AcaoCafeínaRendimento Ferreira 2004
AcaoCafeínaRendimento Ferreira 2004
AcaoCafeínaRendimento Ferreira 2004
NATAL - RN
2004
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
BANCA EXAMINADORA
Aprovada em: / /
DEDICATÓRIA
A Deus, princípio e fim, pelas inúmeras provas do seu amor por mim.
e sua concretização só foi possível graças à extensa colaboração que recebi. Aos aqui
Ao meu orientador, compadre e irmão Prof. Dr. Ricardo Oliveira Guerra, pelo
desta pesquisa. Obrigada por todo empenho para a concretização deste doutorado.
A Profa. Dra. Gerlane Coelho Bernardo Guerra pelo apoio, incentivo e solicitude;
trabalho.
Ederton, João Maria, Marcelo, Neto, Elionardo e Maurício, que no sentido figurado e
literal “deram o sangue” para a concretização desta pesquisa e esforço para o
seu empenho, solicitude e firmeza e a seus fiéis escudeiros Jedna, Vera, Adjailson e
Ao Dr. Lauro Arruda e equipe do Hospital do Coração pela realização dos Testes
cápsulas de cafeína.
dificuldade.
Damião Ernane, Márcia Falcão, Anna Paula Lucena, Andreza Barreto, Celimária Lima,
Andrade e Dra. Nádia Aragão pela realização das análises de concentração de cafeína
na urina.
realização das análises bioquímicas além das preciosas informações sobre os métodos
de análise.
gráficos.
coletadas.
por ceder espaço em seu laboratório para o congelamento das amostras de sangue e
urina do estudo .
A Profa. Karla Morganna P. P. de Mendonça, companheira neste processo de
Socorro Ferreira, Marisa Santos, Ricardo Lins, Elizabel Viana, Rosangela Lins, Vera
para utilização do espaço do Anel viário do campus universitário central, como também
corridas.
“Caminhante, são tuas pegadas “Caminante, son tus huella
o caminho, e nada mais; sel camino, y nada más;
caminhante, não há caminho, caminante, nop hay camino,
o caminho se faz ao andar. se hace camino al andar.
Ao andar se faz o caminho, Al andar se hace camino,
e ao voltar a vista atrás y al volver la vista atrás
vê-se a senda que nunca se ve la senda que nunca
se voltará a pisar. se ha de volver a pisar.
Caminhante, não há caminho Caminante, no hay camino
Há apenas sulcos no mar”. sino estelas em la mar”.
timpânica (Tt), o peso corporal (PC), freqüência cardíaca (FC) e concentração urinária
ciclísticas sob condições de alto risco térmico. Métodos: Foram estudados 8 ciclistas
e a RPE foram menores com as doses de 5 e 9 mg/kg de cafeína que com a dose
deve-se considerar que a cafeína pode exercer influencia sobre a percepção subjetiva
LISTA DE FIGURAS
placebo.....................................................................................35
LISTA DE TABELAS
Ca ++ Cálcio
K+ Potássio
Na + Sódio
UV Ultra violeta
Dedicatória........................................................................................................... iv
Agradecimentos......................................................................................................vi
Listas......................................................................................................................xii
Resumo..................................................................................................................xv
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1
1.1 Objetivos...........................................................................................................3
2 REVISÃO DA LITERATURA.............................................................................. 4
2.7.1Catecolaminas............................................................................................... 17
2.7.3 Músculo.........................................................................................................19
2.7.4 Ácidos Graxos.............................................................................................. 20
2.7.6 Lactato.......................................................................................................... 22
3 MÈTODOS ........................................................................................................ 29
3.1 Sujeitos............................................................................................................ 29
4 RESULTADOS .................................................................................................. 33
5 DISCUSSÃO ...................................................................................................... 18
6 CONCLUSÕES .................................................................................................. 19
7 ANEXOS ............................................................................................................ 22
REFERENCIAS..................................................................................................... 23
Abstract.................................................................................................................. 23
Apêndice................................................................................................................ 24
1 INTRODUÇÃO
longa duração.
metilxantina 2,3,13-18.
das pesquisas, o que leva a uma grande dificuldade de interpretação dos resultados.
antes do evento esportivo, seria devido aos efeitos centrais ou periféricos no sistema
nervoso , o que se torna difícil em estudos realizados em humanos, uma vez que a
20,21
cafeína tem potencial para afetar vários tecidos simultaneamente . Também é
2
precisas 22.
utilizadas 2,8,28-30 e das condições ambientais onde são realizados estes estudos 14,31-35.
sendo válido extrapolar os resultados para provas de campo, uma vez que as
1.1 Objetivos
Geral
Específicos
via urinária.
4
2 REVISÃO DA LITERATURA
contexto esportivo, ajuda ergogênica pode ser definida como técnica ou substância
Embora não apresente qualquer valor nutricional, a cafeína tem sido considerada
mundo 22.
estudo é complexo pelo fato que os efeitos da cafeína podem variar dependendo do
estado de alerta, alguns autores têm especulado que os efeitos ergogênicos da cafeína
22,46,47
estão associados aos efeitos psicológicos . A alteração da percepção da dor é
4
após o exercício físico forçado. Além disso, Cole et al., encontraram que a cafeína
necessárias para identificar como estas alterações estão relacionadas com suas
homem tem realizado para melhorar artificialmente a sua própria resistência à fadiga e
aceitar suas limitações físicas e mentais, e sempre tem buscado formas de superar com
menor esforço suas possibilidades naturais. Nesse empenho, ele tem utilizado diversos
desempenho, dia a dia se buscam novos métodos e técnicas para superar esses
parâmetros. Uma forma externa de influir no desempenho físico do atleta, tem sido
inflamatórios, desde que não seja ultrapassado o grau de uso permitido 57.
Assim, o COI classifica a cafeína como uma droga restrita, sendo considerado
1,2,9,10,14,20,27,32,58-65
doping somente em concentrações ≥ 12 µg/ml na urina . Nas
abaixo do limite de doping do COI (12 µg/ml) sem relação dose-resposta entre cafeína e
9
tempo de resistência. O estudo de Kovacs et al., utilizou diferentes doses de cafeína
(154, 230 e 328 mg), que correspondem em média a 2,1, 3,2 e 4,5 mg/kg de cafeína
proporção similar à cafeína, entretanto esta substancia não é regulada pelos órgãos
de apenas uma pequena quantidade de cafeína ser excretada (0,5 a 3%), sem
9
71
alteração na sua constituição química, sua detecção na urina é relativamente fácil ,o
clearence entretanto, não é linear sendo significativamente lento em altas doses 72.
durante o exercício; a resistência ao exercício foi aumentada apenas nos indivíduos que
cafeína para o café, pois parece haver outros componentes no café que modera a ação
da cafeína. A ingestão de cafeína como café parece ser ineficiente, quando comparado
com o uso de cafeína pura, quando se pretende melhorar o rendimento esportivo 20.
74
Nos primeiros estudos realizados com cafeína, French et al., propuseram que
estudos com doses mais baixas. Graham e Spriet 28 demonstraram que a resistência foi
aumentada no exercício prolongado com 85% da VO2 máx em corredores que ingeriram
literatura sobre esse tema, refere que há indicativos de que as doses de 3 e 6 mg/kg
parecem ser ideais, por apresentarem efeito ergogênico sem efeitos adversos. Porém,
77
Conforme a revisão de Graham, Rush e van Soeren , o uso crônico da cafeína
rotina de consumo de cafeína produz sintomas que incluem mudanças no humor, dor
efeitos ergogênicos benéficos 20. Não há dúvida que é possível desenvolver tolerância e
abstiveram da cafeína por longos períodos, bem como em não usuários. Por isso,
insignificantes 27.
atletas metabolizam a cafeína da forma similar. Algum fator que tenha influencia no
sistema hepático citocromo P450 pode afetar o clearence da cafeína, dentre estes
de adenosina, entretanto, outros tecidos se adaptam por alteração das ações pós-
20,79
receptoras . Contudo, estes estudos também mostraram que alguns tecidos
80
parecem não sofrer adaptação à exposição habitual. Dodd et al., compararam as
82
estudados por Kamimori et al., que encontraram aumento na taxa de metabolismo da
fato pode ser porque em indivíduos altamente treinados, os músculos e outros tecidos
são mais responsivos, ou porque os atletas possuem uma disciplina mental para
exercitar-se longa e duramente o bastante para ser mais beneficiado com o estímulo da
20
cafeína . Assim, pose-se afirmar que a curva de dose-resposta e a tolerância à
intracelulares, mas não está claro se esses efeitos são diretos ou devidos a eventos
o que provoca uma situação na qual é difícil atribuir uma resposta ao efeito da cafeína
aumento da força de contração muscular, induzido pela cafeína, está relacionado com o
só pôde ser detectado em experimentos in vitro, utilizando dosagens muito altas, cujas
cerebral 89.
tipos de recptores (A1 e A2) e, ao interagir com os receptores A1, inibe a enzima
impedir sua interação com a adenosina, aumenta os níveis de AMPc, provocando uma
efeitos. A cafeína resulta numa estimulação dos sistemas envolvidos, aumentando tanto
noradrenérgicos 90.
A cafeína afeta quase todos os sistemas do organismo, sendo que seus efeitos
mais óbvios ocorrem no sistema nervoso central (SNC). Este conhecido estimulante do
nos animais, 30 minutos antes da corrida, placebo (Pl), cafeína (Caf), agonista do
conseguiram correr 80 m com Pl; 120 m com Caf; 25m com NECA e 80m com Caf +
NECA. Quando o estudo foi repetido com injeções intraperitonais a cafeína não mostrou
através dos efeitos do SNC em parte pelo bloqueio dos receptores de adenosina.
18
49
Estudo de Cox et al., teve por objetivo determinar se tanto a ingestão extra de
em fase tardia do exercício. Oito ciclistas bem treinados se exercitaram em bicicleta por
2 horas a 70% da VO2 max e quando completaram o tempo de prova, foram solicitados
sugerindo que os efeitos da melhora do rendimento certamente não foram devidos aos
resistência 49.
Claramente isto implica que a cafeína em baixas doses pode aumentar a capacidade de
catecolaminas 35,96.
97
Engels et al., examinando a influência da cafeína nas funções metabólicas e
modificações na pressão sistólica e diastólica persistiram por três horas após a ingestão
20
cafeína não é a mesma para todo tipo de fibra muscular, por isso ela age
I ou do tipo II 22.
matriz actina-miosina das fibras dos músculos estriados 99. Pesquisas feitas com ratos e
gatos mostram que músculos que contem uma maioria de fibras do tipo I são muito
mais sensíveis aos efeitos da cafeína do que músculos que contem a maioria das fibras
do tipo II. Os músculos com mais fibras do tipo I, como o sóleo, são muito mais
sensíveis ao efeito da cafeína que aqueles que contêm a maioria das fibras do tipo II,
como os flexores e extensores dos dedos de cães, gatos, sapos e ratos. Matsumoto et
al., 100 também mostrou em humanos esta mesma diferença na sensibilidade das fibras
impacto na época, mas nas últimas duas décadas, tem sido contestado em algumas
circunstâncias 8,48,101,102.
quais a cafeína tem mostrado efeito ergogênico quando o glicogênio não parece ser
fator limitante. Por outro lado, a literatura é bastante consistente no que diz respeito a
fadiga, o que sugere que a economia de glicogênio muscular pode não ser um fator
glicogênio durante o exercício prolongado que não chega a exaustão. Estes dados
foram confirmados por Graham e Spriet 7 que mostraram que a redução do catabolismo
109
quando não há aumento dos níveis de catecolaminas . Os autores supõem que a
cafeína antagoniza os receptores A1 dos adipócitos e isso aumenta a lipólise (isso pode
hepático dos AGLs dos quais alguns são oxidados ou esterificados; o excesso dos
AGLs formam corpos cetônicos que são liberados por vários tecidos incluindo o
músculo esquelético.
acumular e torna-se maior à medida que o exercício se torna mais intenso e as células
energia. Esse limiar anaeróbico ou limiar de lactato, ocorre num percentual mais alto da
capacidade aeróbica do atleta que no indivíduo não treinado 3. Esta resposta favorável
anaeróbica 111.
24
É notável com que freqüência tem sido observada que a ingestão de cafeína
7,11,31,101,102,106,112,113
aumenta os níveis de lactato sanguíneo todavia, esses resultados
raramente são relatados na discussão dos estudos, pois são contraditórios, se for
piruvato, uma vez que a demanda de piruvato seria suprimida pelo aumento da
elevou os níveis de lactato arterial durante o exercício mas não foram alterados os
membrana causada pela perda de potássio ou ser causada pela redução da liberação
disfunções graves. Não é raro que um atleta durante uma competição perca entre 1 e 5
nenhuma base comum para afirmar que a ingestão de cafeína poderia levar a
após sua ingestão, mas durante o exercício, ela não produz nenhum efeito diurético.
ação nos túbulos renais, bloqueando ou inibindo a reabsorção de solutos, o que resulta
pelos rins. Assim, como a diurese induzida pela cafeína não ocorre durante o exercício,
ser perigosos, mas eles podem ser perturbadores se presentes antes de uma
mg/kg.
exercício.
27
no tempo de endurance após a ingestão da cafeína (90.2 min x 75.5 min, cafeína x
placebo, respectivamente).
103
Em um outro estudo, Ivy et al., demonstraram que 250mg de cafeína foi
mais lipídios para a produção de energia a utilização do glicogênio muscular poderia ser
atualmente 20
150%, o que pode ter contribuído para a redução dos valores de R (equivalente
respiratório) observados no grupo tratado pela cafeína. Embora estes estudos tenham
concentrações de ácidos graxos livres (AGL) no plasma; diminuição dos valores de R),
habituais, foi realizado um estudo onde 6mg/kg de cafeína foi adminstrada, 1h antes de
uma corrida de 90 min na esteira a 70% VO2 máx, por consumidores habituais de
encontrada entre as três doses, indicando que não existe relação entre as doses de
sob a forma de café. Os sujeitos ingeriram 4.45 mg/kg de cafeína em ambas as formas
(pura ou café) e após uma hora executaram testes de corrida até a exaustão a 85% do
podem exercer algum tipo de efeito inibitório nos efeitos fisiológicos causados pela
cafeína.
dúvida que a cafeína poderia ser utilizada como auxiliar no treinamento esportivo.
Raros estudos têm sido bem conduzidos para avaliar o impacto da cafeína na
campo é difícil uma vez que as mudanças nas condições ambientais podem ser fatores
20 14
de difícil condução em um estudo deste tipo . Cohen et al., não encontraram efeito
dos esquiadores foi aumentada entre 1 e 2,5 minutos, entretanto este aumento foi
estudo tem sido criticado porque os pesquisadores normatizaram seus dados de forma
20,27
complexa . Infelizmente as condições do tempo e da neve variaram durante as
Isso ocorre provavelmente porque é mais difícil quantificar as respostas nesse tipo de
cafeína envolvia a economia do glicogênio muscular, e como não havia evidência que o
ocorra em maior intensidade muito mais pela ação direta da cafeína no SNC do que
126
pela sua ação em nível periférico . Com relação aos exercícios máximos e
mesmo não se pode dizer com relação a tais exercícios quando precedidos por
tipos de esforços.
103 118
Em pesquisas realizadas em laboratório, Ivy et al., e MacIntosh e Wright
bem controlado, onde os ciclistas tinham que mostrar seu desempenho o mais rápido
influenciar a resposta dos ácidos graxos livres (AGLs) com a ingestão de cafeína.
resposta dos AGLs à uma dieta rica em gordura, à ingestão da cafeína; à uma dieta rica
isoladamente e mais baixos com a dieta gordurosa com ou sem a ingestão de cafeína.
não foi influenciado pela ingestão de cafeína em sujeitos com dieta rica em
dieta rica em carboidratos, influencia a resposta dos AGLs com a ingestão de cafeína.
27
Entretanto, este trabalho é criticado por Spriet porque a performance de resistência
não foi mensurada, ao passo que, em vários outros estudos, uma dieta rica em
produzem grande quantidade de calor que deve ser dissipado para o ambiente, ou
temperatura central através da secreção de água na pele para evaporação, mas esta
que mantêm um grande fluxo sanguíneo muscular e aqueles que proporcionam uma
centro para a superfície corporal. O calor corporal é perdido por irradiação, condução,
34
mais importante que determina a eficácia da perda de calor por evaporação. A umidade
determinada temperatura com a quantidade total de umidade que poderia ser carreada
nesse ar 132.
Quando a umidade é alta, a evaporação diminui muito e essa via para a perda de
calor é fechada. Nos ambientes quentes e úmidos, a eficácia da perda de calor por
28º C o risco é muito alto; quando o WBGT estiver entre 23 e 28º C o risco é alto; entre
com alta temperatura (32 oC), como em ambiente termoneutro (23 oC) com uma
foi similar nos dois ambientes térmicos estudados. Os investigadores concluíram que o
3. MÉTODOS
3.1 Sujeitos
Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 1). O experimento foi aprovado pelo Comitê
antes de cada prova, foram realizadas reuniões com os atletas, para esclarecimento
dos procedimentos, e entrega das fichas para o registro da dieta ingerida em todas as
refeições até o momento das provas. Foi registrado pelo atleta os alimentos ingeridos
nos 3 dias anteriores a cada prova, sendo solicitado que a dieta fosse habitual,
foi realizada sempre no mesmo horário (entre 9:00 e 11:00 h) e dia da semana com
14
intervalo de sete dias . As provas foram realizadas no anel viário do Campus da
consumido foi registrado ao final de cada prova. Os atletas foram orientados a manter
dias antes das provas. Para simular uma prova ciclística típica e estimular o esforço
encorajamento oferecido.
38
cumprimento de cada volta (5,6 km) e do total do percurso (45 km), com o cronômetro
Cássio - USA, com memória para 100 tempos. A prova de “contra-relógio” é uma
cada atleta nas provas ocorreu com intervalo de 1 minuto para evitar o efeito do vácuo.
1000 – Brasil, em quatro ocasiões: antes da ingestão das cápsulas, 1 hora após a
ingestão da cafeína, imediatamente após a prova e 50 minutos após o final das provas
96
.
A taxa de esforço percebido (RPE) foi avaliada ao final de cada prova através da
138
escala de 6-20 pontos de Borg (Anexo 3), instrumento amplamente validado
1,3,13,23,49-52
. Após cada prova, os participantes foram questionados se poderiam
O peso corporal foi aferido através da balança digital Soehnle – Alemanha, com
capacidade para 200 kg, antes (após a ingestão das cápsulas) e imediatamente após
cada prova. O cálculo da perda do peso corporal foi corrigido pela ingestão de água
Uma hora antes de cada uma das provas foi obtida uma amostra de 5 ml de
sentados por uma hora antes do início da prova. Novas amostras de sangue foram
prova.
amostra. 139,140.
de chama utilizando o kit comercial da marca CELM, e lidas através do fotômetro 7000
Quando estes átomos esfriam, voltam ao estado normal e reemitem a sua energia
absorvida por radiação com comprimentos de onda específicos, alguns dos quais na
região visível da luz. Um metal alcalino, aspirado por uma chama de baixa temperatura,
na forma nebulizada vai, depois de excitado pela chama, emitir uma onda de freqüência
discreta, a qual pode ser isolada por um filtro ótico. A emissão é proporcional ao
15 cm) (Varian, Walnut Creek, CA) utilizando reagentes metanol, etanol e ácido acético
way. As interações quanto ao peso e temperatura timpânica nas etapas inicial e final,
etapas (A, I, T, P - (A) antes da ingestão das cápsulas; (I) 1 hora após a ingestão das
cápsulas; (T) imediatamente após as provas; e (P) 50 minutos após o término das
4 RESULTADOS
volta mais rápida de cada ciclista em um percurso de 5,6 km. Continuaremos então com
entre o início e o final de cada prova, a temperatura ambiente variou entre 28,5 e 32o C
e a umidade entre 71 e 78% com um índice de WBGT oscilando entre 24,5º e 27º C,
três provas realizadas, tiveram médias de 83,0 ± 6,3 min; 79,6 ± 3,2 min e 81,8 ± 5,1
(Figura 1) não mostraram diferenças significativas (F(2,21)= 0,94; p< 0,4068), entretanto,
90
85
Tempo (min) 80
75
70
65
60
0 5 9
Doses de cafeína(mg/kg)
a administração das doses de cafeína e placebo (F(2,21)= 1,06; p< 0,3640). Nesta
avaliação da volta mais rápida durante toda a prova, 4 dos ciclistas tiveram o melhor
desempenho com a dose de 5 mg/kg de cafeína, com o tempo médio de 8,70 ± 1,2
minutos; 3 com 9 mg/kg de cafeína com média de 9,30 ± 0,8 minutos; e apenas 1 com
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Tempo (min)
significantes quando comparados entre as doses ingeridas (F(2,21)= 2,28; p< 0,1450).
Por outro lado, a sensação de fadiga foi menor nas doses de 5 mg/kg (14,8 ± 2,3) e 9
0
Dose de cafeína
(mg/kg)
6 8 10 12 14 16 18 20
Valores da Escala de Borg (6- 20)
antes da administração das cápsulas (A); 1 hora após a administração das cápsulas,
período correspondente ao início das provas (I); imediatamente após as provas (T) e 50
minutos após o término das provas. Podemos observar discretas diferenças entre os
146
144
Sódio (mmol/l)
142 A
I
140
T
138 P
136
134
0 5 9
Dose (mg)
Figura 4. Concentrações séricas de sódio com placebo (0), 5 e 9 mg/kg de cafeína antes (A) no
início (I) término (T) e 50 minutos pós-prova (P). Valores de média ± EP (n=8). p< 0,9137
46
4,4
4,2
Potássio (mmol/l)
A
4,0
I
T
3,8
P
3,6
3,4
0 5 9
Dose (mg)
Figura 5. Concentrações séricas de potássio com placebo (0), 5 e 9 mg/kg de cafeína antes (A)
no início (I) término (T) e 50 minutos pós-prova (P). Valores de média ± EP (n=8). p< 0,7069
120
100
Glicose (mg/dl)
A
I
80
T
P
60
40
0 5 9
Dose (mg)
Figura 6. Concentrações séricas de glicose com placebo (0), 5 e 9 mg/kg de cafeína antes (A)
no início (I) término (T) e 50 minutos pós-prova (P). Valores de média ± EP (n=8). p< 0,8431
Na tabela 2 podemos verificar os valores dos níveis séricos de sódio, potássio e glicose,
conforme a administração de placebo, 5 e 9 mg/kg de cafeína antes (A) no início (I)
término (T) e 50 minutos pós-prova (P).
47
9 mg/kg de cafeína antes (A) no início (I) término (T) e 50 minutos pós-prova (P). Valores de
média ± DP.
A I T P A I T P A I T P
Na+ 140,6 137,5 140,0 137,6 137,6 141,8 138,2 139,5 140,7 138,5 139,7 140,2
(mmol/l) ±3,2 ±1,6 ±3,7 ±3,7 ±3,7 ±5,1 ±2,7 ±4,1 ±3,8 ±1,4 ±2,8 ±4,6
K+ 3,78 4,20 3,86 4,15 4,03 4,01 3,95 4,25 4,11 4,02 3,91 4,25
(mmol/l) ±0,5 ±0,5 ±0,4 ±0,4 ±0,3 ±0,3 ±0,3 ±0,2 ±0,5 ±0,4 ±0,4 ±0,4
Glicose 4,53 4,99 4,64 4,18 3,9 5,29 4,46 3,86 4,57 5,37 4,64 4,93
(mmol/l) ±1,1 ±1,36 ±1,6 ±1,3 ±0,7 ±0,8 ±1,2 ±1,6 ±0,8 ±0,9 ±0,8 ±0,9
temperatura timpânica inicial variou de 34,9 a 36,7 oC e a final de 35,6 a 37,6 oC,
inicial e final com as doses de cafeína de 5 e 9 mg/kg e placebo (F(2,28)= 62; p< 0,5469)
(Figura 7).
48
37,1
36,5
Inicial
36,2
Final
35,9
35,6
35,3
0 5 9
Dose (mg)
A tabela 3 registra que não houve correlação entre a perda de peso corporal e
temperatura timpânica com o tempo total de rendimento com a administração de
placebo e as dose de 5 e 9 mg/kg de cafeína.
Placebo 5 mg 9 mg
49
Não foi registrada relação entre os dados referentes à freqüência cardíaca nos
períodos (A,I,Te P) avaliados, demonstrando que o perfil foi similar para as doses de 5
período correspondente ao término das provas (T), não havendo correlação entre os
140
Freqüência cardíaca (bpm)
120
A
100
I
T
80
P
60
40
0 5 9
Dose (mg)
Figura 8. Valores de freqüência cardíaca antes (A) no início (I) término (T) e 50 minutos pós-
prova (P) de acordo com placebo, 5 e 9 mg/kg de cafeína. Valores de média ± EP (n=8). p<
0,9137
50
A ingesta de água variou de 280 a 1550 ml com médias de 738 ± 317 (placebo);
771 ± 394 (5 mg/kg) e 772 ± 434 (9 mg/kg), os quais foram utilizados para o ajuste do
peso corporal inicial e final. Apesar da variação não foi encontrada diferença entre os
p< 0,9805).
ciclistas tiveram uma perda de peso que variou entre 0,7 e 1,6 kg. Os dados mostraram
mas este padrão não mudou com a adição das doses de cafeína ou placebo. As médias
70
65
Inicial
Final
Peso (kg)
60
55
50
0 5 9
Dose (m g)
Figura 9. Dados do peso corporal, no início a no final das provas, conforme a administração de
placebo, 5 e 9 mg/kg de cafeína. Valores de média ± EP (n=8). p< 0,9394
51
mg/Kg de cafeína não foi detectada a presença de cafeína em nenhuma das doses
média 1,5 ± 1,2 µg/ml e para a dose de 9 mg/kg a média foi de 5,1 ± 2,9 µg/ml.
COI. A concentração máxima de cafeína detectada nas amostras de urina foi de 8,7
6
Cafeína na urina (ug/ml)
0
0 5 9
Dose (mg)
Figura 10. Concentração de cafeína na urina (p< 0,0006) com as diferentes doses de
cafeína administradas. (n=8)
52
5 DISCUSSÃO
discussão dos resultados de cada uma das variáveis pesquisadas, seguindo a mesma
excelência ou “padrão ouro” pois produz evidências mais diretas para esclarecer a
143
relação causa-efeito entre dois eventos . A credibilidade científica que esta
dos resultados simples pois estão relativamente livres de fatores de confundimento 144.
Para análise estatística optamos pela análise de medidas repetidas uma vez que
grande parte das pesquisas no estudo da atividade física envolve a medida da mesma
teste paramétrico que permite a avaliação da hipótese nula entre as médias de dois ou
mais grupos com a restrição de que os grupos são níveis da mesma variável
nossos resultados não corroboram estes achados prévios, uma vez que este estudo
mostrou que os efeitos ergogênicos da cafeína podem ser pouco expressivos quando o
realizar certa distância predeterminada, o que não ocorre nos estudos realizados em
não significativas, sobre o tempo total de rendimento, a volta mais rápida e a percepção
tipos de alteração no metabolismo têm sido apontados como fator de perda muito
térmico, que foram influentes o suficiente para limitar o efeito benéfico da cafeína 14 .
relação ao grupo placebo. Por outro lado, não foram encontrados resultados
significativos entre as doses mais altas administradas. Estes resultados mostram que
55
desempenho 2,7,10,48,49.
corretamente quando haviam ingerido a dose de 9 mg/kg uma vez que eram
sensações. Estes sintomas não são diferentes dos sintomas de intoxicação por cafeína
sugerindo que para alguns atletas os efeitos adversos da cafeína podem exceder seus
efeitos ergogênicos.
tempo da volta mais rápida entre as doses de cafeína e placebo não mostrou diferença
percurso de 5,6 km com a dose de 5 mg/kg de cafeína, 3 deles com 9 mg/kg de cafeína
56
foram conseguidos entre a primeira e a quinta volta do percurso (entre 5,6 e 28 km).
sensação de fadiga foi menor nas doses de 5 mg/kg (14,8 ± 2,3) e 9 mg/kg ( 14,8 ± 1,6)
1,7) – quando o exercício foi considerado muito cansativo. Esses resultados são
RPE foi maior com placebo que com a cafeína durante o exercício abaixo do limiar
anaeróbico.
concluíram que a taxa subjetiva de esforço ao final de 120 minutos foi menor nos
23
Também Bell e McLellan analisaram a RPE 1, 3 e 6 horas após a ingestão de
podem ter efeitos antinoceptivos que reduzem a dor e incrementam a força muscular.
diminuição da sensação de fadiga nos ciclistas deste estudo não foi dose-dependente.
como estas alterações estão relacionadas com suas propriedades ergogênicas 19.
período correspondente ao início das provas (I); imediatamente após as provas (T) e 50
sérica de glicose (p< 0,9137), porém houve uma discreta redução, sem significância
estatística, dos níveis glicêmicos entre o início e o final das provas com as doses de 5 e
demonstraram que a glicose não foi influenciada pela teofilina em repouso ou durante
discreta redução do potássio entre o início e o final das provas tanto com as doses de
disfunções graves. Não é raro que um atleta durante uma competição perca entre 1 e 5
um bom estado de hidratação. Para o atleta não convém ingerir grandes quantidades
de água de uma só vez durante o exercício, pois nestas condições ele pode sentir certo
60
desconforto, além disso, a redução da velocidade para beber água pode comprometer o
resultado de uma prova, e isso justifica porque alguns ciclistas tiveram um consumo tão
oferta de água ad libitum, mostrou que muitos dos atletas ficaram desidratados por
estes motivos 14
entretanto foram apresentadas grandes variações entre os valores de peso inicial e final
(ajustado ao volume de água ingerido durante a prova) nas três ocasiões do teste. As
médias de perda do peso corporal foram de 3,63% (placebo), 3,49% (5 mg/kg) e 3,41%
corporal. Parece que o estresse ao calor ambiental não só tem um papel importante,
Resultados muito semelhantes aos deste estudo foram encontrados por Cohen
14
et al., em relação à perda de peso corporal, durante uma maratona de 21 km em
perda de peso corporal nem na taxa de suor. Porém, os valores referentes a tais
que não revelaram diferença entre a temperatura corporal ao início e ao final das
provas, também são condizentes com outras investigações que demonstram que a
aclimatação crônica dos sujeitos avaliados, que poderia restringir os efeitos do stress
corporal, a taxa de suor, e temperatura corporal, não encontraram nenhum impacto com
com alta temperatura (32oC), como em ambiente termoneutro (23oC) com uma umidade
corporal foi similar para as duas diferentes provas. O estudo concluiu que o stress
temperatura corporal.
fluxo sanguíneo cutâneo, a distribuição efetiva do débito cardíaco, queda no limiar para
durante uma competição, tal perda representa de 6 a 10% de seu peso corporal.
ambiente quente, além disso, o tempo para a exaustão nestes meios é inversamente
Existe uma evidência preliminar que indica que os habitantes das regiões
tropicais têm uma maior tolerância à ambientes com estresse térmico, possivelmente
157
devido aos seus níveis de aclimatação crônica ao calor . Contudo, até que mais
no início (I) término (T) e 50 minutos pós-prova (P) também não mostraram interação
sido consideradas, talvez porque estudos recentes tenham mostrado alterações muito
simpática 20.
64
nas amostras de urina foi de 8,7 µg/ml para 9 mg/kg e 3,2 µg/ml para 5 mg/kg,
tendo ingerido a cafeína apenas no dia de cada prova de acordo com o protocolo do
estudo.
cafeína 2,20.
com valores reportados em outros estudos, que utilizaram doses de cafeína similares,
9
Kovacs et al., utilizaram doses de cafeína de 2,1, 3,2 e 4,5 mg/kg e verificaram
entretanto a maior dose administrada neste estudo (4,5 mg/kg) resultou numa
concentração urinária de cafeína 2,5 µg/ml inferior ao limite estabelecido pelo COI. O
mesmo estudo revelou ainda que a cafeína não causou efeito diurético durante o
exercício; (CP) uma dose única de 6 mg/kg de cafeína 60 minutos antes do exercício
ergogênico da cafeína (CP 24,2 min e CC 23,4) comparados ao placebo (PP 28.3 min).
comparada com CP (6,8 µg/ml) e o estudo concluiu que as doses divididas de cafeína
podem não promover efeito ergogênico como a dose única, mas reduz a concentração
urinária pós-exercício.
Assim, os níveis de cafeína presentes na urina nem sempre são uma indicação
cafeína, e apresentam concentrações urinárias abaixo do limite de doping, uma vez que
a sua excreção urinária é muito variável para predizer precisamente a dose ingerida.
entre atletas.
67
6 CONCLUSÕES
térmico.
mg/kg de cafeína, entretanto estas apresentam-se bem inferiores aos limites de doping
estabelecidos pelo COI, após provas ciclísticas de longa duração com ingesta de água
ad libitum.
68
7 ANEXOS
76
8 REFERÊNCIAS
1. Doherty M, Smith PM, Hughes MG, Davison RC. Caffeine lowers perceptual
response and increases power output during high-intensity cycling. J Sport Sci
2004; 22:637-43.
2. Conway KJ, Orr R, Stannard SR. Effect of a divided caffeine dose on endurance
cycling performance, posexercise urinary caffeine concentration, and plasma
paraxantine. J Appl Physiol 2003; 94:1557-62.
4. Cole KJ, Costill DL, Starlin RD, Goodpaster BH, Trape SW, Fink WJ. Effect of
caffeine ingestion on perception of effort and subsequent work production. Int J
Sport Nutr 1996; 6:14-23.
5. Collomp K., Ahmaid S., Chatard J.C., Audran M., Prefaut C. Benefits of caffeine
ingestion on sprint performance in trained and untrained swimmers. Eur J Appl
Physiol 1992; 64:377-80.
6. Costill DL, Dalsky G.P., Fink WJ. Effects of caffeine ingestion on metabolism and
exercise performance. Med Sci Sports Exerc 1978;155-8.
10. Pasman WJ, VanBaak MA, Jeukendrup AE, Haan A. The effect of different
dosages of caffeine on endurance performance time. Int J Sports Med 1995;
16:225-30.
11. Spriet L.L, MacLean D.A., Dick D.J., Hultman E., Graham T.E. Caffeine ingestion
and muscle metabolismduring prolonged exercise in humans. Am J Physiol 1992;
262:891-8.
12. Van Soeren MH, Sathasivam P., Spriet L.L., Graham T.E. Caffeine metabolism
and epinephrine responses during exercise in users and nonusers. J Appl Physiol
1993;805-12.
13. Alves MN, Ferrari-Aurek W.M., Pinto KMC, Sá KR, Viveiros JP, Pereira HAA,
Ribeiro AMRLOC. Effects of caffeine and tryptophan on rectal temperature,
metabolism, total exercise time, rate of perceived exertion and heart rate. Braz J
Med Biol Res 1995;705-9.
14. Cohen BS, Nelson AG, Prevost MC, Thompson GD, Marx BD, Morris GS. Effects
of caffeine ingestion on endurance racing in heat and humidity. Eur J Appl
Physiol 1996; 73:358-63.
17. Hunter AM, St Clair GA, Collins M, Lambert M, Noakes TD. Caffeine ingestion
does not alter performance during a 100-km cycling time-trial performance. Int J
Sport Nutr Exerc Metab 2002; 12:438-52.
18. Paton CC, Hopkins WG, Vollebregt L. Little effect of caffeine ingestion on repeat
sprints in tean-sports athletes. Med Sci Sports Exerc 2001; 33:822-5.
19. Paluska SA. Caffeine and exercise. Curr Sports Med Rep 2003; 2:213-9.
20. Graham TE. Caffeine and exercise. metabolism, endurance and performance.
Sports Med 2001; 31:785-807.
21. Spriet LL, Gibala MJ. Nutritional strategies to influence adaptations to training. J
Sports Sci 2004; 22:127-41.
22. Nehlig A, Debry G. Caffeine and Sports Activity: A Review. Int J Sports Med
1994; 15:215-23.
23. Bell DG, McLellan TM. Exercise endurance 1, 3, and 6 h after caffeine ingestion
in caffeine users and nonusers. J Appl Physiol 2002; May:1227-34.
24. Saris WH, Van Loon LJ. Nutrition and health - nutrition and performance in
sports. Ned Tijdschr Geneeskd 2004; 148:708-12.
25. Bell DG, McLellan TM, Sabiston CM. Effect of ingestion caffeine and ephedrine
on 10-km run performance. Med Sci Sports Exerc, 2002; 34:344-9.
79
27. Spriet LL. Caffeine and performance. Int J Sport Nutr 1995; 5:S84-S99.
28. Graham T.E, Spriet L.L. Metabolic, catecholamine, and exercise performance
responses to various doses of caffeine. Mar, 78(3), 867-874. J Appl Physiol,
1995; 78:867-74.
29. Kovacs E.M., Martin A.M., Bourns F. The effect of ad libitum ingestion of a
caffeinated carbohydrate-eletrolyte solution on urinary caffeine concentration
after 4 hour of endurance exercise. Int J Sports Med 2002; 23:237-41.
30. Pasman WJ, VanBaak MA, Jeukendrup AE, Haan A. The effect od different
dosages of caffeine on endurance performance time. Int J Sports Med 1995;
16:225-30.
31. Anderson ME, Hickey MS. Effects of caffeine on the metabolic and catecholamine
responses to exercice in 5 and 28 degrees. C . Med Sci Sports Exerc 2004;
26:453-8.
32. Chambaz A, Meirim I, Decombaz J. Urinary caffeine after coffee consumption and
heat dehydration. Int J Sports Med 2001; 22:366-72.
34. McLean C, Graham TE. Effects of exercise and thermal stress on caffeine
pharmacokinetics in men and eumenorrheic women. J Appl Physiol 2002;
93:1471-8.
35. Stebbins CL, Daniels JW, Lewis W. Effects of caffeine and high ambient
temperature on haemodynamic and body temperature responses to dynamic
exercise. Clin Physiol 2001; 21:528-33.
37. Aragon-Vargas LF, Arroyo F, Barros TL, Garcia PR, Javornik R, Lentini N,
Matsudo VKR, Maughan RJ, Meyer F, Murray R, Rivera-Brown A, Salazar W,
Sarmiento JM. Recommendations for minimizing the risk of hest-related problems
during physical activity. Consensus. Gatorade Sports Science Institute 2001;1-12.
38. Ahrendt DM. Ergogenic aids. Counseling the athlete. Am Farm Physician 2001;
63:913-22.
39. Thein LA, Thein J.M., Landry G.L. Ergogenics aids. Phys Ther 1995; 75:426-39.
40. Williams MH. Nutritional ergogenics in athletics. J Sports Sci 1995; 13:S63-S74.
41. Silver MD. Use of ergogenic aids by athletes. J Am Acad Orthop Surg 2001; 9:61-
70.
42. Applegate E. Effective nutritional ergogenic aids. Int J Sport Nutr 1999; 9:229-39.
81
47. Plaskett CJ, Cafarelli E. Caffeine increases endurance and attenuates force
sensation during submaximal isometric contractions. J Appl Physiol 2001;
91:1535-44.
48. Laurent D, Schneider KE, Prusaczyk WPFC, Vogel S.M., Krssak M, Petersen KF,
Goforth HG, Shulman GI. Effects of caffeine on muscle glicogen utilization and
neuroendocrine axis during exercise. J Clin Endoc Metab 2000; 85:2170-5.
49. Cox GR, Desbrow B, Montgomery PG, Bruce CR, Macrides TA, Martin DT,
Moquin A, Roberts A, Burke LM, Anderson ME, Hawley JA. Effect of different
protocols of caffeine intake on metabolism and endurance performance. J Apll
Physiol 2002; 93:990-9.
50. Motl RW, O Connor P.J., Dishiman R.K. Effect of caffeine on perceptions of leg
muscle pain during moderate intensity cycling exercise. J Pain 2003; 4:316-21.
82
51. O' Connor P.J., Mod R, Broglio S, Ely M. Dose dependent effect of caffeine on
reducing leg muscle pain during cycling exercise in unrelated to sistolic blood
pressure. Pain 109 (3), 291-298. Pain 2004; 109:291-8.
52. Rodrigues LO, Russo A.K., Silva AC, Picarro I.C., Silca F.R., Zogaib P.S., Soares
D.D. Effects of caffeine on the rate of perceived exertion. Braz J Med Biol Res
1990; 23:965-8.
53. Hogervorst E, Riedel WJ, Kovacs E.M. Caffeine improves cognitive performance
after strenuous physical exercise. Int J Sports Med 1999; 20:354-61.
54. Bruce CR, Anderson ME, Fraser SF, Stepto NK, Klein R, Hopkins WG, Hawley
JA. Enhancement of 2000-m rowing performance after caffeine ingestion. Med
Sci Sports Exerc 2002; 32:1958-63.
57. Delbeke FT, Debackere M. Caffeine. Use and abuse in sport. Int J Sports Med
1984;179-82.
58. Armstrong LE. Caffeine, body fluid-eletrolyte balance and exercise performance.
Int J Sport Nutr Exerc Metab 2002; 12:189-206.
83
59. Bell DG, Jacobs I., Zamecnik J. Effects of caffeine, ephedrine and their
combination on time to exhaustion during high intense exercise. J Appl Physiol
1998; 77:427-33.
60. Bendriss EK, Markoglou N, Wainer IW. Liquid chromatographic method for the
simultaneous determination of caffeine and fourteen caffeine metabolites: urine. J
Chromatogr B Biomed Sci Appl 2000; 15:331-8.
61. Birnbaum LJ, Herbst JD. Physiologic effects of caffeine on cross-country runners.
J Strength Cond Res 2004; 18:463-5.
62. Bispo MS, Veloso M.C.C., Pinheiro HLC, Oliveira RFS, Reis JON, Andrade JB.
Simultaneous determination of caffeine, theobromine and theophylline by High-
performance liquid chromatography. J Cromatrog Sci 2002; 40:45-8.
63. Guerra RO, Bernardo GC, Gutiérrez CV. Cafeina y Deporte. Arch Med Dep 1999;
XVI:355-8.
64. Kovacs EM, Martin AM, Bourns F. The effect of ad libitum ingestion of a
caffeinated carbohydrate-eletrolyte solution on urinary caffeine concentration
after 4 hour of endurance exercise. Int J Sports Med 2002; 23:237-41.
65. Tarnopolsky MA. Caffeine and endurance performance. Sports Med 1994;
18:109-25.
66. Doherty M. The effects of caffeine on the maximal accumulated oxygen defict and
short-term running performance. Int J Sport Nutr 1998; 8:95-104.
67. Sinclair CJ, Geiger JD. Caffeine use in sports. A pharmacological review. J
Sports Med Phys Fitness 2000; 40:71-9.
84
68. Tarnopolsky MA, Cupido C. Caffeine potentiates low frequence skeletal muscle
force in habitual and nonhabitual caffeine consumers. J Appl Physiol 2000;
89:1719-24.
71. Clarkson PM. Nutritional ergogenics aids: caffeine. Int J Sports Nutr 1993; 3:103-
11.
73. Graham TE, Hibbert E, Sathasivam P. Metabolic and exercise endurance effects
of coffee and caffeine ingestion. . J Appl Physiol 1998; 85:883-9.
75. Perkins R., Williams M.H. Effect of caffeine upon maximal muscular endurance of
females. Med Sci Sports Exerc 1975; 7:221-4.
85
77. Graham T.E., Rush JWE, Van Soeren MH. Caffeine and exercise: metabolism
and performance. Can J Appl Physiol 1994; 19:111-38.
78. Arnaud MJ. Metabolism of caffeine and other components of coffee. In: Garanttini
S., ed. Caffeine, Coffee and Health. New York: 1993:43-143.
79. Fredholm BB, Bättig K, Holmen J, Nehlig A, Zvartau EE. Actions of caffeine in the
brain with special reference to factors that contribute to its widespread use.
Physiol Rev 1999; 51:83-133.
80. Dodd SL, Brookes E, Powers SK, Tulley R. The effects of caffeine on graded
exrcise performance in caffeine naive versus habituaded subjects. Eur J Appl
Physiol 1991; 62:424-9.
82. Kamimori GH, Somani SM, Knowton RG, Perkins R. The effects of obesity and
exercise on the pharmacokinetics on caffeine in lean and obese voluntareers. Eur
J Clin Pharmacol 1997; 31:595-600.
83. Lane JD, Steege JF, Rupp SL, Kuhn CM. Menstrual cycle effects on caffeine
elimination in the human female. Eur J Clin Pharmacol 1992; 43:543-6.
86
84. Abernethy DR, Todd E.L. Impairment of caffeine clearence by chronic use of low-
dose estrogen-containig oral contraceptives. Eur J Clin Pharmacol 1985; 28:425-
8.
86. Evans SM, Griffths RR. Caffeine tolerance and choice in humans.
Psychopharmacology 1992; 108:51-9.
87. Lindinger MI, Graham T.E., Spriet L.L. Caffeine attenuates the exercise-induced
increase in plasma [K+] in humans. J Appl Physiol 1993; 74:1149-55.
88. Essig D, Costill DL, Van Handel PJ. Effects of caffeine ingestion on utilization of
muscle glycogen and lipid during leg ergometric cycling. Med Sci Sports Exerc
1980; 1:86-90.
89. Nehlig A, Daval JL, Debry G. Caffeine and the central nervous system:
mechanisms of action, biochemical, metabolic and psycho-stimulant effects. Brain
Res Rev 1992; 17:139-70.
90. Holtzman SG, Mante S, Minneman KP. Role of adenosine receptors on caffeine
tolrrance. J Pharmacol Exp Ther 1991; 256:62-8.
91. Fredholm BB. Adenosine, adenosine receptors and the actions of caffeine.
Pharmac Toxic 1995; 76:93-101.
87
92. Davis JM, Zhao Z, Stock H.S., Mehl KA, Buggy J, Hand GA. Central nervous
system effects of caffeine and adenosine on fatigue. Am J Physiol 2003; 284:399-
404.
93. Motl RW, O Connor P.J., Dishiman R.K. Effect of caffeine on perceptions of leg
muscle pain during moderate intensuty cycling exercise. J Pain 2003; 4:316-21.
94. O Connor PJ, Mod RW, Broglio SP, Ely M.R. Dose-dependent effect of caffeine
on reducing leg muscle pain during cycling exercise is unrelated to sistolic blood
pressure. Pain 2004; 109:291-8.
95. Unden BJ, Licgtensten LM. Fármacos usados no tratamento da asma. In:
Goodman & Gilman, ed. As bases farmacológicas da terapeutica, 10 ed. Rio de
Janeiro: McGraw-Hill, 2003:551-66.
96. Daniels JW, Mole PA, Shaffrath JD, Stebbins CL. Effects of caffeine on blood
pressure, heart rate and forearm blood flow during dynamic leg exercise. J Appl
Physiol 1998; 85:154-9.
97. Engels H.J., Wirth J.C., Celik S., Dorsey J.L. Influence of caffeine on metabolic
and cardiovascular functions during sustained light intensity cycling and at rest.
Int J Sport Nutr 1999; 9:361-70.
98. Ammar R, Song JC, Kluger J, White CM. Evaluation of eletrocardiographic and
hemodynamics effects of caffeine with acute dosing in health volunteers.
Pharmacotherapy 2001; 21:437-42.
100. Mitsumoto H, Deboer GE, Bunge G, Andrish JT, Tetzlaff JE, Cruse R. Fiber-type
specific caffeine sensitivities in normal human skinned muscle fibers.
Anesthesiology 1990; 72:54.
101. Chesley A, Howlett RA, Heigenhauser GJF, Hultman E., Spriet L.L. Regulation of
muscle glycogenolylitic flux during intense aerobic exercise following caffeine
ingestion. Am J Physiol 1998; 275:596-603.
102. Graham TE, Helge JW, MacLean DA, Kiens B, Richter EA. Caffeine ingestion
does not alter carbohydrate or fat metabolism in human skeletal muscle during
exercise. J Physiol 2000; 529:837-47.
103. Ivy JL, Costill DL, Fink WJ, Lower RW. Influence of caffeine and carbohydrate
feedings on endurance performance. Med Sci Sports Exerc 1979; 11:6-11.
106. Graham T.E., Spriet L.L. Performance and metabolic responses to a high caffeine
dose during prolonged exercise. J Apll Physiol 1991; 71:2292-8.
107. Greer F, MacLean D.A., Graham TE. Caffeine, performance and metabolism
during repeated Wingate exercise tests. J Appl Physiol 1998; 85:1502-8.
89
108. Wemple RD, Lamb DR, McKeever KL. Caffeine vs caffeine-free sports drinks.
effects on urine production at rest and during prolonged exercise. 18(1), Jan, 40-
46. Int J Sports Med 1997; 18:40-6.
109. Mohr T, Van Soeren MH, Graham TE. Caffeine ingestion and metabolic
responses of tetraplegic humans during eletrical cycling. J Appl Physiol 1998;
85:985.
110. Weltman A. The lactate threshold and endurance performance. Adv Sports Med
Fitness 1989; 2:91-8.
112. Engels HJ, Haymes E.M. Effects of caffeine ingestion on metabolic responses to
prolonged walking in sedentary males. Int J Sport Nutr 1992; 2:386-96.
113. Raguso CA, Coggan A.R., Sidosis L.S. Effect of theophylline on substrate
metabolism during exercise. Metabolism 1196; 45:1153-60.
115. Lindinger MI, Sjogaard G. Potassium regulation during exercise and recovery.
Sports Med 1991; 11:382-401.
118. MacIntosh BR, Wrigth BM. Caffeine ingestion and performance of a 1,500 metre
swim. Cam J Appl Physiol 1995; 20:168-77.
119. Van Der Merwe PJ, Luus J, Barnard JG. Caffeine in Sport. Influence of
endurance exercice on the urinary caffeine concentration. Int J Sports Med 1992;
13:74-6.
120. Bell DG, Jacobs I., Ellerington K. Effect of caffeine and ephedrine ingestion on
anaerobic exercise performance. Med Sci Sports Exerc 2001; 33:1399-403.
122. Sasaki H, Takaoka I., Ishiko T. Effects of sucrose or caffeine ingestion on running
performance and biochemical responses to endurance running. Int J Sports Med
1987;203-7.
124. Tarnopolsky MA, Atkinson SA, MacDougall JD, Digby GS, Sutton JR.
Physiological responses to caffeine during endurance running in habitual caffeine
users. Med Sci Sports Exerc 1989; 21:418-24.
91
127. Weir j, Noakes TD, Myburgh K, Adams B. A high carbohydrate diet negates the
metabolic effects of caffeine during exercise. Med Sci Sports Exerc 1987; 19:100-
5.
128. Spriet L.L, MacLean D.A., Dick D.J., Hultman E., Graham T.E. Caffeine ingestion
and muscle metabolism during prolonged exercise in humans. Am J Physiol
1992; 262:891-8.
129. Gonzalez AJ, Mora Rodríguez R, Bellow PR, Coyle EF. Dehydration markedly
impairs cardiovascular function in hipertermic endurance athletes during exercise.
J Appl Physiol 1997; 82:1229-36.
130. Coyle EF. Cardiovascular drift during prolonged exercise and the effects of
dehydration. Int J Sports Med 1998; 19 Suppl 2:S121-S124.
131. Sawka MN, Wenger CB. Physiological responses to acute exercise heat stress.
In: Pandolf KB, Sawka MN, Gonzales RR, eds. Human performance physiology
and environmental medicine at terrestrial extremes. Indianópolis: Benchmark
Press., 1988:97-152.
133. Noakes TD, Adams BA, Myburgh KH. The danger of an inadequate water intake
during prolonged exercise: a novel concept re-visited. Eur J Appl Physiol 1988;
57:210-9.
134. Coyle EF, Montain SJ. Benefits of fluid replacement with carbohidrate during
exercise. Med Sci Sports Exerc 1992; 24:234-9.
135. Tatterson AJ, Hahn AG, Martin D.D., Febbraio MA. Effects of heat stress on
physiological responses ans exercise performance in elite cyclists. J Sci Med
Sport 2000; 3:186-93.
136. Hawley JA, Noakes TD. Peak sustained power output predits VO2max and
performance time in trained cyclist. Eur J Appl Physiol 1992; 65:79-83.
137. American College of Sports Medicine. Position stand: heat and cold illnesses
during distance running. Med Sci Sports Exerc 1996; 28:i-x.
138. Borg GAV. Psycological bases of perceived exertion. Med Sci Sports Exerc 1982;
14:377-81.
141. Miller O, Gonçalves RR. Laboratório para o clínico. São Paulo: Editora Atheneu,
1998.
93
142. Thomas JR, Nelson JK. Pesquisa experimental e quase experimental. Métodos
de pesquisa em atividade física., 3 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002:304-
20.
143. Louis TA, Shapiro SH. Critical issues in the conduct and interpretation of clicical
trials. Ann Rev Public Health 1983; 4:25-46.
145. Thomas JR, Nelson JK. Medida das variáveis da pesquisa. Métodos de pesquisa
em atividade física., 3 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002:195-224.
146. Costill DL, Hargreaves M. Carbohydrate nutrition and fadigue. Sports Med 1992;
13:86-92.
148. Titlow L, Ishee JH, Riggs C.E. Failure of caffeine to affect metabolism during 60
min submaximal exercise. J Sports Sci 2004; 9:25.
149. Roy BD, Bosman MJ, Tarnopolsky MA. An acute oral dose of caffeine does not
alter glucose kinetics during prolonged dynamic exercise in trained endurance
athletes. Eur J Appl Physiol 2001; 85:280-6.
152. Reher NJ. Fluid and electrolyte balance in ultra-endurance sport. Sports Med
2001; 31:701-15.
153. Tatterson AJ, Hahn AG, Martin D.D., Febbraio MA. Effects of heat stress on
physiological responses and exercise performance in elite cyclists. J Sci Med
Sport 2000; 3:186-93.
154. Armstrong LE, Costill DL, Fink WJ. Influence of diuretic-induced dehydration on
competitive running performance. Med Sci Sports Exerc 1985; 17:456-61.
156. Gonzalez A.J., Teller C., Anderson S.L., Jensen F.B., Hyldig T., Nielsen B.
Influence of body temperature on the development of fatigue during prolonged
exercise in the heat. J Appl Physiol 1999; 86:1032-9.
158. Blanchard J. The absolute bioavailability of caffeine in man. Eur J Clin Pharmacol
1983; 24:93-8.
159. Denaro CP. Validation of urine caffeine metabolite ratios with use of stable
isotopt-labeled caffeine clearence. Clin Pharmacol Ther 1996; 59:284-96.