Guia Curso Básico de Desenho-Idosos
Guia Curso Básico de Desenho-Idosos
IdosoS
G971
ISBN 978-85-432-0493-2
27/07/2016 01/08/2016
Longevidade cronológica
Por Henrique Silvério
gevidade também, em muitas situações, Dali até os 84. Praticamente todos eles O general norte-americano Douglas
é a oportunidade da experimentação de produziram obras-primas até próximo MacArthur escreveu que não é o tempo que
tudo que foi aprendido e que possa ser de seu falecimento – lembremos que nos envelhece, mas assim quando deixamos
utilizado como uma lição para futuras a estimativa de vida entre a Idade Mé- de acreditar em nós mesmos e abandona-
gerações. Ainda hoje bebemos na fon- dia e o Renascimento era algo entre mos nossos sonhos e ideais. Não importa a
te dos grandes mestres da Arte: Miche- 40 e 50 anos. Dessa forma, Leonardo nossa idade cronológica se ainda temos dis-
langelo viveu até aos 88 anos; Da Vinci e Michelangelo também ultrapassa- posição para desafiar o novo.
até aos 67; Picasso até os 91; e Salvador ram as expectivas do seu tempo até
em suas idades.
E mesmo na literatura encontramos
curiosas descrições, como: “Ele era um
senhor com certa maturidade, pois já
contava com quarenta anos de idade.”
Em tempos de outrora, uma menina
aos doze ou treze anos já se encontrava
casada com rapazes entre quinze e de-
zesseis anos, e esperava-se que aos vinte
e poucos já tivessem uma vida sólida e
bem resolvida.
Atualmente, uma pessoa que atinge
a idade de quarenta anos ainda é con-
siderada jovem, e, mesmo alguém com
sessenta é uma pessoa produtiva e com
autonomia para realizar desde tarefas
básicas até algo mais complexo, com
Divulgação: PixaBay / geralt
Foto: Fausto Lopes mais sabedoria e capricho.
6 Guia Básico de Idosos
O tempo ideal para realizações
Ainda há tempo de aprender
Então, não importa a idade crono-
lógica que esteja, talvez este seja o
momento ideal para se adquirir mais
um conhecimento.
A fugir do padrão habitual de se re-
tratar modelos de corpos esculturais,
em algumas fotos como retoques de
Photoshop, explorar fisionomias e cor-
pos com padrões de formas, planos e
texturas fora do convencional exige do
desenhista que ele desenvolva o domí-
nio de suas habilidades artísticas. – uma
oportunidade a mais de realizar um dos
mais belos tipos de desenho que há em
arte: de pessoas idosas.
Observe a fotografia ao lado, repare
primeiramente nos detalhes dos olhos,
veja como, mesmo que coberto pela
pele, o osso do orbicular do olho se des-
taca para deixar o olho “encovado”.
Este é o objetivo deste guia, dar-lhe a
oportunidade de fazer sua arte aparecer,
ao estudar a anatomia de pessoas idosas
como uma escultura feita a lápis.
Legados da História
Gaius Plinius Secundus ou Caio Plínio Segun-
do, escritor, historiador, gramático, administra-
dor, oficial e naturalista romano era chamado de
Plínio, “o Velho”, aos 56 anos de idade, mas só
veio a falecer, em Estábia, enquanto observava
a erupção do vulcão Vesúvio em 79, e tentava
salvar os habitantes da costa que fugiam.
Já Pieter Bruegel, nascido em Breda, nos Pa-
íses Baixos, foi considerado um dos melhores
pintores flamengos do século XVI. Era chama-
do de Pieter Bruegel, “o Velho”, para que fosse
distinguido de seu filho mais velho, que possuía
o mesmo nome e era chamado de “o Jovem”.
Divulgação: PixaBay / Ben_Kerckx
Para se exercitar
A empunhadura é muito im-
portante saber segurar o lápis.
Pelo meio de seu corpo, o traço é
mais leve e mais claro. Ao segu-
rar o lápis mais próximo à ponta,
a mão exerce maior pressão sobre esta,
resultadando em um traço mais firme
e mais escuro.
Guia Básico de Idosos 9
Anatomia/apresentação/Introdução
Apresentação
A origem da palavra
A arte-final
Rugosidade, flacidez muscular,
perda do tônus e escurecimento da
pele propiciam sempre um excelen-
te recurso para o trabalho em que
o jogo de luz e sombras aliadas às
formas, planos, texturas e volumes
embelezam o desenho a fim de torná-
-lo bem realista.
Olho
Como é da ciência de todos, desde que Desta forma, iremos desenvolver uma
nascemos notamos que o rosto sofre estrutura básica para sua construção, ou
transformações todos os dias. seja, a melhor maneira de se desenhar
Assim, ocorre aos olhos de uma pes- os olhos, contudo, cabe ao desenhista
soa idosa o enrugamento tanto em volta estudar suas variações de idades.
como nas pálpebras.
Frontal
1º Passo: Trace uma linha horizontal 2º Passo: Entre as medidas 2 e 3 dese- 3º Passo: O acabamento do olho co-
de qualquer medida e a divida em qua- nhe um círculo para a íris e outro círculo meça pela pálpebra superior mais escura
tro partes e iguais. Agora, faça uma elip- interno para a pupila. Acima, faça uma com os cílios e também pela pupila. Faça
se para o contorno do olho, uma linha pequena linha para a sobrancelha com um leve escurecimento ao redor do olho
curvada acima para a pálpebra e uma poucos fios e marque os cílios. para marcar as rugas.
pequena ponta para canto do olho.
3/4
1º Passo: Outra linha é traçada, a di- 2º Passo: Agora a íris e a pupila têm 3º Passo: Proceda o acabamento para
visão também ocorre em quatro partes um formato elíptico. Marque outra li- o olho, deixando a pálpebra superior e
iguais, porém, elimina-se uma destas e, nha abaixo do olho para a pálpebra a pupila a meios tons e os contornos e
por uma forma cônica, marque o con- inferior e uma linha curvada para a so- os sulcos da pele mais escuros. Desenhe
torno do olho. Uma linha curvada é brancelha mais acima. a sobrancelha em poucos fios.
marcada acima do olho para a pálpebra.
Perfil
1º Passo: Trace uma linha horizontal 2º Passo: Agora, as elipses da íris e da 3º Passo: Meios tons e tons escuros
de qualquer medida e a divida em qua- pupila ficam mais estreitas. Linhas cur- fazem o acabamento do olho em vista
tro partes e iguais. Depois, elimine duas vadas marcam as pálpebras superior de perfil.
destas partes e, por meio de um formato e inferior.
triangular, faça o contorno do olho e um
pequeno traço para a pálpebra.
Estrutura
Nariz
Partes do corpo que são mais proe- parecem maior do que realmente é. Tra-
minentes, como o nariz, tendem a ficar balhado dentro de formas geométricas,
mais alongadas e encurvadas devido a a construção do nariz também se dá ini-
flacidez do tônus muscular da face, e cialmente por linha de eixo.
Frontal
1º Passo: Faça uma linha de eixo e, pelas 2º Passo: Na parte 2, uma pequena li- 3º Passo: A finalização é feita pelo
extremidades iguais, desenhe um quadra- nha faz o outro lado do nariz. Linhas cur- sombreamento e pela textura da pele, a
do. Na parte 1, marque a parede do nariz. vadas são utilizadas para marcar o nariz fim de parecer realista.
Nas partes 3 e 4 formas curvadas dão for- e os sulcos de expressão.
ma às alas e à ponta do nariz.
3/4
1º Passo: Desenhe um quadrado por 2º Passo: Ainda na parte 4, com- 3º Passo: Marque a luz sobre a pon-
linha de eixo. Uma forma triangular com plete a forma da narina e o sulco alar. ta do nariz. Na parte inferior, é possível
a ponta arredondada, a partir da parte 1 Na parte 3 é marcado outro alar e o achar as sombras mais intensas, inclu-
passando pela partes 3 e 4, é o formato sulco de expressão. sive sua projeção sobre o rosto. Bem
inicial do nariz. Marque o alar na parte 4. abaixo da ponta, há a luz refletida.
Perfil
1º Passo: Ainda pelo quadrado a 2º Passo: A seguir, apenas por linhas, 3º Passo: Depois de eliminar o esque-
partir da parte 1 para a 3, uma forma marque a forma do sulco alar e a parte ma principal, trabalhe com luz, sombra,
triangular marca o nariz. Uma linha cur- do orbicular da boca. luz refletida e textura da pele.
va faz a narina e o alar nas partes 3 e 4.
Estrutura
Boca
Os lábios podem se tornar mais
finos e enrugados com o passar
da idade. Além disso, o vinco nos
cantos dos lábios são curvados para
baixo, de modo parecer de estar
sempre retesados.
Frontal
1º Passo Trace uma linha horizontal 2º Passo: Abaixo, outra linha curva 3º Passo: No sombreamento, o lábio
dividida em quatro partes iguais. Sobre faz a forma do lábio inferior. superior tem tons mais escuros que o
esta linha, marque a forma de uma letra inferior, pois recebe menos iluminação.
“M” mais alongada até as extremida- A linha do interlabial e os cantos são es-
des. O interlabial tem a forma curvada. curos. Rugas são marcas sobre os lábios.
Perfil
1º Passo: Trace outra linha horizontal 2º Passo: Como um triângulo com os 3º Passo: O volume mais escure-
dividida em quatro partes iguais. Elimi- ângulos arredondados, faça o lábio in- cido fica abaixo dos lábios superior
ne duas. Sobre a linha horizontal, mar- ferior com uma pequena linha para o e inferior. O canto da boca também
que uma forma triangular curvada para suporte do queixo. A linha de canto da fica mais escurecido.
o lábio superior e uma pequena curva boca deve ficar alongada e curvada.
para o inferior.
3/4
1º Passo: Mais uma linha horizontal 2º Passo: Uma linha curva faz o lábio 3º Passo: Aplique luz e sombra sobre
dividida em quatro partes é utilizada. inferior mais estreito. a figura do lábios e texturas da pele
Despreze um quarto e, com as formas para a arte-final do desenho.
de uma letra “M” alongada e o interla-
bial curvado, marque a forma da boca.
Estrutura
Orelha
A exemplo do nariz, a orelha também a orelha fica de perfil, enquanto em uma
parece ser maior no rosto do idoso. A face de perfil ela se apresenta frontalmen-
forma curvada como a letra “C” é a mais te. Quando em três quartos, uma orelha
utilizada para o desenho e algumas ve- é totalmente visível e a outra aparece par-
zes mais elíptica. ciamente ou não pode ser observada. Isso
Vista em um rosto frontal ou de costas, varia conforme a posição da cabeça.
Frontal
1º Passo: Por linha de eixo com extre- 2º Passo: A forma de “Y” alongada 3º Passo: As áreas mais profundas da
midades desiguais, faça um retângulo completa a parte superior interna da ore- orelha ficam escurecidas e as mais ele-
verticalizado para esquematizar a ore- lha para separar os ramos auriculares. vadas recebem a luz e os brilhos. Porém,
lha, em forma curvada nas quatro par- toda a estrutura é trabalhada com meias
tes. Internamente, trace outra linha cur- tonalidades para conseguir o volume.
vada, o lóbulo tem a ponta como uma
ponta de alfinete.
3/4
1º Passo: Repita o esquema do re- 2º Passo: Entre as partes 1, 2 e 3 do 3º Passo: Agora, é só proceder o som-
tângulo. Uma forma elíptica e estreita retângulo marca-se novamente a letra breamento da mesma onde as cavida-
é desenhada dentro dele e outra linha “Y” a fim de achar as cavidades da ore- des ficam bastante escurecidas e as áre-
interna acompanha a forma da orelha. lha e do ouvido. as altas recebem a luz direta.
Isso ocupa as quatro partes.
O desenho do cabelo
Em pessoas idosas, os cabelos ficam tanto na mulher como no homem. Após os 30 anos, começa também a
mais expostos à ação hormonal (que O volume dos cabelos diminui e os fios diminuição da melanina e há o surgi-
nessa fase da vida está em declínio), ficam mais finos e sujeitos a quedas. mento de fios brancos.
1º Passo: Defina uma for- 2º Passo: Esta mecha deter- 3º Passo: Agora, na exis- 4º Passo: Em cada mecha
ma para a mecha do cabelo. mina a direção dos fios capi- tência de fios mais escuros, do cabelo, áreas mais escu-
No exemplo foi a letra “S”. lares. Ora de cima para baixo, estes podem ser mais alonga- ras podem ser da coloração
ora de baixo para cima. Ou dos a ponto de preencher o do cabelo. Porém, também
de um lado para o outro. centro da mecha. pode ser uma sombra. As
áreas mais claras podem ter
brilho devido a iluminação.
Ou mesmo os fios brancos.
Rosto – Frontal
O esquema para o desenho básico círculos, elipses e ovais, em com- do dentro deste esquema são as
da cabeça de idosos visto frontal- binação com linhas retas tanto na disposições dos elementos, pois as
mente é realizado como qualquer posição vertical como na posição proporções se alteram conforme a
outro desenho, ou seja, pelo traça- horizontal. A representação ocor- idade. As marcas ficam mais eviden-
do de linha de eixo e o desenho de re como em todo desenho de ros- ciadas e, em alguns casos, a textura
formas geométricas simples como; to, porém, o que pode ser altera- de pele a sua aspereza também.
1º Passo: Faça uma linha de eixo com extremidades iguais e, 2º Passo: Divida esta linha tracejada em cinco partes iguais.
por elas, desenhe um círculo. Divida a parte inferior do círculo Nas medidas 2 e 4, desenhe os olhos e, sobre eles, as sobran-
ao meio com uma linha tracejada e estique a linha vertical. celhas. No espaço entre os olhos, um pequeno traço marca o
início do nariz.
3º Passo: Uma medida de um olho e meio para baixo da 4º Passo: Com a medida de meio olho abaixo do nariz, mar-
linha dos olhos, trace a linha de altura para o nariz. Com um que a linha do interlabial. Dois olhos abaixo do nariz, marque
pequeno círculo faça o nariz. Depois, com duas linhas curva- a distância do queixo coma a largura de um olho. Trace a linha
das, os alares da narinas na medida de um olho. da face até a do interlabial, onde se dá forma a mandíbula,
fechando o desenho da cabeça.
Rosto – Perfil
No rosto de perfil do idoso, o de- ples. O que se altera é a quantidade a orelha tornam-se elementos úni-
senho também se inicia pela linha e parcialidade dos elementos obser- cos e a forma triangular do nariz
de eixo e formas geométricas sim- vados, como por exemplo, o olho e passa a se destacar.
1º Passo: Comece desenhando um círculo por linha de eixo. 2º Passo: Divida a metade esquerda do círculo em três
Abaixo da linha horizontal, faça uma linha tracejada. partes iguais e, com forma triangular, marque o olho
na parte 1.
3º Passo: Para achar altura para o nariz, tome a distância 4º Passo: Um olho à frente, com um triângulo, marque
entre as linhas da sobrancelha e o olho e marque um olho e a forma do nariz. Trace uma linha inclinada para o maxilar.
meio para baixo. Acima do olho, esboce a sobrancelha. Trace
uma linha para a face e outra para o queixo com a medida de
dois olhos abaixo da linha do nariz.
24 Guia Básico de Idosos
5º Passo: Desenhe a orelha, na medida entre a altura dos 6º Passo: O esboço prossegue com o desenho da forma
olhos e um pouco abaixo do nariz, atrás da linha de eixo verti- da boca e do queixo.
cal. Abaixo da forma da cabeça, duas linhas fazem o pescoço.
Rosto – 3/4
O rosto de 3/4 também sofre alteração, por inteiro, enquanto o outro é uma parte co mais de observação. Há outras formas
agora pela linha de orientação da cabe- menor. A medida de um olho será o modo de se desenhar um rosto, mas este mé-
ça, pois ela já se encontra em perspectiva, mais correto de se iniciar o desenho do todo que desenvolvemos é muito seguro
uma vez que um dos lados da face aparece rosto. Esta falta de simetria exige um pou- e confiável.
1º Passo: Inicie o esquema pela linha de eixo com extremi- 2º Passo: Divida a metade esquerda do círculo em três partes
dades iguais e, por elas, desenhe um círculo. Com uma linha iguais, deixando a linha de orientação entre os olhos. Note que
tracejada, divida a parte inferior do círculo ao meio. Uma li- o olho à esquerda é menor que o olho à direita. Acima, marque
nha curvada faz a linha de orientação da cabeça. as sobrancelhas.
3º Passo: Para achar a altura do nariz, tome a medida do 4º Passo: Faça a linha e a asa do nariz. Depois, a orelha entre
olho maior e, a um olho e meio, faça um pequeno círculo a altura da sobrancelha e pouco abaixo do nariz. Dois olhos
para a ponta do nariz. abaixo do nariz fica o queixo. Meio olho abaixo do nariz fica
a linha do interlabial. Dê forma ao rosto e inicie o pescoço.
Anatomia do rosto
O crânio em vista frontal
O estudo do crânio é utilizado
para ter noção da localização exa-
ta dos ossos e sua construção é a
2 mesma que utilizamos para esque-
matizar a face para manter as pro-
1 porções. Encontram-se no crânio os
principais ossos: 1 – Osso Parietal;
2 – Osso Frontal; 3 – Osso Tempo-
3 5 ral; 4 – Osso Esfenoide; 5 – Glabela;
4 6 – Násio; 7 – Cavidade Orbital; 8 –
6 7 Cavidades Nasais; 9 – Osso do Septo
ou Vômer; 10 – Zigomático ou Ma-
lar; 11 – Maxila; 12 – Dentição Su-
perior; 13 – Mandíbula (único osso
móvel); 14 – Dentição Inferior; 15 –
8 10 Pogônio; 16 – Gnátio; 17 – Mento; e
9 18 - Osso Occipital.
20
O crânio em vista de perfil
Ao estudar o crânio, pode-se notar 2
que o formato da cabeça não é esférico, 1
e sim levemente achatado em suas par-
tes superior e posterior. Note que além
dos ossos, a dentição pode ser observa- 5 19
da em curvatura, ou meia-lua, que vai
da parte frontal para o interior/posterior 6 4
7 3
da cabeça. Seguem-se então os ossos e
pontos cranianos: 1 – Osso Parietal; 2 17
– Osso Frontal; 3 – Osso Temporal; 4 – 8
Osso Esfenoide; 5 – Glabela; 6 – Násio; 9
7 – Cavidade Orbicular; 8 – Cavidade 18 16
Nasal; 9 – Zigomático ou Malar; 10 – 10
Maxila; 11 – Dentição Superior; 12
11 15
– Dentição Inferior; 13 – Gnátio; 14 –
12
Mento; 15 – Mandíbula; 16 – Osso do
Occipital; 17 – Sutura Lambdoide; 18 –
Meato Auditivo; 19 – Sutura Escamosa; 14
e 20 – Sutura Coronal.
13
11
12
Luz e sombra
Ao acender uma luz, gera-se uma este corpo é necessário a presença
sombra de algum corpo ou objeto. da luz e da sombra a completar um
Podemos concluir que para vermos ao outro.
Sombra própria
Sombra própria
Sombra
A maneira mais simples e prática de
própria
compreender a aplicação das sombras e
suas passagens tonais é fazer uma sim-
ples comparação com a natureza, mes-
mo que a luz seja artificial, pois o efeito
é o mesmo.
A) A fonte de luz é igual ao Sol; B)
A luz direta se compara a luz do Sol
a incindir sobre um corpo; C) A pri-
C meira sombra própria mais clara se
D B refere à sombra matutina; D) A to-
E
nalidade a seguir, em meio tom, re-
presenta o meio período do dia; E) A
Sombra H F primeira sombra escura é o entarde-
projetada cer; F) A pouco escura é o crepúsculo;
G G) A muito escura é a noite densa;
H I
H) Abaixo, pode-se notar a sombra
projetada sobre outro plano; e I) A luz
Luz refletida no objeto é como o luar que
refletida rebate a luz solar à noite.
Sombra própria
Identifique sempre a direção da luz, Em esferas e cilindros a aplicação de As faces da pirâmide também são
note que as sombras acompanham a sombras, em geral, ocorre em traços planas e a aplicação de luz e sombra se
forma do objeto. E sempre haverá a luz curvos. No cubo, em que as faces são direciona quanto a seu formato vertica-
direta, sombra própria, projetada e a planas, o sombreamento segue a dire- lizado. Todos os efeitos se encontram
luz refletida sobre o objeto. ção de cada face. em ambas faces vísíveis.
Exercícios
ESCALA TONAL
Plano facial
a uma paleta de tonalidades de cinzas
que possam se equivaler ao desenho
a ser ilustrado.
As áreas mais iluminadas do rosto,
que correspondem à luz direta em ge-
ral se localizam em planos mais altos,
as sombras são as tonalidades que vão
da parte clara para escura, conforme as
partes altas ou profundas na face. A luz
rebatida encontra-se, em alguns casos,
em áreas mais profundas, fazendo opo-
sição aos tons escuros.
Não que seja uma regra, porém, para
iniciantes, o ideal é iniciar o sombrea-
mento da ilustração ou do desenho de
cima para baixo, em tons claros, e pelo
lado oposto da mão com que se dese-
Mulher e Homem nha, a fim de não borrar o trabalho exe-
Considere que, para se fazer o som- pessoa idosa. cutado. No rosto, inicie pela testa, de-
breamento em um rosto, há de se Estes planos são divisões elabora- pois trabalhe os elementos. Então, volte
criar diversos planos para formar os das por formas geométricas irregula- a trabalhar na face do idoso.
volumes. Não é algo liso, pois a es- res que demarcam os altos e baixos
trutura óssea craniana faz com que a relevos da face.
cabeça tenha áreas mais altas, baixas O importante é que se respeite o
ou aprofundadas. formato de cada cabeça. E também é
A posição da luz altera as passagens imprescindível fazer, após a marcação
das sombras sobre a face, que ainda das sombras, o “amaciamento” des-
deve demonstrar sutilezas e particulari- tes planos.
dades, principalmente no rosto de uma Quanto ao sombreamento, recorra
Expressões faciais
O domínio do sombreamento do
rosto é importante para representar
as expressões faciais, pois, ao dese-
nhá-las de forma linear, faz com que
pareçam um pouco “duras” e, às ve-
zes, caricatas. O estudo das expres-
sões faciais é um aspecto interessante
para o artista quando se trata de res-
presentar os sentimentos e também a
aparência natural da pessoa.
Anatomia – apresentação
Guardando-se as devidas proporções, terações fisiológicas que afetam o seu da pessoa, no idoso elas variam entre
a estrutura ósseo muscular de um idoso comportamento, ocorrendo diversas seis e sete cabeças, pois há o encolhi-
é a mesma de uma pessoa mais jovem. mudanças corporais, principalmente no mento na estatura pelo encurvamento
Mas o desenho de suas estruturas sistema musculoesquelético. da coluna e a perda do tônus muscular.
vai variar conforme a sua relação por Uma vez que é a cabeça que se utiliza Por isso é necessário um estudo bem
idades por conta das importantes al- como unidade de medidas para o corpo aprofundado das estruturas.
Proporção aramado
O esquema aramado é um desenho li-
near simples em combinação com algu-
mas formas geométricas, como círculos,
elipses, ovais, retângulos e triângulos.
A iniciar pela forma da cabeça que ago-
ra torna-se a unidade de medida para
todo o corpo.
Corpo aramado
A estrutura do desenho arama- pular o movimento exercido pelo pela estrutura aramada do corpo,
do é muito útil na caracterização idoso, porém não desenhamos para depois aplicar-lhe o corre-
da expressão corporal humana. Por sem antes fazermos um estudo de to preenchimento muscular. Note
meio de referências podemos esti- seu comportamento. Isso é feito que as medidas devem ser mantidas.
Movimentos
A folha modelo: Para o desenho em mo- linhas de proporções para todas as cabe- Sobre estas linhas esboçam-se outros de-
vimento do corpo, inicie o estudo com o ças da altura, marcando os pontos princi- senhos aramados do corpo em posição de
corpo frontal completo. Em seguida, crie pais como cotovelos, mãos, joelhos e pés. 3/4, perfil e costas, respeitando as medidas.
O primeiro dese- Com base nes- Para girar o cor- Na vista de cos-
nho a ser realizado tas linhas de pro- po na posição de tas, o desenho do
é o de corpo intei- porção, crie o pri- perfil, mantenha esquema aramado
ro frontal, e é dele meiro movimento, as linhas de pro- é realizado como
que são geradas mudando a posi- porções. Posicione o desenho frontal.
as linhas guias das ção da estrutura, as articulações e As proporções
proporções. mas mantendo as os membros nas são as mesmas
Cabeça, tórax, medidas. Alguns mesmas cabeças para cabeça, tórax,
quadris, articula- membros parece- de altura. quadris, articula-
ções, mãos e pés. rão menores de- ções, mãos e pés.
vido a perspectiva
dada ao corpo.
Aramado e preenchimento
Mais efusivamente, agora as for- aramado nas principais posições sim, o corpo começa a ter uma
mas geométricas serão aplicadas para o corpo, é o momento de aparência mais próxima da anato-
para dar as características muscu- proceder o preenchimento com mia, pois estão preenchidos pelo
lares â figura da pessoa idosa. formas geométricas, como ovais, que se parece com grupos ou blo-
Após marcar todo o esquema cilindros, cones e triângulos. As- cos de massas musculares.
Vista frontal: repa- Vista de 3/4: Apenas Vista de perfil: Vista dorsal: O rosto
re que são as formas parte do corpo é de- Apesar de vários não é marcado como
geométricas básicas monstrada, enquanto, elementos e mem- na vista frontal. A re-
que preenchem a devido a perspectiva, bros se mostrarem gião dorsal é marcada
forma do corpo sem a outra parte parece de forma única ou por outros elementos,
muitos detalhes. estar oculta. A geo- apenas em parte, as como os glúteos, por
metrização, salvo por figuras geométricas exemplo. A forma dos
maiores ou menores são as mesmas. calcanhares também
medidas, permanece. se mantém triangular.
7
1/2
O parâmetro fundamental para iniciar o Na segunda imagem, percebe-se que Mesmo que o idoso possua uma com-
desenho é a cabeça. Porém, ao marcar a há o encurvamento natural da coluna pleição mais atlética, que demonstre um
altura de um jovem adulto, a pessoa idosa vertebral, fazendo com que o idoso pa- espírito mais ativo, ainda sim haverá a
fica aquém do ideal. Repare no esquema reça encolhido. Isso acontece devido ao diminuição de sua altura.
acima como a linha da testa do idoso fica desgaste dos discos da coluna, resultan-
na altura do queixo do jovem adulto. do na contração de sua altura.
Preenchimento e movimento
Representar graficamente os movi-
mentos em um desenho não é algo
tão simples, entretanto, com treino
constante, o resultado logo aparece.
O foco nesse tipo de desenho é tentar
retratar os principais detalhes. A linha
de ação determina o movimento do
corpo e as figuras geométricas garan-
tem os volumes.
Formas e volumes estão condicio-
nadas ao preenchimento anatômico
da estrutura do corpo. Antes mesmo
de trabalharmos com as estruturas
óssea e muscular é importante co-
nhecer as formas que utilizadas em
sua execução, uma vez que, é dentro
destas formas que o esqueleto e o
corpo são construídos.
Esqueleto – frontal
A altura e a posição podem ser altera-
2ª Cabeça: 1 - Osso da 3ª vertebra
das, porém, na anatomia, a composição
cervical; 2 – Osso da Cintura Escapular;
é sempre a mesma: o esqueleto axial, o
3 – Clavícula; 4 – Escápula; 5 – Cabeça
crânio, a coluna vertebral e o tronco. O 2
1 do Úmero; 6 – Úmero; 7 – Caixa Toráci-
esqueleto apendicular é formado pela 3
ca ou Costelas Verdadeiras; e 8 – Osso
pelve e pelos membros. Como já se sabe, 5 6 4 14 do Esterno.
8
a cabeça na vertical nos fornece as pro- 97
porções para a altura. Horizontalmente 10
achamos as dimensões da largura. 11 12
Aqui vamos estudar um idoso com 1
pouco menos de sete cabeças e 1/2 de 2
3
altura e duas cabeças horizontais para
a largura do corpo. 5
4
1ª Cabeça: É visto o crânio. Encon- 6 8
7 3ª Cabeça: 1 – Costelas Falsas; 2 –
tram-se os ossos: 1 – Osso Parietal; 2
– Osso Frontal; 3 – Osso Temporal; 4 1 Costelas Flutuantes; 3 – Coluna ou Vér-
– Osso Esfenoide; 5 – Cavidade Orbicu- tebras Torácicas; 4 – Coluna ou Vérte-
lar; 6 – Násio; 7 – Cavidades Nasais; 8 3 bras Lombares, 5 – Osso do Úmero; 6
5 2 – Epicôndilo.
– Zigomático ou Malar; 9 – Maxila; 10 –
Dentição; 11 – Gnátio; 12 – Mandíbula; 6
e 13 – Osso Occipital. 4
2
1 3
4
5 8 9
7 6
2
3 1
4 2
4ª Cabeça: 1 – Sacro; 2 – Ílio; 3 - Osso 1 5
3
do Cóccix; 4 – Osso do Rádio; 5 – Osso
do Ulna; 6 – Ísquio; 7 – Trocânter; 7
8 – Cabeça do Fêmur. 8 6 3ª Cabeça: 1 – Costelas Falsas;
2 – Costelas Flutuantes; 3 – Coluna
2 Torácica; e 4 – Coluna Lombar.
3
1
2
6ª Cabeça: 1 – Final do Fêmur;
2 – Patela; e 3 – Cabeça da Tíbia. 3
O estudo da anatomia é feito para
dar suporte, uma vez que, por diversas
2 1 situações, estes ossos não aparecerão
diretamente no desenho dos idosos.
7ª Cabeça: 1 – Tíbia; e 2 – Fíbula. Contudo, conhecer sua exata lo-
calização permite ao desenhista
que faça a ilustração de uma forma
mais equilibrada.
1/2 Cabeça: 1 – Osso do Maléolo 1
Medial Externo; 2 – Osso do Calcâneo 3 4
2
3 – Metatarso,; 4 – Tarso; e 5 – Falanges. 5
Esquema do torso
1º Passo: Trace uma linha vertical 2º Passo: Divida a primeira medida 3 passo: Divida esta linha horizontal
e a divida em três partes iguais. em três partes. Agora, faça uma linha em quatro partes iguais. Deixe 1/4 da
horizontal no primeiro ponto superior, medida nas extremidades para marcar
com duas vezes a medida da parte 1 da os ombros e o corpo.
linha vertical para a largura do tórax.
4º Passo: Faça formas ovaladas para 5º Passo: Um triângulo retângulo 6º Passo: Desenhe o contorno linear
determinar os ombros. Um retângulo marca o peito e uma elipse é utilizada do corpo do idoso.
inicia a forma do tórax. para o tórax e o início do abdômen.
A cintura pélvica é marcada por
um retângulo.
1ª Vertebra Torácica
Clavículas
Escápula
Ângulo do
Esterno
Osso do
Esterno
Coluna
Vertebral Articulações Verdadeiras
(Vertebroesternais)
Coluna Vertebral
Lombar
Costelas Vertebrais
Flutuantes
Ílio
Púbis
Sacro
Ísquio
Cóccix
Trapézio
Grande Dorsal
Deltoide
Peitoral Maior
Peitoral Menor
Oblíquo Externo
Serrátil
Oblíquo Maior
Músculo Trapézio
Deltoide
Músculo
Redondo Maior Fáscia Toracolombar
Músculo Grande
Dorsal
Aponeurose
Mão
Os movimentos fortes e precisos ex- cisão, inclusive na velhice. como um cilindro (para o pul-
ercidos pela mão devem-se à versati- Para compreender a estrutura da so); círculo, cone ou triân-
lidade e à flexibilidade dos pequenos mão (pulso, palma ou dorso e dedos), gulo (para a palma ou dorso);
ossos e músculos. Estes movimentos ela será esboçada em uma forma retan- e formas cônicas (para os dedos que
podem se tornar mais lentos e difi- gular dividida em quatro partes iguais. são estreitos nas pontas e largos nas
cultosos pela variação da força e pre- Usaremos formas geométricas articulações da palma ou dorso).
Vista palmar
1º Passo: Desenhe um retângulo por 2º Passo: Marque a palma com uma 3º Passo: Apague as linhas desne-
linhas de eixo com extremidades de forma retangular. Desenhe quatro dedos cessárias e dê o acabamento linear
diferentes medidas. de diferentes tamanhos na parte de cima ao desenho.
do retângulo. O polegar fica na altura da
junta do dedo indicador.
Vista lateral
Falange Média
Tubérculo do
Osso Trapézio
Falange Proximal
Falange Proximal
Osso Trapezoide
Osso Pisiforme
Osso Piramidal
Tubérculo do
osso escafoide
Osso Lunato
Osso Capitato
Retináculo do Extensor
Abdutor do Dedo
Mínimo
Músculo Lumbrical
Falanges Distais
Tendões do Flexor
Retináculo do Extensor Profundo dos dedos
Braço
Os membros superiores em seres são também são utilizadas figuras geomé-
livres para toda ação de manipulação tricas simples para, em seguida, dar-lhe
de objetos e afins. Isso ocorre desde a forma definitiva. A estrutura óssea
quando este se tornou bípede. e muscular no braço é exatamente igual
Para construir o desenho do braço ao jovem adulto.
1º Passo: Trace uma linha vertical, a 2º Passo: Desenhe a figura elíp- 3º Passo: Marque a forma do ante-
divida ao meio e novamente ao meio. tica neste espaço para determinar braço com uma figura cônica até o final
A medida de 1/4 superior é dividida em o ombro. Uma forma cônica inicia da linha.
três partes iguais. o braço.
Para melhor compreensão da mus- 4º Passo: Logo abaixo do braço, de- 5º Passo: Desenhe linearmente a for-
culatura do braço, divida o estudo em senhe um quadrado e uma forma trian- ma do braço e da mão. Depois, apague
seis partes: ombro, braço, cotovelo, guar para a mão. as linhas do esboço.
antebraço, pulso e mão.
Cabeça do Úmero
Úmero
Epicôndilo
Lateral
Olecrânio
No ombro, a inserção da ca-
beça do úmero permite os am-
plos movimentos do braço, com
abertura, fechamento e rotação.
Os ossos que formam a articu-
lação do cotovelo agem como
uma dobradiça, com a fun-
ção de suspender ou abaixar
o antebraço.
Rádio
Ulna
Tríceps Braquial
Braquial
Extensor
dos Dedos
Extensor
Carpo Ulnar
Aponeurose
Bicipital
Cabeça Longa
do Tríceps
Músculo Flexor
do Ulna
Pé
Os pés têm a função de manter a mão, porém, menos flexível.
estrutura do corpo em equilíbrio, su- Em desenho, ele pode ser observado
portando todo o peso do indivíduo. e realizado dentro de formas geométricas,
De certa forma, o pé é mais forte que a como;retângulos, triângulos, cones e ovais.
Vista frontal
1º Passo: Trace a linha de eixo 2º Passo: Marque um triângulo a par- 3º Passo: Apague o esboço e faça
com medidas diferentes para formar tir das partes 1 e 2. Divida a base deste o acabamento linear do pé.
um retângulo. triângulo em cinco partes para os dedos.
Acima, uma forma retangular marca
parte da perna.
Vista lateral
1º Passo: Desenhe um retângulo em 2º Passo: Utilizando formas geo- 3º Passo: Apague o esboço e faça
posição horizontal e o divida ao meio. métricas como retângulo, triângulo o contorno linear do pé.
e círculo, faça o formato do pé em
vista lateral.
Capitato
Tarso
Osso Cuneiforme
Ossos Metatarsos
Falanges Proximais
dos Dedos
Falanges Médias
dos Dedos
Músculo Extensor
Retináculo
Músculo Abdutor
do Hálux
Tendão do Músculo
Flexor dos Dedos
Polpa Digital
Fibular Longo
Extensor Longo
dos dedos
Tendão Calcâneo
Músculo Extensor
Retináculo
Fibular Terceiro
Tendão Extensor do
Dedo Mínimo
Extensor Curto
Tendão Extensor
Longo dos Dedos
Abdutor do
Dedo Mínimo
Perna
É a região mais musculosa do corpo erguer a perna na altura do joelho. frontal, coxa, joelho, perna e pé.
humano mesmo em uma pessoa idosa. No desenho, vamos trabalhar o Isso porque o fêmur se insere na
A perna possui uma estrutura forte e re- esboço por meio de figuras geo- pelve e une-se ao corpo pelo o
sistente o bastante para que, além de métricas básicas como cones, cír- osso do sacro na coluna vertebral
suportar o peso do corpo, os músculos culos e triângulos. Iniciaremos a por meio das vértebras lombricais
ainda consigam deslocá-la para frente e partir da região pélvica em vista ou lombares.
1º Passo: Trace primeiro uma linha 2º Passo: De cima até o meio faça 3º Passo: A partir do centro, um pe-
vertical, depois a divida em quatro par- uma forma cônica para coxa. queno círculo representa o joelho e ou-
tes iguais. tra forma cônica define a perna.
Tr o c â n t e r
Maior
Cabeça do
Fêmur Fêmur
Colo do
Patela
Fêmur
Epicôndilo
Medial
Epicôndilo
Lateral
Côndilo
Fíbula
Maléolo
Medial
Tíbia
Maléolo
Lateral
Pectíneo
Músculo
Retofermoral
Adutor Longo
Vasto Lateral
Sartório
Tendão do Quadríceps
Femoral
Ligamento Rotuliano
Glúteo Máximo
Trato Iliotibial
Semitendinoso
Glúteo Máximo
Bíceps Femoral
Tendão Calcâneo
Gastrocnêmio
Exemplos
Luz de cima
Luz posterior
Luz de trás
Luz frontal
Tome uma referência e a desenhe
várias vezes na mesma posição até do-
miná-la. Depois, a divida em blocos.
Contudo, procure estudar o sombrea-
mento com diferentes posições de luz.
Sombreamento de planos
A luz e a sombra são as partes mais não sobre a anatomia. Repare que,
importantes do acabamento de um de- para se chegar a um relevo, uma
senho. Para isso, a anatomia deve ser dobra de profundidade foi feita.
trabalhada em planos blocados. As àreas altas recebem uma quan-
É preciso compreender como tidade maior de luz e brilhos. As
esse efeito ocorre e reage à luz e de baixo relevo tendem às passa-
às sombras em degradês: imagine gens de tonalidades, das mais cla-
divisões geométricas regulares ou ras para as muito escuras.
Luz Direta
Contraluz
O desenho da mão
Os dedos quando não flexionados a correta posição da mão, lembre-se
podem ser marcados de forma cô- de que na maior parte do tempo os
nica ereta. Para isso, utilize sempre polegares estão voltados para parte
uma linha de eixo para manter a di- interna do corpo. Assim, antes de
reção e a proporção dos mesmos. desenhar, procure observar como
A menos que haja uma rotação aquele direcionamento ocorre com
entre a vista palmar e a dorsal, para a sua mão.
Conjunto do braço
Não esboce o desenho do braço faz um desenho “intuitivo”. Todavia, até Procure trabalhar sempre com
sem a correta utilização das figuras que se memorize realmente suas formas dentro de figuras geométricas e
geométricas. Há quem despreze este tanto para mãos e braços como para o referências, guardando suas
método, principalmente quando se corpo todo, esta é a forma mais segura. devidas proporções.
Não importa em qual posição este bra- um pequeno círculo ou triângulo para o
ço, se encontra, distendido ou flexiona- cotovelo e um cone para o antebraço.
do, use figuras geométricas como o oval Neste desenho, a mão possui formas
para o ombro, o cilindro para o braço, triangulares para o dorsal e os dedos.
Para se fazer a devida ilustração do na axila com a colaboração dos múscu- xionar os dedos, a musculatura do ante-
braço, deve-se ter atenção quanto a sua los do braço e o peitoral maior. braço parece se tornar mais endurecida.
forma, musculatura e direção em que se O braço retesado tem os músculos Com o braço erguido, a musculatura
move. Na figura acima, o sombreamen- pressionados, espremidos pelo dobra- parece descer em direção ao corpo.
to do antebraço segue sua inclinação, a mento do antebraço, isso faz com que Ao passar pelo processo de envelhe-
forma quase triangular do cotovelo e a tanto o bíceps como o tríceps pareçam cimento, os braços têm o enrugamento
forma cilíndrica para o braço. mais avolumados. No caso de alonga- natural e uma leve flacidez muscular.
O ponto de inserção do conjunto do mento, os músculos se distendem e o Mesmo em braço masculino, sempre
braço e do ombro para o corpo ocorre volume parece diminuir. Porém, ao fle- aparecem algumas estrias.
Desenho do pé
Para transmitir a ideia de que o pé
do idoso é mais frágil, ele se mostra le-
vemente curvado ou com inchaço. As
formas, então, podem ser observadas
como mais triangulares, quadradas ou
mesmo lemniscata (o símbolo do infi-
nito ou o famoso ‘oito deitado’).
Construção da perna
Na pele de pessoas idosas, dois fe-
nômenos são observados: o envelhe-
cimento cutâneo natural, por enruga-
mento, e o envelhecimento devido a
radiação ultravioleta, conhecido como
fotoenvelhecimento.
De maneira geral, as alterações prin-
cipais incluem: secura, aspereza, ru-
gas, flacidez, manchas e sardas tardias
visíveis a olho nu. Em relação aos pe-
los corporais, de início ocorre a canície
(cabelos brancos) e, posteriormente,
a diminuição do número de folículos
pilosos. Os pelos remanescentes ficam
menores no diâmetro e mais lentos
no crescimento.
Estudo da anatomia
Nos séculos passados estimava-se que que se refere ao tempo vivído, e a ida- Depois, faça o preenchimento pelas
depois da menopausa e da andropau- de biológica, que é do sistema do cor- formas geometricas para a distribuição
sa, os indivíduos experimentavam um po quanto a quantidade e qualidade de correta dos músculos. Em seguida, gire
declínio físico. A tipologia normal de massa óssea e muscular. o corpo para a posição de 3/4. Para o
deterioração das funções declina gra- Inicie o desenho do corpo do idoso perfil, utilize o mesmo passo a passo
dualmente a partir dos 55 ou 60 anos. pelo esquema aramado, com a medi- do aramado, preenchimento por for-
Porém, há duas idades: a cronológica, da de sete cabeças e meia de altura. mas geométricas, o desenho muscular
Apresentação – Tecidos
Buscando estar protegido de intem-
péries, o ser humano buscou uma forma
de se cobrir. Primeiramente, utilizavam-
-se peles de animais como abrigo con-
tra o frio e a chuva. Com o decorrer do
tempo, tecidos feitos a partir de peles,
vegetais foramam desenvolvidos como
uma forma de proteção.
1º Passo: Desenhe uma forma qua- 2º Passo: Marque o caimento que o 3º Passo: Com efeitos de valores da
drada com linhas curvadas. Procure tecido faz sobre a formas diversas. Veja escala tonal para a luz e para as som-
fazer este estudo para tipos diferentes as rugas, pregas e dobras. bras, crie os volumes e as texturas
de tecidos, mais leves ou mais pesados. destes tecidos.
1º Passo: Desenhe uma senhora por 2º Passo: Em outro estudo, repare 3º Passo: O vestido ainda segue um
formas geométricas e dê forma ao que o vestido possui uma quantidade caimento retilíneo em direção ao piso,
vestido. Aplique as dobras e as pregas maior de tecidos, que deve acompanhar as pregas se voltam para o lado interno,
de caimento. o movimento do corpo. E o caimento é uma vez que se prende ao centro
com intenso pregueamento. do corpo.
Contraluz
Luz direta
Luz própria
Divulgação: pixabay/rudyanderson
É necessário que se avalie bem a fo- lateral suave. Uma fotrografia com a luz ampliá-las ou reduzi-las, caso haja
tografia, suas condições, forma, enqua- difusa requer um estudo maior. São fa- necessidade. Após escolhido a(o) mo-
dramento, contraste de luz e sombras. tores assim que, podem influenciar no delo, utiliza-se como instrumento de
Uma luz forte, direta e lateral produz resultado final do desenho. aferição a ponta do lápis e/ou uma
sombras que marcam as linhas faciais. A depender do motivo escolhido, régua de papel.
Para realçar ligeiramente a textura da o desenhista tanto pode manter as Inicie o estudo pela cabeça e depois
pele, use como fonte uma foto com luz proporções da referência, bem como distribua estas medidas ao longo corpo.
Tomadas as medidas, faça o esboço Defina onde estão as áreas de contras- Em seguida todo o esboço é apagado. Se
do desenho por figuras geométricas. tes, marcando os pontos mais escuros e possível, a melhor forma de fazê-lo e não
reservando as àreas de maior iluminação. estragá-lo, é copiá-lo em uma mesa de luz.
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