Ortopedia e Traumatologia

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Ortopedia e Traumatologia

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a
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eo
G

Medicina
2021.2
1

Sumário
Conceitos em Traumatologia Ortopédica 3
Fraturas 4
Classificação AO 5
Fraturas fisárias 6
Luxação e Subluxação 7
Contusão 7
Distensão muscular ou ruptura muscular 7
Entorse 8

jo
Fraturas Expostas 8

au
Classificação das fraturas expostas: 10
Antibioticoprofilaxia nas fraturas expostas 11

Ar
Abordagem inicial ao paciente ortopédico 18
Exame físico 21

ga
História Clínica 21

re
Exames radiológicos 25

Imobilização e tração no tratamento das fraturas 27


ob
Infecções osteoarticulares 29
N

Osteomielites 29
Osteomielite hematogênica aguda 30
da

Osteomielite subaguda 32
Osteomielite crônica 33
a

Artrite Séptica 36
ai

Coluna Vertebral 39
M

Cervicalgia 39
Cervicobraquialgia 40
a

Mielopatia cervical 41
nn

Lombalgia 42
Lombociatalgia 46
va

Estenose de canal lombar 46


eo

Espondilolistese degenerativa 47

Escoliose Idiopática 48
G

O pé infantil e o do adolescente 58
Pé cavo 58
Hálux valgo juvenil e do adolescente 60
Pé torto congênito 61
Metatarso aduto 62
Pé talo vertical 62
Pé plano na criança 63
Coalisão tarsal 63
2

Fraturas e luxações dos Membros Superiores 64


Luxação do ombro (Glenoumeral) 64
Fraturas Diafisárias de Úmero 68
Luxação do cotovelo 73
Fratura do Olécrano 80
Fraturas da cabeça do rádio 83
Fraturas do antebraço 84

Fratura nos membros inferiores 92


Fratura na Bacia 92

jo
Fratura no Fêmur 95

au
Fratura na Tíbia 99
Fratura do tornozelo 99

Ar
LER/DORT - Lesões por Esforços Repetitivos 100
Tendinite de De Quervain 100

ga
Síndrome do Túnel do Carpo 101
Dedo em gatilho 102

re
Tendinopatia do ombro 103
ob
Epicondilite lateral do cotovelo 105
Cervicalgia muscular 106
N

Fraturas nas crianças 107


da

Classificação Salter-Harris 109

Tumores formadores de osso 115


a

Osteoma 115
ai

Osteoma osteóide 116


Osteoblastoma 116
M

Tumores Formadores de Cartilagem 117


a

Condromas 117
nn

Osteocondromas 118
Condroblastomas 120
va

Tumor de células gigantes (TCG) 120


eo

Lesões Pseudotumorais 121


Cisto ósseo unicameral 121
G

Cisto ósseo aneurismático 121


Tumor marrom 121

Principais Tumores Malignos 122


Osteosarcoma 122
Condrossarcoma 122
Sarcoma de Ewing 123
Mieloma múltiplo 124
3

Conceitos em Traumatologia Ortopédica


● Introdução:
○ Os pacientes portadores de lesões ortopédicas de origem traumática só
aumentam, devido:
■ Aumento do número absoluto de acidentes automobilísticos;
■ Aumento na intensidade de energia do trauma destes acidentes;
■ Crescimento da prática esportiva com lesões.
● Conceitos:
○ Posição anatômica:

jo
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Ar
ga
re
ob
■ Dividido em três planos: Sagital, Coronal e Transversal;
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo

■ Proximal: é tudo o que está próximo a cabeça;


■ Distal: é tudo o que está distante.
G

○ Desvio:
■ Usa como parâmetro a posição anatômica e linha média do corpo ou
do segmento referido;
■ Os desvios de uma fratura são caracterizados pela posição do
segmento distal em relação a fratura;
■ Tipos de desvios:
● Desvio anterior (volar ou ventral);
● Posterior (dorsal);
● Medial;
● Lateral;
4

● Em varo ou em valgo.
■ As deformidades de um membro podem ser descritas como em valgo
ou em varo.
● Definido com base na linha média:
○ Genu valgo os joelhos se aproximam da linha média;
○ Genu varo os joelhos se afastam da linha média.

jo
au
Ar
ga
○ Posições:
■ Deve-se ter em mente sobre o posicionamento dos pés e das mãos;

re
■ Supinação e Pronação: ob
N
da
a

○ Fraturas
ai

■ É quando ocorre a perda da solução de continuidade do osso,


M

alterando sua estrutura morfológica;


■ Pode ocorrer por:
a

● Trauma direto;
nn

● Trauma indireto;
■ Podem ser:
va

● Fraturas fechadas;
● Fraturas expostas (aberta): quando a descontinuidade óssea
eo

ou do hematoma apresenta comunicação com o meio externo.


G

■ Quanto ao tipo de traço:


● Transversa
5

● Oblíqua
● Espiral
● Cominuta: quando tem vários fragmentos;

jo
au
Ar
● Fratura avulsão: comum em crianças e atletas.
○ Por arrancamento ósseo, são aquelas em que um

ga
tendão ou músculo, ao invés de se romper, arranca um
fragmento do osso no ponto onde ele está preso.

re
ob
N
da
a
ai
M

■ Classificação AO
a

● Para que os especialistas tenham a mesma comunicação


nn

interprofissional e planejamento pré-operatório;


● Alfanumérica:
va

○ Numeração do esqueleto apendicular:


■ Braço: 1
eo

■ Antebraço: 2
■ Coxa: 3
G

■ Perna: 4
○ A partir dessa nomeação alfanumérica localiza qual
osso está quebrado;
○ Dentro do osso também foi dividido em:
■ 1 - segmento proximal
■ 2 - segmento da diáfise
■ 3 - segmento distal
○ Tipo A: traço simples;
■ A1 - traço simples em espiral;
■ A2 - traço simples em oblíquo;
6

■ A3 - traço simples transversal.


○ Tipo B: traço em cunha;
■ B2 - cunha intacta;
■ B3 - cunha fragmentada.
○ Tipo C: cominutiva ou complexa.
■ C2 - segmento intacto;
■ C3 - segmento fragmentado.
● Essa classificação é em ordem crescente de complexidade da
lesão.
○ A1 é mais fácil de se tratar do que uma A2 e as
próximas em diante.

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
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a
ai
M
a
nn

■ Consolidação da fratura:
va

● Importante para o tratamento da fratura que é dependente de


vários fatores;
eo

○ O principal fator é a vacularização.


● Estágios da consolidação:
G

○ Inflamação: acontece logo após a fratura;


■ Hematoma no sítio da fratura possui células
hematopoiéticas.
○ Estágio de reparo: início da formação do calo ósseo;
■ Ocorre ao redor de 2 semanas.
○ Estágio de remodelamento: inicia durante a fase de
reparo e se prolonga por até 2 anos após o trauma.
○ Fraturas fisárias
■ Fise é uma estrutura óssea presente nas crianças;
7

■ A fise é formada por 3 camadas (estágios):


● Camada de Reserva;
● Camada Proliferativa;
● Camada Hipertrófica;
○ Ocorre a maturação, degeneração e calcificação.

jo
au
Ar
ga
○ Luxação e Subluxação
re
ob
■ Só ocorrem em articulação;
■ Luxação: é a perda completa do contato entre as superfícies
N

articulares;
● É uma urgência ortopédica.
da

■ Subluxação: é a perda parcial do contato entre as superfícies


articulares.
a

○ Contusão
ai

■ É uma lesão traumática aguda, sem corte, decorrente de trauma


M

direto aos tecidos moles, que provoca dor e edema;


● Pode ser leve à grave.
a

■ Pode ocorre através de:


nn

● Trauma direto;
● Acidente automobilístico ou doméstico;
va

● Prática esportiva;
■ Tratamento:
eo

● Repouso;
● Antinflamatórios;
G

● Compressas frias.
○ Distensão muscular ou ruptura muscular
■ É uma lesão em que as fibras musculares rompem;
■ Causas:
● Alongamento excessivo;
● Excesso de esforço;
■ Tipos:
● Tipo I - quando ocorre o estiramento apenas das fibras
musculares;
8

● Tipo II - quando ocorre uma lesão parcial das fibras


musculares;
● Tipo III - quando ocorre a lesão total das fibras musculares.

jo
au
○ Entorse
■ Ruptura ou estiramento doloroso de um dos ligamentos nas

Ar
articulações;
■ Portanto, entorse só ocorre em articulações.

ga
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ob
N
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a
ai
M
a
nn
va
eo

Fraturas Expostas
G

● Conceito:
○ Fratura exposta é a ruptura óssea com laceração na pele e nos tecidos
moles subjacentes, que faz comunicação direta com a fratura e seu
hematoma.
■ Quando ocorre uma fratura que rompe os tecidos moles, como a pele,
e aquela fratura fica em contato com o meio externo;
■ Porém, não é necessário que o osso fique do lado de fora para
considerar uma fratura exposta.
9

● Se o hematoma da fratura estiver em exposição com o meio


externo, já se considera como uma fratura exposta.
■ Exemplo1: fratura do fêmur distal + lesão na pele proximal.
● Se o hematoma da fratura do fêmur foi encontrado nessa
parte da lesão na pele proximal, já se considera uma fratura
exposta.
■ Exemplo2: fratura de bacia, pelve, em que há ruptura de bexiga e
intestino.
● Também é considerado fratura exposta, pois lacerou o tecido
subjacente.
■ Exemplo 3: fratura do terço proximal do antebraço + lesão da pele

jo
próximo ao punho com sangramento.

au
● O sangramento devido à fratura do antebraço (hematoma
fraturário) indica uma fratura exposta.

Ar
○ ⅓ dos pacientes com fraturas expostas apresentam múltiplas lesões;
○ OBS: Qualquer ferida que ocorra no mesmo segmento do membro em que

ga
ocorreu uma fratura deve ser suspeita de ser consequência de uma fratura
exposta.
■ Como está descrito no exemplo 1.

re
● Mecanismo de lesão:
ob
○ Na traumatologia sempre é abordado o mecanismo da lesão e a energia do
trauma;
N
○ Nas fraturas expostas, a maioria são ocasionadas por traumas de alta
energia.
da

■ As fraturas expostas resultam da aplicação de uma força violenta;


■ A energia cinética aplicada é dissipada pelos tecidos moles e
estruturas ósseas.
a

○ O grau de desvio ósseo e cominuição (fragmentação) é sugestivo do grau de


ai

lesão dos tecidos moles e proporcional a força aplicada no trauma.


M

■ Quanto maior a força, em um trauma de alta energia, maior o dano


ósseo e aos tecidos moles.
a

● Avaliação clínica:
nn

○ Quando o paciente chegar na urgência com suspeita de fratura exposta, faz


o ABCDE;
va

■ Pois é a conduta inicial ao politraumatizado;


■ Geralmente é o cirurgião geral que faz esse primeiro atendimento;
eo

■ A traumatologia atua já no E desse protocolo:


● Avalia o paciente, solicita radiografias e tratar as fraturas.
G

○ Iniciar a reanimação e tratar das lesões potencialmente fatais;


○ Avaliar as lesões cranianas, de tórax, abdome, pelve, e coluna;
○ Identificar todas as lesões das extremidades;
○ Avaliar o estado neurovascular dos membros lesionados;
○ Avaliação do dano a pele e os tecidos moles;
○ Identificar lesões esqueléticas: obter as radiografias necessárias.
10

● Classificação das fraturas expostas:

jo
au
Ar
○ Foram classificadas por Gustilo e Anderson;
○ Podem ser três tipos, em que o tipo III possui uma subdivisão.

ga
■ Leva em consideração:
● Tamanho do ferimento;
● Grau de contaminação;

re
● Grau de lesão de partes moles;
ob
● Presença da lesão óssea.
○ Tipo I:
N
■ Menor do que 1cm → lesão puntiforme;
● A pontinha do osso rompeu a pele e está para o meio externo.
da

■ Ferida potencialmente limpa;


■ Mínima lesão de partes moles;
■ Com lesão simples do osso.
a

○ Tipo II:
ai

■ Ferimento maior do que 1cm;


M

■ Com grau de contaminação moderado;


■ Lesão moderada de partes moles;
a

■ Lesão moderada do osso.


nn

○ Tipo III:
■ Ferimento extenso, maior que 10 cm;
va

■ Todos os ferimentos serão contaminado;


■ A lesão de partes moles que faz a subdivisão:
eo

● IIIa: lesão grave com cobertura cutânea possível;


○ Consegue suturar a lesão após a lavagem.
G

● IIIb: perda da cobertura cutânea.


○ Necessita de cirurgia plástica para reconstrução.
● IIIc: apresenta lesão vascular.
○ Necessita do reparo da parte vascular, com grave
lesão das partes moles.
■ São fraturas multifragmentadas.
● Pois são ocasionadas por traumas de alta energia.
11

● Antibioticoprofilaxia nas fraturas expostas

○ Tipo I e II: faz uso de cefalosporina de 1ª geração.

jo
■ Cefalexina, Cefadroxil, Cefalotina e Cefazolina;

au
■ Outra opção é a ceftriaxona (3ªG).
○ Tipo III: faz uso de cefalosporina de 1ª geração + aminoglicosídeo.
■ Outra opção é a ceftriaxona (3ªG).

Ar
○ Se o acidente foi em área rural, campo ou fazenda: faz uso de
cefalosporina de 1ª geração + aminoglicosídeo + penicilina.

ga
■ Visto ser considerado uma maior contaminação.
● Casos de Fratura exposta:

re
ob
N
da
a
ai

○ HDA: Paciente vítima de capotamento, foi arremessado do veículo e caiu em


M

um pé de seriguela, em que o galho atravessou sua perna. Apresenta uma


ferida contaminada e fratura exposta do fêmur;
a

○ Classificação da fratura: Tipo III a (se não houver lesão vascular) ou b (se
nn

houve lesão vascular);


○ Antibioticoprofilaxia: cefalosporina de 1ª geração + aminoglicosídeo +
va

penicilina
eo
G
12

○ HDA: criança (possível perceber pela fises abertas no rádio distal) teve uma
fratura dos ossos do antebraço, evidenciando uma fratura do rádio e da ulna.
A espícula óssea do osso rádio teve contato com o meio externo e fez uma
lesão puntiforme com menos de 1 cm;
○ Classificação da fratura: Tipo I;
○ Antibioticoprofilaxia com uma cefalosporina de 1ª geração.

jo
au
Ar
ga
re
ob
○ HDA: paciente vítima de queda da própria altura jogando futebol, teve uma
fratura exposta no tornozelo, lesão puntiforme.
N

○ Classificação da fratura: tipo III c (se houve lesão vascular);


■ Pois é uma fratura complexa multifragmentária.
da

○ Antibioticoprofilaxia: cefalosporina de 1ª geração + aminoglicosídeo.


a
ai
M
a
nn
va
eo
G

○ Fixador externo tipo Delta;


■ Tem o benefício da estabilização com fixador externo:
13

● Controle das partes moles com melhor cicatrização para uma


intervenção cirúrgica secundária;
● Controle de infecção;
● Mobilidade do paciente;
● Controle da dor.
■ Colocar a placa tem maior risco de infecção (osteomielite).

jo
au
Ar
ga
re
ob
○ HDA: lesão grave por explosivos (fogos de artifícios) do terceiro dedo da mão
direita.
N

○ Classificação: tipo IIIc (comprometimento vascular, sem cobertura cutânea)


da

■ Evoluiu para amputação do dedo;


■ Faz um garrote com um pedaço da luva para reduzir sangramento.
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

○ Classificação da lesão: tipo III c (multifragmentária, lesão grave de partes


moles, lesão vascular).
■ Evoluiu para amputação do 4º e 5º quirodáctilos, com fixação
temporária do 3º.
14

jo
au
Ar
○ Desenluvamento sem fratura.
■ Lesão de pele e músculo extensa com exposição dos tendões dos

ga
dedos dos pés e musculatura.
○ Lavar abundante com solução salina (soro fisiológico) para retirar os resíduos

re
e deixar um ferimento potencialmente limpo para tentar realizar sutura (não
pode ter muita tensão)
ob
■ Pode debridar e deixar cicatrizar por segunda intenção ou solicitar a
cirurgia plástica para enxerto.
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo

○ HDA: paciente com corpo estranho, caiu e o macaco entrou na perna dele,
G

com fratura da tíbia;


○ Classificação: tipo III a (pois tem alto grau de contaminação)
■ A classificação leva em conta o que se apresentou mais grave:
tamanho da lesão, fragmentação do osso ou contaminação.
○ Antibioticoprofilaxia: cefalosporina de 1ª geração + aminoglicosídeo +
penicilina.
15

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn

○ Raio x em AP do joelho e fêmur evidenciando fratura do platô tibial lateral


com traço extenso diafisário, com fratura ipsilateral diafisária do fêmur e
va

fratura do colo da fíbula, e lesão de partes moles. Trauma de alta energia


com ferimento maior do que 10cm, lesão articular grave.
eo

■ Essa lesão é denominada de joelho flutuante (fratura na tíbia e no


fêmur);
G

■ Trauma grave de alta energia, não pode ser operado de maneira


definitiva imediatamente.
● É levado a sala de cirurgia para realizar a urgência (controle
de danos);
● Lavagem mecânico cirúrgica exaustiva com solução salina,
retirando todo tipo de corpos estranho;
● Faz antibioticoprofilaxia inicialmente;
● Soro antitetânico;
● Fixa a fratura para estabilização;
16

● Aguardar a janela imunológica do paciente, sem infecção,


para abordar e fazer o tratamento definitivo.
○ Classificação: tipo III a (pois consegue cobertura cutânea e não houve lesão
vascular).

jo
au
○ Foi realizada a estabilização com fixador transarticular do joelho,

Ar
estabilizando a fratura da tíbia, do platô tibial e do fêmur.
■ Membro inferior imobilizado e estabilizado para dar segmento ao

ga
tratamento do paciente e planejar o tratamento cirúrgico secundário.

● Tratamento:
re
ob
○ Pré-hospitalar → Cuidados imediatos:
● Cobertura da ferida, isolando-a do meio externo, através de
N

curativo estéril ou até mesmo com material limpo;


● Seguido de imobilização provisória com talas, órteses ou
da

similares.
○ Fase Hospitalar:
a

■ Muitos portadores de fraturas expostas são, na realidade,


ai

politraumatizados, e com frequência encontram-se em um quadro


clínico instável;
M

● O paciente precisa ser estabilizado.


■ Primeiro atendimento:
a

● Realização do ATLS (suporte de vida avançado ao trauma);


nn

● Estabilização clínica;
● Cobertura da ferida com curativo estéril;
va

● Imobilização provisória;
■ Identificar todas as variáveis envolvidas:
eo

● Agente causal;
○ Acidente de moto, automobilistico, PAF (perfuração por
G

arma de fogo).
● Mecanismo de trauma;
○ Se foi um trauma de alta ou baixa energia.
● Localização;
● Tempo decorrido;
○ Quanto maior o tempo de fratura exposta a chegar o
risco de contaminação é maior.
● Dados gerais e etc…
○ Exame físico completo:
17

■ Pulsos periféricos;
■ Perfusão distal da fratura;
■ Avaliação neurológica;
■ Avaliação radiográfica completa;
● Deve ser realizada após estabilização do paciente.
○ Administração precoce: antibioticoprofilaxia e tetanoprofilaxia.
● Tratamento cirúrgico:
○ Debridamento cirúrgico:
■ Realizado de maneira precoce é de extrema importância no
tratamento das fraturas expostas.
● É o ato médico mais eficaz, principal momento no tratamento

jo
de uma fratura exposta.

au
■ Objetivo:
● Remover corpo estranho;

Ar
○ Na maioria das vezes não é possível fazer toda a
remoção;

ga
○ Então pode refazer a limpeza em outro momento para
conseguir um ferimento potencialmente limpo para
uma abordagem posterior.

re
● Remover tecidos desvitalizados;
ob
○ Que podem causar infecção.
● Reduzir a contaminação bacteriana;
N
● Criar ferida vascularizada.
○ Irrigação:
da

■ Deve ser realizada de maneira exaustiva com no mínimo 10 litros de


solução salina, ação mecânica para remoção de detritos;
■ Os sistemas de lavagem sob pressão são mais efetivos.
a

○ Fixação das fraturas:


ai

■ Após a irrigação,a limpeza e o debridamento da ferida, está indicada


M

a estabilização das fraturas;


■ Objetivo:
a

● Restaurar o comprimento do membro e o alinhamento e a


nn

rotação;
● Evita a perpetuação de lesão de partes moles;
va

○ Produzida pelos fragmentos ósseos.


● Diminui a formação de espaço morto e hematoma;
eo

● Permite cuidado mais adequado às feridas e melhor


mobilização e conforto do paciente.
G

○ Fechamento da ferida:
■ Fechamento primário se:
● Ferida limpa não ocorrida em ambientes contaminados;
○ Como zona rural ou acidente muito contaminado.
● Todos os tecidos necróticos e corpos estranhos removidos;
● Tecidos viáveis;
● Sutura sem tensão;
● Ausência de espaço morto.
18

Abordagem inicial ao paciente ortopédico


Componentes do sistema musculoesquelético
● Todo os componentes do sistema musculoesquelético tem na sua formação o
colágeno;
● Osso:
○ É o tecido conjuntivo mais resistente, formado por colágeno e sais minerais;
○ Tipos de osso:
■ Osso cortical
■ Osso esponjoso
○ Função:

jo
■ Promove estabilidade e proteção de tecidos moles.

au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo

● Cartilagem:
○ Formado por células e matriz extracelular;
G

○ Tipos de cartilagem:
■ Cartilagem hialina;
■ Fibrocartilagem;
■ Cartilagem fibroelástica;
■ Cartilagem da placa de crescimento.
○ Funções:
■ Revestimento articular;
■ Amortecer compressões articulares.
19

■ O desgaste da cartilagem ocorre em traumas e idade avançada.


● Ligamentos:
○ São estabilizadores estáticos das articulações, conectando osso a osso;

jo
○ Formados por colágeno e elastina.

au
Ar
ga
re
ob
N

● Músculos:
da

○ Formados por estruturas contráteis e não contráteis;


○ Atuam movendo partes do corpo ou como estabilizadores secundários das
articulações.
a
ai
M
a
nn
va
eo
G
20

● Tendões:
○ Conectam os músculos a outras estruturas;
○ Formados por colágeno, células e substância basal;
○ Transmitem a força contrátil dos músculos a outros tecidos conjuntivos.

jo
au
Ar
ga
re
ob
○ Por exemplo: tendão do quadríceps, que liga a patela ao músculo
quadríceps.
N

● Fáscias:
○ Apresenta três tipos:
da

■ Superficial;
■ Profunda;
a

■ Subserosa.
ai

○ Serve para interconectar diferentes grupos musculares e separar grupos de


músculos com função similar;
M

○ Apresenta estrutura pouco elástica, podem levar a síndrome compartimental


ou podem sofrer processo inflamatório próprio.
a

■ São as fascites observadas no processo inflamatório e infeccioso, que


nn

ocorre muito no pé..


va
eo
G

● Sinóvias e Bolsas:
○ A sinóvia fica na parte interna das articulações sinoviais;
■ Produz fluidos lubrificantes e que fagocitam tecidos estranhos.
○ As bolsas reduzem a fricção entre os tecidos;
21

■ Por isso localizam-se próximas às estruturas com necessidade de


movimento.

jo
au
■ A bursa do ombro faz a proteção do osso ao manguito rotador que

Ar
passa logo abaixo.
● Quando a bursa inflamada leva a dor, chamada de bursite do
ombro.

ga
Exame físico
re
ob
● Identificação:
○ Idade
N
○ Sexo
○ Profissão
da

● Inspeção local do trauma ou da deformidade:


○ Inicia desde quando o paciente adentra na sala de exame;
○ Postura;
a

○ Marcha;
ai

○ Capacidade de sentar e se levantar, avaliando as mobilidades das


M

articulações;
○ Expressões faciais de dor;
a

○ Exemplo de inspeção da coluna torácica:


nn

■ Cifose fisiológica.
va
eo
G

História Clínica
● Queixa principal:
○ Dor;
○ Deformidade;
22

○ Limitação funcional: instabilidade, claudicação, diminuição, mobilidade


articular e neurológica;
● HDA:
○ Relato do evento presente e de eventos passados;
■ Ouvir com atenção.
○ Tempo de evolução;
○ Etiologia;
○ Dor constante ou intermitente;
○ Fatores agravantes e de alívio dos sintomas;
○ Rigidez matinal;
○ Dor localizada ou irradiada.

jo
● Exame estrutural:

au
○ Inspeção:
■ Necessita de uma sala bem iluminada;

Ar
■ Paciente deve despir-se e vestir bata ou avental;
■ Examinar nos planos frontal, lateral e posterior;

ga
■ Avaliar simetria ou assimetrias das estruturas
● Dos membros e coluna.
○ Palpação:

re
■ A palpação se inicia com uma boa inspeção;
ob
■ Avalia:
● Temperatura
N
● Edema
● Aumento da umidade
da

● Simetrias
● Pontos dolorosos
● Áreas de espasmos
a

● Atrofias musculares
ai

● Teste de escoriação
M

● Palpação pulsos arteriais


a
nn
va
eo
G

○ Movimentos ativos:
■ Fornece informações sobre estruturas contráteis e não contráteis;
■ Avalia também quantidade e qualidade do movimento;
■ Por exemplo: avaliação do ombro
23

○ Movimentos passivos:
■ Fornece informações sobre estado das estruturas não contráteis;

jo
■ O paciente precisa ficar bastante confortável e o avaliador deve

au
realizar movimentos suaves e delicados para evitar desconforto.
● Para evitar atrapalhar o resultado do exame;

Ar
● Sempre compare com a articulação contralateral normal.
■ Avalia sensibilidade final:

ga
● Dura (osso);
● Abrupta e firme (ligamentos);

re
● Macia (aproximação tecidual);
● Elástica (tendínea).
ob
■ A dor pode ser fator limitante dos movimentos.
● Principalmente no trauma, fica difícil fazer essa avaliação;
N
● Por isso, tem que ser algo suave e delicado para evitar
desconforto ao paciente.
da

■ Teste lasegue: para avaliação da coluna lombar;


■ Teste de Faber: para avaliar a articulação sacroilíaca e lombalgia.
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

○ Movimentos contra-resistência:
■ Paciente é instruído a contração isométrica máxima progressiva;
■ Serve para avaliar unidade musculotendínea como causa da dor;
● O movimento contraresistência provoca a dor no ombro como
consequência de diversas causas, seja uma lesão tendinosa
ou processo inflamatório na articulação.
■ As respostas podem ser:
● Fortes e dolorosas;
● Fracas e indolores;
● Fracas e dolorosas;
24

● Fortes e indolores.
■ Utilizado principalmente no exame do ombro.

jo
○ Teste manual dos músculos:

au
Ar
ga
re
ob
N
da

○ Reflexos tendinosos profundos:


■ Estimulados na inserção do ligamento e do tendão no osso.
a
ai
M
a
nn
va
eo

○ Testes sensitivos:
G

■ Teste da agulha para sensibilidade cutânea;


■ Testes mais específicos:
● Temperatura;
● Posição;
● Sensibilidade vibratória;
● Tato.
■ Todos os dermátomos podem ser pesquisados.
25

jo
au
Ar
● Exames radiológicos

ga
○ O que saber sobre exames radiológico:
■ Qual exame solicitar;

re
■ Porque utilizar;
ob
■ Como interpretar.
○ Sempre lembrar que a clínica é soberana.
N
○ A associação da clínica + exame físico completo indica qual exame
radiológico específico deve ser realizado.
da

■ Pensando para fechar o diagnóstico, como algo complementar.


○ Radiografia convencional:
■ Mais utilizado, por ter um baixo custo;
a

■ É de fácil acesso e fácil interpretação;


ai

■ É importante solicitar a radiografia em pelo menos duas incidências;


M

● AP e Perfil, para poder dar diagnóstico.


■ Padrão ouro para fraturas e tumores ósseos.
a
nn
va
eo
G

■ Série de exames radiológicos mínimos necessário para o


paciente politraumatizado:
● Rx coluna cervical em perfil;
● Rx do tórax em AP;
● Rx da bacia em AP.
26

○ Ultrassonografia:

jo
■ Utilizada para:

au
● Avaliação de traumas;
● Diagnóstico de lesões tendíneas;

Ar
● Diagnóstico de lesões elementares;
○ Não é muito utilizado, mas dependendo da articulação

ga
a ser avaliada pode fazer uso.
● Diagnóstico de lesões musculares;

re
○ Casos de maior utilização da radiografia.
● Lesões articulares;
ob
● Uso no RN.
○ Principalmente com suspeita de luxação ou displasia
N
do quadril.
● Diagnóstico de inflamação e infecção.
da

○ Cintilografia óssea:
■ Utilizado principalmente para o estadiamento de tumores.
a

● Principalmente nas metástases.


ai

○ Tomografia axial computadorizada:


■ Fundamental para diagnóstico em fraturas ósseas.
M

● Pois a tomografia é indicada para avaliar estruturas ósseas.


a
nn
va
eo
G

■ A tomografia não é o padrão ouro para hérnias de discos, mas é o


mais barato.
● Para avaliar partes moles, o ideal é a ressonância.
○ Ressonância Nuclear Magnética:
■ Estudo da parte ligamentar e óssea mais abrangente;
■ Não é específica para as fraturas.
27

jo
○ Densitometria óssea:
■ Utilizado para acompanhamento na osteopenia e osteoporose,

au
principalmente nas mulheres;
■ Realizado na região da coluna lombar e do fêmur proximal.

Ar
● Avaliando se ele está com pouco cálcio;
● São mais fáceis de quebrar, por isso são avaliados essas

ga
áreas.

re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn

Imobilização e tração no tratamento das fraturas


va

● Imobilização é parar/imobilizar, algo necessário para que a fratura seja curada;


eo

○ Quando tem uma fratura, precisa para os dois fragmentos, para que ocorra o
processo de consolidação que já começou, e ocorra a cura da lesão no osso.
G

● Tração:
○ Pode ser cutânea ou esquelética;
28

(cutânea)
○ É tracionar, puxar o fragmento através da pele (cutânea) ou do osso

jo
(esquelética).
● Imobilização:

au
○ Pode ser feita através de um aparelho gessado e talas gessadas;
○ A imobilização pode ser interna ou externa:

Ar
■ Externa: é feita através do gesso ou das talas.

ga
re
ob
Tala gessada axilo palmar
N

- Utilizado em fraturas do antebraço.


da
a
ai
M

Tala gessada bota gessada


a

- utilizado em fratura do tornozelo.


nn
va
eo
G

Tala metálica
- Imobilização de fratura no dedo indicador.

■ Interna: é feita com placas e parafusos através de cirurgia.


● Se utiliza do princípio da osteossíntese, levando em
consideração aos tipos de consolidação do osso;
● Consolidação primária: precisa que seja feito uma
estabilidade absoluta;
29

○ O uso da estabilidade absoluta gera a consolidação


primária;
○ Não ocorre a formação do calo ósseo;
○ Utilizado para articulações;
■ Pois se formar osso dentro da articulação
desgasta a cartilagem.
○ Utiliza placas e parafusos.

jo
au
Ar
ga
● Consolidação secundária: precisa que seja feita uma

re
estabilidade relativa;
○ O uso da estabilidade relativa gera a consolidação
ob
secundária;
○ Ocorre a formação de calo ósseo;
N

○ Utiliza as hastes intramedulares, permitindo algum


da

movimento controlado entre os movimentos.


○ O fixador externo também é uma estabilidade relativa.
a
ai
M
a
nn
va

● Complicação:
○ Gesso pode garrotear, comprimir vasos e nervos;
eo

■ Gerando uma síndrome compartimental;


■ Pode ocorrer uma infecção até amputação.
G

○ Em casos de edema não consegue se expandir o comprime vasos e nervos.

Infecções osteoarticulares

Osteomielites
● Conceito:
○ Inflamação óssea causada por um único microrganismo infectante;
30

■ Normalmente por um único agente;


■ Exceção: Pé diabético, que são vários fatores etiológicos.
○ Classificação da osteomielite de acordo com a duração dos sintomas:
■ Aguda (1 semana);
■ Subaguda (2-3 semanas);
■ Crônica (>3 semanas de evolução);
● Quando passa despercebida na fase aguda e subaguda.
○ Mecanismo de infecção para causar osteomielite:
■ Pode ser por via Hematogênico;
■ Contiguidade (exógeno);
● São as fraturas expostas.

jo
au
Osteomielite hematogênica aguda
● Características:

Ar
○ É o caso mais comum de osteomielite,
○ Acomete principalmente crianças;

ga
■ É bimodal com prevalência em crianças na faixa etária de 2 e 8-12
anos.

re
■ Metade das crianças têm menos de 5 anos.
○ Os meninos são mais acometidos do que as meninas;
ob
○ Apresenta diminuição importante da incidência com a vacinação para
Haemophilus influenzae.
N

● Patógenos causadores da osteomielite aguda:


da

○ S. aureus
■ 85% dos casos são causados por essa bactéria.
○ Pseudomonas
a

■ Prevalentes nos pacientes que fazem uso de drogas endovenosas.


ai

○ Salmonella
M

■ Nos pacientes que possuem a anemia falciforme (eletroforese de


hemácias positivo);
a

■ A osteomielite terá a característica de ser principalmente diafisária.


nn

○ Gram negativa
■ Acomete mais os pacientes Prematuros (UTI)
■ Tem foco multifocal, podendo acometer várias localidades dos ossos.
va

○ H. Influenzae
eo

■ Acomete as crianças entre 6 meses e 4 anos;


■ Porém diminuiu bastante com o advento da vacinação.
● Patogenia da osteomielite aguda:
G

○ FISE (cartilagem de crescimento) atua como proteção contra disseminação


da infecção para região epifisária;
○ Nas crianças menores de 2 anos os vasos cruzam a FISE:
■ Então ocorre a disseminação para epífise;
■ E a diáfise raramente é envolvida
○ Nas crianças maiores de 2 anos a fise age como barreira:
■ Portanto o foco infeccioso fica apenas na diáfise;
■ A diáfise fica em maior risco.
○ Nos adultos:
31

■ A disseminação ocorre diretamente da metáfise para epífise;


■ Podendo desencadear a artrite séptica.
○ As articulações com FISE intra articular:
■ Principalmente no fêmur proximal e no ombro, pode ocorrer por
contiguidade.
● Fisiopatologia:
○ A bactéria vai estar na região da metáfise, onde ocorre sua proliferação +
processo inflamatório;
○ Devido ao processo inflamatório ocorre necrose e formação de abscesso;
○ O abscesso faz uma isquemia cortical e, com isso, saída de material para
região subperiosteal, ocasionando sequestro (morte do osso local) e

jo
osteomielite crônica.

au
■ Podendo ocorrer fistulações ao atingir as partes moles.
● Diagnóstico:

Ar
○ Quadro clínico + Exame físico:
■ Dor

ga
■ Edema
■ Hiperemia e febre
○ Cuidado com crianças e idosos:

re
■ Pois a febre pode passar despercebido.
ob
○ Paciente apresenta comprometimento do estado geral;
○ Achado laboratorial:
N
■ Aumento do PCR:
● Aumenta rápido e cai rápido com o tratamento;
da

● Por isso, o principal parâmetro para acompanhar a evolução


do caso.
■ Aumento do VHS:
a

● Aumenta com 3 a 5 dias e cai com 3 semanas;


ai

● Portanto, não é um marcador tão bom.


M

■ Leucócitos:
● Aumentado (leucocitose), mas pode estar normal.
a

○ Exames de imagem complementar:


nn

■ Raio x: encontra-se uma reação periosteal com 10 a 12 dias;


■ Ressonância magnética: observa abscessos ósseos e subperiosteais;
va

■ Ultrassonografia: importante para diagnóstico diferencial;


● Diferencia celulite, artrite séptica, abscesso de partes moles e
eo

tumor e entre outras.


■ Cintilografia: pode estar positiva após 24 a 48 horas.
G

○ Hemocultura:
■ Em 50% dos casos está positiva.
● Tratamento:
○ Precoce;
○ Realizar PCR a cada 2-3 dias;
■ Para acompanhar a evolução do caso, se o antibiótico está sendo
eficaz para combater o processo infeccioso.
○ Cirurgia quando:
■ Falha no tratamento empírico;
■ Paciente que evolui para abscesso, precisando de drenagem;
32

■ Quando necessita realizar uma Janela óssea intramedular, para


realizar a drenagem;
■ Necessidade de microperfurações subperiosteal para realizar a
drenagem.
○ Antibioticoterapia: dura de 4 a 6 semanas.
■ 10 dias endovenoso;
■ O restante dos dias de tratamento por via oral.

Osteomielite subaguda
● Características:

jo
○ Início insidioso;
○ Não apresenta quadro clínico exuberantes;

au
■ Por isso, passa das 2 semanas.
○ Diagnóstico é difícil;

Ar
○ Relativamente comum;
○ Consiste em 1/3 das infecções ósseas primárias;

ga
○ Baixa virulência, hospedeiro forte;
○ S. aureus e epidermidis são os agentes mais comuns.

re
● Diagnóstico da osteomielite subaguda:
○ Quadro clínico + Exame Físico
ob
■ Paciente apresenta dor leve a moderada.
○ Biópsia aberta e cultura;
N

■ Geralmente necessária, por ser um diagnóstico difícil.


da

○ Achados laboratoriais:
■ Hemocultura: geralmente negativa;
■ Aumento do VHS: presente em 50% dos casos;
a

■ Leucócitos: geralmente normal .


ai

● Devido à boa resposta do hospedeiro, ocorre o bloqueio do


M

quadro infeccioso, ficando apenas local.


○ Exames de imagem:
a

■ Raio X: apresenta alterações;


nn

● É possível observar reação periosteal (quase todas as


osteomielites tem) e aumento de partes moles (nesse caso o
leuco pode aumentar).
va

■ Cintilografia: geralmente positiva.


eo

● Tratamento da osteomielite subaguda:


○ Abscesso simples na epífise e metáfise:
■ A biópsia não recomendada;
G

■ Realizar a Antibioterapia.
○ Lesões agressivas que não respondem ao tratamento clínico:
■ Realiza biópsia + curetagem + antibioticoterapia.
● Abscesso de Brodie:
○ Infecção óssea circunscrita, bem limitada;
○ Evolução lenta;
■ Às vezes é um achado ocasional de uma radiografia
○ Abscesso intra-ósseo inativo por longa data;
○ Acomete principalmente os MMII de adultos jovens;
33

■ Na região da metáfise.
○ Ocasionado pelo S. aureus em 50% dos casos.
■ Porém, 20% apresentam cultura negativa.
○ Diagnóstico:
■ Raio X: identifica a lesão lítica com halo esclerótico.
○ Tratamento:
■ Biópsia + curetagem;
■ Se necessário, faz uso do dreno.
○ Imagem do abscesso de brodie na região metafisária da tíbia proximal:

jo
au
Ar
ga
re
ob
■ Halo esclerótico (esbranquiçado), ao fundo da imagem mais escuro
(secreção);
N

■ Trata com biópsia + curetagem, se estiver com muita secreção


colocar o dreno, e sempre realizar a antibioticoterapia.
da

Osteomielite crônica
a

● Infecção periosteal intensa, o osso branco nas partes moles esclerótica;


ai

● Partes mais enegrecidas na metáfise (sequestro ósseo), osso morto é meio de


M

cultura e precisa ser limpo para diminuir o quadro infeccioso.


a
nn
va
eo
G

● Características:
○ Manutenção de foco infeccioso de forma aguda;
■ O paciente é crônico, mas vai ter casos de forma aguda durante a
vida;
■ Sendo necessário tratamento novamente.
○ Exacerbações agudas podem ocorrer por anos;
○ Infecções secundárias são comuns.
● Diagnóstico:
34

○ Quadro clínico + exame físico


■ É um diagnóstico clínico fácil de ser realizado.
○ Cultura do trajeto da fístula não é um bom parâmetro para diagnóstico;
■ Não apresenta correlação com a parte óssea.
○ Laboratório:
■ Aumento de PCR;
■ Aumento de VHS;
■ Leucócitos: aumentado em 35%.
○ Exame de imagem:
■ Raio X:
● Destruição cortical;

jo
● Reação periosteal;

au
● Sequestro ósseo: patognomônico.

Ar
ga
re
ob
N
da

- Possível ver nessa radiografia a reação periosteal (margem óssea esclerótica) ao redor da cortical
óssea com acometimento das partes moles;
a

- Essa parte escura central no osso é já o início da necrose, sequestro ósseo.


ai

■ Cintilografia:
M

● Tem valor para diagnóstico, mas é pouco utilizado.


■ Ressonância magnética:
a

● Encontra o sinal do halo: que indica o sequestro ósseo.


nn

■ Fistulografia:
● Utilizado para planejamento cirúrgico;
va

● Quando o paciente está com a fístula secretiva, saída de


bastante pus, é injetado o meio de contraste e faz o exame.
eo

○ Avalia de onde vem a secreção e faz o planejamento


cirúrgico;
G

○ Importante para uma abordagem mais específica do


caso.
○ É importante fazer o diagnóstico diferencial da osteomielite crônica com
alguns tumores (sarcoma).
● Tratamento:
○ Difícil de erradicar, pois geralmente não cura sem cirurgia;
■ Sequestrectomia com manejo do espaço morto + antibioticoterapia
por 6 semanas.
○ Correção do espaço morto após sequestrectomia:
35

■ É realizado com enxerto ósseo com fechamento primário ou


secundário, pérolas de cimento com antibiótico;
● Preencher o “buraco” que fica no osso, pois ele fica frágil e
suscetível à fraturas.
■ Ou pode fazer o FLAP muscular com enxerto de pele;
■ Transferência microvascular;
■ Pode realizar também o transporte ósseo com ilizarov (aparelho de
fixação externa).
● Se o espaço ósseo for de até 13 cm.

jo
au
Ar
ga
re
ob
○ Pode evoluir para amputação.
N
● Tipos de Osteomielite:
○ Osteomielite hematogênica aguda: apresenta sinais flogísticos na pele;
da
a
ai
M

○ Osteomielite pós-traumática: evolução após um trauma para osteomielite.


a
nn
va
eo
G

○ Osteomielite pós-cirúrgica.
36

Artrite Séptica

● Epidemiologia:

jo
○ Acomete qualquer idade;

au
■ Porém é mais comum em adultos.
○ Prevalência em crianças:

Ar
■ 70% entre 1 mês e 5 anos;
■ ½ < 2 anos;
● Pois a FISE não forma barreira ainda, por isso é o maior

ga
número de casos.
■ Sequelas são mais graves;

re
● Pois o quadro infeccioso destrói a região da epífise.
ob
■ Homens são mais acometidos do que as mulheres.
○ Monoarticular em 94% dos casos.
N
■ 61-79% estão nas articulações dos MMII.
○ Morbidade e mortalidade significativas se não tratadas.
da

■ Se o paciente for negligenciado pode entrar em sepse e ir ao óbito.


○ Articulações mais acometidas na artrite séptica:
■ 41% quadril;
a

■ 23% joelho;
ai

■ Tornozelo;
M

■ Cotovelo;
■ Punho;
a

■ Ombro.
nn

○ Agente mais prevalentes na artrite séptica:


■ S. Aureus;
va

■ Estreptococo do grupo A;
■ Enterobacter;
eo

■ Pseudomonas (através de drogas injetáveis);


■ Salmonella (quem tem anemia falciforme e lúpus);
G

■ Neisseria Gonorrhoeae (também pode ocasionar artrite séptica):


● Ela acomete 75% dos jovens adultos saudáveis e
sexualmente ativos;
● É poliarticular assimétrica (menos de 4 articulações);
● Associada com pápular;
● Drenagem desnecessária, pois tratamento com antibiótico
resolve.
○ Alguns casos evoluem para Síndrome de Reiter: Conjuntivite + Uretrite +
Artrite.
● Fatores de risco para evolução da artrite séptica:
37

○ Artrite reumatóide: paciente que já possui baixa da imunidade;


○ Artrose;
○ Prótese articular: já foi feito manipulação da articulação;
○ Baixo nível socioeconômico: hipoproteinemia;
○ Abuso de fármacos intravenosos;
○ Alcoolismo;
○ Diabetes;
○ Infiltração prévia com corticoide intra-articular: levou a bactéria na infiltração;
○ Úlceras cutâneas ou lesão exógena perfurocortante (porta de entrada).
● Diagnóstico:
○ Quadro clínico + Exame físico;

jo
■ Paciente menor de 2 anos assume uma posição antálgica de Bonnet:

au
quadril em flexão, abdução e rotação externa;

Ar
ga
re
■ Forma de relaxar a cápsula intra articular e de defesa para diminuir a
ob
dor.
○ Nos Recém-Nascidos a resposta inflamatória pode ser frustrada;
N
■ O paciente pode evoluir já na forma mais grave.
○ Hemocultura:
da

■ Presente positivamente em 30 a 60% dos casos;


○ Punção articular na suspeita: antes de iniciar o antibiótico, para não
a

mascarar o quadro.
■ Realizado para diagnóstico diferencial com a sinovite transitória na
ai

criança;
M

■ Avalia no aspirado se é apenas líquido sinovial ou se já vem grumos


de pus para realizar a artrotomia da articulação, com limpeza, dreno e
a

antibiótico venoso por 10 dias.


nn

■ A artrite séptica tem uma evolução mais grave e os achados


laboratoriais são diferentes.
va

○ Critérios de Kocher:
■ A- Temperatura oral > 38,5ºC;
eo

■ B - Incapacidade de apoiar o membro;


■ C - VHS > 40 mm;
G

■ D - Leucocitose > 12.000;


■ E - PCR > 2 mg/dl
■ Probabilidades no diagnóstico:
● B + E = 70% de chance;
● Nenhum critério: 0,2%
● 1 critério = 3%
● 2 critérios = 40%
● 3 critérios = 93%
● 4 critérios = 98%
38

○ Raio X:
■ Observa-se o alargamento do espaço articular;
● Pois a cápsula vai estar distendida com a secreção.
■ Estreitamento do espaço articular por destruição;
● Sequela do caso de uma artrite séptica avançada;
● Nunca deve deixar chegar a esse estágio.
○ Ultrassom:
■ Detecta pequenas poças de fluídos derrames, pus e sangue.
○ Tomografia:
■ Mais sensível que o raio x;
■ Porém crianças menores precisam ser sedadas para realizar o

jo
exame.

au
○ Ressonância Magnética:
■ Para avaliar infecções de difícil abordagem.

Ar
○ Cintilografia.
● Tratamento:

ga
○ Drenagem adequada da articulação:
■ Artrotomia da articulação:
● É feita a incisão, tira toda a secreção de articulação e lava

re
com soro para fazer toda a limpeza e colocar um dreno para
ob
retirar qualquer resquício.
N
da
a
ai
M

■ Artroscopia do joelho, cotovelo, ombro ou tornozelo;


a

● A articulação que estiver acometida, é uma forma menos


nn

invasiva.
○ Antibioticoterapia:
va

■ Se a infecção for por H. influenzae tipo b, neisseria ou streptococcus,


o tratamento pode ser menos de 2 semanas;
eo

■ Estafilococos e bacilos gram negativa, o tratamento deve durar de 4 a


6 semanas de antibiótico;
G

■ A artrite gonocócica é tratada eficazmente com antibiótico somente.


● Não precisa fazer a drenagem.
○ Repouso da articulação em uma posição estável, que não gere dor para o
paciente.
■ Fisioterapia para restaurar a função articular, pois gera uma
artrofibrose ao ficar muito tempo sem movimentar.
● Complicações:
○ Sepse nos casos graves, em que são negligenciados;
■ Paciente necessita de UTI, uma abordagem mais invasiva;
■ Por isso, é importante fazer o diagnóstico precoce.
39

○ Artrose precoce;
■ Pois destrói a articulação, podendo levar à necrose.
○ Osteonecrose da cabeça do fêmur;
○ Fechamento fisário;
■ O paciente vai ter uma deficiência de comprimento do membro.
○ Distúrbio de crescimento;
○ Rigidez articular;
○ Artrofibrose.
■ Prevenido através da fisioterapia.

jo
Coluna Vertebral

au
● Importância:
○ Conhecimentos das doenças que afetam a coluna vertebral é possível dar

Ar
diagnóstico no posto de saúde;
○ São causas frequentes de incapacidade e procura aos serviços de saúde.

ga
Coluna Cervical

re
ob
● Cervicalgia
○ Conhecido como “torcicolo”;
N

○ Características:
■ Ocorre em algum momento da vida em cerca de 66% da população;
da

■ A resolução é espontânea;
■ 12% das mulheres e 9% dos homens possuem dor cervical crônica;
a

■ Em 5% dos casos, a dor pode ser incapacitante.


ai

○ Anatomia:
■ A coluna cervical é formada por 7 vértebras (C6 ao C7);
M

■ Possuem duas vértebras diferentes: C1 (atlas) e C2 (Axis);


■ Entre as vértebras existem os discos intervertebrais:
a

● No centro formado pelo núcleo pulposo;


nn

● Na camada periférica é formada pelo anel fibroso (anulo


fibroso) que é inervado.
va
eo
G

○ Exame físico:
■ Amplitude dos movimentos da cervical:
● Extensão: pede para o paciente olhar para o teto;
● Flexão: pede para o paciente colocar o queixo no esterno;
● Rotação: pede para o paciente colocar o queixo nos ombros;
40

● Lateralização: pede para o paciente encostar a orelha no


ombro direito e esquerdo;
■ Quando o paciente estiver com dor, ocorrerá limitação desses
movimentos;
■ Exame neurológico: Teste Spurling;
● É uma flexão lateral + compressão axial;

jo
au
Ar
ga
● Na cervicalgia é negativo;
● O paciente pode relatar incômodo, mas não sentirá uma dor

re
irradiada, presente no pinçamento das raízes nervosas da
coluna cervical (cervicobraquialgia).
ob
○ Exames complementares:
■ Caso a cervicalgia não melhores ou apresente sinais de alarme;
N

■ Pode ser solicitado:


● Radiografia simples AP e perfil;
da

● Tomografia computadorizada;
● Ressonância Magnética.
a

○ Tratamento:
ai

■ Analgésicos;
■ Antiinflamatórios;
M

■ Corticosteróides;
■ Relaxante muscular;
a

■ Narcóticos e antidepressivos tricíclicos;


nn

● Não possuem evidência clínica.


■ Colar cervical;
va

● Imobilização.
■ Reabilitação;
eo

● Fisioterapia, dependendo da contratura ou da dor do paciente.


■ O procedimento cirúrgico é raro.
G

● Cervicobraquialgia
○ Características:
■ É uma dor com irradiação para um ou ambos membros superiores;
■ A causa mais comum são as compressões das raízes nervosas;
■ A herniação do núcleo pulposo é a causa mais comum de
compressão.
○ Exame físico:
■ Amplitude dos movimentos;
■ Exame neurológico de rotina:
41

● Teste de distração cervical:


○ No paciente com dor no pescoço irradiando para o
membro superior, apoia a mão no queixo e região
occipital, tentando levantar a cabeça;
○ O paciente sente um alívio dos sintomas.

jo
au
Ar
● Teste de Spurling
○ Será positivo, quando fizer a compressão radial.

ga
re
ob
N
da

○ Exames complementares:
a

■ Quando há sinais de complicações;


ai

■ É solicitado:
● Radiografia simples;
M

● Tomografia;
● Ressonância Magnética.
a

○ Tratamento:
nn

■ Não operatório;
■ Analgésico;
va

■ Antiinflamatório;
■ Fisioterapia;
eo

■ Casos cirúrgicos são raros.


● Descompressão do nervo através da discectomia mais
G

artrodese (se instabilidade da coluna).


● Mielopatia cervical
○ Características:
■ É uma compressão da medula, causada por alterações
degenerativas;
● Essas alterações degenerativas são através do ligamento
amarelo, provocado pela formação de osteófitos;
● Portanto, levando as alterações degenerativas do disco e
compressões das raízes cervicais.
42

■ São de difícil diagnóstico no início;


● Observado no exame físico, o paciente começa a ter
dificuldades em executar tarefas que necessitam de
movimentos finos com a mão.
■ Ocorre distúrbios na marcha, desequilíbrio e insegurança;
■ Na mielopatia avançada pode ser observado distúrbios de
incontinência esfincteriana;
■ Também pode apresentar perda da sensibilidade vibratória.
● Devido à lesão das colunas posteriores da medula.
○ Exame físico:
■ Examinar a marcha do paciente:

jo
● Marcha com hesitação e base alargada.

au
● Dificuldade em andar em linha reta;
● Perda da segurança em andar na ponta do pé ou no

Ar
calcanhar;
■ Espasticidade e redução da agilidade.

ga
● São provocados pela lesão do neurônio superior.
○ Exames complementares:
■ Radiografia da coluna cervical em AP e Perfil.

re
■ Ressonância Magnética.
ob
○ Tratamento:
■ Não apresenta bons resultados com tratamento conservador;
N
● Pois é uma estenose do canal cervical.
■ Tratamento cirúrgico: melhora o déficit neurológico, parando a
da

progressão da doença.
● As lesões anteriores não ocorrem reversão.
a

Coluna Lombar
ai
M

● Lombalgia
a

○ Características:
nn

■ 65 a 80% da população, em alguma fase da vida, terá dor nas costas;


■ 30 a 50% das queixas reumáticas na prática clínica;
va

■ Condição crônica que mais frequentemente causa limitação entre


pessoas com menos de 45 anos;
eo

■ É a terceira causa de incapacidade de 45 a 64 anos.


G

■ Em mais de 90% dos casos, não se sabe a causa específica dos


sintomas dolorosos;
43

■ Apesar da frequência elevada, a presença de dor lombar intensa e


incapacitante não é comum.
○ Causa de lombalgia:

jo
au
Ar
ga
re
ob
○ Classificação:
■ Aguda: sintomas duram até 06 semanas;
N
■ Subaguda: sintomas duram de 06 a 12 semanas;
■ Crônica: sintomas há mais de 12 semanas.
da

○ Quadro clínico:
■ Histórico clínico bem feito é muito importante para um correto
diagnóstico;
a

● Pois existem várias causas que podem levar à lombalgia.


ai

■ A dor deve ser avaliada de acordo com suas dimensões físicas,


M

emocionais e psicossociais;
■ Classificar em:
a

● Condição lombar séria;


nn

● Síndrome radicular;
● Dor lombar inespecífica.
va

○ Exame físico:
■ Avaliação da marcha;
eo

■ Exame do quadril, da bacia e MMII;


● Às vezes a queixa do paciente é lombar, mas a causa está no
G

quadril, uma tendinite do iliopsoas ou bursite trocantérica.


■ Palpação da musculatura paravertebral;
■ Avaliação dinâmica da coluna;
● Avalia a amplitude do movimento.
■ Exame neurológico:
44

● Avalia as raízes nervosas de L2 à S2:

jo
au
Ar
● Avalia os reflexos profundos:

ga
re
ob
N
da

● Exame da sensibilidade de acordo com os dermátomos:


a
ai
M
a
nn
va
eo
G

● Teste de Lasegue e Teste de Bragard:


45

○ Geralmente, a partir de 45º o paciente tem o incômodo,


positivando o teste;
○ O bragard o paciente vai sentir uma dor irradiada para
o quadril ou fará uma flexão plantar.
● Teste de Faber (Patrick) para lombalgia:

jo
au
○ Avalia a região posterior da bacia, também avalia a
articulação sacroilíaca.

Ar
○ Sinais de alerta na lombalgia:
■ Trauma recente importante ou leve em pacientes com mais de 50

ga
anos;
■ Paciente com mais de 70 anos;

re
■ História pregressa de câncer ou piora em repouso;
■ Perda de peso inexplicada;
ob
■ Febre por mais de 48 horas, uso de drogas injetáveis, presença de
infecção ativa;
N

■ Imunossupressão;
■ Déficit neurológico grave ou progressivo;
da

■ Dor de duração acima de seis semanas sem resposta ao tratamento;


■ Osteoporose, uso prolongado de corticoides.
a

○ Exames complementares:
ai

■ Radiografia simples da coluna lombar em AP e Perfil.


● Avalia presença de osteófito, diminuição do espaço entre as
M

vértebras.
■ Ressonância Nuclear Magnética.
a

● Avalia se há compressão das raízes nervosas.


nn

○ Tratamento:
■ Fase aguda:
va

● Medicações analgésicas;
● Antinflamatórios não hormonais ou corticóides;
eo

● Ocasionalmente opiáceos;
● Repouso.
G

○ Tentar voltar às atividade normais o mais rápido


possível.
■ Fase crônica:
● Tratamento controverso;
● Antidepressivos tricíclicos;
● Inibidores seletivos da recaptação da serotonina;
● Antinflamatórios não hormonais;
● Fisioterapia com alongamento dos isquiotibiais e
fortalecimento muscular.
46

● Lombociatalgia
○ É uma dor lombar irradiada para membro inferior, em território tipicamente
inervado por uma raiz lombar ou sacral;

jo
au
○ Exame físico:

Ar
■ Fundamental para localização da compressão radicular e para afastar
eventuais urgências médicas;
● Como a síndrome da cauda equina.

ga
■ Sinal de Lasegue é positivo;
● Na lombalgia é negativo.

re
■ O exame neurológico é importante para determinar a sensibilidade
ob
dolorosa.
○ Exames complementares:
N
■ Radiografia simples;
■ Ressonância Nuclear Magnética.
da

○ Tratamento:
■ Maioria dos paciente melhoram com tratamento não cirúrgico;
■ Tratamento cirúrgico (discectomia + artrodese) para os pacientes
a

com:
ai

● Déficit neurológico progressivo;


M

● Síndrome da Cauda Equina;


● Falha no tratamento não operatório.
a

● Estenose de canal lombar


nn

○ É quando há redução do espaço disponível para as raízes na região lombar;


○ Pode ser provocado por:
va

■ Alterações congênitas;
■ Tumores;
eo

■ Malformações associadas à síndromes com acondroplasia.


○ A maioria é por fenômenos degenerativos.
G

○ Classificação conforme a localização:


■ Central;
■ Foraminal;
■ Ambos.
○ Fisiopatologia:
■ Envolve a degeneração do disco;
● Portanto, provoca alterações da distribuição de carga nas
articulações.
■ Aumento da mobilidade das vértebras e hipertrofia das facetas;
47

■ Com Isso, ocorre a formação de osteófitos;


● Pois o organismo percebe a instabilidade da coluna e forma os
osteófitos para dar uma instabilidade ao aumento da
mobilidade.
■ Ocorre formação dos cistos;
■ Hipertrofia do ligamento amarelo.
● Devido aos cistos e à hipermobilidade;
● Provoca a estenose ou diminuição do canal lombar.
■ Comprometendo as raízes nervosas.
○ Quadro clínico:
■ Nem toda estenose é sintomática;

jo
● Quando presente, o quadro clínico começa a partir dos 50

au
anos.
■ Dor baixa que irradia para os MMII;

Ar
■ 80% dos pacientes queixam de dor nas pernas;
● Piora com o tempo prolongado em pé e atividades que

ga
provocam a extensão da coluna.
■ Presença de claudicação neurogênica.
○ Exame físico:

re
■ Pouco alterado ao repouso;
ob
■ Na inspeção é possível evidenciar posição em flexão do tronco;
● O paciente anda um pouco curvado.
N
■ Redução na amplitude dos reflexos;
■ Alterações da função motora e da sensibilidade são exacerbadas
da

após exercícios físicos.


○ Exames complementares:
■ Radiografia simples;
a

■ Tomografia;
ai

■ Ressonância Nuclear Magnética.


M

○ Tratamento:
■ Depende do grau de incapacidade, da dor, da evolução do paciente;
a

■ Grau de estenose nos exames de imagem tem pouca relação com


nn

sintomas;
● Não é utilizado para indicar cirurgia.
va

■ Medicações analgésicas, corticosteróide e fisioterapia;


■ Procedimento cirúrgico: se falha no tratamento operatório e limitação
eo

significativa nas atividades diárias.


● Espondilolistese degenerativa
G

○ Característica:
■ É o escorregamento entre duas vértebras;
● Preserva o arco neural posterior;
■ Apresenta um tipo ístmica (“fratura” em região específica).
○ Quadro clínico:
■ Ocorre com mais frequência entre a L4-L5;
■ Acomete mais o sexo feminino;
■ Promove instabilidade;
● Causando o escorregamento entre a L4 e L5.
48

■ Alterações degenerativas;
■ Formação de osteófitos;
■ Hipertrofia dos ligamentos;
■ Dor lombar;
■ Claudicação neurogênica.
○ Tratamento:
■ Não operatório (conservador): bem sucedido em 80% dos casos;
● Correção da postura;
● Fortalecimento da musculatura abdominal;
● Medicações analgésicas;
■ Cirúrgico: na falha do tratamento conservador.

jo
au
Escoliose Idiopática

Ar
● Definição:
○ A palavra escoliose vem do grego skoliosis, que significa tortuoso;

ga
○ Curvatura lateral da coluna, associada com rotação lateral, uma deformidade
3D;

re
■ Uma deformidade tridimensional da coluna.
○ Essa deformidade leva a uma assimetria do tronco;
ob
■ Quando o grau da escoliose é avançado, consegue ser observado no
exame físico.
N

○ Diagnóstico por exclusão;


da

■ Pois, na escoliose idiopática precisa excluir causas neurológicas e


genéticas.
○ Diagnóstico radiográfico;
a

■ Em 99% dos casos.


ai

■ Através do ângulo denominado “Ângulo de COBB”


M

● Se for ≥ 10 graus → paciente portador de escoliose;


● Se for < 10 graus → paciente portador de assimetria da
coluna.
a
nn
va
eo
G

■ Radiografia em PA da coluna, evidenciando a deformidade da coluna


49

na região torácica;
■ As linhas em vermelho da imagem acima é a medição do ângulo de
Cobb.
● Avalia pela vértebra mais apical e da base da curva.
● Epidemiologia da escoliose:
○ É dividida em infantil, juvenil e do adolescente;
■ A do adolescente é a principal, pois é a mais evidente;
■ A infantil é mais prevalente nos meninos e a adolescente mais
prevalente nas meninas.
■ Atenção aos tipos de curva em cada escoliose.

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
da

● Ângulo de Cobb:
a

○ Ângulos cirúrgicos: acima de 30-40º;


ai

○ Relação entre a frequência entre o sexo feminino (F) e masculino (M):


M
a
nn
va
eo

○ A escoliose por volta de grau 10º é acompanhada no ambulatório e tem uma


G

resposta bem significativa com o tratamento conservador.


● Fisiopatologia da escoliose
○ Idiopática infantil:
■ Ocorre nos pacientes de 0-3 anos;
■ Acredita-se que é por causa da frouxidão ligamentar desses
pacientes e da fragilidade dos tecidos moles;
■ Esses pacientes obtiveram uma pressão pós natal de um
posicionamento constante na posição supina/obliqua.
50

● Essa posição leva à deformidade na coluna e pode haver


diminuição da orelha, deformidade do crânio (plagiocefalia),

jo
assimetria do ombro e da pelve.
○ Idiopática do adolescente:

au
■ É de etiologia desconhecida;
■ Os fatores desencadeadores podem ser:

Ar
● Fatores genéticos;
○ Pacientes com pais e mães com escoliose têm cerca

ga
de 28% de chances de desenvolver escoliose.
● Sistema nervoso;

re
● Disfunção hormonal/metabólica;
● Crescimento esquelético;
ob
○ Pacientes que têm hiperparatireoidismo e
hipertireoidismo.
N

● Fatores biomecânicos;
● Fatores ambientais;
da

● Estilo de vida.
● História natural:
a

○ Escoliose idiopática infantil:


ai

■ Cerca de 90% das curvas auto resolutivas (diagnóstico antes de 1


ano);
M

● Ou seja, a chance de cura e de resolução é alta.


■ Pacientes com maior risco de progressão:
a

● Curvas torácicas a direita em meninas;


nn

● Curvas duplas;
● Curvas maiores que 30º;
va

● Crianças com baixo peso;


● Curvas rígidas;
eo

● Hipotonia por alguma doença neurológica.


○ Escoliose idiopática do adolescente:
G

■ Idade de início;
● Importante para avaliar a maturidade esquelética do paciente.
■ Padrão da curva: importante para avaliar para determinar a evolução,
história da escoliose no paciente;
● Curvas torácicas a direita;
● Curvas torácicas a esquerda;
● Dupla curva;
● Curva lombar compensatória;
● Curva torácica principal.
51

■ Magnitude da curva:
● Escoliose com < 30º + paciente com pico de crescimento →
chance de 4 a 14% de progredir
● Escoliose com > 30º + paciente com pico de crescimento →
chance de 83 a 100% de progredir.
■ Ou seja, paciente que tem imaturidade esquelética, que ainda não
menstruou e tem uma curva com 30ª a chance de progressão é
100%.
● Anamnese e quadro clínico:
○ Escoliose idiopática infantil:

jo
■ Plagiocefalia;
■ Plagiopelve;

au
■ Torcicolo congênito;
■ Diminuição da orelha;

Ar
■ Pode ter patologias cardíacas.
○ Escoliose idiopática do adolescente:

ga
■ 35% 🡪 dorsalgia;
● Em algumas literatura fala que não causa dor.

re
■ Queixas cosméticas;
● Pacientes que ficam isolados, sinais de ansiedade e
ob
depressão, não se aceita devido à deformidade.
■ Avaliar marcos desenvolvimento neurológico;
N

● É importante investigar a idade que começou a andar e os


reflexos, avaliando se há problema de SNC ou SNP.
da

■ Histórico familiar;
● Pacientes que possuem parentes de primeiro grau com
a

escoliose, têm mais chances de possuírem fator genético


ai

envolvido.
■ Histórico pessoal;
M

● Paciente com má postura, cifose exagerada, hipotonia e


hipotrofismo da musculatura pode desenvolver uma escoliose.
a

■ Exame físico:
nn

● Exclusão de doenças neuro musculares e sindrômicas;


■ Inspeção:
va

● Exame importante no paciente portador de escoliose;


● Teste de Adams → ao fletir o tronco apresenta uma
eo

gibosidade;
G

● Ao passar uma linha média na coluna encontra uma


deformidade, assimetria dos ombros (um mais alto que o
outro);
52

● Possui assimetria do triângulo de Talhe;


○ Um triângulo formado pela parte lateral do tronco e
prega abdominal e parte medial do braço.

jo
● Pode haver membro encurtado.

au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo

● Manchas café com leite: pode indicar doenças


neuromusculares (neurofibromatose).
G

■ Exame neurológico:
● Avalia todos os dermátomos, reflexos do paciente;
● Excluir qualquer doença neurológica.
● Exames complementares para o diagnóstico da escoliose:
○ Radiografia:
■ Exame padrão para diagnóstico e planejamento cirúrgico;
■ Radiografia panorâmica em PA e Perfil em ortostase;
■ Radiografias panorâmicas em AP com inclinações.
● Radiografia em pé, que pega praticamente toda a coluna da
53

região cervical até a bacia;


● Para planejamento cirúrgico, avalia se é uma curva estrutural
ou não;
● Curva estrutural corrige com a inclinação (curvas
compensatórias), curva estruturada não corrige (base da
deformidade).
○ Só é feita a artrodese na curva estruturada.

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

■ Na escoliose idiopática do adolescente é medido o ângulo cobb, para


seguir o tratamento (conservador ou cirurgia);
● Medido pela vértebra que sai da linha média, vértebra terminal
caudal e vértebra apical (última e primeira da curva).
■ Determinar o tipo de escoliose de acordo com a localização:
● Na imagem 1 acima: curva torácica principal, tendo como base
a T2-T4;
● Na imagem 2 acima: curva torácica principal, tendo como base
a T5-T11;
● Na imagem 3 acima: escoliose toracolombar, tendo como base
54

a T12-L1;
● Na imagem 4 acima: escoliose lombar, tendo como base a
L2-L4.
○ Avaliação da maturidade esquelética:
■ Risser (bacia);
● É a maturação (fusão) esquelética da crista ilíaca do paciente;
● Pode ser de 0 até 5, por vezes confuso;
○ O 0 não vai ter formação;
○ O 5 estará todo formado.
● Para não confundir, vai avaliar a cartilagem trirradiada;
○ Quando estiver aberta o risser é 0;

jo
○ Quando estiver fechada (acetábulo todo formado) é 5.

au
● De 0 a 2: imaturo esqueleticamente;
○ Risco de progressão.

Ar
● Maior de 3: considera esqueleticamente maduro (ossificado).
○ Menor risco de produção.

ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn

■ Mão;
va

● Avalia as fises de crescimento dos metacarpos e falanges.


■ Cotovelo;
eo

■ Ombro.
○ Tomografia computadorizada:
G

■ Solicitada se o paciente apresentar deformidade de alto grau;


■ É feito um estudo da deformidade dos pedículos.
● Normalmente não é utilizado.
○ Ressonância magnética (indicação):
■ Padrões de curva atípica;
● Paciente que possui curvas duplas.
■ Alterações no exame neurológico;
■ Patologias neuromusculares/sindrômicas;
■ Início precoce (<10 anos).
● Classificação da escoliose:
55

○ Cronológica:
■ Escoliose de início precoce < 10 anos;
■ Escoliose do adolescentes > 10 anos.
○ Cronológica:
■ Escoliose infantil: até 3 anos;
■ Escoliose juvenil: 4 a 10 anos;
■ Escoliose do adolescennte: > 10 anos.
○ Escoliose idiopática infantil:
■ Resolutiva: em 90% dos casos;
■ Não resolutiva: ocorrem em 10% dos casos.
○ Escoliose idiopática do adolescente:

jo
■ Há uma classificação de Lenke, subdividida em 6 tipos, de acordo

au
com o padrão da curva.

Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai
M

■ Essa classificação guia o tratamento.


a

● Tratamento para escoliose:


nn

○ Escoliose de início precoce:


■ Fica em observação:
va

● Curvas menores que 25º;


● Ângulo de metha < 20º;
eo

○ Fase 2 - Ângulo costovertebral;


○ Costela apical e mede o ângulo de acordo com a
G

costela lateral e medial.


56

● Entre 3 e 6 meses.

jo
■ Uso do gesso/órteses:
● Curvas entre 25-40º;

au
● Curvas menores com progressão documentada;
● Ângulo de Metha > 20º;

Ar
○ Fase 2 (relação costela-vértebra).

ga
re
ob
N
da
a

■ Tratamento cirúrgico:
ai

● Uso de hastes de crescimento;


M

○ A cada 6 meses faz um novo procedimento para


distração e alongar a haste, permitindo o crescimento
a

do tórax, coluna e pulmão do paciente.


nn

● Permite crescimento do tórax, pulmão e coluna


● Curvas superiores a 45-50º.
va
eo
G

○ Escoliose idiopática do adolescente:


■ Fica em observação:
57

● Imaturidade esquelética e curvas < 25º;


● Maturidade esquelética e curvas < 40º;
● São feitas consultas seriadas a cada 6 meses.
○ Avalia altura, ângulo de cobb, para constatar se o
tratamento estará sendo eficaz.
■ Órtese:
● Imaturidade esquelética e curvas entre 25-40º;
● Evita progressão da deformidade;
● OCTLS (órtese cérvico-tóraco-lombo-sacral);
○ Colete de Milwaukee.

jo
au
Ar
ga

re
OTLS (órtese-tóraco-lombo-sacral).
ob
○ Utilizado do ápice da curva até T8;
○ Colete de bonston.
N
da
a
ai
M
a
nn
va

● Uso de 22-23 horas/dia até maturidade esquelética.


■ Cirúrgico:
eo

● Pacientes com imaturidade esquelética e curvas acima de


40-45º;
G

● Pacientes com maturidade esquelética e curvas acima de


45-50º.
58

jo
au
Ar
● Artrodese, com parafusos pediculares nas vértebras,
colocando as hastes.

ga
O pé infantil e o do adolescente
● Tipos de alterações:
re
ob
○ Pé cavo;
○ Hálux Valgo juvenil e do adolescente;
N

○ Pé torto congênito;
da

○ Metatarso aduto;
○ Pé talo vertical;
○ Pé plano na criança;
a

○ Coalizão tarsal.
ai

● Pé cavo
M

○ Decorrente de uma flexão plantar rígida do primeiro raio (hálux) associado ao


varismo do retropé e antepé em adução (aproximando da linha média),
a

formando o dedo em garras.


nn
va
eo
G

○ Geralmente associado à patologias ortopédicas, um pé doloroso;


○ A mãe fala que a criança tem grande dificuldade de adaptação de calçados
normais.
■ Com o pé dolorido, não consegue calçar o sapato.
○ Epidemiologia: dependente de doenças neuromusculares;
■ Portanto, quando uma criança apresenta o pé cavo, é importante
pesquisar se há presença de doença neuromuscular;
59

■ Pode ser uni ou bilateral;


■ Não existe predisposição em sexo específico;
■ Raramente está presente em crianças menores de 3 anos de idade.
○ Etiologia: decorre do desequilíbrio neuromuscular, podendo ser:
■ Muscular;
■ Neuropática: através de neuropatias;
■ Congênita: aumento do arco plantar medial na deformidade;
■ Doença artrogripose;
■ Traumático: síndrome compartimental que leva à lesão neurológica e
evolui para o pé cavo;
■ Sequela de fraturas;

jo
■ Lesões tendíneas.

au
○ Quadro clínico:
■ Encurtamento do pé;

Ar
■ Dor quando desenvolver marcha prolongada ou em pé por períodos
longos;

ga
■ Possui dificuldade de se adaptar aos calçados.
■ Deformidades:
● São várias;

re
● Os ângulos para calcular a deformidade são feitos através da
ob
radiografia pelo ortopedista;
○ Incidência AP e Perfil (incidência mais importante).
N
○ Um dos ângulos é do calcâneo com solo.
■ É observado também a tensão da fáscia plantar;
da

■ Flexão plantar exagerada dos raios mediais.


○ Anamnese:
■ É muito importante para o diagnóstico da causa da doença.
a

○ Exame físico:
ai

■ Inspeção e Palpação;
M

■ Pesquisa de problemas neurológicos.


○ Exames solicitados:
a

■ Radiografia AP e Perfil;
nn

● A de perfil é a principal para determinar os ângulos.


■ Tomografia de crânio;
va

● Para pesquisa de doença neuromuscular.


■ Ressonância magnética da coluna vertebral e do crânio;
eo

■ Eletroneuromiografia;
● Pois pode haver alguma lesão de nervos periféricos e
G

acarretar distúrbios musculares que acaba evoluindo para o


pé cavo.
○ Tratamento clínico:
■ Indicado para os casos sintomáticos;
■ A etiologia do pé cavo é o mais importante para o tratamento da
doença;
■ Para criança (< 12 anos):
● O tratamento é sempre clínico;
60

● Nos casos mais graves pode ser indicado a palmilhas para


que ocorra compensação, deixando mais confortável o uso do
calçado e diminuindo a dor;
● A indicação cirúrgica é muito rara.
■ Para adolescentes:
● Também é um tratamento clínico;
● O uso de palmilhas é muito importante, tendo boas melhoras
da dor;
● Apenas os casos mais graves são operados.
● Hálux valgo juvenil e do adolescente

jo
○ É uma deformidade do hálux;
■ Quando o aparecimento ocorre antes dos 10 anos de idade é

au
chamado de juvenil;
■ Quando o aparecimento ocorre entre os 10 e 18 anos de idade é

Ar
chamado do adolescente.

ga
re
ob
N

○ Epidemiologia:
■ Existe uma maior incidência entre os 9 e 10 anos de idade, em torno
da

de 2%;
■ 80% dos casos são ocorrem em meninas.
a

■ O acometimento é bilateral.
ai

○ Etiologia: causa desconhecida;


■ É importante levar o fator desencadeador, como genético.
M

○ Quadro clínico:
■ Acometimento bilateral;
a

■ Manifestação de dor;
nn

■ Deformidade;
■ A maioria dos pacientes apresentam também o pé plano, associado
va

com frouxidão ligamentar.


○ Exames solicitados:
eo

■ Radiografia do pé em AP e Perfil com o paciente sentado;


■ É calculado o ângulo no primeiro raio:
G

● 1º metatarso em relação ao 2º metatarso e em relação a


falange proximal do hálux;
● Essa angulação fecha o diagnóstico.
○ Tratamento:
■ Conservador;
■ Encontrar um sapato que combina com o pé (largos);
● O sapato menor, com o pé com frouxidão maior em mulheres
geralmente leva a deformidade (joanete).
■ Não existem evidências de correção com imobilização do hálux;
61

● Pode colocar uma barra de silicone entre o primeiro e o


segundo dedo.
■ Em alguns casos pode necessitar de correção cirúrgica.
● Porém o índice de recidiva é grande.
● Pé torto congênito
○ Ocorre uma deformidade estrutural do pé desde o nascimento;

jo
au
○ Epidemiologia:

Ar
■ Mais comum em meninos;
■ Tem uma incidência de 1:800 nascidos vivos;

ga
■ Problema socioeconômico.
● Mais frequente na classe socioeconômica menor.

re
○ Etiologia: várias teorias que provocam essa deformidade;
ob
■ A teoria mais aceita é o defeito no plasma germinativo primário, no
tálus, o osso que provoca toda a deformidade;
○ Quadro clínico:
N

■ Um pé adulto cavo e equino;


da

■ Pode ser bilateral.


○ Diagnóstico: clínico
■ Não precisa de radiografia.
a

○ Tratamento:
ai
M
a
nn

■ Método de Ponseti: padrão ouro (Manipulação de gesso)


va

● Leva em média de 4 a 7 semanas;


● O 1º gesso é feita a elevação do primeiro raio: trata o cavo;
eo

● O 2º gesso faz a abdução: todo o pé elevado de encontro ao


tálus;
G

● o 3º gesso com o pé corrigido faz a abdução a 70º.


● Após a manipulação do gesso é feito a tenotomia do tendão
de aquiles percutâneo.
○ Corrige a última deformidade que é o equino do pé.
■ Após o tratamento com gesso e tenotomia, é mantida uma órtese de
abdução.
● 2 sapatos ligados por uma barra por 23 horas diárias durante
3 meses.
62

■ Após isso, a órtese passa a ser utilizada por 14 horas ou no período


noturno até os 4 anos de idade.
● Metatarso aduto

jo
au
○ É uma deformidade congênita caracterizada pelo desvio do antepé;

Ar
○ Epidemiologia:
■ Ocorre aproximadamente em 1 a cada 1000 nascidos vivos;

ga
■ Bilateral em 50% dos casos;
■ Não tem predileção por sexo.
○ Diagnóstico: clínico;

re
○ Tratamento:
ob
■ Na maioria o tratamento é conservado;
■ Manipulação do pé contrário a deformidade durante esse período;
N
■ A indicação cirúrgica é rara e feito em crianças maiores do que 4
anos de idade.
da

● Pé talo vertical
○ Também conhecido como o pé mata-borrão;
a

○ Esse pé apresenta várias deformidades complexas que faz com que o pé se


ai

torne assim.
■ Mas a deformidade primária é da luxação da articulação do tálus com
M

o osso navicular.
a
nn
va
eo

○ Epidemiologia:
G

■ Condição rara;
■ Geralmente acomete crianças que possuem a doença artrogripose.
● Cerca de 2% a 12%.
■ E ocorre também em crianças quem possuem distúrbios
neuromusculares.
○ Quadro clínico:
■ Pé plano rígido;
■ Planta do pé convexa;
■ Navicular é luxado dorso-lateralmente a cabeça do tálus;
63

■ Graus variados de:


● Retropé equino;
● Desvio dorsal do cubóide;
● Contratura de partes moles de compartimento anterior.
■ Bilateral em 50% sem predileção por sexo;
■ Anomalia isolada em 50%.
● Pé plano na criança

jo
au
Ar
○ Conhecido como pé chato;
○ Epidemiologia: Muito comum nos ambulatórios o pé plano valgo;

ga
○ Etiologia: geralmente causa genética;
○ Quadro clínico:

re
■ Em algumas situações o pé plano é rígido;
● Nesse caso tem a coalisão tarsal associada.
ob
■ Esse pé plano tem quer ser flexível e indolor;
● Se houver dor, a queixa é o desconforto para o uso de algum
N

sapato.
■ Está associado a alguma frouxidão ligamentar ou alguma outra
da

doença.
● Geralmente ocorre em pacientes portadores de paralisia
a

cerebral leve, espinha bífida, na síndrome de Marfan ou na


ai

neurofibromatose.
○ Tratamento:
M

■ Até 3 anos de idade é observação e orientação da família;


● Que vai ser corrigido, com aparecimento de cava a partir dos 6
a

anos de idade.
nn

■ Para os pacientes com queixa de dor, pode fazer uso da palmilha.


● Dar suporte ao arco plantar, aliviando as dores nas pernas.
va

● Coalisão tarsal
eo

○ É uma rigidez no pé;


○ Epidemiologia: maior índice em crianças maiores
G

■ Criança de pé plano que chega com dor, deve ser investigado essa
barra óssea.
○ Quadro clínico:
■ Pé plano, flexível e indolor, mas começa a ficar rígido e com dor,
suspeita-se de coalisão tarsal.
■ Barra óssea que se forma entre 2 ossos no retropé: Tálus e calcâneo,
e geralmente o navicular.
● Barras ósseas mais frequentes: tálus-calcâneo e
navicular-calcâneo
64

○ Diagnóstico: tomografia;
■ Com a radiografia é muito difícil.
○ Tratamento: cirúrgico.

jo
■ Ressecção da barra óssea.

au
Fraturas e luxações dos Membros Superiores

Ar
ga
Luxação do ombro (Glenoumeral)

re
● Características:
○ Mais comum em pacientes jovens/atletas;
ob
■ Recorrência maior de 90% em menores de 25 anos.
○ Associada à ruptura dos lábios articulantes (menores de 40 anos), e do
N
manguito rotador (maiores de 40 anos);
○ Lesão óssea de Bankart: é quando ocorre luxação do ombro associada às
da

fraturas do tubérculo ou margem da cavidade glenoidal.


■ Pode ser recorrente em luxações recidivantes.
○ Luxações posteriores são associadas a convulsões ou choque elétrico.
a

■ Paciente vítima de choque elétrico ou de epilepsia, deve suspeitar de


ai

uma luxação posterior do ombro.


M

● História da Doença Atual (HDA):


○ Na maioria das vezes o paciente levou uma queda ou teve algum trauma;
a

○ Queixa de dor e incapacidade de mover o braço.


nn

■ Muitas das vezes o paciente chega segurando o braço em adução e


rotação interna.
va

● Exame físico:
○ Ombro achatado → sinal da dragona;
eo
G

○ Ausência de ADM (ato de movimento).


● Radiografia para ombro: série de trauma
○ AP verdadeiro;
○ Perfil da escápula e
○ Axilar
65

jo
● Tomografia: caso ocorra fratura do tubérculo ou cavidade glenoidal.

au
○ Ou fraturas ocultas, que não consegue identificar no raio x.
● Classificação anatômica: baseada na localização da cabeça do úmero;

Ar
○ Em mais de 90%, as luxações são anteriores.
○ Geralmente as luxações posteriores não são diagnosticada;

ga
■ Muitas vezes passa desapercebido.
○ As luxações inferiores e superiores são raras.

re
● Tratamento:
○ Em luxação aguda: reduz a luxação;
ob
■ Tratado como urgência;
■ Pode ser utilizado anestesia ou não, depende da tolerância do
N

paciente.
○ Métodos:
da

■ Hipocrática: tração e contratração no membro superior do paciente


para reduzir a luxação;
a

● Comum utilizar quando não obtiver o relaxamento completo do


ai

paciente.
M
a
nn
va
eo
G

■ Stimson: posiciona o paciente em decúbito ventral e coloca o peso


no membro superior do paciente.
● Coloca um peso de mais ou menos 7 kg, quando o paciente
for relaxando, consegue-se a redução do ombro.
66

jo
au
Ar
■ Milch: abdução e rotação externa do membro, sendo o polegar
utilizado para a redução da cabeça umeral.

ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo
G
67

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

○ Imobilizar em tipóia por 2 semanas;


■ Para que consiga cicatrizar as lesões da cápsula articular.
○ Fisioterapia.
■ Para reforço muscular, melhora do arco de movimento e diminuição
do quadro doloroso.
68

Fraturas Diafisárias de Úmero

jo
au
Ar
● Epidemiologia:

ga
○ É uma lesão comum;
■ 14,5/100.000 h ao ano.

re
○ 2 a 10% são fraturas expostas;
○ Localização:
ob
■ 60% no ⅓ médio;
■ 30% no ⅓ proximal da diáfise;
N

■ 10% no ⅓ distal da diáfise.


da

○ Distribuição etária bimodal;


■ Na 3ª década de vida é mais comum em homens;
■ Na 7ª década de vida é mais comum em mulheres.
a

● Queda da própria altura.


ai

● Anatomia:
○ Fraturas geralmente ocorrem proximalmente distal ao colo cirúrgico e
M

distalmente próximo a crista supracondilar;


○ Úmero proximal possui formato circular e distalmente vai se tornando
a

triangular;
nn

○ O úmero possui uma boa cobertura muscular e de tecidos moles;


○ O braço é dividido em compartimentos anterior e posterior pelos septos
va

intermusculares lateral e medial;


○ Vascularização e inervação:
eo

■ A artéria braquial, o nervo mediano e o musculocutâneo estão no


compartimento anterior em todo seu percurso;
G

■ O nervo ulnar começa no compartimento anterior e passa para o


posterior no cotovelo;
■ O nervo radial começa no compartimento posterior e passa para a
anterior.
● Em alguns casos são lesionados pela fratura.
69

● Mecanismo da lesão:
○ Ação de forças diretas sob membro na maioria das vezes;
○ Quedas com a mão espalmada podem resultar em fraturas indiretas;
○ Forças de flexão: causam fratura transversas;
○ Força em torção: causam fraturas espirais;

jo
○ Os desvio dependem da intensidade do trauma e do local de fratura.
○ Ou seja, a característica da fratura depende sempre do tipo de trauma.

au
■ Se é um trauma de alta ou baixa energia;
■ Se é uma força em torção ou flexão.

Ar
● Avaliação clínica:
○ Sinais cardinais de fratura:

ga
■ Dor;
■ Edema;

re
■ Deformidade;
■ Encurtamento do braço afetado.
ob
○ Exame neurovascular:
■ Sempre deve ser realizado cuidadosamente, com atenção particular
N

para função do nervo radial;


■ Que é a abdução do polegar e extensão do punho.
da

○ Em politraumatizados há um aumento da incidência de:


■ Fraturas expostas;
a

■ Fraturas ipsilaterais;
ai

■ Síndrome compartimental;
■ Lesões neurobasculares.
M

● Avaliação radiológica:
○ Radiografia em AP e Perfil;
a

■ Deve incluir o ombro e o cotovelo em cada incidência;


nn

■ A radiografia de um membro dele incluir a articulação proximal e distal


a fratura.
va

○ Radiografias com tração podem auxiliar na definição de fraturas com grande


cominuição.
eo

● Classificação das fraturas:


○ Radiografia em AP do braço, visualizando ombro e cotovelo, encontrando
G

uma fratura em oblíqua longa;


■ A 1 (braço) 2(diáfise) A2 (traço simples oblíquo): A12 A2.
70

jo
au
Ar
○ Radiografia em AP, fratura complexa diafisária do úmero, ocasionada por

ga
PAF (perfuração de arma de fogo);
■ Fratura exposta: 3C

re
ob
N
da
a
ai
M
a

○ Descritiva:
nn

■ Aberta ou fechada;
■ Localização: terço proximal, médio ou distal;
va

■ Grau: com ou sem desvio;


■ Direção e caráter: transversa, oblíqua, espiral, segmentar e complexa
eo

(cominutiva).
G
71

jo
au
Ar
ga
● Tratamento:

re
○ Tratamento conservador:
■ Sucesso para 90% das fraturas;
ob
● Pois o úmero apresenta aporte sanguíneo abundante e
envoltório muscular de partes moles que segura a fratura.
N
■ Consolidação em torno de 6-8 semanas;
● Em idosos pode durar mais, mas faz o segmento radiográfico.
da

■ Desvios aceitáveis:
● 20º de angulação anterior;
● 30º de angulação em varo;
a

● Até 3 cm de aposição em baioneta (encurtamento) são


ai

aceitáveis e não comprometerão a função ou aparência.


M

■ Pinça de confeiteiro: para fraturas com deslocamento;


● Faz a manobra de redução, pois a pinça faz a tração pela
a

gravidade com o peso do gesso mantém a redução da fratura;


nn

● Com 15 a 21 dias é trocada pela órtese de Sarmiento, quando


forma um calo fibroso.
va
eo
G

■ Tipoia de Velpeau: para fraturas sem desvio;


72

jo
■ Órtese funcional pré fabricada (Sarmiento): faz o segmento com ela.

au
Ar
ga
re
ob
○ Tratamento cirúrgico:
■ Indicação:
N
● Não obedece aos desvios aceitáveis:
○ Encurtamento maior que 3 cm;
da

○ Rotações maiores que 30º;


○ Angulação do eixo maiores de 20º.
a

● Trauma múltiplo;
ai

○ Mais de uma fratura, para tentar reabilitar o paciente


rapidamente.
M

● Redução fechada inadequada ou consolidação viciosa


inaceitável;
a

● Fratura patológica;
nn

● Lesão vascular associada;


● Cotovelo flutuante;
va

● Fratura segmentar;
● Extenção intrarticular;
eo

● Fratura exposta;
● Perda neurológica após trauma penetrante;
G

● Paralisia do nervo radial após manipulação da fratura;


● Pseudoartrose.
■ Abordagem cirúrgica:
● Abordagem anterolateral: na maioria das vezes;
● Abordagem anterior;
● Abordagem posterior: para fraturas diafisária do terço distal.
■ Técnica cirúrgica:
● Redução aberta e fixação com placa;
● Fixação intramedular: segmentares, osteoporose, patológicas.
73

● Complicações:
○ Lesão do nervo radial;
■ Ocorre em até 18% dos casos;
■ Como na fratura de Holstein Lewis.

jo
au
Ar
○ Lesão vascular: incomum;
○ Pseudoartrose.

ga
Luxação do cotovelo
● Epidemiologia:
re
ob
○ É bem menos comum que a luxação do ombro;
○ 11 a 28% das lesões do cotovelo;
N
○ As luxações posteriores são as mais comuns;
■ 80 a 90% de todas as luxações do cotovelo.
da

○ As luxações simples são puramente ligamentares;


■ Ou seja, a lesão ligamentar está presente apenas na luxação simples.
a

○ As luxações complexas são aquelas acompanhadas de uma fratura;


ai

■ Representam menos de 80% das luxações do cotovelo.


■ Pode ocorrer no momento de redução da luxação com uma manobra
M

brusca, ou se o paciente não tiver relaxado, com fratura do processo


coronóide ou da cabeça do rádio.
a

○ A maior incidência está entre 10 a 20 anos.


nn

■ Associada a lesões desportistas.


● Anatomia do cotovelo:
va

○ Saber localizar:
■ Processo coronóide;
eo

■ Olécrano;
■ Parte distal do úmero;
G

■ Tróclea;
■ Epicôndilos medial e lateral;
■ Cabeça do rádio.
74

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai

○ Parte ligamentar e capsula articular:


M

■ Tendão do tríceps;
■ Ligamento anular: em luxação da cabeça do rádio ele fica interposto e
a

não consegue fazer a redução fechada, sendo necessário o


nn

procedimento cirúrgico para tirar de dentro articulação.


va
eo
G
75

■Ligamento colateral ulnar e radial: importantes para estabilidade do


cotovelo.
○ Estabilidade do cotovelo:
■ É uma articulação ginglimóide;
■ Realiza os movimentos de:
● Flexo-extensão;
● Prono-supinação.
■ Estabilidade realizada pelas estruturas:
● Superfície articular;
● Cápsula;
● Ligamentos;

jo
● Músculos.

au
■ Estabilidade anterior-posterior:
● Na extensão: fossa da tróclea-olécrano;

Ar
● Na flexão: fossa coronoide, articulação radiocapitelar,
bíceps-tríceps-braquial.

ga
■ Estabilidade em valgo:
● Complexo do ligamento colateral medial (LCM);
■ Estabilidade do varo:

re
● O ligamento colateral ulnar e o músculo ancôneo;
ob
■ Arco normal de movimento:
● 0 a 150º de flexão;
N
● 85º de supinação;
● 80º de pronação.
da

● Mecanismo de lesão para luxação do cotovelo:


○ Mais comumente:
■ Queda com uma das mãos ou cotovelo hiperestendido;
a


ai

■ Força de alavanca que desloca o olécrano da tróclea;


M


■ Produzindo a luxação.
a

○ Luxação posterior:
nn

■ Combinação de hiperextensão do cotovelo + estresse em valgo +


abdução do braço + supinação do antebraço;
va

■ É visto em pacientes que sofreram agressão física;


■ Na maioria das vezes ocorre fratura do processo coronóide.
eo
G
76

○ Luxação anterior:
■ Força direta golpeia o antebraço posterior com o cotovelo na posição
flexionada.
● Avaliação clínica:
○ Sinais cardinais de fratura:
■ Dor;
■ Edema;
■ Deformidade;
■ Posição de defesa.
○ Realizar exame neurovascular cuidadoso;
○ Após a redução realizar novamente exame neurovascular.

jo
■ Pois a luxação pode comprimir a artéria braquial, deixando sem o

au
pulso, mas ao reduzir o pulso volta.
● Lesões associadas:

Ar
○ Fraturas da cabeça do rádio e do processo coronóide da ulna, são as mais
comuns;

ga
■ O processo coronóide, na maioria das vezes é o mais comum;
■ Tríade terrível do cotovelo: lesões de difícil tratamento, deixando
sequelas.

re
● Luxação do cotovelo;
ob
● Fratura da cabeça do rádio e
● Fratura do processo coronóide.
N
○ Fraturas por cisalhamento do capítulo ou da tróclea são menos comuns;
○ Lesões neurovasculares agudas raras;
da

○ A artéria braquial pode estar lesionada, em particular com uma luxação


aberta.
● Avaliação radiológica:
a

○ Imagens em AP e perfil comuns do cotovelo devem ser obtidas e avaliadas


ai

em busca de fraturas associadas na região do cotovelo;


M

○ Imagens de tomografia podem ajudar a identificar fragmentos ósseos de


fraturas não discerníveis nas radiografias simples.
a
nn
va
eo
G

○ Descrição da radiografia acima: radiografia de cotovelo em AP e Perfil,


respectivamente.
77

■ Radiografia que não dá para ter um bom diagnóstico, então solicita a


tomografia.

jo
au
■ Na tomografia do cotovelo é possível observar uma subluxação,
fragmento ósseo.

Ar
● Avaliou-se uma tríade terrível do cotovelo.
● Classificação da luxação do cotovelo:

ga
○ Pode ser: Simples ou complexa;
■ Complexa quando associada a fratura.

re
○ De acordo com o desvio da ulna em relação ao número:
■ Posterior;
ob
■ Posterolateral;
■ Posteromedial;
N

■ Lateral;
■ Medial;
da

■ Anterior.
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

● Princípios do tratamento:
○ Objetivo: restaurar a estabilidade óssea do cotovelo;
○ Restauração da incisura troclear da ulna, em particular o processo coronoide;
78

○ O contato radiocapitelar é muito importante para a estabilidade do cotovelo


lesionado;
○ A incisura troclear (coronóide e olécrano), a cabeça radial e o ligamento
colateral lateral devem ser reparados ou reconstruídos, mas o LCM
raramente precisa ser reparado.
■ Pois o ligamento colateral media, na maioria das vezes, cicatriza
sozinho.
● Fraturas na luxações de cotovelo:
○ Cabeça do rádio associada: 5 a 10% dos casos;
○ Epicôndilo medial ou lateral associados: 12 a 34% dos casos;
○ Processo coronóide associado: 5 a 10%

jo
■ São secundárias a avulsão do músculo braquial e mais comuns com

au
a luxação posterior.
■ Classificada em: Tipos I, II e III de Regan e Morrey.

Ar
● Relativo ao tamanho do fragmento do processo coronóide.

ga
re
ob
N
da
a

○ Luxação do cotovelo + fraturas intrarticulares: maior risco de instabilidade


recorrente ou crônica;
ai

■ O paciente pode ficar tendo recorrentes luxações.


M

○ Padrões de fraturas para luxações:


■ Luxação posterior + fratura da cabeça radial;
a

■ Luxação posterior + fratura da cabeça radial + processo coronoide:


nn

tríade terrível do cotovelo;


■ Fratura e luxação anteriores do olécrano;
va

■ Fratura e luxação posteriores do olécrano.


● Tratamento:
eo

○ Luxação simples do cotovelo - Conservador :


■ Devem ser submetidas a redução fechada com o paciente sob
G

sedação e analgesia adequada;


■ Correção do desvio lateral ou medial, seguida por tração longitudinal
e flexão;
● Geralmente é bem sucedida nas luxações posteriores;
● Método de Parvin.
■ Sempre avaliar o estado neurovascular antes e depois da redução;
■ Radiografias pós redução;
● Para ver se obteve sucesso na redução e se não tem nenhum
fragmento ósseo ou fratura;
79

● Em caso de dúvida, solicita a tomografia.


■ Tratamento pós redução: Tala axilo palmar em 90°.
● Por 2 semanas.
■ Solicitar fisioterapia.
■ Manobras de redução:

jo
au
Ar
ga
re
● Método de Parvin: tração no punho e contra-tração no úmero
na região do cotovelo em flexão;
ob
● Método Meyn: cotovelo na borda da mesa com flexão em 90º,
e empurra o olécrano distalmente para conseguir a redução.
N
○ Luxação simples do cotovelo - cirúrgico:
■ Quando o cotovelo não pode ser mantido em uma posição
da

concêntrica reduzida, devido à instabilidade por lesões ligamentares;


● Luxação instável → tratamento cirúrgico.
a

■ 3 abordagem gerais para esse problema:


● 1 - redução aberta e reparo dos tecidos moles;
ai

● 2 - fixação externa articulada;


M

○ Após a redução e fixação o paciente consegue realizar


flexão e extensão.
a

● 3 - fixação da articulação com pinos cruzados (fios K).


nn

○ Fraturas nas luxações do cotovelo:


■ Conservador: luxação com fraturas minimamente desviadas da
va

cabeça do rádio ou sem desvio.


● Fratura Mason tipo I, com 2 semanas já consegue
eo

consolidação com calo fibroso e consegue dar mobilidade


precoce ao paciente.
G

■ Cirúrgico: reparo ou substituição da cabeça radial e reparo do LCL


(ligamento colateral radial).
○ Tríade terrível do cotovelo:
■ Prótese da cabeça do rádio: retira a cabeça do rádio
multifragmentada;
■ Reconstrução do ligamento colateral lateral;
■ Fixação do processo coronóide com parafuso.
● Complicações da luxação do cotovelo:
○ Perda de movimento (rigidez);
80

■ Não consegue realizar de 0-150º de flexo-extensão.


○ Comprometimento neurológico;
○ Lesão vascular;
○ Síndrome do compartimento;
○ Instabilidade persistente com novas luxações;
○ Artrose do cotovelo que sofreu a luxação.

Fratura do Olécrano

jo
au
Ar
ga
re
ob
● Epidemiologia:
○ Distribuição bimodal;
N

■ Acomete pacientes idosos em traumas de baixa energia;


■ Acomete pacientes jovens em trauma de alta energia.
da

○ 11,5 por 100.000 habitantes;


○ 8-10% de todas fraturas do cotovelo.
a

● Anatomia do Olécrano:
ai

○ Eminência curva na porção proximal e posterior da una;


○ Bastante vulnerável a traumas diretos;
M

○ Se articula com a tróclea no plano AP;


○ Centro ossificação (fise de crescimento) aparece aos 10 anos e desaparece
a

aos 16 anos.
nn

● Mecanismo de lesão:
○ Trauma direto → queda ou golpe direto no cotovelo;
va

○ Trauma indireto → queda com mão estendida e cotovelo em flexão com


contração do tríceps;
eo

■ Trauma por tração, com contração excêntrica do tríceps.


○ Traumas combinados.
G

● Sinais e sintomas:
○ Geralmente derrame articular com arco doloroso e limitado;
■ Os sinais cardinais da fratura: dor, edema, dificuldade de movimento.
○ Incapacidade de extensão na lesão triciptal;
○ Sempre avaliar lesão do nervo ulnar.
● Radiologia:
○ AP e Perfil verdadeiro.
■ Consegue avaliar principalmente na incidência em perfil.
81

jo
○ Radiografia do cotovelo em perfil, evidenciando uma fratura do olécrano com

au
traço intrarticular.
■ Tratamento cirúrgico, para o paciente mexer a articulação o mais

Ar
rápido possível;
■ Utiliza o princípio da instabilidade absoluta com uma banda de tensão
ou parafuso interfragmentário ou placa.

ga
● Classificação da fratura do olécrano - Classificação de Mayo:

re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo

○ São divididas em 3 tipos:


G

■ Tipo I: sem desvios;


■ Tipo II: desviadas estáveis;
■ Tipo III: desviadas instáveis.
○ E subdivididas em 2 tipos:
■ A: não cominutiva;
■ B: cominutiva.
● Tratamento:
○ Objetivo:
■ Restauração da superfície articular;
■ Restauração e preservação do mecanismo extensor do cotovelo;
82

■ Restauração do movimento do cotovelo e prevenção contra a rigidez;


■ Prevenção de complicações.
○ Conservador:
■ Fraturas sem desvio e algumas fraturas desviadas em individuos mais
idosos com baixa demanda funcional;
■ Gesso axilopalmar entre 45 e 90° de flexão;
■ Radiografias semanais para afastar possibilidade de desvio da
fratura;
■ 3 semanas remoção do gesso início do arco de movimento com
fisioterapia.
○ Indicação cirúrgica:

jo
■ Ruptura do mecanismo extensor;

au
● Qualquer fratura desviada;
● Paciente não consegue fazer a extensão.

Ar
■ Incongruência articular.
○ Fratura por avulsão: Excisão do fragmento ou RAFI com banda de tensão;

ga
○ Fraturas transversas: RAFI com banda de tensão;
○ Fraturas oblíquas: RAFI com parafuso cortical ou placa terço de cano ou
banda de tensão;

re
○ Fraturas cominutas: Excisão olécrano e reinserção tríceps se incluir diáfise
ob
da ulna, placa e banda de tensão.
N
da
a
ai
M
a
nn

■ Banda de tensão usa o princípio da estabilidade absoluta.


● Complicações:
○ Material de síntese é sintomático.em até 80;
va

■ 34-66% podem necessitar de remoção do material de síntese.


eo

○ Falha do material em 1 a 5%;


○ Infecção 0-6%;
○ Migração do pino 15%;
G

○ Neurite do nervo ulnar em 2-12% ;


○ Ossificação heterotópica em 2-13%;
○ Pseudoartrose em 5%;
○ Diminuição do arco de movimento pode complicar em até 50% dos casos.
83

Fraturas da cabeça do rádio

jo
au
● Epidemiologia:
○ 1,7 - 5,4% de todas as fraturas;

Ar
○ 33% dos pacientes apresentam lesões associadas, como fratura ou dano
ligamentar do ombro, antebraço, punho e mão.

ga
● Anatomia:
○ Mantém sempre o contato com a ulna e articulação radiocapitular, estando

re
presente tanto em flexão quanto em extensão;
● Mecanismo do trauma:
ob
○ Queda sobre a mão estendida;
○ Ou como lesão associada à luxação do cotovelo.
N
● Sinais e sintomas:
○ Dor lateral no cotovelo piora com a rotação do antebraço;
da

■ Sinais cardinais da fratura.


○ Se associada a luxação, a sintomatologia é maior;
○ Se dor no punho suspeita-se de radioulnar distal instável.
a

● Classificação da fratura do rádio - Mason:


ai

○ Tipo I: Fraturas marginais sem desvio;


M

○ Tipo II: Fraturas marginais com desvio;


○ Tipo III: Fraturas com cominutivas da cabeça;
a

○ Tipo IV:Qualquer fratura associada a luxação do cotovelo.


nn
va
eo
G

● Tratamento:
○ Conservador:
■ Fraturas isoladas e sem desvio → tipoia + amplitude de movimento
precoce (24-48 horas após a lesão).
○ Cirúrgico:
84

■ Fraturas desviadas;
■ Bloqueio articular;
■ Envolvendo toda a cabeça do rádio → prótese metálica.

jo
au
● Complicações:

Ar
○ Contratura secundária a imobilização;
○ Osteoartrite radiocapitelar pós traumática.

ga
Fraturas do antebraço

re
● Epidemiologia:
ob
○ São mais comuns nos homens que em mulheres;
■ Maior incidência por acidentes automobilísticos.
N
○ A proporção entre fraturas abertas e fechadas é maior para o antebraço do
que para qualquer área anatômica;
da

■ Exceto a tíbia, que tem muita fratura exposta, e em segundo lugar


está o antebraço.
● Anatomia do antebraço:
a
ai
M
a
nn
va
eo
G
85

○ Atenção:
■ O antebraço deve ser tratado como uma articulação.
● Trata articulação: redução aberta, fixação interna, estabilidade
absoluta com placa e parafusos.
● Pois o rádio gira em torno da ulna, fazendo movimento de
pronosupinação.

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

● Fraturas das diáfises:


○ Mecanismo de lesão:
86

■ Mais comumente associadas a traumas de alta energia, traumas


diretos, ferida por projeteis de arma de fogo e quedas da própria
altura ou durante atividades desportivas.
○ Avaliação clínica:
■ Sinais cardinais da fratura: deformidade, dor, edema, perda da função
da mão e do antebraço;
■ Realizar exame neurovascular cuidadoso;
■ Afastar síndrome compartimental.
● Avaliação radiológica:
○ Imagens em AP e Perfil;
○ Deve incluir punho e cotovelo ipslateral.

jo
■ Para afastar fraturas ou luxações associadas.

au
Ar
ga
re
ob
N
da
a
ai

● Classificação:
M

○ Descritiva:
■ Fechada ou aberta;
a

■ Localização;
nn

■ Cominutiva, segmentar ou multifragmentar;


■ Desvio;
va

■ Angulação;
■ Alinhamento rotacional.
eo

○ Classificação AO:
■ B: quando tem fraturas apenas na ulna;
G

■ C: fratura da ulna e do rádio.


87

jo
au
Ar
● Tratamento:

ga
○ Conservador: fratura sem desvio ou mínimo desvio, tanto do rádio como da
ulna;

re
■ Pode ser tratado com um aparelho gessado.
ob
○ Cirúrgico: tratado como uma articulação.
■ Fazer a redução aberta e fixação interna com placa e parafusos;
N
■ Placa de compressão dinâmica 3,5;
■ Com ou sem enxerto ósseo.
da

● Dependendo do traço da fratura, se houve perda óssea.


○ Princípios da fixação:
■ Restaurar o cumprimento radial e o ulnar;
a

● Lembrar que o rádio é maior do que a ulna.


ai

■ Restaurar o alinhamento rotacional;


M

■ Restaurar o arqueamento radial.


● Caso clínico:
a

○ A.B.F., 26 anos, morador de Pombal-PB, mecânico. Paciente vítima de PAF


nn

em membro superior esquerdo há 21 dias. Avaliação neurovascular


preservada.
va
eo
G

○ Radiografia de antebraço em AP e Perfil;


■ Faltou mostrar as duas articulações, para uma técnica correta.
○ Colocação de fixador externo provisório:
88

jo
au
Ar
○ Tratamento definitivo com placa e perda da altura do rádio:

ga
re
ob
N
da
a
ai

● Complicações:
M

○ Pseudoartrose e consolidação viciosa;


○ Infecção;
a

○ Lesão neurovascular;
nn

○ Isquemia de volkmann;
○ Sinostose radioulnar pós traumática.
va

● Fraturas da diáfise da ulna:


○ Fraturas do cassetete e de Monteggia:
eo

■ Fratura do cassetete: trauma direto na ulna.


● Classicamente quando a vítima tenta se defender de um
G

golpe.
■ Fratura de Monteggia: fratura da ulna com luxação da cabeça do
rádio.
89

jo
au
Ar
○ Avaliação clínica:

ga
■ Fratura do cassetete: Edema focal, dor, sensibilidade e abrasões
variáveis no local do trauma;

re
● Pode ter escoriação ou corte.
■ Fratura de Monteggia: Edema de cotovelo, deformidade, crepitação e
ob
arco doloroso do cotovelo.
● Clasificado por classificação de bado:
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

○ Tipo A ou I: fratura da ulna com luxação anterior da


cabeça do rádio;
○ Tipo B ou II: desvio posterior da cabeça do rádio;
○ Tipo C ou III: desvio lateral da cabeça do rádio;
○ Tipo D ou IV: fratura da ulna, do rádio e luxação da
cabeça do rádio.
○ Avaliação radiológica:
90

■ Incidência em AP e Perfil do antebraço;


■ Incidência em oblíquo se necessário.
○ Tratamento:
■ Fraturas do cassetete:
● Sem desvio: gesso;
● Desviadas: redução aberta e fixação interna.
■ Fratura de Monteggia:
● Necessita de tratamento cirúrgico → redução aberta e fixação
interna da diáfise da ulna, com placa DCP (placa de
compressão dinâmica) 3,5.
■ Após a fixação da ulna, a cabeça radial retorna para o lugar e,

jo
geralmente, fica estável.

au
● Caso contrário, pode ser uma interposição do ligamento anular
ou do nervo radial.

Ar
○ Nesse caso a abordagem é retirar o ligamento da
articulação e reduzir a cabeça do rádio.

ga
○ Complicações:
■ Pseudoartrose;
■ Lesão nervosa;

re
■ Instabilidade da cabeça radial;
ob
■ Infecção.
● Fraturas da diáfise radial:
N
○ Fratura de Galeazzi: fratura da diáfise radial na junção entre o terço médio e
distal, com ruptura associada da articulação radioulnar distal;
da

■ Fratura do rádio com luxação da radioulnar distal.


a
ai
M
a
nn
va
eo

■ 3x mais comum que Monteggia.


○ Mecanismo de lesão da Galeazzi:
G

■ Trauma direto ou indireto, como uma queda sobre a mão


hiperestendida.
○ Avaliação clínica da Galeazzi:
■ Dor, edema, incapacidade funcional.
○ Avaliação radiológica: AP e Perfil do antebraço.
■ Sinais que evidenciam lesão da articulação radioulnar distal:
● Fratura da base do processo estilóide;
● Articulação radioulnar distal alargada na radiografia em 1ap;
● Ulna subluxada na radiografia em perfil;
● Mais de 5 mm de encurtamento radial.
91

jo
au
Ar
■ Radiografia em AP e perfil do antebraço;

ga
■ Técnica utilizada incorreta, pois não evidenciou a articulação do
cotovelo;

re
■ Evidenciando uma fratura diafisária do rádio, oblíqua curta, com
luxação na radioulnar distal (fratura de Galeazzi);
ob
■ Realizar redução aberta e fixação interna com placa de compressão
dinâmica de 3,5.
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo

○ Complicações:
■ Consolidação viciosa;
G

■ Pseudoartrose;
■ Lesão neurovascular;
■ Sinostose radioulnar;
■ Luxação recorrente.
92

Fratura nos membros inferiores

Fratura na Bacia
● Fratura do anel pélvico:
○ Pode ser decorrente de trauma de baixa energia, como fratura do ramo
estáveis e sem desvios.
■ Ocasionada por queda da própria altura em pacientes idosos.
○ Ou pode ser ocasionado por trauma de alta energia, como acidente
automobilístico e queda de grande altura;

jo
au
Ar
ga
re
ob
N
○ Diagnóstico:
■ Feito através de radiografias de bacia nas incidências:
da

● AP;
● Out let: paciente fica na posição dorsal e o raio entra
direcionado a 45 no sentido caudal para cefálico;
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

● In let: paciente fica na posição dorsal, e o raio entra de


cefálico para caudal, há 60º da incidência em AP.
93

jo
au
Ar
■ Fraturas do anel da bacia provocadas por traumas de grande

ga
energia:

re
ob
N
da
a
ai
M
a
nn
va
eo
G

○ Classificação da fratura do anel pélvico:


■ Pode ser:
● AO
○ Osso 6
○ Segmento 1
○ Tipos A, B, C
● TILE
■ Através delas, tentam passar o mecanismo e a gravidade da lesão.
94

○ Tratamento cirúrgico:
■ Fixador externo na urgência;
■ Após estabilização do paciente é feito o tratamento através de placas
e parafusos.
● Fratura do acetábulo:
○ São fraturas complexas, geralmente, ocasionadas por acidentes
automobilísticos;
■ Ou seja, traumas de alta energia;
■ Mas pode ocorrer em traumas de baixa energia no idoso, como queda
da própria altura.
○ Classificação:

jo
■ Letournel e Judet:

au
Ar
ga
re
ob
N
da

●Faz parte do planejamento pré-operatório e escolher o melhor


a

tratamento para fratura do acetábulo.


ai

○ Exames complementares:
M

■ Radiografias da bacia:
● AP;
a
nn
va
eo

● Oblíqua Alar;
G

● Oblíqua Obturatriz.
95

○ Tratamento:
■ A fratura do acetábulo é uma fratura de articulação do quadril;
■ Portanto, tem que ser uma estabilidade absoluta, tratamento cirúrgico.
● Após estabilidade e controle de danos do paciente, é

jo
programado um tratamento cirúrgico com placas e parafusos.

au
Fratura no Fêmur

Ar
● Fratura do fêmur proximal:

ga
○ Fratura da cabeça femoral:
■ São lesões pouco frequentes;

re
■ Ocorre em traumas de alta energia;
■ Sua classificação AO: 31-C;
ob
■ Tratamento é cirúrgico.
○ Fratura do colo do fêmur:
N
■ São fraturas intracapsulares;
■ Localização anatômica:
da

● Subcapital;
● Mediocervical;
● Basocervical.
a

■ Vascularização dessa região é relacionada com a evolução da fratura;


ai

■ Maior incidência em mulheres acima de 60 anos;


M

■ Mecanismo lesional:
● Trauma direto: queda;
a

● Trauma indireto: força rotacional lateral.


nn

■ Principais complicações:
● Alto risco de obstrução trombótica pós-traumática;
va

● Necrose avascular;
● Não consolidação:
eo

○ Irrigação sanguínea inadequada;


○ Imobilização completa;
G

○ Inundação do hematoma da fratura, provocando a não


consolidação.
■ Classificação mais utilizada: Garden (1961):
● A - Grau 1: fraturas incompletas ou impactadas em ligeiro
valgo;
● B - Grau 2: fraturas completas não desviadas;
● C - Grau 3: fratura parcialmente desviada;
● D - Grau 4: desvio incompleto.
96

■ As fraturas com grau 1 e 2 terão melhor prognóstico, no que diz


respeito à preservação da irrigação da cabeça femoral.
● Já as graus 3 e 4, há maior probabilidade de lesão vascular,

jo
levando a necrose da cabeça femoral.
■ A classificação é importante no planejamento do tratamento, baseado

au
no tipo da fratura;
■ Tratamento:

Ar
● Grau I e II: fixação com parafusos canulados a “céu fechado”;
● Grau III e IV:

ga
○ Em adultos jovens: fixação com parafusos canulados a
“céu fechado”;

re
○ Irredutíveis: redução aberta + fixação parafusos
canulados ou placa DHS;
ob
○ Em adultos > 65 anos: artroplastia total ou
hemiartroplastia.
N

○ Fratura transtrocanteriana do fêmur:


da

■ Situa-se na região localizada entre os trocanteres maior e menor do


fêmur;
■ Localização extra capsular;
a

■ Área altamente vascularizada do que na fratura do colo;


ai

■ Predomínio de osso esponjoso;


M

■ Bom prognóstico de consolidação;


■ Incidência em mulheres acima de 75 anos;
a

■ Baixe o risco de necrose;


■ Característica clínica:
nn

● Membro encurtado com rotação lateral.


va
eo
G
97

jo
au
Ar
ga
re
ob
■ Descrição da imagem:
N
● A e D: Fraturas simples, estáveis;
● B e E: Fraturas desviadas e fragmentadas, instáveis;
da

● C e F: Fraturas Intertrocantéricas com traço invertido ou


subtrocanteriana.
a

■ Classificação:
● Tipo I: sem desvio;
ai

● Tipo II: com pouco desvio;


M

● Tipo III: completamente desviada;


● Tipo IV: comunicação maior;
a

● Tipo V: traço invertido.


nn
va
eo
G

■ Tratamento:
● Sistema ou placa DHS: placas com parafusos deslizantes
acoplados;
98

jo
● A: mecanismo e efeito do sistema DHS;

au
● B: fratura transtrocantérica;
● C: fixação com DHS;

Ar
● D: consolidação.
● Fratura da diáfise do fêmur:

ga
○ Causas:
■ Baixa energia: criança e idosos;

re
■ Alta energia: população jovem.
○ Classificação AO: 32. A, B, C;
ob
○ Tipos de fratura da diáfise do fêmur:
N
da
a
ai
M
a
nn

○ Tratamento:
■ Conservador: tração
va

● Pode desencadear:
○ Graves deformidades;
eo

○ Diminuição do arco de movimento do joelho e quadril;


○ Aumento considerável no tempo de cura;
G

○ Consolidação viciosa;
○ Complicações sistêmicas devido ao tempo prolongado
de repouso.
● Não é mais utilizado esse tipo de tratamento, devido aos
riscos citados.
■ Cirúrgico:
● Fixador externo ou
● Osteossíntese com placa e parafuso;
● Haste intramedular.
99

● Fratura do ⅓ distal do fêmur:


○ É comum na pessoa idosa e resulta de baixa energia;
○ No jovem não é comum e resulta de alta energia e velocidade;
○ A fratura pode ser intra ou extra articular;
○ Tratamento: cirúrgico.

jo
au
Ar
ga
Fratura na Tíbia
re
ob
● Quadro clínico:
○ Dor;
N
○ Edema;
○ Deformidade.
da

● Diagnóstico:
○ Radiografia simples em AP e perfil da perna.
● Classificação AO:
a

○ 42. A, B, C.
ai

● Tratamento:
M

○ Conservador: tala e gesso;


○ Cirúrgico: hastes intramedulares e placa;
a

○ A escolha é relativa:
nn

■ Grau de desvio inicial;


■ Gravidade da cominuição;
va

■ Lesão de partes moles.


● Complicações:
eo

○ Consolidação viciosa;
○ Retardo de consolidação;
G

○ Pseudoartrose;
○ Síndrome compartimental.

Fratura do tornozelo
● São produzidas mecanismos torsionais;
● Diagnóstico: é clínico e radiografia;
● Relacionados à prática de esportes, acidentes domésticos e de trânsito;
● Classificação AO: 44. A, B, C;
● Radiografias:
100

○ AP
○ Perfil;
○ AP verdadeiro.
● Tratamento conservador ou cirúrgico.
○ Conservador: imobilização.
● Exemplo: fratura bimaleolar do tornozelo.

jo
au
Ar
ga
LER/DORT - Lesões por Esforços Repetitivos
re
ob
● Definição:
N
○ O termo LER é a abreviatura de lesões por Esforços Repetitivos e consiste
em uma entidade, diagnosticada como doença, na qual movimentos
da

repetitivos, em alta frequência e em posição ergonômica incorreta, podem


causar lesões de estruturas do Sistema tendíneo, muscular e ligamentar;
○ “Segundo a norma técnica do INSS sobre DORT (Ordem de Serviço no.
a

606/1998), conceitua-se as lesões por esforços repetitivos como uma


ai

síndrome clínica caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não e


M

alterações objetivas, que se manifesta principalmente no pescoço, cintura


escapular e/ou membros superiores em decorrência do trabalho, podendo
a

afetar tendões, músculos e nervos periféricos. O diagnóstico anatômico


nn

preciso desses eventos é difícil, particularmente em casos sub-agudos e


crônicos, e o nexo com o trabalho tem sido objeto de questionamento, apesar
va

das evidências epidemiológicas e ergonômicas.”


○ O diagnóstico anatômico preciso é difícil, principalmente em casos
eo

subagudos e crônicos.
G

● Tendinite de De Quervain
101

○ É a tendinite do extensor curto e do abdutor longo do polegar;


■ Na face radial do polegar, onde forma a tabaqueira anatômica;
■ Na bainha desses dois tendões formam um processo inflamatório.
○ Mulheres são mais afetadas;
○ Teste de Finkelstein → Teste clínico ao exame físico para diagnóstico;
■ É feito o desvio ulnar do punho, mantendo o polegar fletido e aduzido
na palma;
■ Teste positivo quando o paciente refere dor na região do processo
estilóide do rádio, por onde passam os tendões.
○ O tratamento pode ser conservadfor ou cirúrgico.
■ Inicialmente é conservador a base de medicamentos antiinflamatórios

jo
(AINES) + fisioterapia;

au
■ O tratamento cirúrgico é para os casos crônicos que não obtêm
resultados como tratamento clínico;

Ar
■ Também pode ser feito infiltrações com corticóides, apesar de levar à
fraqueza dos tendões, é um tratamento bem aceito atualmente com

ga
ótimos resultados.
● É importante tentar essa opção antes do tratamento cirúrgico.

● Síndrome do Túnel do Carpo


re
ob
N
da
a
ai

○ É a síndrome compressiva mais comum do organismo;


M

■ Compressão do nervo mediano, que inerva toda a musculatura da


região tenar do 1º, 2º, 3º e parte medial do 4º dedo.
a

○ Existem dez estruturas cruzam o túnel do carpo:


nn

■ 8 tendões flexores, superficiais e profundos;


■ Nervo mediano (causador da patologia);
va

■ Flexor longo do polegar.


○ Maioria dos casos é insidiosa, afetando mais mulheres entre 40-60 anos de
eo

idade;
■ Sendo bilateral em 50% dos casos.
G

○ Sintomas: Dormência, dor e fraqueza muscular;


■ Fraqueza muscular bem evidente;
● Queixa de não conseguir segurar objetos.
■ Acorda a noite fazendo movimentos das mãos para tentar melhorar a
dormência.
○ Exame físico:
■ Inspeção: atrofia da região tenar da mão;
■ Palpação: avalia tônus e força muscular;
■ Teste diagnóstico: Testes de Tinel e Phalen;
102

● Teste de Phalen em flexão máxima por 1 minuto;


○ É positivo quando relatados formigamento e dormência
na região do nervo mediano, com mais frequência no
dedo médio;
○ Pode ser feito o phalen invertido, fazer a extensão do
punho.
● Teste de tinel faz a percussão no trajeto do nervo mediano;
○ É positivo quando o paciente choque na região de
inervação do nervo mediano.

jo
au
Ar
○ Eletroneuromiografia exame complementar de escolha mais comum;
■ Utilizado para o tratamento cirúrgico para o prontuário completo do

ga
paciente.
○ Tratamento conservador ou cirúrgico:

re
■ O tratamento conservador consiste em fisioterapia, AINEs, talas para
repouso do punho;
ob
■ Pode ser realizado também a infiltração com corticóide na região;
■ O tratamento cirúrgico é indicado para casos crônicos com atrofia
N

importante da mão do paciente.


● Incisão na prega palmar na junção com o punho, e no túnel do
da

carpo faz a descompressão do nervo mediano.


a

● Dedo em gatilho
ai
M
a
nn
va
eo

○ Pode ser decorrente do tendão ou da sua bainha;


■ Também é um processo inflamatório que pode formar uma nodulação
G

na bainha do tendão.
○ Paciente traz a queixa que o “dedo trava”, fica na posição de flexão e quando
puxa faz um estalido;
○ Mais frequente em mulheres, sendo o polegar, anelar e dedo médio os mais
acometidos;
○ Pode ser congênita;
■ Mas é raro.
○ Tratamento conservador ou cirúrgico.
■ Conservador AINES, infiltrações, fisioterapia;
■ Cirúrgico para os casos recorrentes e que não tem melhora com o
103

tratamento conservador.

● Tendinopatia do ombro
○ Quatro músculos formam o manguito rotador;
■ Tendões do ombro: supra e infraespinhal, subescapular e redondo
menor;
■ A tendinopatia do supraespinhal é o mais encontrado no dia a dia.
○ Outras estruturas podem estar envolvidas na sintomatologia;
■ Como: cápsula articular do ombro, articulação acrômio-clavicular e
cabeça longa do bíceps;

jo
○ Queixas do paciente: dor e limitação do arco de movimento;

au
■ O paciente faz movimentos repetitivos diários, trabalho braçal,
balconista de supermercado, por exemplo.

Ar
○ Ressonância Magnética melhor método complementar;
■ Para visualização de partes moles.

ga
○ Testes especiais ajudam no diagnóstico:
■ Teste de jobe:

re
● Identificar as patologias do tendão do músculo supraespinhal;
● Os dois membros superiores em rotação interna e o avaliador
ob
faz uma resistência contra a elevação dos membros
superiores o paciente;
N
● Positivo em tendinopatia do tendão supraespinhal, quando
referir dor.
da
a
ai
M
a
nn

■ Teste de Patte:
● Identificar as patologias do tendão do músculo supraespinhal;
va

● O membro superior vai ser posicionado em abdução com


cotovelo em 90º e o paciente força em rotação externa contra
eo

resistência oposta pelo examinador;


● Positivo em tendinopatia do tendão infraespinhal, quando
G

referir dor.
104

■ Teste Gerber:
● Identificar as patologias do tendão do músculo subescapular;
● O paciente coloca a mão nas costas (nível de L5) e tenta
afastar as mãos das costas contra resistência do avaliador;
● Positivo em tendinopatia do tendão subescapular, quando
referir dor ou incapacidade do movimento.
○ Positiva mais em lesões avançadas e grave.

jo
au
Ar
ga
■ Teste de Palm up:
● Avalia tendinopatia do cabo longo do bíceps;

re
● Fazer resistência a elevação do membro e paciente refere dor
ob
na topografia do ombro.
N
■ Teste de Neer
● É um teste para impacto para avaliar principalmente o
da

supraespinhal;
● O examinador faz a elevação passiva do membro superior,
podendo ocasionar impacto da tuberosidade maior do úmero
a

na região do acrômio;
ai

● Ao referir dor no teste, é um teste positivo para síndromes do


M

impacto.
○ Pode evoluir para tendinopatias com ruptura do tendão
a

do manguito rotador, necessitando de um tratamento


nn

mais invasivo (artroscopia para rafia do tendão).


va
eo
G

○ Tratamento conservador ou cirúrgico.


■ AINES, infiltrações articulares com corticóide;
■ Cirurgia se falha no tratamento conservador ou ruptura de algum
tendão do manguito rotador.
105

● Epicondilite lateral do cotovelo

jo
○ Epicondilite lateral ou cotovelo de tenista são termos clássicos;

au
○ Acomete, principalmente, trabalhadores na quarta e quinta década de vida;
○ Fisiopatologia seria por microrrupturas e neoformação no tendão do extensor

Ar
curto do carpo;
■ É uma tendinose do tendão extensor curto do carpo.

ga
○ Dor ao nível do epicôndilo irradiada para musculatura extensora;
○ Dor à palpação e testes especiais auxiliam no diagnóstico;

re
■ Ao palpar o paciente se defende retirando o braço, devido a dor no
cotovelo;
ob
■ Teste de cozen:
● O examinador palpa a região lateral do epicôndilo e o paciente
N

faz a extensão do punho sob resistência;


● Teste positivo quando dor na região do epicôndilo lateral
da

durante a extensão do punho.


a
ai
M
a
nn
va

■ Teste de MILL:
eo

● É feito com o cotovelo em extensão e o paciente faz uma


extensão do punho sob resistência;
G

● Teste positivo quando dor na região do epicôndilo lateral


durante a extensão do punho.
106

■ Teste e Maudsley:

jo
● Paciente faz a extensão do terceiro dedo sob resistência,

au
referindo dor no epicôndilo lateral.

Ar
ga
re
ob
N
○ USG ou RM para complementar o diagnóstico.
■ USG é examinador dependente, podendo dar negativo mesmo
da

positivando nos exames clínicos;


■ A ressonância magnética é um exame mais preciso.
a

○ Tratamento conservador ou cirúrgico.


ai

■ AINES, infiltrações articulares com corticóide;


■ Cirurgia se falha no tratamento conservador.
M

● Cervicalgia muscular
a
nn

○ Deve ser investigado:


■ Ansiedade e depressão;
va

● Pois também são causas de dores na região dorsal.


■ Fibromialgia;
eo

■ Hérnia de disco na região cervical;


● Porém na hérnia de disco, na maioria das vezes, é
G

acompanhada de radiculopatia (cervicobraquialgia).


○ Tratamento com AINEs, analgésicos e relaxantes musculares e fisioterapia;
■ Ciclobenzaprina 5 ou 10 mg;
■ Diclofenaco, nimesulida (AINES);
■ Paracetamol, dipirona de 1g.
○ Pode ser utilizado também corticóides, analgésicos associados a codeína,
tramadol e em último caso morfina.
107

Fraturas nas crianças


● Sinonímia de fraturas na criança:
○ Fraturas de Salter-Harris;
○ Fratura da placa de crescimento;
○ Lesões fisárias;
○ Fratura da infância;
○ Fraturas pediátricas;
○ Fraturas e lesões epifisárias.
● Introdução:
○ As crianças são diferentes dos adultos;

jo
■ Apesar de parecer óbvio, é importante o reconhecimento desse fato,

au
pois é essa diferença que vai interferir diretamente na ocorrência e no
tratamento das fraturas.

Ar
○ Os ossos nas crianças estão em crescimento, que é determinado pela FISE;
■ Ou placa de crescimento, ou placa fisária ou cartilagem de

ga
crescimento que também tem o mesmo significado.
○ Localização da FISE: entre a metáfise e a epífise dos ossos longos

re
○ Os ossos das crianças são mais resilientes e também possuem um periósteo
mais espesso.
ob
■ Resistem muito mais ao estresse.
■ Essas características determinam padrões diferentes de fraturas nas
N
crianças;
○ O comportamento do sistema musculoesquelético nas crianças é bastante
da

diverso dos adultos;


■ As crianças apresentam reparação dos tecidos mais rápida;
a

● E portanto, uma consolidação mais precoce das fraturas.


ai

○ A remodelação óssea é uma característica importante nas crianças.


■ Quanto menor a idade, maior a capacidade de remodelação óssea.
M

○ O traumatismo que afeta o sistema musculoesquelético são comuns nas


crianças;
a

■ 40% dos meninos e 25% das meninas sofrerão uma fratura até os 16
nn

anos.
○ Entorses e contusões articulares nas crianças podem acarretar lesões
va

potencialmente graves;
■ Pois acomete a epífise e a fise;
eo

■ Assim, um trauma que no adulto acarretaria uma fratura, luxação ou


lesão ligamentar, na criança, geralmente a lesão é na cartilagem de
G

crescimento.
● FISE:
○ Localizada na extremidades dos ossos longos, responsável pela ossificação
endocondral;
■ Entre a epífise e a metáfise.
○ O condrócitos estão dispostos em camadas ou zonas em diferentes estágios
de maturação:
■ Zona de reserva ou repouso;
■ Zona de proliferação;
108

■ Zona hipertrófica:
● Camada de maturação;
● Camada de degeneração;
● Camada de calcificação.
○ Quando ocorre uma lesão em toda a sua extensão, haverá uma fusão entre a
metáfise e a epífise;
■ Ocorrendo a parada do crescimento, por consequência.
○ Quando a lesão for parcial, observa-se as deformidades angulares.
○ A deformidade angular e o encurtamento ocasionados pelas lesões da fise
parcial ou completa, pode variar dependendo de:
■ Localização da fise;

jo
■ Duração;

au
■ Extensão da lesão fisária.
○ OBS: é importante lembrar que o osso da criança é imaturo e ainda está

Ar
crescendo, devendo sempre respeitar a fise, que é a lesão de crescimento.
■ Uma lesão nesse local pode representar uma sequela grave para o

ga
resto da vida da criança.
● Epidemiologia:
○ As fraturas são mais frequentes no sexo masculino;

re
■ Quando se considera o envolvimento da fise, os meninos são mais
ob
acometidos que as meninas em proporção aproximadamente de 2:1;
■ Devido à maior tendência dos meninos se envolverem em atividades
N
de risco.
○ Os membros superiores são mais acometidos por lesões fisárias do que os
da

membros inferiores;
○ Região distal do antebraço é a mais afetada pelas fraturas do que qualquer
outra região;
a

■ A clavícula também é bastante acometida.


ai

○ As meninas são mais acometidas no estirão de crescimento entre 11 aos 12


M

anos;
■ Enquanto que a maioria dos meninos é acometido mais tardiamente
a

12-14 anos, também no estirão de crescimento;


nn

■ As lesões fisárias ocorrem mais no período de estirão de crescimento,


por estarem mais fraca nesse período.
va

○ Atenção quando as fraturas acometem crianças abaixo de 18 meses;


■ Deve ser feito o diagnóstico diferencial com a síndrome da criança
eo

espancada;
■ Principalmente quando ocorre fraturas de membros inferiores e
G

lesões múltiplas nas crianças;


■ Assim como, a dissociação entre a história do trauma e o seu exame
físico devem ser considerados.
○ Cerca de 30% das fraturas dos ossos longos nas crianças envolve as fises;
○ Em 10% dos acometimentos da placa de crescimento, ocorrem alterações
importantes do crescimento.
● Tipos de fraturas nas crianças:
○ Algumas fraturas são exclusivas da criança (osso imaturo):
■ Deformidade plástica;
■ Fratura subperiostal (torus fracture);
109

■ Fratura em galho verde:


● Essa fratura ocorre pois o osso é mais imaturo e flexível, com
periósteo mais espesso;
● A fratura ocorre em uma das corticais, e a outra cortical se
deforma sem fratura.
○ Essas fraturas podem ter poucos desvios, e muitas vezes o diagnóstico é
muito difícil;
○ O exame físico é primordial para evitar erros de diagnóstico;
■ Como em geral não se sabe explicar o que aconteceu.
○ Se ocorrer lesão na fise, a queixa principal é de dor na articulação após o
trauma;

jo
■ Edema localizado perto da articulação e dor a palpação pode estar

au
presente na lesão da fise.
○ Nas lesões em membros inferiores a criança não consegue apoiar o membro

Ar
acometido;
■ Quando a lesão é no tornozelo, a criança ainda consegue engatinhar,

ga
mas não consegue se manter apoiada no membro ao ser colocada
em pé.
○ Nas lesões no membro superior ocorre impotência funcional ou a limitação

re
da amplitude de movimento articular;
ob
○ Lembrar sempre das possíveis complicações relacionadas com o
crescimento remanescente.
N
■ Explicar ao pais e familiares a gravidade dessas lesões as quais a
fise está comprometida.
da

● Classificação Salter-Harris
○ É a classificação mais utilizada e conhecida;
a

○ Foi descrita por Salter e Harris em 1963;


ai

○ Foi descrita inicialmente com 5 tipos;


○ Rang fez modificações adicionando mais um tipo, o 6º tipo:
M

■ Tipo I:
● Observa o alargamento da placa de crescimento, pois a
a

fratura é através da fise;


nn

● Uma fratura através da zona hipertrófica da fise, que separa a


metáfise da epífise;
va

● Quando a fratura é sem desvio, o diagnóstico torna-se difícil,


pois não há comprometimento ósseo;
eo

● Em geral, o prognóstico é excelente;


● Tratamento conservador: reduzindo a deformidade e
G

imobilizando com aparelho gessado.


○ A redução cirúrgica com fixação pode ser necessária
nos casos em que ocorra instabilidade e não seja
possível a manutenção da redução incruenta.
■ Tipo II:
● Quando a fratura acarreta o comprometimento parcial da placa
de crescimento e tem um fragmento metafisário de tamanho
variável, conhecido como fragmento de Thurston Holland;
110

● O periósteo do lado desse fragmento permanece intacto,


facilitando a redução;
● É o tipo mais comum.
■ Tipo III:
● Tipo combinado de lesão da fise com fratura intra articular da
epífise;
● Não há comprometimento da metáfise;
● É rara;
● Frequentemente requer um tratamento cirúrgico para o
restabelecimento anatômico articular e da fise.
■ Tipo IV:

jo
● Fratura que compromete a metáfise, atravessa a fise e a

au
epífise até a articulação;
● São fraturas que necessitam de redução precisa, pois

Ar
mínimos desvios podem levar à formação de pontes ósseas.
○ Com consequentes deformidades.

ga
■ Tipo V:
● Lesões por compressão da fise;
● O diagnóstico precoce é muito difícil com radiografia;

re
○ Mesmo com a ressonância ainda é difícil.
ob
● Deve se suspeitar dessas lesões de acordo com o clínico e
mecanismo de trauma.
N
■ Tipo VI:
● Descrito por Rang, como lesão periférica da fise denominada
da

de lesão pericondral;
● Formação de uma ponte/barra óssea pericondral que leva a
deformidade angular.
a
ai
M
a
nn
va
eo
G
111

jo
au
Ar
ga
re
ob
- tipo I: observa se apenas um alargamento da fise, pois o trauma passa pela fise,
N
- tipo II: há uma lesão através da fise, com comprometimento da metáfise. E o
periósteo está íntegro ao lado do triângulo de Thurston Holland.
da

- tipo III: o trauma entra pela fise e sai pela epífise.


- tipo IV: está comprometido a metáfise, a fise e a epífise.
- tipo V: existe uma compressão da placa fisária.
a

- tipo IV: existe a lesão pericondral.


ai

● Remodelação óssea e hipercrescimento:


M

○ As crianças apresentam uma remodelação óssea maior;


■ Quanto menor for a idade do indivíduo, maior a capacidade de
a

remodelação óssea;
nn

■ Além de apresentar uma consolidação mais precoce das fraturas.


○ A remodelação óssea é maior nas fraturas próximas as fises, especialmente
va

as que possuem grande potencial de crescimento, por exemplo:


■ Úmero proximal;
eo

■ Rádio distal;
■ Fêmur distal;
G

■ Tíbia proximal.
○ Em razão dessas características de remodelação óssea, alguns desvios
podem ser aceitos como satisfatório no tratamento da criança;
■ Os graus de desvios que podem ser aceitos vão depender da idade,
do tipo e do local de fratura.
○ O potencial de hipercrescimento é uma característica importante nas
crianças.
■ Visto com frequência nas fraturas da diáfise do fêmur;
112

■ Acredita-se que ocorra um estímulo vascular com aumento da


circulação na região da fise, o que acarretaria o maior crescimento do
osso fraturado;
■ Dessa maneira, fraturas da diáfise femoral que considere com
encurtamento de, por exemplo 2 cm, podem não apresentar diferença
com o lado não fraturado após o término de crescimento da doença.
■ Quanto menor a idade da criança, maior o hipercrescimento.
● Praticamente não ocorre no adolescente.
● Exames complementares:
○ Radiografias:
■ É o exame preferencial a ser realizado na suspeita de uma fratura e

jo
lesão fisária;

au
■ Não se deve realizar outros exames antes de obter a radiografia e
boa qualidade;

Ar
■ Em geral, as radiografias são suficientes para o diagnóstico preciso e
para orientar o tratamento a ser realizado;

ga
○ Rx contralateral:
■ Em algumas vezes, o diagnóstico através de radiografia simples pode
ser difícil em razão das características de contorno irregular das

re
fises, bem como sua natureza cartilaginosa.
ob
● Em especial as do tipo I de Salter-Harris, as radiografias
podem mostrar apenas um pequeno alargamento da fise.
N
■ Nesses casos, a radiografia comparativa (do membro contralateral)
pode auxiliar muito no diagnóstico.
da

○ Tomografia:
■ Em traumatismos graves ou politraumatismos, com o paciente
apresentando muita dor, pode ter dificuldade de obter radiografias de
a

boa qualidade;
ai

● Eventualmente pode se realizar primeiro uma imobilização


M

provisória, para o conforto da criança, e depois fazer o exame


radiográfico.
a

■ Quando as radiografias de boa qualidade não puderem ser obtidas,


nn

seja pela dificuldade de posicionar a criança com traumatismos


graves ou politraumatizados, a tomografia deverá ser considerada;
va

■ Auxilia muito na compreensão do traço de fratura, principalmente nas


muito cominutivas que envolve a metáfise e epífise, e nas fraturas em
eo

mais de um plano (por exemplo, a fratura de tornozelo).


○ Ressonância:
G

■ Ainda é pouco utilizada nas fraturas e lesões fisárias;


■ É um exame de alto custo e que requer tempo para realização, sendo
indisponível em alguns serviços.
● Princípios gerais do tratamento:
○ As crianças apresentam uma remodelação óssea maior;
○ A consolidação das fraturas e a reparação dos tecidos, em geral, é mais
rápido na criança;
■ Por exemplo, uma fratura de fêmur na criança com um mês de idade
pode estar consolidada em três semanas, no adulto demoraria no
mínimo 3 meses para se consolidar;
113

○ A consolidação das fraturas e reparação dos tecidos associada a


remodelação óssea, faz com que o tratamento das fraturas nas crianças
sejam realizadas, na maioria das vezes, de maneira conservadora
(imobilização gessada).
■ Nos adultos, a grande maioria das fraturas é tratada com redução
cirúrgica e fixação interna.
○ As crianças possuem uma recuperação funcional melhor do que nos adultos.
■ Após o uso do aparelho gessado é dispensada a realização de
fisioterapia.
● Tratamento:
○ O ortopedista que for tratar uma fratura de uma criança deve estar habilitado

jo
a fazer uma boa imobilização gessada;

au
■ O aparelho gessado deve estar bem montado, de modo a manter os
fragmentos ósseos em uma posição aceitável e adequada.

Ar
○ Lembrar sempre que uma fratura sem desvio pode evoluir para uma
angulação não aceitável, se o aparelho gessado não for bem feito;

ga
○ Tipo I e II de Salter-Harris:
■ Apresentam bons resultados com redução incruenta e imobilização
gessada;

re
■ São lesões estáveis e a manutenção da redução no gesso não é
ob
difícil;
■ Pode ocorrer interposição do periósteo ou de partes moles impedindo
N
a redução.
● Nesses casos, pode ser necessária a intervenção cirúrgica
da

para ocorrer uma redução adequada.


○ Tipo III e IV de Salter-Harris:
■ Representa uma descontinuidade da fise e epífise, são fraturas intra
a

articulares;
ai

■ Nesse caso, o tratamento visa à restauração da superfície articular da


M

melhor maneira possível;


● Pois a lesão fisária pode comprometer o crescimento levando
a

a deformidades e encurtamento.
nn

■ De maneira geral, o tratamento é operatório para o realinhamento da


superfície articular e da fise;
va

■ Essas lesões são instáveis, portanto a simples imobilização gessada


em fraturas sem desvios não é suficiente.
eo

○ Tipo V e VI de Salter-Harris:
■ São de difícil diagnóstico, acarretam a formação de uma barra óssea
G

e a parada parcial ou total do crescimento;


■ O procedimento cirúrgico posterior pode ser necessário para ressecar
a barra óssea ou corrigir eventuais deformidades.
● Princípios gerais do tratamento:
○ Tratamento conservador: a maiorias das fraturas e lesões fisárias
■ Vários fatores devem ser considerados ao se decidir os tratamentos
dessas lesões, assim é importante observar:
● Gravidade da lesão;
● Localização anatômica;
● Classificação da lesão;
114

● Plano da deformidade;
● Idade do paciente;
● Potencial de crescimento da fise acometida.
■ As fraturas sem desvios podem ser tratadas com aparelho gessado;
■ Quando há um grande desvio, deve ser realizado uma redução
incruenta sob anestesia e seguir para o aparelho gessado;
■ As lesões tipo I e II de Salter-Harris, podem ser tratadas com redução
incruenta e gesso;
● Com reavaliação em uma semana, para verificar a
manutenção dessa redução;
● Na redução incruenta deve ter cuidado, evitando manobras

jo
que possam agravar a fise.

au
○ Tratamento cirúrgico: utilizado nas fraturas com desvios
■ São indicados para:

Ar
● Fraturas instáveis;
● Fraturas expostas;

ga
● Lesão do feixe vascular ou nervoso;
● Fraturas no adolescente;
● Fraturas desviadas na região supracondilianas do úmero,

re
diáfise femoral e na diáfise do antebraço.
ob
■ Com o avanço da tecnologia, representado pelo uso de intensificador
de imagens e novos materiais de osteossínteses, fizeram com que os
N
resultados dos tratamentos cirúrgicos das fraturas desviadas fossem
superiores ao tratamento conservador.
da

● Acompanhamento:
○ O acompanhamento a longo prazo é fundamental para determinar se
complicações vão ocorrer ou não;
a

○ As fraturas e as lesões fisárias devem ser reavaliadas precoce e


ai

frequentemente, a fim de assegurar que a redução e as relações anatômicas


M

estão mantidas;
○ Algumas fraturas fisárias são mais propensas a desenvolver complicações
a

relacionadas com a parada parcial ou completa do crescimento;


nn

○ As fraturas na fise consideradas com maior risco são:


■ Fêmur distal;
va

■ Tíbia distal;
■ Rádio e ulna distal;
eo

■ Tíbia proximal;
■ Cartilagem trirradiada.
G

○ Após a consolidação da fratura é prudente a realização do acompanhamento


do paciente, realizando radiografia após 6 meses e 1 ano após o trauma.
■ Qualquer distúrbio do crescimento deve ser monitorizado e tratado
na ocasião apropriada.
○ O tratamento das lesões fisárias pode ser dividido em duas fases:
■ Assegurar a consolidação em uma posição satisfatória
■ Acompanhamento até que se prove que não houve distúrbio do
crescimento.
● Complicações:
○ Basicamente são duas:
115

■ Aceleração do crescimento:
● É raro, mas possível das fraturas e lesões fisárias;
● Geralmente ocorre de 6 a 18 meses após o trauma inicial;
● Se houver hipercrescimento, pode haver a necessidade de
intervenção cirúrgica para manter a igualdade com o membro
contralateral.
○ Em especial dos membros inferiores.
■ Parada do crescimento:
● Pode ser completa ou parcial;
○ A lesão completa da fise é mais rara do que a lesão
parcial;

jo
○ A lesão completa pode acarretar discrepância no

au
comprimento dos membros;
○ Lesões parciais decorrem de formação de pontes

Ar
ósseas que liga a epífise à metáfise.
● Pode levar discrepância do comprimento, dependendo da

ga
idade do paciente;
○ Quanto mais jovem o paciente, maior o potencial de
complicações com a parada do crescimento.

re
ob
Tumores formadores de osso
N

● Osteoma
da

○ É um tumor formador de tecido osteoblástico normal;


■ A célula osteoblástica tem a função de formar tecido ósseo.
a

○ Desenvolve-se quase que exclusivamente nos ossos da face, seios


ai

paranasais e na mandíbula;
M

○ Tratamento expectante;
■ O médico vai acompanhar o tratamento.
a

○ Não há relatos de malignização.


nn

■ É um tumor benigno.
va
eo
G

○ Descrição da imagem:
■ Seta vermelha: exemplo de osteoma → lesão centrada de borda
característica específica na mandíbula do paciente.
116

● Osteoma osteóide
○ Lesão osteoblástica benigna, pequena;
○ Desenvolve-se em qualquer osso;
■ Sendo diáfise tíbia e fêmur locais mais comuns.
○ Adolescentes e adultos jovens;
○ Dor persistente, vaga, que piora à noite e melhora com analgésicos e AINES;
■ Pode referir dor na região lombar ou torácica.
○ RX ou TC mostram nicho radiotransparente oval ou arredondada com zona
reacional de esclerose;
○ Diagnóstico diferencial com:

jo
■ Osteoblastoma;
■ Abscesso de brodie;

au
■ Fratura de estresse e
■ Ilhota óssea.

Ar
○ Tratamento: cirúrgico (em alguns casos).

ga
re
ob
N
da

○ Descrição da imagem:
a

■ 1ª - Tíbia com zona de esclerose, alarga a cortical do osso.


ai

■ 2ª - Fêmur
M

● Osteoblastoma
○ Semelhante ao osteoma osteóide, porém maior e mais agressivo;
a

○ Adolescentes e crianças, com localização nas vértebras, ilíaco, costelas e


nn

ossos das mãos e dos pés;


○ Radiografias e tomografias mostram lesões líticas, podendo simular lesões
va

malignas;
○ Diagnóstico diferencial com:
eo

■ Osteoma;
■ Osteoma osteóide;
G

■ Osteomielite;
■ Osteosarcoma.
○ OBS: às vezes só é possível fazer o diagnóstico diferencial com a biópsia;
○ Tratamento cirúrgico com ressecção da lesão com margens amplas.
■ É um tumor bem mais agressivo, precisando fazer a ressecção na
maioria dos casos.
117

jo
au
Tumores Formadores de Cartilagem

Ar
ga
● Condromas
○ Tumor formador de cartilagem hialina madura;

re
○ Lesões radioluzentes nos ossos das mãos, dos pés, costelas, ossos longos e
nas articulações;
ob
○ Em geral são: lesões únicas, benignas e latentes, sendo achados de
imagens;
N

■ O achado pode ser após alguma lesão, entorse e ao fazer o exame


da

de imagem, visualiza o tumor.


○ Radiografia ou tomografia mostram lesões líticas, com aspecto algodoento
(em forma de algodão) da matriz;
a

○ Tratamento com curetagem e auto-enxertia.


ai
M
a
nn
va
eo
G

○ Descrição da imagem:
■ Condroma no úmero proximal e ao redor uma lesão lítica parecendo
um algodão (algodoento).
○ Doença de Ollier:
■ É uma encondromatose múltipla, caracterizada por múltiplos
encondromas que acometem um ou vários ossos;
■ Se o comprometimento é extenso e unilateral chama-se enfermidade
de Ollier;
■ Ossos afetados são curtos e arqueadas;
118

■ Tratamento cirúrgico, com curetagem, enxertia e correção das


deformidades e encurtamentos.

jo
au
■ Descrição da imagem:
● Vários encondromas na mão;

Ar
● Acometimento e encurtamento da tíbia com vários
encondromas.

ga
○ Síndrome de Maffucci:
■ É uma encondromatose associada a múltiplos hemangiomas;

re
■ Tem maiores chances de malignização;
■ Ossos afetados são curtos e arqueadas;
ob
■ Tratamento cirúrgico, com curetagem, enxertia e correção das
deformidades e encurtamentos.
N
da
a
ai
M
a

■ Descrição da imagem:
nn

● Vários encondromas (áreas líticas com cartilagem dentro)


acompanhada de hemangiomas;
va

● Aumento das partes moles (hemangiomas) e calcificações.


● Osteocondromas
eo

○ Exostose óssea, coberta por cartilagem, benigna, latente ou ativa;


G

○ Núcleo próprio de crescimento;


○ Tumor benigno mais comum, detectada na infância ou adolescência;
■ Sendo o fêmur distal e tíbia proximal os locais mais comuns.
○ Raio X é suficiente na maioria das vezes para diagnóstico;
■ É um dos tumores mais fácil de diagnosticar.
○ Tratamento clínico ou cirúrgico;
■ É cirúrgico se estiver acometendo a fise do paciente.
○ A malignidade é rara.
■ Denominado condrossarcoma.
119

jo
○ Descrição da imagem:

au
■ Aumento de volume das partes moles, queixa de tumoração e na
radiografia encontra o osteocondroma;

Ar
■ A medula óssea é incomum com a do tumor.
○ A ressecção do tumor, obrigatoriamente deve ser encaminhada para biópsia
para confirmação do diagnóstico;

ga
○ Complicações:
■ Pode acometer articulações, como na imagem abaixo houve um

re
encurtamento da ulna e deformidade do rádio (encurtando todo o
ob
membro).
N
da
a
ai
M

○ Exostose múltipla:
■ Uma osteocondromatose múltipla;
a

■ Ocasiona deformidades e encurtamentos dos ossos longos, gerando


nn

um problema estético ao paciente.


■ Acarreta em defeito ósseos, fechamento precoce da fise
va
eo
G
120

● Condroblastomas
○ Também denominado de Tumor de Codman;
○ Lesão cartilaginosa benigna que acomete regiões epifisárias de pacientes
com esqueleto imaturo;
○ Se apresenta como uma lesão lítica, de 1 a 4 centímetros;
■ Diagnosticado através da radiografia, tomografia ou ressonância
magnética.
○ Tratamento com curetagem e autoenxertia.
■ Geralmente retira o enxerto do osso ilíaco, pois é um osso bem
vascularizado e esponjoso que ajuda a consolidação e o fechamento

jo
da lesão tumoral.

au
Ar
ga
re
ob
○ Descrição da imagem:
N

■ Na epífise proximal da tíbia é encontrada uma lesão lítica,


arredondada e com margem bem definida.
da

● Tumor de células gigantes (TCG)


○ É um tumor benigno altamente agressivo;
a

○ Comum na faixa etária de 20 a 40 anos, atingindo região epifisária da tíbia


ai

proximal e fêmur distal;


M

○ Se apresenta como lesão lítica, insulflativa que pode evoluir para fratura
patológica;
a

○ Difícil tratamento, podendo exigir cirurgias extensas, inclusive com artrodese


nn

e endopróteses.
■ Em alguns casos é necessário a amputação do membro.
va

○ Diagnóstico: clínico + radiológico.


eo
G

○ Descrição da imagem:
■ Radiografia em do joelho acometendo o fêmur distal.
■ Radiografia em AP do punho, com lesão lítica do rádio distal
acometendo a parte articular, pode ter fratura ou não.
121

Lesões Pseudotumorais

● Cisto ósseo unicameral


○ É uma lesão benigna de cavidade única;
○ Aparecem na infância e adolescência;
■ Principalmente na metáfise proximal do úmero e do fêmur.
○ Tratamento expectante.
■ Raramente é cirúrgico.

jo
au
Ar
ga
re
ob
○ Descrição da imagem:
■ Sinal da folha caída: na maioria das vezes o paciente tem uma fratura
N
e fica o osso “boiando” dentro do cisto;
■ O cisto é preenchido com um líquido.
da

○ Pode ser utilizado para tratamento com injeção de corticóide intracisto e


acompanha o paciente mensalmente para avaliar se houve resolução do
cisto.
a

● Cisto ósseo aneurismático


ai

○ Lesão benigna agressiva, que acomete crianças, adolescentes e adultos


M

jovens;
○ Diagnóstico através de radiografia, tomografia e ressonância magnética;
a

○ Tratamento cirúrgico agressivo, com margens amplas ou ressecção de ossos


nn

descartáveis.
va
eo
G

○ Descrição da imagem:
■ Cisto ósseo aneurismático da cabeça da fíbula.
● Tumor marrom
○ São lesões osteoclásticas causadas por distúrbio hormonal;
■ Acompanhado de hipercalcemia e hipofosfatemia;
○ Tratamento da lesão de base e proteção óssea.
122

■ Em alguns casos faz o tratamento cirúrgico com a placa.

Principais Tumores Malignos

● Osteosarcoma

jo
au
Ar
ga
● Tumor maligno primário de alta agressividade;
○ Alta chance de metástase para outros ossos e pulmão.

re
● Acomete indivíduos na segunda década de vida, com leve predomínio do sexo
masculino;
ob
● Mais frequentes em regiões metafisárias dos ossos longos e mais agressivas
quando no esqueleto axial;
N

● Diagnóstico:
da

○ Radiografia, tomografia ou ressonância magnética;


■ Apresenta imagem em raios de sol.
○ Também pode ser feito a dosagem da Fosfatase Alcalina (FA) e da
a

Desidrogenase Láctica (DHL).


ai

■ Estão aumentadas.
M

● Tratamento:
○ Quimioterapia neoadjuvante;
a

○ Cirurgia e
nn

○ Quimioterapia.adjuvante.
● Imagem:
○ Ressecção ampla do tumor e colocação da endoprótese;
va

○ Colocou no fêmur distal e tíbia proximal.


eo
G
123

● Condrossarcoma
○ Tumores malignos com diferenciação em cartilagem hialina pura;
○ Altamente agressivo;
○ Segundo em incidência, acomete indivíduos a partir da quarta década de
vida;
○ Podem ser primários ou secundários;
○ Tratamento: cirúrgico com margens amplas, por se tratar de um tumor
maligno.

jo
au
Ar
ga
○ Descrição da imagem:
■ Tumor altamente agressivo, já com alterações de partes moles;

re
■ Imagem lítica no fêmur proximal, destruição do colo.
ob
● Sarcoma de Ewing
○ Tumor agressivo, terceiro em incidência e segundo em crianças;
N

○ Leve prevalência em homens e raros na raça negra, acometendo regiões


diafisárias ou metadiafisárias de ossos longos;
da

○ Pode simular quadro de osteomielite aguda;


○ Imagem em casca de cebola;
a

○ O tratamento depende da presença ou não de metástase.


ai

■ Semelhante ao osteossarcoma e radioterapia.


M
a
nn
va
eo
G

○ Descrição da imagem:
■ Sarcoma de Ewing do úmero, imagens escleróticas reacionais na
cortical (reação periosteal intensa).
■ É chamado em casca de cebola, pois começa clarinho e depois
escurece.
124

● Tumores ósseos malignos e lesões metastáticas:


○ Aumento da incidência de câncer ósseo com aumento de sobrevida dos
portadores de câncer;
○ A metástase ocorre para: mama, próstata, pulmão, tireóide e rim.
○ Demora no diagnóstico é a principal causa de meu prognóstico.
● Lesões ósseas metastáticas:
○ Manifestação neoplásica mais comum do esqueleto;
○ Tumores de mamas e próstata são principais sítios primários;
○ Vértebras, costelas, ossos da pelve e fêmur proximal mais acometidos;
○ Terceira em frequência, primeiras em sintomatologia;
○ Paciente com câncer conhecido, com múltiplas metástases, dor óssea e

jo
radiografias normais e sem antecedente de câncer com lesão óssea

au
destrutiva.
■ Paciente com lesão óssea na bacia e coluna, deve procurar sítios

Ar
primários de lesões, principalmente mamas e próstata.
○ Diagnóstico:

ga
■ Radiografia, tomografia, ressonância magnética e cintilografia óssea;
○ Tratamento:
■ Depende do sítio primário e de lesões com potencial de fraturas ou

re
com compressão neural.
ob
● Mieloma múltiplo
○ Neoplasia óssea primária mais comum do esqueleto;
N

○ Proliferação monoclonal de plasmócitos;


○ Clínica:
da

■ Lesões osteolíticas;
■ Dor óssea;
a

■ Hipercalcemia;
ai

■ Gamopatia e
■ Depósito de imunoglobulinas em vários órgãos.
M

● Paciente pode apresentar insuficiência renal.


○ Diagnóstico:
a

■ Radiografias;
nn

■ Eletroforese de proteínas;
■ Proteinúria de Bence Jones;
va

■ Mielograma;
■ Biópsia óssea.
eo

○ Tratamento: medicamentoso e proteção óssea para diminuir o risco de


fratura;
G

○ Sobrevida baixa.
G
eo
va
nn
a
M
ai
a
da
N
ob
re
ga
Ar
au
jo
125

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