezes de animais.
* Trufa: uma espécie de fungo comestível muito apreciado pelo gosto diferenciado. Usadas na alta culinária,
em função de seu preço elevado, as trufas se desenvolvem na debaixo da terra.
* Penicillium: aparecem em locais úmidos. São usados na produção de queijos e antibióticos.

Para ajudar na compreensão do tema assista aos vídeos nos links a seguir:
https://www.youtube.com/watch?v=SwSWbPALTno&t=1s e https://www.youtube.com/watch?v=v3GHbDaLOWI

REINO DAS PLANTAS (=VEGETAL)


São seres pluricelulares, eucariontes e autotróficos, compreende desde as algas (verdes, vermelhas e
pardas), passando pelas briófitas (musgos), pteridófitas (samambaias) até as gminospermas (pinheiros e
ciprestes), chegando também nas mais evolui ́das, com as sementes protegidas pelos frutos, como as
angiospermas (feijão, mamão, ipê , peroba).

REINO DOS ANIMAIS


São seres pluricelulares, eucariontes e heterotróficos, são divididos basicamente, em dois grandes
grupos, os invertebrados, ai ́ inclui ́dos os pori ́feros (=espongiários), os cnidários (=celenterados), os vermes
(=platelmintos e nematelmintos), esses causadores de doenças no homem, tais como: esquistossomose
(=barriga dágua), hidatidose (=cisto hidático=equinococose), teni ́ase, cisticercose, ascaridi ́ase, amarelão
(=opilação), filariose (=elefanti ́ase), esterobiose (=oxiurose), e ainda dermatites do bicho geográfico, entre
outras. Todas essas doenças são em consequê ncia da falta de saneamento básico, ingestão de água ou
alimentos contaminados, ou ainda picada de insetos, que são vetores de outros tipos de doenças. São
também invertebrados, os aneli ́deos, os moluscos, os artrópodes e equinodermos. O segundo grupo é dos
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vertebrados, encontram-se os ciclóstomos, peixes, anfi ́bios, répteis, aves e mami ́feros. Tanto invertebrados
(com exceção dos pori ́feros) quanto vertebrados, em sua maioria, possuem células agrupadas em tecidos,
que se organizam em órgãos e em sistemas.

VÍRUS
Além desses cinco reinos acima citados, encontramos ainda, os vi ́rus, que não tem organização
celular, sendo constitui ́dos apenas por uma cápsula protéica, que envolve os ácidos nucléicos (DNA ou RNA).
Eles são parasitas obrigató rios, reproduzindo-se apenas no interior de células de seres vivos. Podem causar
inúmeras doenças, tais como: caxumba, febre amarela, hepatites (A,B.C,...), raiva, poliomielite (=paralisia
infantil), rubéola, sarampo, vari ́ola, gripes (=influenza A,B, H1N1,...), AIDS, dengue, chikungunha, zika, entre
outras. Essas doenças são transmitidas por: picadas de insetos, alimentos ou sangues contaminados, via
sexual, mordidas de cães, e até espirros, saliva e fala.

PANDEMIA DA COVID-19
A COVID-19 é uma doença causada pelo vírus chamado coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta um
quadro clínico que varia de infecções assintomáticas a quadros respiratórios graves. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), a maioria dos pacientes com COVID-19 (cerca de 80%) podem ser
assintomáticos e cerca de 20% dos casos podem requerer atendimento hospitalar por apresentarem
dificuldade respiratória e desses casos aproximadamente 5% podem necessitar de suporte para o
tratamento de insuficiência respiratória (suporte ventilatório).
Os sintomas podem variar de um simples resfriado até uma pneumonia severa. Sendo os sintomas
mais comuns: tosse, febre, coriza, dor de garganta, dificuldade para respirar. A transmissão acontece de
uma pessoa doente para outra ou por contato próximo por meio de: toque do aperto de mão; gotículas de
saliva; espirro; tosse; catarro; objetos ou superfícies contaminadas, como celulares, mesas, maçanetas,
brinquedos, teclados de computador etc.
Para evitar o contagio pela coronavírus devemos lavar com frequência as mãos até a altura dos
punhos, com água e sabão, ou então higienize com álcool em gel 70%; ao tossir ou espirrar, cubrir nariz e
boca com lenço ou com o braço, e não com as mãos; manter os ambientes limpos e bem ventilados. As
doenças causadas por vírus, como o corona vírus, podem ser tratadas com cuidados paliativos.

Para ajudar na compreensão do tema assista ao vídeo no link a seguir:


https://www.youtube.com/watch?v=_qnDzKlbEHs

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FÍSICA
GRANDEZAS E MEDIDAS
Grandezas físicas: é tudo aquilo que pode ser medido.

Medir - é quando podemos fazer uma comparação com relação a alguma coisa que previamente
conceituamos.
Exemplo: tempo, massa, distância, velocidade, temperatura...
Fazemos então uma diferenciação entre tipos de grandezas. Grandeza Vetorial e Escalar.
Grandeza Escalar: são as grandezas que são perfeitamente definidas com seu módulo (valor
numérico) e a unidade de medida. Ex.: tempo, massa, posição.
Grandezas Vetoriais: são aquelas que são definidas com seu módulo (valor numérico) e unidade
física, a direção e seu sentido. Ex.: velocidade, força, quantidade de movimento.
Exercícios:
1 – classificar as grandezas abaixo como escalar ou vetorial:

a) Temperatura; 12° C

b) Um carro está a velocidade de 50km/h, na Av. Getulio Vargas, no sentido centro-bairro;

c) Levou 30min para chegar a escola;

d) Aplicou uma força de 20N , na horizontal da esquerda para a direita;

e) um tempo de 3h46min;

f) potência da lâmpada de 60W;

g) volume do tanque 60l;

h) o apartamento mede 83m²;

Velocidade Médio: Vejamos um exemplo: um móvel percorre uma distância de 120m num intervalo de
tempo de 40s. então sua velocidade média é:

Vm= Δd/Δt ( Δd – distância percorrida(d) e Δt - intervalo de tempo).

Vm =120m/40s= 3m/s. Sua velocidade média; v=3m/s.

ACELERAÇÃO ESCALAR: é o quociente entre a variação de velocidade e o intervalo de tempo, logo temos
que:

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Onde: ΔV é a diferença de velocidades da partícula nos instantes t2 e t1, isto é, ΔV = v2 – v1;

Δ t é o intervalo de tempo em que ocorre a variação da velocidade, isto é, Δ t = t2 – t1.

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU): Movimento no qual um corpo move-se com velocidade
uniforme (constante) e em uma trajetória retilínea (movimenta-se em linha reta). No MRU tem-se que a
aceleração é nula (zero) e o corpo percorre distâncias iguais em intervalos de tempos iguais.

FUNÇÃO HORÁRIA DO MRU:

d = di + V . t

posição inicial velocidade instante de tempo

posição em um instante de tempo qualquer

Exemplo1: Um avião em pleno voo tem seu movimento descrito pela função horária seguinte:

d = 100 + 700t, sendo a posição medida em km, e o tempo, em horas. Determine:

a) a posição inicial do avião

di = 100 km

b) a velocidade do avião

V = 700km/h

c) quanto tempo o avião demora para chegar a uma cidade a 2200 km do aeroporto do qual partiu

2200 = 100 + 700t

2200 – 100 = 700t

2100 = 700t

2100 /700 = t

t = 3h

Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (Mruv): As características do MRUV são as seguintes:

a) a velocidade varia ao longo do tempo, aumentando ou diminuindo

b) aceleração constante e diferente de zero (a ǂ 0)

c) trajetória retilínea

d) o móvel percorre distâncias diferentes em intervalos de tempos iguais

24
Função Horária Da Velocidade:

onde: V = velocidade num instante qualquer


V = Vi + a . t
Vi = velocidade inicial

a = aceleração

t = tempo

Exemplo: Um móvel segue a orientação de uma trajetória horizontal com aceleração constante. No instante
t = 0 sua velocidade é 5m/s e no instante t = 10s é 25m/s. Determine:

a) a aceleração

a = ΔV/Δt = Vf – Vi/tf – ti = 25 – 5/10 – 0 = 2m/s2

b) a função horária da velocidade

V =5 + 2t

c) a velocidade no instante t = 8s

V= 5 + 2 . 8 = 5 + 16 V = 21m/s

d) o instante em que a velocidade é V = 15m/s

15 = 5 + 2t

15 – 5 = 2t

2t = 10

t = 10/2 t = 5s

MOVIMENTO DE QUEDA LIVRE E LANÇAMENTO VERTICAL:


Denomina-se Queda Livre o movimento vertical, próximo à superfície da Terra, quando um corpo
de massa m é abandonado no vácuo ou em uma região onde desprezamos a resistência do ar.
A queda livre é um movimento uniformemente variado, sua aceleração é constante e igual a 9,8 m/s2 (ao
nível do mar), chamada de aceleração gravitacional. Na queda, o módulo da velocidade do corpo aumenta,
o movimento é acelerado, e, portanto, o sinal da aceleração é positivo.
Equação horária do espaço na queda livre:

Onde: g é a aceleração da gravidade


t é o tempo de queda.
S é a altura
25
Equação horária da velocidade na queda livre:
Onde: v é a velocidade

Equação de Torricelli para a queda livre.


Quando um corpo é arremessado para cima ou para baixo, com uma velocidade
inicial não nula, chamamos o movimento de Lançamento vertical. Esse movimento
também é um movimento uniformemente variado como na queda livre, em que a
aceleração é a da gravidade.

Lançamento vertical para cima


À medida que um corpo lançado para cima sobe, sua velocidade escalar diminui até que se anule no ponto
de altura máxima. Isso ocorre porque o movimento é retardado, ou seja, o movimento se dá contra a ação
da gravidade.

Lançamento vertical para baixo


Ao contrário do lançamento vertical para cima, o lançamento vertical para baixo é um movimento
acelerado, pois está na mesma direção e sentido da aceleração gravitacional. Assim, a velocidade de um
corpo lançado verticalmente para baixo aumenta à medida que o corpo desce.
As funções horárias do lançamento vertical são:

 Função horária do espaço:

 Função horária da velocidade:

 Equação de Torricelli:

v2 = v02 + 2aΔs

26
TRABALHO DE UMA FORÇA:
Trabalho é uma grandeza física escalar associada à ação de uma força ao longo do deslocamento
realizado por um corpo. No Sistema Internacional (SI), a unidade de força é o Newton (N), a unidade de
deslocamento é o metro (m) e a unidade de trabalho é o joule (J)

T=F·d
Trabalho Da Força Peso

O trabalho da força peso não depende da trajetória, mas do peso e do desnível entre a posição inicial
e final. Ele é positivo quando o ponto material desce, negativo quando esse ponto sobe e neutro quando o
deslocamento é horizontal.

Sua representação matemática é dada pela equação:

Energia Cinética: A energia cinética é a energia associada ao movimento dos corpos.

Onde: Ec: energia cinética, (J).


m: massa do corpo (kg)
v: velocidade do corpo (m/s)

Energia Potencial:

A energia presente nos corpos dando a eles a capacidade de realizar trabalho é chamada de Energia
Potencial. Quando está relacionada aos trabalhos da força peso, a energia armazenada nos corpos é
chamada Energia Potencial Gravitacional e quando está associada a uma força elástica é Energia Potencial
Elástica.
A unidade de medida da Energia Potencial é Joule.

27
Energia Potencial Gravitacional:

É a energia que um objeto possui devido à sua posição em um campo gravitacional e é medida pelo
trabalho realizado pelo seu peso para ir de uma posição (mais elevada) à outra (mais

abaixo).

EPg = mgh

Energia Potencial Elástica:

Para lançar a flecha (corpo de massa m), o elástico do arco sofre uma deformação (medida por x)
passando da posição de equilíbrio A para B. Um corpo elástico é aquele que sofre uma deformação,
produzida por uma força externa, passando de uma posição A (não deformado) para uma posição B
(deformado) e recupera sua forma e tamanho original, voltando a posição inicial.
A Energia Potencial Elástica está relacionada com o trabalho realizado pela força elástica do corpo
para ir da posição deformada B para a posição inicial A.
É considerado no sistema elástico o corpo de massa m, uma constante da força elástica k e o
comprimento x (a medida da deformação, quando o corpo passa da posição A para a posição B).

A fórmula é
Epel = Kx2/2

28
ENERGIA MECÂNICA :

Ela corresponde a soma da energia cinética (Ec), produzida pelo movimento dos corpos, com a
energia potencial elástica (Epe) ou gravitacional (Epg), produzida por meio da interação dos corpos
relacionada com a posição dos mesmos.

Fórmula da Energia Mecânica: Para calcular a energia mecânica, utiliza-se a fórmula abaixo:

Onde: Em: energia mecânica


Em = Ec + Ep Ec: energia cinética
Ep: energia potencial

PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

Quando a energia mecânica advém de um sistema isolado (naquele em que não há atrito) baseado
nas forças conservativas (que conserva a energia mecânica do sistema), sua resultante permanecerá
constante.
Em outras palavras, a energia desse corpo será constante, uma vez que a mudança ocorrerá
somente na modalidade de energia (cinética, mecânica, potencial) e não o seu valor:

Em = Ec + Ep = constante

Potência Média: A definição de potência média é dada pelo trabalho realizado em função da variação de
tempo:

Legenda: P – potência média (W)


t – trabalho (J)
Δt – intervalo de tempo (s)

A unidade de medida da potência adotada pelo SI é o watt (W), unidade equivalente ao joule por
segundo (J/s).

PRINCÍPIO DA INÉRCIA:

“Um corpo/objeto na ausência de qualquer ação externa tende a


permanecer em seu estado “Com isso concluímos que um
corpo/objeto na ausência de ação externa nele permanece em seu
estado de movimento, isto é, se ele estiver em movimento em
relação a um referencial, ele permanecerá em movimento relativo
a este referencial se, estiver em repouso a este referencial
permanecerá em repouso.

Força é toda ação que realizamos num corpo/objeto que alteramos seu estado de movimento ou o
deformamos.
29
Para alterar seu estado de, necessitamos alterar sua velocidade, logo devemos aplicar uma
aceleração neste corpo/objeto. Conceituamos força, expressa através de uma equação matemática: F = m x
a
F → força,

m → massa,

a → aceleração

(Unidade de força é o Newton → N)

"Um corpo em repouso tende a permanecer em repouso, e um corpo em movimento tende a permanecer
em movimento."

Terceira lei de Newton. As forças que os patinadores fazem no outro são iguais em
magnitude/intensidade, mas agem em sentidos opostos e em corpos diferentes

Este princípio assinala que todas as forças existem aos pares; se há uma força de ação
em um corpo logo existira outra força de reação em outro corpo.

MOVIMENTO CIRCULAR:

Um corpo está em Movimento Curvilíneo Uniforme, se sua trajetória for descrita por um círculo com
um "eixo de rotação" a uma distância R, e sua velocidade escalar for constante, ou seja, a mesma em todos
os pontos do percurso. Cabe ressaltar que a velocidade é vetorial e, neste caso sua direção e sentido sempre
está mudando.
No cotidiano, observamos muitos exemplos de MCU, como uma roda gigante, um carrossel ou as pás
de um ventilador girando.
Período E Frequência: Período (T) de uma partícula que realiza um movimento circular uniforme é o intervalo de
tempo necessário para que ela complete uma volta. Como exemplo, podemos dizer que o período do
ponteiro dos minutos de um relógio é de 1 hora e o período do ponteiro das horas é de 12 horas.

Frequência (f) de uma partícula que executa um movimento circular uniforme é a relação entre o número de
voltas realizadas e o intervalo de tempo correspondente.

Escalas Termométricas: As três principais escalas termométricas são a escala celsius, a escala fahrenheit e a
escala kelvin. As equações de conversão de uma escala em outra são as seguintes:
a) celsius para fahrenheit (ou vice versa):
Tc / 5 = Tf – 32 / 9

b) celsius para kelvin (ou vice versa)


Tc = Tk – 273

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c) fahrenheit para kelvin (ou vice versa)
Tf – 32 / 9 = Tk – 273 / 5

Exemplo: Converter 10°C em °F

Tc / 5 = Tf – 32 / 9

10 / 5 = Tf – 32 / 9

2 = Tf – 32 / 9

18 = Tf – 32

18 + 32 = Tf

Tf = 50°F

Calorimetria: A calorimetria estuda as trocas de calor entre os corpos. Alguns conceitos importantes:
A) Energia Térmica: Os átomos de um corpo qualquer estão em permanente agitação, também chamada
de movimento térmico. A soma da energia produzida pelo movimento dos átomos chama-se energia
térmica do corpo.
B) Temperatura: Mede a energia térmica de um corpo, isto é, mede o grau de agitação dos átomos desse
corpo. Por isso, quanto maior for a energia térmica de um corpo, maior será a agitação dos átomos e maior
será a temperatura do corpo.
C) Calor: É a energia térmica fluindo de um corpo para outro. O calor se transmite de um corpo de maior
temperatura para outro de menor temperatura. A transferência de calor ocorre até que ambos os corpos
atinjam a mesma temperatura, isto é, até que ocorra o equilíbrio térmico. Quando isso ocorre, cessa o fluxo
de calor entre eles.

TIPOS DE TRANSMISSÃO DE CALOR


A) Condução Térmica: A transmissão de calor se dá de átomo para átomo. Necessita de um meio material
para ocorrer. Exemplo: aquecimento de uma barra de ferro.

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B) Convecção Térmica: Necessita de um meio material para ocorrer. O calor é transmitido através de
camadas líquidas ou gasosas que se deslocam de uma região para outra em virtude da diferença de
densidade. Uma camada de ar (ou líquido) mais quente que o restante tende a subir, pois sua densidade é
menor. Já uma camada de ar (ou líquido) mais fria que o restante tende a descer, pois a densidade é maior.
Ao movimento de massas de ar quente (para cima) e frio (para baixo) chamamos correntes de convecção. A
convecção não ocorre nos sólidos, somente nos líquidos e gases (fluidos). Exemplo: água sendo aquecida em
um recipiente.

C) Irradiação Térmica: A transmissão de calor ocorre através de ondas eletromagnéticas, também chamadas
ondas de calor. A energia emitida por um corpo (energia radiante) se propaga até o outro através do espaço
que os separam. A irradiação não exige a presença de um meio material para ocorrer; portanto ela ocorre
em meios materiais e no vácuo. Exemplos: radiações eletromagnéticas do sol que atravessam o vácuo
existente entre o sol e a terra; o calor emitido por uma fogueira, aquecedores lâmpadas, etc.

PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO

Os corpos eletricamente neutros possuem carga positiva igual à negativa. Assim, quando retiramos
elétrons de um corpo neutro ou lhe fornecemos elétrons, ele fica eletricamente carregado positiva ou
negativamente. Os processos para eletrizar um corpo são os seguintes:

a) eletrização por atrito: Dois corpos de naturezas diferentes, ao serem atritados, ficam eletrizados. Durante
o contato (esfregaço) entre os corpos, há transferência de elétrons de um corpo para outro. Por exemplo:
quando você passa uma flanela em um objeto de vidro, ocorre uma transferência de elétrons do vidro para
a flanela e os dois corpos ficam carregados com cargas de sinais contrários.

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b) eletrização por contato: Consideremos dois corpos, um neutro e um com carga elétrica negativa, por
exemplo. Ao colocarmos em contato o corpo eletrizado com o corpo neutro, parte dos elétrons em excesso
do corpo eletrizado se transfere para o neutro, de modo que, ao serem separados, o corpo inicialmente
neutro fica eletrizado negativamente. Para um corpo eletrizado positivamente e outro corpo neutro, após o
contato, ambos ficarão eletrizados com cargas positivas. Como um corpo carregado positivamente tem
deficiência de elétrons em relação ao número de prótons, o que ocorre é que os elétrons do corpo neutro
são transferidos para o corpo eletrizado.

c) eletrização por indução: Consideremos, por exemplo, um corpo eletrizado negativamente, que
chamaremos indutor, e outro corpo, inicialmente neutro, que chamaremos induzido. Ao serem
aproximados, o corpo eletrizado induz (provoca) a separação das cargas no corpo neutro, repelindo os
elétrons para a face mais distante. Essa separação é temporária e só ocorre durante o tempo em que o
corpo indutor estiver em uma região próxima do corpo neutro. Entretanto, se, na presença do indutor
carregado negativamente, o corpo induzido for ligado à Terra, os elétrons repelidos escoam em direção
desta, ficando o induzido com falta de elétrons e, portanto, eletrizado positivamente. Desfazendo-se o
aterramento e afastando-se o indutor (exatamente nessa ordem), teremos o corpo inicialmente neutro
carregado com cargas de sinal contrário às do indutor. No caso de o corpo indutor ser eletrizado
positivamente, no corpo induzido os elétrons tendem a ser atraídos para a face mais próxima do indutor,
gerando também uma separação de cargas elétricas. Com o aterramento, o corpo induzido recebe elétrons,
ficando com excesso de elétrons. Desfazendo-se o aterramento e afastando-se o indutor, teremos o corpo
inicialmente neutro carregado negativamente, ou seja, também com cargas de sinal contrário às do indutor.

33
CARGA ELÉTRICA ELEMENTAR

Chamamos carga elétrica elementar o módulo da carga do elétron ou do próton que vale:

e = 1,6 . 10 – 19

CORPO ELETRIZADO

Um corpo é eletricamente neutro quando o número de prótons é igual ao número de elétrons. Neste
caso, o corpo não ganhou e nem perdeu elétrons. Já um corpo pode estar eletrizado negativamente ou
positivamente. Um corpo eletrizado negativamente tem maior número de elétrons do que de prótons,
fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja negativa, sendo que nesse caso o corpo ganhou
elétrons. Já um corpo eletrizado positivamente perdeu elétrons e, por isso, ficou com um número de
prótons maior.
CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CARGA ELÉTRICA EM UM CORPO

onde: Q → quantidade de carga elétrica, em coulomb (C)


Q=n.e n → número de elétrons
e → carga elétrica elementar

Exemplo 1: Um corpo condutor inicialmente neutro perde 5,0. 10 13 elétrons. Considerando a carga
elementar e = 1,6. 10 – 19 , qual será a carga elétrica no corpo após a perda de elétrons, em coulomb?

Q=n.e

Q = 5.10 13 . 1,6.10 -19


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Q = 8. 10 -6 (módulo)

Se o corpo perdeu elétrons, ele perdeu carga negativa (elétrons), ficando, portanto, com mais carga
positiva, logo, carregado positivamente. Então, devemos acrescentar o sinal positivo:

Q = + 8. 10 -6 C

Exemplo 2: Determine a carga elétrica um corpo cuja quantidade de elétrons excede a quantidade de
prótons em 2,0.10 3.

Q = 2.10 3 . 1,6.10 -19 Q = 3,2.10 – 16

Como o corpo possui mais elétrons que prótons, significa que ele está eletrizado negativamente, portanto a
carga elétrica Q será negativa

Q = - 3,2. 10 – 16 C

Exemplo 3: Um corpo tem uma carga igual a – 32.10 – 6 c. Quantos elétrons há em excesso nele?

Q = n. e n = Q/e n = 32.10 – 6 / 1,6.10 – 19 n = 20.10 13

Como queremos saber o número de elétrons n do corpo, não colocamos, no cálculo, a quantidade de
carga com o sinal negativo, pois não há sentido em dizer que um corpo tem – x ou +x número de elétrons

FORÇA ELÉTRICA:
A força elétrica é a interação de uma carga elétrica com outra(s) carga(s) elétrica(s). Esta força pode
ser de repulsão ou atração conforme os sinais das cargas elétricas. Por conceito(definição) temos duas
cargas elétricas: o pótron - sinal positivo e o nêutron – sinal negativo. Existe o nêutron é um bárion
eletricamente neutro. Formado por dois quark down e um quark up, forma o núcleo atômico juntamente
com o próton e, uma vez fora deste, é instável e tem uma vida médio de cerca de 15 minutos, emitindo um
elétron e um anti-neutrino, convertendo-se em um próton.

Esta força pode ser de repulsão; quando temos interação de cargas de mesmo sinal ou atração;
quando temos interação de cargas elétricas de sinais opostos. Ou seja – cargas elétricas de sinais contrários
se atraem e cargas elétricas de sinais iguais se repelem. Chamamos de carga elétrica puntiforme: quando
temos um corpo eletrizado cujas dimensões são desprezíveis em comparação com as distâncias que o
separam de outros corpos eletrizados.

35
SINAL DA FORÇA ELÉTRICA
As cargas elétricas Q1 e Q2 podem ser de sinal opostos e/ou de mesmo sinal, a qual fornece o
sentido da Força Elétrica de interação entre as cargas elétrica. Então, Interpreta-se conforme o sinal de cada
carga elétrica da seguinte maneira:
- Q1 e Q2 com o mesmo sinal: F > 0 _ força elétrica positiva, significa repulsão entre as cargas elétricas. A
força de interação em cada carga elétrica terá sentido oposto, afastando as cargas elétrica.
- Q1 e Q2 com sinais opostos: F < 0 _ força elétrica negativa significa atração entre as cargas elétricas. O
sentido da força elétrica de interação em cada carga elétrica terá sentido de tal modo que as cargas se
atraem.

LEI DE COULOMB
A força elétrica de interação entre dois corpos eletrizadas foi determinada experimentalmente pelo
físico francês Charles Augustin de Coulomb. Coulomb conseguiu formular experimentalmente uma
expressão matemática que permite calcular o módulo da força de interação entre dois corpos eletrizados, e
estabeleceu que o valor do módulo da força elétrica, seja de atração ou de repulsão é diretamente
proporcional ao produto dos módulos das cargas elétricas (tanto maior quanto maiores forem os valores das
cargas elétricas nos corpos) e inversamente proporcional ao quadrado da distância de separação das cargas
elétricas (tanto menor quanto maior for a distância entre eles). Resultando na relação matemática expressa
abaixo.

onde: F = intensidade da força elétrica


q1 e q2 = valores das cargas em módulo
d = distância que as separa
k = constante eletrostática – seu valor dependo do meio onde
as cargas se encontram – geralmente usados no vácuo.k= 9,0 N.m² /C²

Assim, segundo Coulomb: "A intensidade da força de atração ou de repulsão entre duas cargas
elétricas é diretamente proporcional às cargas e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as
separam."

CAMPO ELÉTRICO

Campo elétrico é a região do espaço ao redor de uma carga elétrica (positiva ou negativa), na qual há
uma” alteração/perturbação/deformação”, ao se aproximar um corpo eletrizado, este sofrerá/sentirá uma
força elétrica.
O campo elétrico é vetorial, como a força elétrica, ou seja, possui um módulo(seu valor numérico,
N/C -Newton por Coulomb) uma unidade física, direção e sentidos definidos. Os quais estão representados
na figura abaixo:

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Convenção do sentido do campo E.

Na figura acima temos a representação da direção e do sentido do campo elétrico (E)de cargas
elétricas com carga positiva e outra com carga negativa, e a interação das duas; positiva→negativa na qual
indicamos a direção e o sentido do campo elétrico criado em torno de cada uma ,letra E –vetor campo
elétrico E.

MAGNETISMO:

Propriedade de certos materiais/corpos encontrados na natureza que apresentam características de


atração ou repulsão, devidos unicamente as suas propriedades, a interação de ímãs e certas substâncias
magnéticas (como ferro, cobalto ou níquel) e também entre ímãs e condutores no qual esteja circulando
correntes elétricas alternada. Todo ímã apresenta duas regiões distintas, denominadas de polos magnéticos
em que a influência magnética se manifesta com maior intensidade. Esses polos possuem comportamentos
diferentes na presença de outros ímãs, e são denominados Norte (N) e Sul (S).

Chamamos de ímã temporário aquele que se comporta como um ímã somente quando em contato ou
nas proximidades de outro ímã.

Atrações e Repulsões

Aproximando-se do polo norte de um ímã o polo sul de outro ímã, nota-se uma atração. Concluimos:
Polos da mesma natureza se repelem e de naturezas diferentes se atraem.

CAMPO MAGNÉTICO:

Assim como a força gravitacional e a força elétrica, a força magnética é uma interação à distância, ou
seja, não necessita de contato físico. Associamos aos fenômenos magnéticos a ideia de campo, assim como
nos fenômenos elétricos e gravitacional. Consequentemente, dizemos que um ímã gera no espaço ao seu

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redor um campo que chamamos de Campo Magnético (B→B→ ). O campo magnético interage com outros
ímãs, com as substâncias magnéticas e com correntes elétricas.

LINHAS DE CAMPO MAGNÉTICO


Para se evidenciar a extensão de um campo magnético, espalha-se limalha de ferro em uma folha de
papel sob a qual se encontra um ou mais ímãs. Os “pedacinhos” de limalha de ferro dispõem-se segundo
linhas curvas que ligam os polos norte e sul, chamadas linhas de campo ou linhas de força.
Por convenção, considera-se que, no campo exterior a um ímã, as linhas de campo saem pelo polo norte e
entram pelo polo sul do ímã.

PROPRIEDADES DOS ÍMÃS:

Os polos magnéticos de um ímã são inseparáveis, ou seja, não podemos ter um monopólio
magnético. Não é possível partir um ímã em duas partes para separar o polo norte do polo sul. Serrando-se
um imã transversalmente, obtêm-se dois novos imãs completos, isto é, surgem na secção de corte polos
contrários aos das respectivas extremidades.
Inseparabilidade dos polos magnéticos. Quando partimos ao meio um ímã em barra, obtemos dois
novos ímãs.

Quando aquecemos um ímã acima de uma determinada temperatura, ele deixa de gerar campo
magnético. Os ímãs de níquel perdem sua capacidade quando aquecidos a 350ºC, os de ferro a 770ºC e os
de cobalto a 1.100ºC. Essas temperaturas são chamadas de temperaturas de Curie.

Quando aquecemos um ímã ele perde suas propriedades magnéticas.

38
QUÍMICA

Conceitos Fundamentais

Química: é uma ciência que estuda as transformações da matéria.

Matéria: é tudo que ocupa lugar no espaço. Possuí massa.

Exemplos: caneta, ar, Homem, água, plantas, mesa,etc.

Toda a matéria é constituída de minúsculas partículas denominadas átomos. Essas por sua vez, podem se
unir formando as moléculas. As moléculas são representadas por fórmulas que informam o tipo de átomos que
elas são formadas e suas quantidades.
Ex: H2O representa 1 molécula de água. Essa molécula de água é formada por dois (2) átomos dede hidrogênio e
um (1) átomo de oxigênio.
A matéria pode encontrar-se em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.

Vejamos agora as mudanças de estado físico da matéria:

MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO DA MATÉRIA:

Exemplos:

• Fusão: gelo derretendo, metal sendo fundido,etc.


• Vaporização: água fervendo em uma chaleira, roupa secando no varal,etc.
• Condensação ou Liquefação: formação da chuva, gotículas de água formada na tampa da
Panela etc.
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• Solidificação: formação do gelo, picolé,etc.
• Sublimação: naftalina, gelo seco,etc.

40
DIAGRAMA DE MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO:

Ponto de fusão (PF): temperatura na qual um sólido se transforma em um líquido. Ex: a temperatura de fusão da
água é 0oC.
Ponto de Ebulição (PE): temperatura na qual um líquido se transforma em vapor.Ex: a temperatura de ebulição da
água é 100oC.
Obs.: No ponto de fusão e de ebulição a temperatura permanece constante.

ENERGIA: energia é a capacidade de realizar trabalho, é tudo o que pode modificar a matéria, por exemplo, na
sua posição, fase de agregação, natureza química. È também tudo que pode provocar ou anular movimentos e
causar deformações. Ocorre de diferentes formas ( calor, luz e eletricidade)e estas podem se transformar entre si.

Ex: queima de uma vela (calor e luz).

FENÔMENO: sempre que a matéria sofre uma transformação qualquer, dizemos que ela sofreu um fenômeno,
que pode ser físico ou químico.

FENÔMENO FÍSICO:
Se o fenômeno não modifica a composição da matéria, dizemos que ocorre um fenômeno físico. No fenômeno
físico a composição da matéria é preservada, ou seja, permanece a mesma antes e depois da ocorrência do
fenômeno.
Exemplos: picar papel, gelo derretendo, formação da chuva, um bloco de cobre que é transformado em tubos,
chapas e fios, etc.
Obs: Em geral, os fenômenos físicos são reversíveis, ou seja, a matéria retorna a sua forma original após a
ocorrência do fenômeno. Mas nem sempre é assim. Quando rasgamos um papel, por exemplo, os pedaços
picados continuam sendo de papel, portando temos um fenômeno físico, porém, não podemos obter novamente
o papel original e intacto apenas juntando os pedaços picados, o que nos leva a concluir que, em certos aspectos,
os fenômenos físicos podem ser irreversíveis.

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FENÔMENO QUÍMICO:
Se o fenômeno modifica a composição da matéria, ou seja, a matéria se transforma de modo a alterar
completamente sua composição deixando de ser o que era para ser algo diferente, dizemos que ocorreu um
fenômeno químico.

No fenômeno químico, a composição da matéria é alterada, sua composição antes de ocorrer o fenômeno é
totalmente diferente da que resulta no final.
Exemplos: queimar papel, palha de aço que enferruja, digestão de alimentos ingeridos, vinho transformando-se em
vinagre pela ação da bactéria, etc.

ELEMENTO QUÍMICO: conjunto de átomos com igual número de prótons. Cada elemento químico tem seu
próprio nome e estes são abreviados por meio de símbolos. Os símbolos dos elementos químicos são geralmente
formados pelas iniciais do nome do elemento ou quando houver o nome do elemento no latim.

Veja alguns exemplos na tabela a seguir:

Nome de Elemento Nome do Elemento no Latim Símbolo


Hidrogênio - H
Cálcio - Ca
Cloro - Cl
Sódio Natrium Na
Potássio Kalium K
Ouro Aurum Au
Chumbo Plumbum Pb
Flúor - F
Magnésio - Mg

SUBSTÂNCIA: substâncias químicas são agrupamentos de moléculas com mesmas características físico-químicas e
composição definida. Tais características se definem por apresentar ponto de fusão, ponto de ebulição, etc.
A substância pode ser simples ou composta:

Substância simples: são formadas por apenas um único elemento químico.


Exemplos: O2, Cl2, C(grafite), etc.

Substância composta: são formadas por dois ou mais elementos químicos.


Exemplos: NaCl, H2O, HNO3, etc.

MISTURAS: é um sistema formado por duas ou mais substâncias. A mistura pode ser homogênea ou
heterogênea.
Exemplos: refrigerante, ouro 18, água + óleo, água + sal, leite, mistura de um bolo.
42
Mistura Homogênea: é uma solução que apresenta uma única fase. Enquanto a heterogênea pode apresentar
duas ou mais fases. Apresenta um aspecto uniforme. Toda a mistura homogênea é denominada monofásica.

Fase é cada porção que apresenta aspecto visual uniforme. Exemplos:


água + sal, água + vinagre, mistura de um bolo,etc.

Mistura Heterogênea: apresentam duas ou mais fases. Apresentam aspectos distintos. Exemplos:
refrigerante, leite, água + óleo, água + areia,etc.

MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS

 CATAÇÃO: usando a mão ou uma pinça, separam-se os componentes sólidos.


Ex: escolher o feijão bom do ruim.

 VENTILAÇÃO: o sólido menos denso é separado por uma corrente de ar.


Ex: separa o grão da casca (arroz).

 LEVIGAÇÃO: o sólido menos denso é separado por uma corrente de água. A levigação é usada, por exemplo,
para separar areia e ouro: a areia é menos densa e por isso, é arrastada pela água corrente; o ouro, por ser mais
denso, permanece no fundo da bateia.

 SEPARAÇÃO MAGNÉTICA: um dos sólidos é atraído por um ímã. Esse processo é utilizado em larga escala
para separar alguns minérios de ferro de suas impurezas.

 DISSOLUÇÃO FRACIONADA: um dos componentes sólidos da mistura é dissolvido em um líquido. Por


exemplo, a mistura sal + areia. Colocando-se a mistura em um recipiente com água, o sal irá se dissolver e a
areia se depositar no fundo do recipiente, podendo agora ser separados pelos seguintes processos: a filtração
separa a areia (fase sólida) da água salgada (fase líquida) e com a evaporação da água obteremos o sal.

 PENEIRAÇÃO: usada para separar sólidos constituintes de partículas de dimensões diferentes. São usadas
peneiras que tenham malhas diferentes. Industrialmente, usam-se conjuntos de peneiras superpostas que
separam as diferentes granulações.
Ex: areia fina da areia grossa.

 DECANTAÇÃO: a fase sólida, por ser mais densa, sedimenta-se, ou seja, deposita-se no fundo dorecipiente.
Obs: vira-se lentamente a mistura em um outro frasco;com o auxílio de um sifão, transfere-se a fase líquida para
um outro frasco (sifonação). Ex: água barrenta.

 CENTRIFUGAÇÃO: é uma maneira de acelerar o processo de decantação, utilizando um aparelho


denominado centrifuga. Na centrífuga, devido ao movimento de rotação, as partículas de maior densidade, por
inércia, são arremessadas para o fundo do tubo.
Ex: componentes do sangue.

 FILTRAÇÃO: A mistura passa através de um filtro, onde o sólido fica retido. Esse processo é muito utilizado nas
indústrias, principalmente para evitar o lançamento de partículas sólidas na atmosfera. A filtração é também
usada nos aspiradores de pó, onde o sólido é retido (poeira) à medida que o aré aspirado
43
 DESTILAÇÃO SIMPLES: a mistura é aquecida em uma aparelhagem apropriada, de tal maneira que o
componente líquido inicialmente evapora e, a seguir, sofre condensação, sendo recolhido em outrofrasco. Veja como
é feita a destilação em laboratório:

Obs.: A entrada de água corrente no condensador deve ser feita pela parte inferior do
aparelho para permitir que seu tubo externo esteja sempre completamente preenchido por água fria, que irá sair pela
parte superior.
Ex: separa o sal da água.
 DESTILAÇÃO FRACIONADA: consiste no aquecimento da mistura de líquidos miscíveis (solução), cujos
pontos de ebulição (PE) não sejam muito próximos. Os líquidos são separados na medida em que cada um dos seus
pontos de ebulição é atingido. Inicialmente, é separado o líquido com menor PE; depois, com PE intermediário e
assim sucessivamente até o líquido de maior PE. A aparelhagem usada é a mesma de uma destilação simples, com o
acréscimo de uma coluna de fracionamento ou retificação. Um dos tipos mais comuns de coluna de fracionamento
apresenta no seu interior um grande número de bolinhas de vidro, em cuja superfície ocorre condensação dos
vapores do líquido menos volátil, ou seja, de maior ponto de ebulição, que voltam para o balão. Enquanto isso, os
vapores do líquido mais volátil atravessam a coluna e sofrem condensação fora dela, no próprio condensador, sendo
recolhidos no frasco. Só depois de todo o líquido mais volátil ter sido recolhidoé que o líquido menos volátil passará
por evaporação e condensação.
Obs.: Esse processo é muito utilizado, principalmente em indústrias petroquímicas, na separação dos diferentes
derivados do petróleo. Nesse caso, as colunas de fracionamento são divididas em bandejas ou pratos.
Ex: separação da água, álcool e éter.

ÁTOMOS E MODELOS ATÔMICOS


A ideia do átomo surgiu com os filósofos gregos Demócrito e Leucipo no qual admitiam que a matéria era
descontínua e formada por partículas maciças, muito pequenas e indivisíveis; porém só no século XIX, Dalton,
baseado em dados experimentais retomou a ideia sobre os átomos.
Atualmente, o átomo é considerado como sendo um conjunto de prótons, elétrons e nêutrons. Podemos dizer
então, que o átomo é uma estrutura formada de duas regiões: o núcleo e aeletrosfera.

COMPONENTES DA ESTRUTURA ATÔMICA

Partículas Cargas Elétricas Massa Relativa


Núcleo Prótons e Positivas e sem carga 1
nêutrons 1
Eletrosfera elétrons negativas 01/01/40

44
MODELOS ATÔMICOS

São as formas de se explicar a constituição da matéria.

1) Modelo de Dalton:

O químico inglês John Dalton, que viveu entre 1.766 a 1.825, afirmava que o átomo era a partícula elementar, a
menor partícula que constituía a matéria. Em 1.808, Dalton apresentou seu modelo atômico: o átomo como uma
minúscula esfera maciça, indivisível, impenetrável e indestrutível. Para ele, todos os átomos de um mesmo
elemento químico são iguais, até mesmo as suas massas. Hoje, nota-se um equívoco pelo fato da existência dos
isótopos, os quais são átomos de um mesmo elementoquímico que possuem entre si massas diferentes. Seu modelo
atômico também é conhecido como "modelo da bola de bilhar".

Ex: “Bola de bilhar”

2) Modelo de Thomson:

Em 1887, Thomson, estudando os gases submetidos a descarga de corrente elétrica, descobriu um tipo de
partícula que devia fazer parte dos átomos: os elétrons. A partir desse fato, Thomson propôs que o átomo seria
maciço, esférico, formado por um fluído positivo no qual os elétrons estavam dispersos. O próprio Thomson
associou seu modelo a um “pudim de passas” em um trabalho apresentado em 1897.

Ex: “pudim de passas”


O pudim é toda a esfera positiva (em azul) e as passas são os elétrons (em amarelo), de carga
negativa.

3) Modelo de Rutherford:

O modelo atômico de Rutherford é baseado nos resultados da experiência que Rutherford e seus colaboradores
realizaram: bombardeamento de uma lâmina muito fina (delgada) de ouro (Au) com partículas alfa (que eram
positivas).

45
Rutherford e seus colaboradores verificaram que, para aproximadamente cada 10.000 partículas alfa que
incidiam na lâmina de ouro, apenas uma (1) era desviada ou refletida. Com isso, concluíram queo raio do átomo
era 10.000 vezes maior que o raio do núcleo. Comparando, se o núcleo de um átomo tivesse o tamanho de uma
azeitona, o átomo teria o tamanho do estádio do Morumbi. Surgiu então em 1.911, o modelo do átomo
nucleado, conhecido como o modelo planetário do átomo: o átomo éconstituído por um núcleo central positivo,
muito pequeno em relação ao tamanho total do átomo porém com grande massa e ao seu redor, localizam-se
os elétrons com carga negativa (compondo a "enorme" eletrosfera) e com pequena massa, que neutraliza o
átomo.

Ex: “ modelo planetário do átomo”

4) Modelo de Bohr:

Nota-se no modelo de Rutherford dois equívocos:


• uma carga negativa, colocada em movimento ao redor de uma carga positiva estacionária, adquire
movimento espiralado em direção à carga positiva acabando por colidir com ela;
• uma carga negativa em movimento irradia (perde) energia constantemente, emitindo radiação.Porém,
sabe-se que o átomo em seu estado normal não emite radiação.
O físico dinamarquês Niels Bohr conseguiu "solucionar" os equívocos cometidos por Rutherford baseando-se na
seguinte idéia:
 Um elétron num átomo adquire apenas certas energias, e cada energia é representada por uma órbitadefinida,
particular. Se o elétron recebe energia ele pula para outra órbita mais afastada do núcleo. Pode ocorrer no elétron a
perda de energia por irradiação, e sendo assim, o elétron cai para uma órbita mais próxima do núcleo. Todavia o
elétron não pode ficar entre duas órbitas definidas, específicas, pois essa não seria uma órbita estável
(órbita não específica). Conclui-se então que: quanto maior a energia do elétron, mais afastado ele está
do núcleo.
Em outras palavras: um elétron só pode estar em movimento ao redor do núcleo se estiver em órbitas
específicas, definidas, e não se encontra em movimento ao redor do núcleo em quaisquer órbitas.

As órbitas permitidas constituem os níveis de energia do átomo ( camadas K L M N ... ).

46
CARACTERIZAÇÃO DO ÁTOMO

1) Número Atômico (Z): é q quantidade de prótons presentes no núcleo do átomo.

Z=p

O átomo é uma estrutura eletronicamente neutra, ou seja, o número de prótons é igual ao número de elétrons.

2) Número de Massa (A): é a soma do número de prótons mais o número de nêutrons.

A= p + n

Calcula-se o número de nêutrons:

n =A– p

A
Simbologia: zX

Obs.: o número atômico é sempre representado em baixo e a massa em cima, independente da tabela periódica.

ÍONS

São átomos capazes de perder ou ganhar elétrons. Existem dois tipos de íons:

Íons positivos ou Cátions: são átomos capazes de perder elétrons, transformando-se em um íoncom carga
positiva.

Ex: Ca+2 perde 2 elétrons.

Íons negativos ou Ânions: são átomos capazes de ganhar elétrons, transformando-se em um íoncom carga
negativa.

47
CLASSIFICAÇÃO PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

 Por que Periódica?

As estações do ano e as fases da Lua são fenômenos que se repetem regularmente, o que é típico de uma
propriedade periódica. No caso dos elementos químicos chama-se periódica porque veremos que muitas
propriedades químicas se repetem com alguma regularidade.

 Organização da Tabela Periódica:

 os elementos estão dispostos em ordem crescente de números atômicos;

 cada linha horizontal denomina-se período. (na tabela atual existem sete períodos, sendo que o número de
períodos corresponde à quantidade de níveis (camadas) que os elementos químicosapresentam.

 linhas verticais denominam-se grupos ou famílias. ( elementos do mesmo grupo apresentam propriedades
químicas semelhantes). Com raras exceções, todos os elementos de um mesmo grupo apresentam a mesma
configuração eletrônica no nível mais externo(camada de valência).

 Alguns grupos recebem nomes especiais:


 Grupo 1: Metais Alcalinos
 Grupo 2: Metais Alcalinos- Terrosos
 Grupo 13: Família do Boro
 Grupo 14: Família do Carbono
 Grupo 15:Família do Nitrogênio
 Grupo 16: Família dos Calcogênios
 Grupo 17: Família dos Halogênios
 Grupo 18: Família dos Gases Nobres.
 Grupo 3 até ao 12: Metais ou Elementos de Transição.

48
CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS:

Os elementos são classificados em metais, não-metais (ametais),hidrogênio e gases nobres.

Características dos Elementos:


 Metais: apresentam brilho metálico, conduzem corrente elétricas e calor, são maleáveis e são utilizados em
moedas e jóias.
 Não-Metais: não apresentam brilho metálico, não são condutores, fragmentam-se são utilizados na
fabricação de pólvora e pneus.
 Hidrogênio: é um elemento atípico possuindo a propriedade de se combinar com metais e não- metais. Nas
condições ambientes é um gás extremamente inflamável.
 Gases Nobres: como o próprio nome já diz, nas condições ambientes apresentam-se no estado Gasoso e sua
principal característica química é sua grande estabilidade, ou seja, possuem pequena capacidade de se
combinar com outros elementos.
LIGAÇÕES QUÍMICAS

A grande diversidade de substâncias que existe na natureza deve-se a capacidade de combinação dos
átomos de um mesmo elemento ou de elementos diferentes.
As combinações entre os elementos ocorrem de algumas maneiras: pela perda, pelo ganho ou, também
pelo simples compartilhamento de elétrons da última camada de valência do átomo. No entanto, alguns poucos
elementos, como os gases nobres, aparecem na forma de átomos isolados.

Esses elementos apresentam 8 elétrons na camada de valência. (exceção: He).

49
Teoria do Octeto

Um grande número de átomos adquire estabilidade quando apresenta 8 elétrons na camada mais externa.
Atualmente explica-se que essa estabilidade pode ser obtida quando átomos adquirema configuração eletrônica do
gás nobre de número atômico mais próximo.

A união entre átomos é chamada de ligação química, podendo ocorrer de três formas: ligação iônica, ligação
covalente e ligação metálica.

Ligação Iônica

Ocorre geralmente entre metais e não-metais; o metal transfere elétrons para o não-metal. O metal que
perde todos os elétrons da camada de valência se transforma em um cátion cuja carga será +1, +2 ou +3, conforme
o número de elétrons perdidos.

O não-metal ganha elétrons em quantidade suficiente para adquirir configuração eletrônica de gás nobre,
transformando-se em ânion de carga –3, -2 ou –1, conforme o número de elétrons adquiridos.
Como os íons possuem cargas elétricas opostas, eles se atraem fortemente formando substâncias iônicas.

Exemplo: Ligação entre Na e Cl

A ligação entre o sódio (11Na) e o cloro (17Cl) é um exemplo característico de ligação iônica.

Observe a distribuição dos elétrons em camadas para os dois elementos:

Na: 2 - 8 – 1 e Cl: 2 - 8 - 7

LIGAÇÃO COVALENTE

Ocorre quando átomos de não-metais e/ou hidrogênio compartilham pares de elétrons. Esse compartilhamento de
elétrons que leva a formação de moléculas é chamado de ligação covalente.
Nas ligações covalentes comuns, o par de elétrons é formado por um elétron de cada átomo, não importando se os
átomos são iguais ou diferentes. Esse par de elétrons passa pertencer simultaneamente aos dois átomos. O
número de pares formados depende do número de elétrons quefaltam para cada átomo atingir a estabilidade.

Ex: ligação entre átomos de hidrogênio:

O hidrogênio possui somente uma camada contendo um único elétron, compartilhando um(1)elétron, atinge a
quantidade necessária para a camada K, que é de dois elétrons.

Ex: ligação entre átomos de nitrogênio

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O nitrogênio possuí 5 elétrons na última camada e precisa de mais três elétrons para ficar estável então liga-se
com o outro átomo de nitrogênio formando 3 pares de elétrons.

Ligação Metálica

Ocorre geralmente entre átomos de metais, formando as ligas metálicas. As ligas metálicas têm uma maior
aplicação no cotidiano do que os próprios metais puros.

Obs: a teoria do octeto não explica a ligação metálica.

Ligas comuns no cotidiano:

 solda é uma liga de chumbo e estanho,


 bronze é uma liga de cobre e estanho;
 latão é uma liga de cobre e zinco;
 ouro 18 quilates é uma liga de ouro e cobre;
 aço inoxidável é uma liga de carbono, ferro, cromo e níquel;
 amálgama dental é uma liga de mercúrio, prata e estanho;
 Rodas de liga leve é uma liga de magnésio e alumínio.

***

FUNÇÕES QUÍMICAS INORGÂNICAS

1) ÁCIDOS: substâncias que apresentam as seguintes propriedades:

 Em solução aquosa, liberam cátions hidrogênio (H+).


 Possuem sabor azedo.
 Em solução aquosa conduz corrente elétrica.
 Mudam de coloração em presença de indicadores.
 São muito utilizados na industria química e são encontrados em muitos produtos que
consumimos no cotidiano.

51
Classificação:

De acordo com a presença de oxigênio na molécula

 Hidrácidos: não contém oxigênio. (HCl, HBr, H2S etc.)


 Oxiácidos: contém oxigênio. (HNO3, H2SO4, H3PO4 etc.)

Nomenclatura dos ácidos:


 Hidrácidos: o nome é feito com a terminação ídrico.

ácido. .................................................................................................... ídrico.


nome do elemento

Exemplos:

HCl: ácido clorídrico

HI: ácido iodídrico

HF: ácido fluorídrico

 Oxiácidos: levam a terminação ico e oso dependendo da quantidade de oxigênios.

Exemplos:

HNO3 : ácido nitrico


HNO2 : ácido nitroso
HClO: ácido hipocloroso
H2SO4 : ácido sulfúrico

2) BASES OU HIDRÓXIDOS: substâncias que apresentam as seguintes propriedades:

 Em solução aquosa, dissociam-se, fornecendo ânions (OH-).


 Possuem sabor adstringente(sabores que amarram a boca).
 Em solução aquosa conduz corrente elétrica.
 Mudam de coloração em presença de indicadores.
 São muito utilizados na indústria química e são encontrados em muitos produtos que consumimos
no cotidiano.
 Neutralizam os ácidos formando sais.
 Tingem de vermelho a solução incolor de fenolftaleína.

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Nomenclatura das Bases:

Hidróxido de .............................
nome do cátion

Exemplos:

KOH: hidróxido de potássio


NaOH: hidróxido de sódio
Mg(OH)2: hidróxido de magnésio

3) SAIS: é toda substância que:

 Se dissociam-se em água, fornecendo íons diferentes de H+ e OH-.


 Possuem sabor salgado.
 Em solução aquosa conduz corrente elétrica.
 São sólidos nas condições ambientes.
 São muito utilizados na industria química e são encontrados em muitos produtos queconsumimos no
cotidiano.

Nomenclatura dos Sais: baseia-se na terminação do ácido de origem trocando-se apenas o sufixo.

Nome do ânion + preposição de + nome do cátion

Sufixo do ácido ídrico ico oso


Sufixo do ânion eto ato ito

Exemplos:

NaCl: cloreto de sódio

CaSO4: sulfato de cálcio

NaNO3 : nitrato de sódio

4) ÓXIDOS: são compostos binários nos quais um dos elementos químicos é sempre o oxigênio.

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Classificação:

 óxidos iônicos: formados por metais. (Al2O3, PbO2, MgO).


 óxidos moleculares: formados por ametais.(CO, CO2, SO2).

Nomenclatura dos óxidos formados por metais:

Óxido de + .............................. .
nome do elemento

Exemplos: Na2O: óxido de sódio.

CaO: óxido de cálcio.

Nomenclatura dos óxidos formados por ametais:

Prefixo que indica a quantidade de oxigênio + óxido de + nome do elemento

Exemplos: CO2: dióxido de carbono.

CO: monóxido de carbono.

SO3: trióxido de enxofre.

INDICADORES ÁCIDO-BASE

Os indicadores ácido-base são substâncias que adquirem cor diferente na presença de soluções ácidas e de
soluções básicas. São elas que permitem identificar o pH de determinada solução que se deseja estudar. Estas
substâncias , como nos indicam o caráter ácido ou básico de uma solução, designam-se de indicadores ácido-base

Os indicadores ácido-base mais usados em laboratório são:

 Papel indicador universal - Adquire cor vermelha em soluções ácidas e cor azul arroxeada em
soluções básicas
 O alaranjado de metila
 A fenolftaleína - A sua solução alcoólica é incolor, mantendo a sua cor em substâncias ácidas ou
neutras e, adquirindo cor carmim na presença de substâncias básicas.
 A tintura azul de Bromotimol

Obs.: Muitos não sabem, mas o repolho é um indicador ácido-base natural.

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Conceito de pH

O pH ou potencial de hidrogénio iónico, é um índice que indica a acidez, neutralidade ou


alcalinidade de um meio.
pH = - log10 [H+]

em que [H+] representa a concentração de íons H+

O que é a escala de pH?

O carácter ácido de uma solução está relacionado com a concentração de íons H+ presente nessasolução (quanto
mais forte é um ácido, maior é a concentração desses íons na solução).

A escala de pH é uma maneira de indicar a concentração de H+ numa solução.


Esta escala varia entre o valor mínimo 0 (acidez máxima), e o máximo 14 (acidez mínima ou basicidade máxima).
A 25 ºC uma solução neutra tem um valor de pH = 7.

Para que serve a escala de pH?

É uma escala de valores que serve para determinar o grau de acidez ou de basicidade de uma dada substância. Varia
entre 0 e 14, sendo o valor médio, o sete, correspondente a soluções neutras. Para valores superiores a 7 as soluções
são consideradas básicas, e para valores inferiores a 7, serão ácidas.

Escala de pH

REAÇÕES QUÍMICAS

São substâncias que reagem transformando-se em novas substâncias diferentes dos originais.

Exemplos: dissolução de um sonrisal em água, vela queimando, explosão da dinamite, ferrugem, etc.

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Como Reconhecê-las?

 Mudança de cor
 Mudança de temperatura
 Desprendimento de gás
 Mudança de cheiro
 Formação de substâncias pouco solúveis

REAGENTES E PRODUTOS

Emprega-se os termos reagentes e produtos para designar as substâncias envolvidas nas reações químicas. As
substâncias que vão originar novas substâncias recebem o nome de reagentese as que se formam recebem o nome
de produtos.

Ex: butano + oxigênio → gás carbônico + água

EQUAÇÃO QUÍMICA

É a maneira de representar uma reação química. As equações químicas além de nos mostraras fórmulas das
substâncias fornecem outras informações como por exemplo:
 Estado físico das substâncias – sólido (s), líquido (l) e gás (g)
 Presença em solução aquosa (aq)
 Formação de precipitado (↓)
 Desprendimento de gás (↑)
 Necessidade de aquecimento (∆)
 Presença de luz (ʎ)
 Presença de reações reversíveis (=)
CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES QUÍMICAS

 Síntese ou Adição : quando duas ou mais substâncias reagem originando um único produto.
Ex:2Mg + O2 → 2 MgO

 Análise ou Decomposição: quando uma única substância composta se decompõe em outras


substâncias, simples ou compostas.
Ex : 2 NaHCO3 → Na2CO3 + CO2 + H2O

 Reação de deslocamento ou simples troca: quando uma substância simples reage com um dos
elementos de uma substância composta, formando outro par de substâncias, uma simplese uma
composta.
Ex: Zn(s) + 2HCl → ZnCl2 + H2

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 Dupla Troca: quando duas substâncias compostas reagem entre si, originando novassubstâncias
compostas.
Ex: NaOH + HCl → NaCl + H2O

REAÇÕES EXOTÉRMICAS E ENDOTÉRMICAS

Reações Exotérmicas: são aquelas que ocorrem com liberação de calor.


Reações Endotérmicas: são aquelas que ocorrem com absorção de calor.

BALANCEAMENTO DE EQUAÇÕES QUÍMICAS

Balancear uma equação química é achar os coeficientes da equação. Um procedimento simples e muito
utilizado para fazer esse acerto de coeficientes é o método das tentativas, assim chamado porque é por meio de
tentativas que se determinam os coeficientes capazes delevar à igualdade dos átomos de cada elemento, nos dois
membros da equação.

Exemplo:
N2 + H2 → NH3

Inicialmente, observamos a quantidade de átomos de nitrogênio: no primeiro membro existem 2 átomos


de nitrogênio e no segundo membro apenas 1 átomo de nitrogênio.
Para igualar o número de átomos de nitrogênio nos reagentes e nos produtos, devemos colocar o índice
do átomo de nitrogênio do primeiro membro como coeficiente do átomo de nitrogênio do segundo membro e o
índice do átomo de nitrogênio do segundo membro comocoeficiente do átomo de nitrogênio do primeiro membro.

1N2 + H2 → 2 N1 H3

Agora vamos acertar a quantidade de átomos de hidrogênio: no primeiro membro existem 2 átomos de
de hidrogênio e no segundo 6 átomos de hidrogênio . Então devemos multiplicar o H 2 por 3, e a equação ficará
balanceada.

N2 + 3 H2 →2 NH3

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REAÇÕES DE OXI-REDUÇÃO

São reações que envolvem perda ou ganho de elétrons.

Número de Oxidação (NOX)

É a carga que um átomo adquire quando participa de uma ligação química.

Exemplo : Ligação do sódio e cloro

O sódio adquire carga +1( pois perde um elétron) e o cloro adquire carga -1(pois ganha um elétron)

Regras para Determinar o NOX

1. O NOX de cada átomo de uma substância simples é sempre zero.

Ex: H2, O2, Cl2, C(DIAMANTE) , etc.

2. O NOX de um íon é sempre igual a sua própria carga.

Ex : K+ , Ba2+ , F- , N3-

Existem compostos que apresentam Nox fixo em seus compostos.

NOX Exemplos
Metais Alcalinos +1 NaCl
Metais Alcalinos – +2 CaO
Terrosos
Zinco (Zn) +2 ZnO
Prata (Ag) +1 AgCl
Alumínio (Al) +3 Al2O3

3. Hidrogênio

Geralmente o hidrogênio apresenta nox = +1

Quando for um hidreto metálico o hidrogênio apresenta nox= -1

4. Oxigênio

Geralmente o oxigênio apresenta nox = -2


Quando estiver ligado com o flúor apresenta nox = +2

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5. A soma dos NOX de todos os átomos constituintes de um composto iônico ou molecular é sempre
zero.

Ex: NaCl HCl H2O CO

6. Em um íon composto , o somatório dos Nox é sempre igual a carga do íon.PO43- SO42-
Numa reação de óxido – redução , temos espécies perdendo elétrons enquanto outras recebemelétrons , o que irá
ocasionar a variação de seu Nox.

 Espécie que perde elétrons → se oxida → NOX aumenta → Agente redutor

 Espécie que ganha elétrons → se reduz → NOX diminui → Agente oxidante

QUANTIDADES E MEDIDAS (GRANDEZAS QUÍMICAS)

MASSA MOLECULAR (MM)

É a soma das massas atômicas dos átomos que constituem as moléculas.

Exemplo: H2O

O cálculo teórico da massa molecular faz-se somando as massas atômicas dos átomos que formam a matéria. Por
exemplo: a massa atômica do hidrogênio é 1,00 u e do oxigênio é 15,9994 u; portanto, a massa molecular da água,
de fórmula H2O, é (2 × 1,00) + (1x16) = 18

Uma moléculade água tem então 18 u.

O cálculo da Massa Molecular é feito do seguinte modo:


Usaremos a massa atômica do carbono (C =12u) e do hidrogênio (H = 1u) para o cálculo.

C5H10
5.12 = 60 + 10.1=10
Massa molecular do C5H10 : MM=70u
60 + 10 = 70u

Os índices (5,10) dos elementos foram multiplicados por suas respectivas massas atômicas (12, 1), e em seguida
foram somadas a massa total dos dois elementos que formam a molécula resultando 70u, que é a Massa
molecular.

Cálculo da Massa Fórmula do composto iônico MgCl2:(Massas atômicas: Mg = 24u; Cℓ = 35,5 u)

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Constante de Avogadro

Número de Avogadro é uma constante adimensional (não possui unidade, logo não representa uma grandeza) que
indica a quantidade de átomos de Carbono-12 que, juntos, representam 12g dasubstância – 1 mol de C-12. O nome
da constante é uma homenagem ao cientista Amadeo Avogadro.

Constante: 6,02×1023

Ex: Em uma massa em gramas numericamente igual a massa molecular, para qualquer substância molecular,
existem 6,02x1023 moléculas.

Quantidade de Matéria (MOL)

No nosso cotidiano, compramos, vendemos e contamos “coisas” indicando suas quantidades; como por
exemplo 1Kg de açúcar, 1 litro de leite ou ainda uma duzia de ovos. Em Química, quantidades de átomos,
moléculas, íons, partículas são indicadas utilizando otermo Mol.
Mol: é a quantidade de matéria (substância) que contém 6,02x1023 entidades.

Exemplos:

1 mol de átomos é a quantidade de substância que contém 6,02x1023 átomos. 1mol de moléculas é a quantidade
de substância que contém 6,02x1023 moléculas.1mol de íons é a quantidade de substância que contém 6,02x1023
íons.
Massa Molar (M)
A massa molar de uma substância é a massa correspondente a 6,02x1023 moléculas dessasubstância. É
numericamente igual a massa molecular e é expressa em g/mol.
Ex: a massa molecular da água é 18 u; a massa molar da água é 18g/mol e contém 6,02x1023 .

1mol em massa massa molar


(g/mol)

SOLUÇÕES QUÍMICAS

Na natureza, raramente encontramos substâncias puras. O mundo que nos rodeia é constituído por
sistemas formados por mais de uma substância: as misturas. As misturas homogêneas são denominadas soluções.
Soluções: são misturas de duas ou mais substâncias que apresentam um aspecto uniforme.

Componentes da Solução
Soluto: é a substância que é dissolvida.

Solvente: é a substância que dissolve.Ex: água + açúcar

As soluções podem ser encontradas nas três fases de agregação:Soluções gasosas: ar ( mistura que predominam O2
e N2)
Soluções líquidas: vinagre (é uma solução de ácido acético e água)
Soluções sólidas: ouro 18 (é uma liga de ouro e cobre)

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Saturação da Solução

Juntando gradativamente sal comum à água, em temperatura ambiente e sob agitação contínua, verifica-se que
em um dado momento, o sal não se dissolve mais. No caso particular do cloreto de sódio, isso ocorre quando há
aproximadamente 360g de sal por litro de água. Daí em diante, toda quantidade adicional de sal que for colocada
no sistema irá precipitar (depositar-se nofundo do recipiente); dizemos, então, que a solução está saturada ou que
atingiu o ponto de saturação.

O ponto de saturação depende do soluto, do solvente e das condições físicas. O ponto desaturação é definido pelo
coeficiente ou grau de solubilidade.

Coeficiente de Solubilidade: é a quantidade (geralmente em gramas) de soluto necessária para saturar uma
quantidade padrão de solvente, em determinadas condições físicas de temperatura epressão.

Ex: para o cloreto de sódio, o coeficiente de solubilidade em água, a zero graus Celsius, é igual a 357g/L
para o sulfato de sódio, o coeficiente de solubilidade é 2g/L. Em função do ponto de saturação, Classificação das as

soluções

 não-saturadas: contém menos soluto que o estabelecido pelo coeficiente de solubilidade.


 saturadas: atingiram o coeficiente de solubilidade.
 supersaturadas: ultrapassaram o coeficiente de solubilidade.

Concentração das Soluções

As concentrações das soluções são dadas por relações entre a quantidade de soluto e desolvente ou entre a
quantidade de soluto e solução.
Para cada solução, essas relações podem ser expressas de maneiras diferentes.

1) Concentração comum ou, simplesmente, concentração (C):

C = m1/V

É a relação entre a massa do soluto, em gramas e o volume da solução, em litros.

Sendo: C = concentração comum

m1 = massa do soluto, em gramas.

V = volume da solução, em litros.

Ex: Qual a concentração de uma solução que contém 20 gramas do soluto dissolvido em 0,5 litrode solução?
m1 = 20 g V = 0,5 litro

C = 20g / 0,5 litro = 40 g / litro

61
Diluição de Soluções

Comumente, em nosso dia-a-dia, realizamos a diluição de soluções, isto é, acrescentamos a ela um pouco de
solvente:

Adicionamos água ao suco de fruta concentrado;

1) Colocamos um pouco de água quente em um café forte para torná-lo mais fraco;
2) Na cozinha, o detergente líquido dilui-se na água, durante a lavagem da louça;
3) Na construção civil, adiciona-se solvente à tinta para torná-la mais fluida, facilitando suaaplicação.

As soluções aquosas de produtos químicos são vendidas, em geral, em concentrações elevadas. Ao chegarem aos
laboratórios ou indústrias químicas, as soluções são (quase sempre)diluídas antes de ser empregadas.

Então, diluir uma solução significa adicionar solvente a ela. Em qualquer diluição aquantidade de soluto permanece
constante.

CINÉTICA QUÍMICA

É o estudo da velocidade das reações químicas e os fatores que nela interferem.

Podemos observar que algumas reações químicas acontecem com mais rapidez e outras mais lentamente. Nem
toda reação química acontece no mesmo tempo. Umas demoram horas, dias, anos. Outras levam uma fração de
segundo para ocorrer.

As reações químicas ocorrem em velocidades diferentes, como por exemplo o processo de digestão dos alimentos
que leva algumas horas e uma explosão que é instantânea.

Veja algumas reações químicas:

 ácido e uma base é uma reação instantânea;


 formação da ferrugem, que levam anos para se formar;
 dissolução de uma pastilha efervescente, que levam alguns segundos;
 decaimento radioativos, que levam muitas vezes bilhões de anos;
 queima de uma vela, que levam algumas horas;
 queima de um palito de fósforo, que levam alguns segundos;
 formação das rochas, que levam alguns milhões de anos.

Afinidade química: é a tendência natural que certas substâncias têm de reagir com outras. É o que acontece entre
ácidos e bases, metais e não-metais, oxidante e redutor, etc.
Contato entre as moléculas dos reagentes: é necessário que as moléculas se choquem (choque efetivo)
para reagirem, e esse choque deve ter uma direção correta e uma energia mínima (energia de ativação).
Durante a colisão há a formação de um complexo ativado (composto mais energético da reação), que é
um composto intermediário e altamente instável.
62
Fatores queinfluenciam a velocidade das reações

 Temperatura

Quanto maior a temperatura, maior será a velocidade da reação, para reações endotérmicas. A influência da
temperatura na velocidade de uma transformação química pode ser analisada observando o comportamento das
moléculas reagentes. Aumentar a temperatura significa aumentar a energia cinética das moléculas, ou seja,
aumentar a velocidade das moléculas.

 Superfície de contato
Nos reagentes sólidos, quanto maior for a superfície de contato, maior será a velocidade da reação. Podemos
observar que a reação de decomposição de um comprimido efervescente é mais lenta do que se esse comprimido
estivesse na forma de pó.

 Concentração
Aumentando a concentração dos reagentes, aumentará a velocidade da reação. Podemos dizer que o aumento da
concentração dos reagentes tende a aumentar a velocidade da transformação química ou seja quanto maior a
concentração dos reagentes, maior velocidade da transformação química. Um aumento da superfície de contato
aumenta a velocidade de reação.

 Catalisador
Um catalisador é tudo aquilo que facilita reações químicas sem nelas participar, como enzimas ou sais minerais
ionizados. Um catalisador é uma substância que afeta a velocidade de uma reação, mas emerge do processo
inalterada. Um catalisador normalmente muda a velocidade de reação, promovendo um caminho molecular
diferente para a reação. Catalisadores químicos comerciais sãoextremamente importantes.

 Pressão
Com o aumento da pressão, aumenta a probabilidade de ocorrerem colisões efetivas. E, consequentemente,
aumenta a velocidade da reação. O efeito da pressão é considerável apenas quando substâncias na fase de
agregação gasosa participam da reação. Um exemplo é uso da panela de pressão para acelerar o cozimento dos
alimentos. É importante lembrar que, para o fator pressão, ao menos um dos reagentes deve gasoso. O exemplo da
panela de pressão tem influência da temperatura, além da pressão. Porém, os dois fatores juntos tendem a
aumentar muito mais a velocidade da reação (cozimento).

TEORIA DAS COLISÕES


Sabemos que as partículas de uma substância química possuem energia própria que faz com que elas
fiquem em movimento. Tal movimento dá origem à colisão, e a partir dessa colisão pode ocorrer a reação.

No entanto, uma colisão nem sempre é suficiente para que ocorra uma reação. Experiências mostram
que, em determinadas reações, o número de colisões por segundo atinge 1 milhão, porém a maioria dessas colisões
não são efetivas, pois as partículas que entram em choque possuem uma quantidade de energia insuficiente para
que as ligações sejam rompidas nos reagentes e formadas asnovas ligações nos produtos.

Portanto, para que ocorra uma reação é necessário um mínimo de energia. Quando há colisões entre
partículas que não possuem esse mínimo, estes se tornam inúteis, já quando as colisões ocorrem entre partículas
que possuem pelo menos esse mínimo ou mais, tais colisões são eficientes e a reação tem condição de acontecer.

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QUÍMICA ORGÂNICA

1. Definição:

É uma parte da Química que estuda os compostos do elemento carbono. Os compostos orgânicos são muito
importantes em nossa vida diária, por exemplo, o álcool comum (encontrado nas bebidas alcoólicas), o vinagre
(tempero utilizado nas refeições), a gasolina ( combustível de maior uso no mundo atual), etc.

2. Histórico:

Os compostos orgânicos são utilizados pelo homem há muito tempo. A queima da madeira (combustão orgânica) já
era feita pelo homem pré-histórico. Antes de Cristo, a humanidade já produzia bebidas alcoólicas, vinagre,
corantes, etc.

Bergman, em 1777, definiu Química Orgânica como sendo a química dos compostos existentes nos organismos
vivos, vegetais e animais, enquanto a Química Inorgânica ou Mineral, seria a química dos compostos existentes no
reino mineral.
Nessa época, Lavosier conseguiu analisar vários compostos orgânicos e constatou que todoscontinham o elemento
químico carbono.

Atualmente a Humanidade dispõe de :

 Compostos orgânicos naturais; cujas fontes principais são o petróleo, carvão, gás natural, etc.

 Compostos orgânicos sintéticos; produzidos artificialmente pelas indústrias químicas, que fabricam desde
plásticos e fibras têxteis até medicamentos, corantes, inseticida, etc.

3. Características do Elemento Carbono:

As duas características químicas fundamentais do elemento são a tetravalência, em virtude da qual cada um de
seus átomos pode unir-se com outros quatro, e sua capacidade de estabelecer ligações covalentes – de elétrons
partilhados – entre os próprios átomos de carbono. Em consequência dessas propriedades, o número de
compostos do carbono é vinte vezes superior ao dascombinações que não contêm esse elemento.

Os átomos de carbono têm a propriedade de se unir formando estruturas denominadas cadeias carbônicas. Essa
propriedade é a principal responsável pela existência de milhões de compostos orgânicos.

 Tetravalência: O carbono estabelece sempre quatro (4) ligações.

- C- ; =C= ; -C = ; =C

Observe que todos os carbonos estão representados estabelecendo sempre 4 ligações.

 Formação de cadeias carbônicas: O elemento carbono tem a facilidade de ligar-se uns aos outros
formando longas cadeias denominadas cadeias carbônicas.
Em uma cadeia carbônica podemos classificar cada átomo de carbono presente na cadeia.
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Carbono Definição Fórmula Estrutural

Primário Ligado diretamente, nomáximo,


a um outro carbono

Ligado diretamente adois outros carbonos


Secundário

Ligado diretamente a trêsoutros carbonos


Terciário

Ligado diretamente a quatro outros carbonos


Quaternário

4. Classificação das Cadeias Carbônicas:


As cadeias carbônicas podem ser classificadas de acordo com a presença ou ausência de uma determinada
característica como, por exemplo, a existência de heteroátomos, insaturações, ramificações, etc.

 Cadeia aberta ou fechada: nas cadeias fechadas, também chamadas de cíclicas, os átomos se ligam de modo a
formar um ciclo, fato que não ocorre nas cadeias abertas.
Exemplos:

Cadeia aberta

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Cadeia fechada

 Cadeia normal ou ramificada: quando a cadeia apresenta no mínimo três extremidades e seus átomos não estão
dispostos em uma única sequência, ocorre o que chamamos de ramificação e a cadeia é classificada como
ramificada.
Exemplos:

Cadeia ramificada

cadeia normal

 Cadeia saturada ou insaturada: esse tipo de classificação está diretamente relacionado à presença de
instaurações (ligações duplas ou triplas) entre dois átomos de carbono da cadeia. Quando todas as ligações
entre os átomos da cadeia forem simples ela será classificada como saturada, enquanto a presença de
instaurações entre os átomos da cadeia faz com que seja classificada como insaturada.
Exemplos:

cadeia saturada

cadeia insaturada

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 Cadeia homogênea ou heterogênea: essa classificação diz respeito à presença de heteroátomo na cadeia
carbônica. As cadeias que apresentam apenas átomos de carbono são chamadas de homogêneas, enquanto as
heterogêneas são as cadeias carbônicas que possuem pelo menos um heteroátomo.
Exemplos:

cadeia homogênea

cadeia heterogênea

A cadeia carbônica fechada pode ser alicíclica ou aromática: quando uma cadeia carbônica fechada
apresenta em sua estrutura o anel ou núcleo de benzênico, ela é classificada como aromática, sendo todas as
demais cadeias fechadas classificadas como alicíclicas.

Exemplos:

cadeia aromática

cadeia não aromática

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HIDROCARBONETOS

São compostos orgânicos formados exclusivamente de carbono e hidrogênio.

Fórmula Geral : CxHy

onde: X é o número de átomos de carbono e Y é o número de átomos de hidrogênio

Veremos alcanos, alcenos, alcinos, alcadienos , cicloalcanos, cicloalcenos e hidrocarbonetosaromáticos.

1) ALCANOS OU PARAFINAS:
São compostos orgânicos que apresentam a cadeia carbônica aberta e saturada.

Exemplos:

 Butano – CH3 – CH2- CH2 - CH3


 Propano - CH3 – CH2- CH3
 Metano – CH4 - gás obtido da decomposição do lixo orgânico

2) ALCENOS OU OLEFINAS:
São compostos orgânicos que apresentam a cadeia carbônica aberta e insaturada ( contémuma dupla ligação).

Exemplos: Eteno – CH2 = CH2


Propeno - CH2= CH - CH3

3) ALCINOS OU ALQUINOS:
São compostos que apresentam cadeia carbônica aberta e insaturada ( contém uma tripla ligação)

Exemplos : etino - CH = CH

4) ALCADIENOS OU DIENOS :
São compostos que apresentam cadeia carbônica aberta contendo duas ligações duplas.
Exemplos: 1,3-butadieno - CH2 = CH – CH = CH2

5) CICLOALCANOS OU CICLOPARAFINAS:
São compostos orgânicos que apresentam a cadeia carbônica fechada e saturada.

Exemplos: Ciclopropano -

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6) CICLOALCENOS OU CICLOALQUENOS:

São compostos que apresentam a cadeia carbônica fechada contendo uma dupla ligação.

Exemplos: ciclobuteno -

7) HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS:

São compostos aromáticos que apresentam pelo menos um anel benzênico em sua estrutura.
Não existe uma fórmula geral para todos os hidrocarbonetos aromáticos. Em geral os hidrocarbonetos aromáticos são
agentes cancerígenos.

Exemplos:

Benzeno (solvente) Naftaleno

Nomenclatura de Hidrocarbonetos
De acordo com a IUPAC ( União Internacional de Química Pura e Aplicada) , o nome de umhidrocarboneto é formada pela
união de três componentes.
Prefixo: indica o número de átomos de carbono. Intermediário: o tipo de ligação entre os carbonos.
Sufixo: indica a função a qual pertence o composto orgânico.

Prefixo Intermediário Sufixo


1C MET AN –ligações simples O
2C ET EN – 1 ligação dupla
3C PROP IN – 1 ligação tripla
4C BUT DIEN – 2 ligações duplas
5C PENT TRIEN – 3 ligações duplas
6C HEX DIIN – 2 ligações triplas
7C HEPT TRIIN- 3 ligações triplas
8C OCT
9C NON
10C DEC

Exemplos:

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 H2C=CH2 - Eteno

 HC3-CH2-CH3 - Propano

 CH2=CH-CH2-CH3 - 1-buteno

 CH3-CH=CH-CH3 - 2-buteno
Quando uma molécula apresenta cadeia cíclica, devemos acrescentar a palavra ciclo antes do nome.

Funções Oxigenadas

São compostos orgânicos que apresentam os elementos carbono, hidrogênio e oxigênio. Dentre elas veremos: álcoois,
fenóis, aldeídos, cetonas, ácidos carboxílicos, ésteres e éteres.

1) Álcoois: são compostos que apresentam o grupo hidroxila (-OH) ligado a um carbonosaturado.

Nomenclatura dos álcoois: A nomenclatura oficial dos álcoois segue as mesmas regras de nomenclatura dos
hidrocarbonetos; a única diferença está na terminação. Recebem o sufixo ol.

Exemplos: CH3 – OH metanol CH3 – CH2 – OH etanol

2) Fenóis: apresentam o grupo hidroxila (-OH) ligado diretamente a um carbono do anelaromático.

Nomenclatura dos fenóis: o grupo (-OH) é denominado hidróxi e vem seguido do nome dohidrocarboneto.

3) Cetonas: apresentam o grupo carbonila ( C=O) ligado entre átomos de carbono.


Nomenclatura das cetonas: de acordo com as regras de nomenclatura recebem o sufixo ona.

Exemplos: H3C – CO – CH3 propanona

H3C – CH2 - CO – CH3 butanona

4) Aldeídos: os aldeídos apresentam o grupo carbonila (- CHO ) na extremidade da cadeia.


Nomenclatura dos aldeídos: recebem o sufixo al.

Exemplos: CH3 – CHO etanal


CH3 – CH2 – CHO propanal

5) Ácidos Carboxílicos: são ácidos orgânicos caracterizados pela presença do grupo carboxila, formado pela
união dos grupos carbonila e hidroxila.
Nomenclatura Oficial: obedecer às regras já vistas, sendo usado o sufixo óico.

Exemplos: CH3 – COOH ácido etanóico

CH3 – CH2 – CH2 – COOH ácido butanóico


6) Ésteres: são caracterizados pelo grupo funcional ( - COO - ). Podemos considerar que os ésteres se originam
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a partir da substituição do hidrogênio do grupo OH de um ácido carboxílico porum radical orgânico R.
Nomenclatura Oficial:sua nomenclatura pode ser obtida substituindo-se a terminação iço
do nome do ácido de origem por ato e acrescenta-se o nome do radical que substitui o hidrogênio.
Exemplos: CH3 – CH2 – COO – CH3 propanoato de metila.

CH3 – COO – CH2 – CH3 etanoato de etila

7) Éter: apresentam o átomo de oxigênio (O) ligado a dois radicais orgânicos.

Nomenclatura Oficial:
Prefixo que indica o número de + oxi + Nome hidrocarbonetocarbonos do menor radical correspondente ao maior
radical

Exemplos: CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3 etóxietano

CH3 – O – CH2 – CH3 metóxietano

FUNÇÕES NITROGENADAS

São compostos orgânicos que apresentam os elementos carbono, hidrogênio, oxigênio enitrogênio. As principais são:
aminas, amidas e nitro compostos.

Petróleo
O petróleo tem sua origem em pequenos seres vegetais e animais da orla marinha, que foram soterrados a
milhões de anos. Pela ação de micro-organismos, da pressão, do calor e do tempo, essamatéria orgânica foi transformada
em petróleo.
A palavra petróleo vem do latim (petrae, pedra; oleum, óleo), lembrando que é um material oleoso extraído
das rochas, O petróleo é um líquido escuro, oleoso, com cheiro característico, formado por milhares de compostos
orgânicos, com grande predominância de hidrocarbonetos.
O petróleo é encontrado em bolsões profundos, às vezes em terra firme, outras vezes abaixo do fundo do mar.
Em geral o petróleo é encontrado sobre água salgada, o que lembra sua origem marinha, e embaixo de uma camada
gasosa, formada por CH4 , C2H6 etc, em alta pressão.
Refino do petróleo – transportado em navios e oleodutos, o petróleo vai para as refinarias de petróleo, onde sofre a
separação e purificação de seus componentes – é o processo denominado refino ou refinação do petróleo. O petróleo
cru entra em uma fornalha, onde é aquecido; a seguir passa pela torre de destilação à pressão atmosférica, onde são
separadas em várias frações. O resíduo da primeira torre é reaquecido e vai para segunda torre, de destilação a vácuo, de
onde saemvários óleos lubrificantes e o resíduo final, que é o asfalto.

Algumas frações: GLP (gás liquefeito de petróleo/ gás de cozinha) , gasolina, querosene, óleodiesel, etc.

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REFERÊNCIA

CANTO, Eduardo Leite; CANTO, Laura Celloto. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. Ed. Moderna.

PEREIRA, Ana Maria; SANTANA, Margarida; WALDHELM, Mônica. Ciências: projeto Apoema. Ed. do Brasil.

Apostila Ensino Médio para o Ensino de Biologia, NEEJACP Paulo Freire.

Sites diversos e materiais elaborados pela autora.

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