Resumo - Etilismo e Tabagismo
Resumo - Etilismo e Tabagismo
Fatores de Risco
• Curiosidade normativa do adolescente;
• Fatores Socioculturais que levam à Pressão do Grupo Social;
• Falta de Políticas Públicas adequadas;
• Modelo Familiar (consumo de álcool na família, laços pobres entre os entes,
falta de limite);
• Propagandas (veiculam mensagens de sucesso, beleza e prazer, omitindo
os danos à saúde);
• Transtornos mentais e de comportamento (Ansiedade, Depressão, Traços
Antissociais);
• Predisposição Genética.
Eliseu Henrique Bispo Pereira – T5
diminuir
incomodar
culpado
olho aberto
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• SADD
Nunca → 0 pts
Poucas Vezes → 1 pt
Muitas Vezes → 2 pts
Sempre → 3 pts
≥ 8 → Uso Nocivo
> 13 (Mulheres) //
> 15 (Homens) →
Dependência
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Complicações
• As principais complicações clínicas do uso abusivo de etanol são:
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Dissulfiram
• Inibe a enzima acetaldeído desidrogenase.
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Naltrexona
• Antagonista opioide.
• Diminui o prazer de beber por meio da liberação das endorfinas, com
consequente bloqueio da liberação de dopamina.
• Apresenta eficácia em bebedores pesados.
Acamprosato
• Reduz o desejo compulsivo que aparece na abstinência, por meio da
redução da atividade glutamaérgica e aumento da gabaérgica.
Topiramato
• Antagonista de glutamato.
• Ainda não aprovado para este fim, mas apresenta eficácia moderada na
redução da fissura.
Etilismo e Gestação
• A exposição pré-natal ao álcool pode causar alterações no desenvolvimento
neurológico (desenvolvimento cognitivo, motor e comportamental).
o O uso de álcool em qualquer período pode trazer alterações
neurológicas no feto.
o A quantidade de álcool ingerida na gestação correlaciona-se com a
gravidade das alterações.
• O consumo de bebidas alcoólicas pela gestante traz distúrbios à gestação,
como: Alterações na transferência placentária de aminoácidos essenciais,
hipóxia fetal crônica por vasoconstrição placentária e umbilical, proliferação
celular indiferenciada em todo o SNC, disfunção hormonal e imaturidade de
enzimas hepáticas.
• O termo Desordens Fetais Relacionadas ao Álcool (FASD em inglês) deve
ser utilizado para às várias alterações que podem ocorrer no indivíduo que
foi exposto ao álcool na vida intrauterina.
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TABAGISMO
• A dependência do tabaco é cada vez mais reconhecida como uma condição
crônica, necessitando de repetidas intervenções.
Abordagem Diagnóstica
Avaliação Clínica
• O fumante deve ser submetido a uma avaliação completa no momento da
admissão no programa de cessação ao tabagismo.
• O objetivo é identificar alterações pulmonares funcionais, existência de
doenças relacionadas ao tabagismo (DRT), possíveis contraindicações e
interações medicamentosas durante o tratamento farmacológico da
dependência.
• Nesse momento também é avaliado o perfil do fumante, seu grau de
dependência à nicotina e sua motivação para cessar o tabagismo.
• Alguns exames complementares podem ser úteis, dependendo da
disponibilidade: RX de tórax (fundamental), Espirometria, ECG,
Hemograma, Bioquímica sérica e urinária, medidas do COex e da Cotinina.
o Estes podem auxiliar na motivação do paciente para a cessação do
tabagismo, sejam os exames normais (ainda não apresenta
nenhuma doença, deve-se cessar o tabagismo para que isso não
aconteça) ou anormais (deve-se cessar o tabagismo para impedir
novos danos e buscar recuperar a saúde).
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Abordagem Terapêutica
Intervenções Motivacionais
• O fumante deve sentir-se acolhido pelo médico, que deve abordá-lo com
empatia, respeito e confiança.
• A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) deve ser oferecida tanto no
atendimento individual quanto em grupo.
o Os atendimentos devem ser semanais no primeiro mês (parada),
quinzenal até completar a abordagem intensiva (3 meses) e mensal
até completar 1 ano.
• Os fumantes pré-contemplativos devem ser estimulados a parar de fumar,
informados quanto aos malefícios do tabagismo e os benefícios de sua
cessação.
• Os fumantes contemplativos devem ser encorajados a marcar um uma data
dentro de 30 dias para parar.
o Devem identificar os motivos que os levem a fumar e como poderão
vencê-los.
o Nas próximas consultas, deve-se voltar nestes assuntos até que o
paciente esteja decidido a parar.
• Pacientes na fase de ação devem ser estimulados a definir exatamente a
data de parada.
o Um plano de ação deve ser realizado com o paciente, avaliando os
motivos que o fazem fumar e estratégias para que ele resista ao
desejo e aprenda a viver sem o cigarro.
o Para combater a fissura, usar substitutos da gratificação oral, como
orientar a beber líquidos, chupar gelo ou mascar algo.
o Estratégias para manter as mãos ocupadas, como escrever, digitar,
pintar, costurar, são bastante úteis.
• Pacientes em manutenção devem ser monitorados quanto aos progressos e
dificuldades enfrentados.
o O paciente precisa se conscientizar de que o tabagismo é uma
doença crônica não podendo voltar a acender um cigarro ou dar uma
tragada, pois poderá voltar a fumar.
• Caso ocorra a recaída, ela deverá ser aceita pelo profissional sem críticas,
mantendo a atmosfera de confiança e apoio demonstrados anteriormente.
• O fumante deve aprender a reconhecer os sintomas e a duração da
abstinência e se preparar para enfrenta-los.
Eliseu Henrique Bispo Pereira – T5
Farmacoterapia
• Trata-se de um recurso adicional no tratamento quando a abordagem
comportamental é insuficiente pela presença de elevado grau de
dependência à nicotina.
• Seguem as 3 terapias farmacológicas de 1ª linha para o tratamento:
Cloridrato de Bupropiona
• Trata-se de um antidepressivo atípico de ação lenta.
• Seu mecanismo de ação poderia ser explicado pela redução do transporte
neuronal de Dopamina e Noradrenalina ou do antagonismo aos Receptores
Nicotínicos, levando à redução da compulsão por cigarros.
• Seu tratamento deve ser iniciado 1 semana antes de o paciente parar de
fumar.
Eliseu Henrique Bispo Pereira – T5
Tartarato de Vareniclina
• Foi desenvolvida para produzir efeitos semelhantes à nicotina sobre os
receptores colinérgicos nicotínicos, causando sua ativação moderada,
aliviando os sintomas da abstinência e a fissura.
o Também, ao bloquear a ligação da nicotina com seu receptor, reduz a
satisfação ao fumar.
• Considerada uma droga eficaz, segura e bem tolerada nas doses
recomendadas.
• Em ensaios clínicos controlados, tem se mostrado mais eficiente que o
placebo, bupropiona e TRN.
Terapia Combinada
• Ainda não está muito claro o quanto a combinação das medicações
promovem maior eficácia na cessação ao tabagismo.
• Entretanto, algumas combinações são aprovadas, como:
o Adesivos de Nicotina + TRN de ação rápida;
o Adesivos de Nicotina + Bupropiona.
Redução de Danos
• Alguns pacientes não conseguem parar de fumar por diversos motivos.
Foram realizados, portanto, diversos estudos visando a redução de danos
do cigarro, seja por diminuição no consumo, o uso de tabaco sem fumaça
ou o uso contínuo de TRN.
• Nenhum estudo apresentou benefícios significantes na diminuição do Risco
Cardiovascular, nas Taxas de Mortalidade, na incidência de Cânceres e
DPOC, bem como suas Taxas de Admissão Hospitalar e Complicações.
• A redução de danos não deve ser uma meta final, mas um caminho para
alcançar a cessação definitiva, ou ainda, uma estratégia para reforçar a
motivação individual.
Eliseu Henrique Bispo Pereira – T5
Tabagismo Passivo
• O tabagismo passivo é a inalação por não fumantes da fumaça da queima
de derivados do tabaco, também a exposição voluntária ao Fumo ou à PTA
(Poluição Tabagística Ambiental).
• Metade das crianças no mundo são tabagistas passivas, trazendo impacto
no seu desenvolvimento neurológico e físico.
• Em adultos, o tabagismo passivo está relacionado a doenças respiratórias
(exacerbação da Asma, desenvolvimento e agravamento da DPOC, Câncer
de Pulmão e aumento do risco de desenvolver Tuberculose) e a aumento do
RCV.
• Recentes estudos sugerem que mesmo uma exposição de 30 minutos à
PTA já seria o suficiente para afetar as células endoteliais das artérias
coronárias de não fumantes, especialmente aqueles cardiopatas.
• A recomendação, como medida preventiva, é afastar-se de ambientes com
poluição tabágica.