Mercado de Derivativos - Teoria
Mercado de Derivativos - Teoria
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MERCADO DERIVATIVOS
INTRODUÇÃO
Essa negociação implica em que os contratos a termo, futuro e opções, que são
modalidades operacionais dos derivativos, sejam padronizados em suas datas de
liquidação, na quantidade negociada e na qualidade do produto negociado.
O Produtor agrícola ao vender no presente sua produção para uma data futura quer
garantir no presente o preço de sua produção futura. Este preço irá cobrir os seus
custos e despesas de produção, incluindo sua margem de lucro. Desta forma o produtor
garante um preço mínimo.
Se no futuro o preço de sua mercadoria está maior que o preço acertado no contrato
futuro vendido por ele no passado, ele deixou de ganhar mas não perdeu.
Se no futuro o preço de sua mercadoria está menor que o preço acertado no contrato
futuro ele se vendeu no passado, ele se protegeu contra a oscilação indesejável de
preço.
O Especulador não deseja possuir o produto comprado relativo ao contrato futuro, ele
quer apenas tirar proveito na oscilação dos preços. Desta forma o produtor ou o hedger
poderão transferir seus riscos para o especulador.
Como exemplo de uma operação com produtos agrícolas podemos citar o produtor de
soja que deseja garantir no presente o preço da soja que irá colher no momento futuro
de sua colheita. Para atingir este objetivo ele poderá vender a futuro sua produção que
ainda vai acontecer.
Como exemplo de hedger podemos citar uma Indústria que necessita da soja para fazer
Paulo Lamosa Berger Pág.: 3
o óleo de soja industrializado. Ela não planta soja mas compra soja a futuro para
garantir no presente o preço da soja que ela irá necessitar no futuro para produzir o óleo
de soja.
Como exemplo do especulador temos pessoas físicas e jurídicas que apenas querem
tirar proveito da oscilação do preço do contrato futuro de soja. Os especuladores correm
o risco da oscilação de preço montando estratégias operacionais que podem levar ao
lucro ou prejuízo, mas definitivamente não estão interessados em ter soja.
É claro que quem vende a futuro uma mercadoria agrícola ou um ativo financeiro
acredita que o preço lhe satisfaz e que o preço da mercadoria ou do ativo financeiro no
futuro estará menor que a venda a futuro realizada no momento presente.
Quem compra hoje uma mercadoria agrícola ou um ativo financeiro para o futuro tem a
visão inversa, acredita que o preço de compra a futuro no momento presente será
interior ao preço da mercadoria agrícola ou do ativo financeiro) na data futura.
* Não existe bola de cristal, não sabemos prever o futuro. Podemos nos proteger
diminuindo nossa exposição a diferentes cenários. Cada posição assumida tem seus
custos e compromissos
* Bolsas de valores, futuros, mercadorias, não compram, não vendem, não emitem
ativos. Investidores negociam entre si nos pregões, através de seus operadores. Se
alguém vende é porque alguém compra. Se alguém compra é porque alguém vende.
* Bolsas não obrigam investidores a fazer negócios. Negócios são feitos de livre e
espontânea vontade. Negociação acontece quando o vendedor decide que um preço é
alto o suficiente enquanto o comprador decide que o mesmo preço é baixo o suficiente.
* Bolsas não fixam as cotações dos ativos. Cotações são frutos da lei de oferta e
procura
DERIVATIVOS
Os produtos derivativos podem ser definidos como contratos cujos valores dependem de
outras variáveis mais básicas. Estes produtos são basicamente os contratos Futuros, a
Termo, de Opções e de “Swaps”.
Uma opção de compra da Vale do Rio Doce, por exemplo, é um derivativo porque seu
valor depende do preço da ação da Vale do Rio Doce. Um contrato futuro de soja
também é um derivativo pois seu valor depende do preço da soja e assim por diante.
Nos últimos anos os mercados financeiros mundiais, bem como o brasileiro, têm sido
muito criativos no desenvolvimento de produtos derivativos, com o propósito de
satisfazer às necessidades de seus clientes.
Paulo Lamosa Berger Pág.: 4
BANCO CENTRAL
Regula todas as instituições financeiras do país, uma vez que uma de suas funções
básicas é a regulamentação da expansão da moeda e do crédito. Todas as operações
com derivativos envolvendo instituições financeiras são de sua competência.
Regula todas as atividades financeiras com derivativos não cobertas pela CVM, como
por exemplo, o mercado de swaps de balcão com registro e as Bolsas de Mercadorias e
Futuros.
As Bolsas de Valores e de Mercadorias são Instituições Privadas sem fins lucrativos que
têm como principal finalidade, promover um local adequado às negociações dos
diversos ativos previstos de serem negociados nas mesmas.
MERCADO PRIMÁRIO
MERCADO SECUNDÁRIO
Após sua venda original, as obrigações e ações são negociadas nos mercados
secundários. Há dois tipos de mercado secundário: Mercados de leilão e Mercados de
distribuidores.
Paulo Lamosa Berger Pág.: 5
MERCADOS DE BALCÃO
As operações chamadas de Balcão são aquelas realizadas fora do recinto das Bolsas.
Elas são realizadas diretamente entre as partes. As transações poderão ser efetuadas
entre duas Instituições Financeiras, entre uma Instituição Financeira e uma Empresa
Comercial ou até mesmo sem a participação de Instituições Financeiras.
Há operações de Balcão que são registradas em Bolsas como as operações de Swap e
a Termo realizadas na BMF. O Fato de serem registradas em Bolsas não altera sua
característica essencial de serem negociadas diretamente entre as partes e portanto de
serem operações de Balcão.
Breves Definições:
Futuros são operações realizadas para liquidação física e financeira em uma data
-
Termo essas operações são efetuadas entre comprador e vendedor, para liquidação em
-
Opções são contratos que dão ao seu titular (comprador) o direito sobre algo, mas não
-
uma obrigação. As opções de compra do tipo americano, por exemplo, dão ao seu titular
o direito de comprar o Ativo Objeto por um determinado preço até uma data limite (data
do vencimento). Da mesma forma que nos contratos futuros, as operações de compra e
venda são realizadas contra as Bolsas.
Swaps são contratos particulares entre duas partes para a troca futura de fluxos de
-
Estes são os tipos mais populares suas cotações são publicadas nos principais jornais
diariamente. Entretanto devemos mencionar que além destes, a possibilidade de criação
de outros derivativos é praticamente inesgotável.
TIPOS DE OPERAÇÕES:
Hedge:
Consiste em realizar uma ou mais operações que reduzam a exposição ao risco do
implementador dessa(s) operação(ões) Hedger.
-
Por exemplo, um Banco que possua passivo indexado em dólar e ativo indexado em
iene, estaria realizando um hedge ao realizar um Swap onde ganhe a diferença entre a
variação do dólar e a variação do iene. Neste caso, se o dólar se valorizar perante o
iene, o Banco terá entradas no fluxo de caixa e portanto compensará a perda que ele
obteria na situação original Caso o iene se valorize perante o dólar, haverá saídas no
fluxo de caixa do swap que deverá compensar o lucro extraordinário que seria obtido
originalmente.
Especulação:
Um especulador que acreditasse que as opções de compra da Vale do Rio Doce iriam
subir em determinado período de tempo (e não tivesse ativos ou passivos ligados à
Bolsa), poderia comprar as opções para vendê-las quando estivessem mais caras. O
risco é que o preço das opções pode cair e o especulador perderá todo o capital
aplicado.
Arbitragem:
Consiste em obter um lucro sem risco, através da realização de transações simultâneas
em dois ou mais mercados.
Ex.: Compra de uma quantidade de contratos futuros de DI que rendam 6% de tx. over e
compra simultânea de contratos futuros de dólar ao preço de R$ 1.005,926 por US$
1.000 onde o valor de resgate é de US$ 50.000 juntamente com venda de dólar para
liquidação imediata com taxa over embutida de 2%. Por hipótese, consideramos que
existam 12 D.U. até o vencimento, que a operação envolva um total de 100 contratos de
DI cujo valor unitário de resgate é equivalente a R$ 100.000,00 e que haja um custo de
0,1% de taxa efetiva no período, relativo ao custo da linha externa.
Obs: No Mercado Aberto brasileiro a operação de captação e aplicação de recursos
lastreadas em títulos públicos (operações compromissadas), com lucro e sem riscos
aparentes, também é conhecida como “brokeragem’ (do inglês “broker”).
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Exercício 2:
Como seria a arbitragem se:
P.Ext.Ouro = US$ 14,00 o grama
Tx. de câmbio do dólar flutuante > 1 US$ = R$ 0,90
P.Int.ouro = Ri 12,00 o grama
Considerar um volume de 100 Kg de ouro para negociação.
Manipulação:
Consiste em alterar artificialmente o preço de um ativo com objetivo de tirar proveito
dessa variação de preço. Só é possível quando um participante (ou grupo de
participantes) do mercado tem força suficiente para tal.
Nesse contexto, os preços e taxas dos ativos, passaram a ser influenciados pelos
preços e taxas praticados em vários outros ativos. De fato, se dois ativos A e B podem
fazer parte de uma determinada operação de arbitragem, o preço de A mudará quando
o preço de B for alterado, pois caso isso não ocorra, haverá possibilidade de arbitragens
com os dois bens.
Um bom exemplo disto é o atrelamento que existe entre o preço do ouro no mercado
interno e o preço do dólar no mercado paralelo (e do dólar flutuante). Se o preço do ouro
no mercado externo ficar constante e o ouro no mercado interno subir mais (ou menos)
que o dólar no mercado paralelo, haverá a possibilidade de arbitragem. Até 1991 o
Banco Central controlava o preço do dólar paralelo via venda do ouro no mercado
interno.
CONTRATOS A TERMO
Uma transação à vista “spot “ é um negócio liquidado num período máximo de dois dias;
uma transação a termo “forward “ é uma negociação cuja liquidação ultrapassa este
período.
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Características:
* Deve-se encontrar um outro parceiro que deseje fazer a operação oposta com o
mesmo volume e com a mesma data do vencimento
* Difícil encerrar o contrato antes do vencimento, a menos que a outra parte concorde
* Há grande risco de crédito, pois quando no vencimento, ocorrem grandes perdas para
uma das partes, esta tende a não honrar o compromisso
* São contratos de compra ou venda de um ativo em determinada data futura por preço
previamente estabelecido.
* Não são negociados em bolsa. São acordos particulares entre duas instituições, ou
entre uma instituição e seus clientes.
Exemplo:
Considere as seguintes cotações da taxa de câmbio de Reais por Libra esterlina no dia
10/03/199x:
à vista 1,8470
termo 30 dias 1,8442
termo 90 dias 1,8381
termo 180 dias 1,8291
* A libra esterlina pode ser vendida ou comprada no mercado à vista (para entrega
imediata) à taxa de R$ 1,8470.
* A libra esterlina pode ser comprada ou vendida a termo de 90 dias por R$ 1,8381.
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Hedge
Exemplo: Suponha uma firma que tenha de pagar 1.000.000 de libras em 90 dias.
Alternativa a) Ela pode esperar 90 dias, para pagar o preço à vista da época, e correr
o risco das variações cambiais.
Especulação
Contratos a termos podem ser usados para especulação.
CONTRATO FUTURO:
VISUALIZAÇÃO GRÁFICA
ESPECIFICAÇÕES:
Ativos financeiros não sofrem variações na qualidade, nem apresentam problemas tais
como perecibilidade, ou aspectos subjetivos de aceitabilidade.
Ativos não financeiros tais como commodities são ativos que apresentam toda uma
gama de tipos e qualidades, para estes foi estipulada padronização.
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f) Forma de Cotação dos preços: Variável. O preço futuro para petróleo é cotado com
duas casas decimais. Preços futuros de títulos e notas são cotadas em unidades de
dólar e a parte menor em 32 avos de dólar. Oscilações mínimas são compatíveis com as
formas de cotações.
Além , estas especificações existem os seguintes limites que devem ser mencionados.
Limites são determinados pelas bolsas para a maioria dos contratos. Se a cotação cai a
um valor igual ao limite diário diz-se que o contrato está em seu limite de baixa, se
ocorre o contrário está em seu limite de alta. Normalmente as negociações são
interrompidas no pregão quando o contrato atinge um dos limites. A razão de existirem
limites é amortecer excesso de especulação (pânico ou euforia). existem controvérsias
sobre seu benefício para os mercados.
b) Limites de Posição
São o número máximo de contratos que um investidor pode deter. No contrato futuro de
madeira para a construção sem comprimento padrão da Chicago Mercantile Exchange,
o limite de posição é de 1.000 contratos, não podendo exceder 300 em qualquer mês de
vencimento. Existem mecanismos que permitem aos verdadeiros hedgers não serem
afetados pelos limites de posição.
Margens de Garantia
Quantia que o corretor exige do investidor para ser depositada em uma conta de
margem. Se o preço subir a parte vendida é chamada, se o preço cair a parte comprada
é chamada a fazer depósito. a conta margem é ajustada diariamente. O propósito do
sistema de margens é reduzir a possibilidade dos participantes do mercado de sofrer
perdas devido a inadimplências. O sistema tem tido êxito.
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Câmara de Compensação
O Preço de Abertura
No dia 28/07/97 os primeiros negócios com milho para entrega em Setembro foram
realizados a cotação de 7,93 postos / saca, e durante o pregão deste dia foram
realizados negócios entre o mínimo de 7,85 e o máximo de 7,93.
O Ajuste
Consiste na média das cotações pelas quais o contrato foi negociado imediatamente
antes do término do pregão. O preço de ajuste é importante, porque é usado para
calcular ganhos e perdas diários e margens (Oscilação).
Misto; Preços futuros sobem depois caem, então sobem de novo ou vice-versa
OPERAÇÕES DE HEDGE:
Mercado Futuros:
Solução:
Cada contrato negociado em mercado é no valor de $ 62.500 Libras. O investidor “A”
pode eliminar o risco cambial fazendo já o seu fechamento do câmbio, tomando uma
posição comprada em: 1.000.000 / 62.500 = 16 contratos. Ao tomar esta posição (
posição comprada ) o investidor ‘’A “ comprometesse a pagar $ 1.685.000 US$, em
setembro, desta forma obtendo $ 1.000.000 de Libras que usará para fazer o
pagamento da conta.
converter este valor em dólares para honrar seus compromissos nos US. Pelo mesmo
raciocínio desenvolvido para o investidor “A” o investidor “B” pode fechar hoje sua taxa
de câmbio no mercado futuro para eliminar os riscos de flutuação da moeda. Nesse
caso o investidor deverá tomar uma posição vendida ( vendida em Libras, comprada em
Dólares ) em contratos futuros com vencimento em setembro. O número de contratos
necessários seria: 3.000.000 / 62.500 = 48 contratos. Através desta posição o investidor
“B” compromete-se a entregar $ 3.000.000 de Libras em setembro e em troca receberá:
3.000.000 x 1,685 = US$ 5.055.000
Conclusões:
Com estas operações podem os investidores eliminar o risco das variações cambiais em
suas operações, entretanto isto não quer dizer que fizeram um bom negócio nem um
mau negócio. Operações de Hedge não são investimentos.
Cenário A:
Taxa de câmbio US$ / libra menor do que 1,685. Para termos um exemplo numérico
suponha que a taxa observada no mercado em setembro seja de 1,660.
Cenário B :
Taxa de câmbio US$ / Libra maior do que 1,685. Para termos um exemplo numérico
suponha que a taxa observada no mercado em setembro seja de 1,710.
Investidor A teria se dado bem se a taxa tivesse caído e não tivesse feito o Hedge.
Investidor A teria se dado mal se a taxa tivesse subido e não tivesse feito o Hedge
Investidor B teria se dado mal se a taxa tivesse caído e não tivesse feito o Hedge
Investidor B teria se dado bem se a taxa tivesse subido e não tivesse feito o Hedge
Ambos os investidores teriam obtido o mesmo resultado, quer a taxa de câmbio tivesse
subido ou caído se tivessem feito o Hedge.
Como não sabemos se as taxas vão subir ou descer, o Hedge não serve como
investimento, serve sim como seguro contra oscilações. Em outras palavras com Hedge
o preço a ser pago (ou recebido) está assegurado, não sabemos é se o resultado será
melhor com ou sem ele.
OPERAÇÕES ESPECULATIVAS
Mercado Futuro
Alternativas
b) Comprar contratos futuros de libra. Com $ 250.000 libras poderia comprar: 250.000 /
62.500 = 4 contratos
Cenário B:
Taxa de Câmbio < 1,6470 ( por exemplo 1,600 )
Não consideremos nesta análise a receita dos juros fruto da aplicação em renda fixa das
$ 250.000 libras compradas pela alternativa a) ao longo dos dois meses. Quando
consideramos os pagamentos dos juros as alternativas a) e b) são equivalentes.
A diferença entre as duas reside no fato de que a alternativa a) exige um pagamento à
vista, inicial, de $ 411.750, enquanto a alternativa b) não requer pagamento (somente o
pagamento final em abril, e eventualmente margens).
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OPÇÕES:
Preço de Exercício
Data de Exercício
É a data futura onde expira o prazo para a opção ser exercida ou não.
MERCADO DE OPÇÕES
Objetos de Negociação:
Data de vencimento
Preço de exercício
Compromisso é Assimétrico
Uma das partes, o emitente da opção, tem obrigação de honrar sua posição,
caso seja exercido, enquanto que a outra parte, o comprador da opção, tem a opção de
exercer ou não a opção. Se o comprador não exercer a opção o emitente da opção está
liberado de sua obrigação.
Solução:
Solução:
O investidor tem o direito de vender a ação por $ 150, porém se o preço subiu
o investidor deverá deixar a opção expirar sem exercício e se for o caso vender no
mercado, recebendo mais do que:
Paulo Lamosa Berger Pág.: 22
O investidor tem o direito de vender por $ 150 um “papel “que vale menos do
que $ 150, certamente ele exercerá sua opção e receberá $ 150 por cada ação:
$ 150 x 100 = $ 15.000 por contrato
$ 15.000 x 5 = $ 75.000 por todos os contratos
ou seja terá um resultado final igual a $ 73.000 se considerarmos o valor pago
na compra da opção.
Comparações:
As alternativas são:
Resultados possíveis:
Cenário A:
Preço das ações subiu. Por exemplo para $ 90,00
Alternativa a) Comprou 100 ações por $ 78 cada, vendeu por $ 90,00 cada
Lucro $ 9.000 - 7.800 = 1.200
Cenário B:
Preço das ações caiu. Por exemplo para $ 70,00
Alternativa a) Comprou 100 ações por $ 78 cada, vendeu por $ 70,00 cada
Prejuízo: $ 7.000 - 7.800 = $ - 800
Percentualmente temos:
Investimento 7.800
Resultado
Cenário A
Lucro Líquido
Cenário A a) US$ 1.200 b) US$ 18.200
Cenário B a) - US$ 800 b) - US$ 7.800
Observação: tanto opções quanto futuros podem ser usados por especuladores.
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Compra de uma com preço de exercício E1 (mais baixo) e venda de uma Call
com preço de exercício E2 (mais alto)
Compra de uma Put com preço de exercício E1 (mais baixo) e venda de uma
Put com preço de exercício E2 (mais alto).
Paulo Lamosa Berger Pág.: 26
Spread de Alta com Call e spread de Baixa com Put → Box 4 Pontas
Exemplo:
a) Um investidor adquire por $ 3 uma opção de compra com preço de exercício
de $ 30 e vende por $ 1 uma opção de compra com preço de exercício de $ 35. O custo
desta carteira é $ 2.
Paulo Lamosa Berger Pág.: 27
Comprar
Vender
97,75 e rt = 100
r= 2,27% no período
A data é 18/09
O vencimento é em 20/10/97
Período então é de 31 dias
- rt
C = S N (d1) - E e N(d2)
Onde:
ln( ES ) + (r + 12 σ 2 )T
d1 =
σ T
d 2 = d1 − σ T
C = Preço da Call
S = Preço do ativo objeto
E = Preço de Exercício
r = Taxa de juros
σ = Volatilidade do ativo objeto
T = Tempo até o vencimento
N( ) = Distribuição Normal Acumulada (tabelada)
SWAPS
Swaps são acordos privados entre duas partes para troca futura de fluxos de
caixa, respeitada uma fórmula preestabelecida, e podem ser considerados carteiras de
contratos a termo. Com isso, podemos dizer que análise de swaps é uma extensão
natural do estudo de contratos futuros e a termo.
Tipos de Swaps
Uma forma que tem ajudado as empresas a encontrar a contraparte tem sido a
realização de swaps via Bolsas de Mercadorias. No Brasil, a Bolsa de Mercadorias e de
Futuros (BM&F) tem lançado contratos de swaps com diversas modalidades. Existem na
BM&F os contratos de Swaps de CDI com Taxa Prefixada, de Dólar com Taxa
Prefixada, CDI com Taxa de Câmbio, estas versões com e sem garantia da Bolsa e de
CDI com Ouro e de CDI com TR sem garantia.
Nos contratos com garantia, a BM&F exige das partes deposito de garantias
que serão usadas no caso de uma das partes ficar inadimplente. A Bolsa sacara as
garantias da parte inadimplente, para pagar a outra pane.
Neste tipo de Swap, uma parte "A" concorda pagar a "B" fluxos de caixa
resultantes da aplicação de determinada taxa de juro flutuante sobre um principal
previamente estabelecido. Simultaneamente a parte B concorda pagar a A fluxos de
caixa resultantes da aplicação de outra taxa de juro flutuante sobre o mesmo (ou outro)
principal teórico.
Como a maior pane dos fluxos se anulam mutuamente, basta que se pague a
diferença entre os fluxos da parte liquidamente devedora para a parte liquidamente
credora.
caixa resultantes da aplicação de uma taxa de juro flutuante sobre o mesmo (ou outro)
principal teórico.
Como a maior parte dos fluxos se anulam mutuamente, basta que se pague a
diferença entre os fluxos da parte liquidamente devedora para a parte liquidamente
credora.
São exemplos deste tipo de Swap CDI Pré x TR, Taxa Fixa de Empréstimo
Externo x LIBOR etc.
Duas empresas desejam captar 10 milhões por cinco anos. As ofertas foram as
seguintes:
A empresa A:
A empresa B
Swaps de Moedas
Como a maior parte dos fluxos se anulam mutuamente, basta que se pague a
diferença entre os fluxos da parte liquidamente devedora para a parte liquidamente
credora.
São exemplos deste tipo de Swap Dólar x Marco Alemão, Dólar x Iene etc.
Estratégia
A capta dólares a 8%
B capta Libras a 12%
Realizam um swap
Paulo Lamosa Berger Pág.: 34
Resultados
Swaps de Commodities
Neste tipo de swap, uma parte A combina pagar um fluxo financeiro fixo por
um determinado número de períodos e em troca recebe um valor flutuante, relacionado
ao preço da mercadoria vigente nas datas dos pagamentos. Por exemplo, uma Empresa
A combina pagar US$ 1 milhão por ano durante os próximos cinco anos, Em troca, ela
receberá da outra Empresa B, um fluxo de 100.000 x P, onde P é o valor de uma
tonelada de determinada Commodity (em dólares) vigente a cada um dos cinco anos.
Com isso, A terá garantido um preço fixo de US$ 10 por tonelada pelos cinco anos que
se seguem, ficando “hedgeado” (protegido) contra uma possível disparada no preço do
seu insumo. De fato, se o preço da commodity aumentar para níveis muito superiores a
US$ 10 por tonelada, a Empresa A terá fluxos financeiros positivos, o que compensará
os gastos extras advindos da compra do insumo a um preço superior no mercado físico
de trigo.
Por sua vez, B estará garantido um preço fixo de US$ 10,00 por tonelada,
pelos próximos cinco anos e, com isso, protegendo-se de uma possível queda no valor
da mercadoria.
Por exemplo, o principal pode ser modificado, ao longo da vida do swap, para
atender às necessidades das partes. Num swap de amortização o principal é reduzido
(amortizado) com o propósito de corresponder a um sistema de amortização de um
empréstimo. Num swap de capitalização (step-up-swap), o principal é aumentado para
Paulo Lamosa Berger Pág.: 35
Um Circus Swap é um acordo de troca de taxa de juro fixa de uma moeda por
taxa de juro flutuante de outra moeda. E, portanto, uma combinação de swap de juros
com swap de moedas
Exercícios:
Como você criaria um Swap que garanta Spread positivo para ambas as
Empresas?
Fixa Flutuante
Empresa A 8,00% LIBOR + 0,40%
Empresa B 10.,00% LIBOR + 0,80%
Resposta 1
Hipótese 1 A LIBOR cai para níveis muito baixos, por exemplo, 5% a.a.
-
Sem a realização do Swap, B teria uma perda de ( 9% - 5%) a.a., ou seja, US$
40.000 por ano. Com a realização do Swap B receberá de A (9,5% 5%) * US$ 1 milhão =
-
US$ 45.000. B terá portanto, um ganho liquido de US$ 5.000 a cada ano.
Paulo Lamosa Berger Pág.: 36
Na situação original, B teria um ganho de (10%- 5%) a.a., ou seja, US$ 50.000
por ano. Com a realização do Swap, A pagará a B, (9,5% - 5%) a.a., ou seja, US$ 45.000.
A usufruirá de um ganho liquido de US$ 5.000 a cada ano
Sem a realização do Swap, A teria uma perda de (12% - 10%) a.a., ou seja,
US$ 20.000 por ano. Com a realização do Swap A, receberá de B (12% - 9,5%) * US$ 1
milhão US$25.000. A terá portanto, um ganho liquido de US$ 5.000 a cada ano.
Na situação original, B teria um ganho de (12% - 9%) a.a., ou seja, US$ 30.000
por ano. Com a realização do Swap, B pagará a A, (12% - 9,5%) a.a., ou seja, US$
25.000. B usufruirá de um ganho liquido de US$ 5.000 a cada ano