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06/10/2020 Tabaco - DENARC - Divisão Estadual e Narcóticos

Governo do Estado do Paraná


Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária
DENARC - Divisão Estadual e Narcóticos
Polícia Civil

Tabaco
TABACO - Definição e Generalidades

O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, da qual é extraída uma substância chamada nicotina. Começou a
ser utilizada aproximadamente no ano 1000 a.C., nas sociedades indígenas da América Central, em rituais mágico-religiosos, com
o objetivo de purificar, contemplar, proteger e fortalecer os ímpetos guerreiros, além disso, esses povos acreditavam que essa
substância tinha o poder de predizer o futuro. A planta chegou ao Brasil provavelmente pela migração de tribos tupis-guaranis. A
partir do século XVI, seu uso foi introduzido na Europa, por Jean Nicot, diplomata francês vindo de Portugal, após ter-lhe
cicatrizado uma úlcera na perna, até então incurável.

No início, utilizado com fins curativos, por meio do cachimbo, difundiu-se rapidamente, atingindo Ásia e África no século XVII. No
século seguinte, surgiu a moda de aspirar rapé, ao qual foram atribuídas qualidades medicinais, pois a rainha da França, Catarina
de Médicis, o utilizava para aliviar suas enxaquecas.
No século XIX, surgiu o charuto que veio da Espanha e atingiu toda a Europa, Estados Unidos e demais continentes, sendo
utilizado para demonstração de ostentação. Por volta de 1840 a 1850, surgiram as primeiras descrições de homens e mulheres
fumando cigarros, porém, somente após a Primeira Guerra Mundial (1914 a 1918), seu consumo apresentou grande expansão.

Seu uso espalhou-se por todo o mundo a partir de meados do século XX, com a ajuda de técnicas avançadas de publicidade e
marketing que se desenvolveram nessa época. A partir da década de 1960, surgiram os primeiros relatórios científicos que
relacionaram o cigarro ao adoecimento do fumante, e hoje existem inúmeros trabalhos comprovando os malefícios do tabagismo à
saúde do fumante e do não-fumante exposto à fumaça do cigarro. Hoje, o fumo é cultivado em todas as partes do mundo e é
responsável por uma atividade econômica que envolve milhões de dólares. Apesar dos males que o hábito de fumar provoca, a
nicotina é uma das drogas mais consumidas no mundo.

O tabaco é apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como problema de saúde pública número um, e a maior causa
de morbidade e mortalidade em muitos países. No Brasil, estima-se que mais de 200mil pessoas morram por ano devido ao fumo.

Efeitos no cérebro:

Quando o fumante dá uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões, chegando ao cérebro aproximadamente em nove
segundos, afetando diretamente o sistema nervoso central, causando a elevação leve no humor (estimulação) e diminuição do
apetite. A nicotina é considerada um estimulante leve, apesar de um grande número de fumantes relatar sensação de relaxamento
quando fumam. Essa sensação é provocada pela diminuição do tônus muscular. O tabaco, quando usado ao longo do tempo, pode
provocar o desenvolvimento de tolerância, ou seja, a pessoa precisa consumir um número cada vez maior de cigarros para sentir
os mesmos efeitos que, originalmente, eram produzidos por doses menores.

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Alguns fumantes, quando suspendem repentinamente o consumo de cigarros, podem sentir:

Fissura (desejo incontrolável de fumar),


Irritabilidade,
Agitação,
Prisão de ventre,
Dificuldade de se concentrar e manter atenção,
Sudorese,
Tontura,
Insônia,
Inquietação e
Dor de cabeça.

Esses sintomas caracterizam a síndrome de abstinência, desaparecendo dentro de uma ou duas semanas.

A tolerância e a síndrome de abstinência são alguns dos sinais que caracterizam o quadro de dependência provocado pelo uso do
tabaco. De acordo com Figlie (2004, p. 60), "a síndrome de abstinência é mediada pela noradrenalina e se inicia 8h após o último
cigarro, atingindo o auge no terceiro dia".

Efeitos sobre outras partes do Corpo:

A nicotina produz um pequeno aumento no batimento cardíaco, na pressão arterial, na frequência respiratória e na atividade
motora. Quando uma pessoa fuma um cigarro, a nicotina é imediatamente distribuída pelos tecidos. No sistema digestório provoca
diminuição da contração do estômago, dificultando a digestão.

Efeitos tóxicos:

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A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, como: nicotina, monóxido de carbono, formol, naftalina, alcatrão,
entre outros. O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência de algumas doenças como por
exemplo, pneumonia, câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, boca, estômago etc.), infarto de miocárdio, bronquite crônica,
enfisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva e outras. Entre outros efeitos tóxicos provocados pela nicotina, destacam-se
ainda, náuseas, dores abdominais, diarreia, vômitos, cefaleia, tontura, braquicardia e fraqueza.

Tabaco na Gravidez:

Quando a mãe fuma durante a gravidez, “o feto também fuma”, recebendo as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. A
nicotina provoca aborto espontâneo, crescimento fetal defeituoso, nascimento prematuro, morte do neonatal, aumento batimento
cardíaco no feto, menor peso corpóreo no recém-nascido, menor estatura e circunferência craniana, além de alterações
neurológicas importantes.

Tabagismo passivo:

Os fumantes não são os únicos expostos à fumaça do cigarro, pois os não-fumantes também são agredidos por ela, tornando-se
fumantes passivos. Os poluentes do cigarro dispersam-se pelo ambiente, fazendo com que os não fumantes próximos ou distantes
dos fumantes inalem também as substâncias tóxicas. Estudos comprovam que filhos de pais fumantes apresentam incidência três
vezes maior de infecções respiratórias (bronquite, pneumonia, sinusite) do que filhos de pais não-fumantes.

Referências

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Centro Antitóxicos de Prevenção e Educação/Divisão Estadual de Narcóticos. Cartilha de prevenção ao uso de drogas para pais.
Curitiba: CAPE/DENARC, 2009.

Centro Antitóxicos de Prevenção e Educação/Divisão Estadual de Narcóticos. Cartilha de prevenção ao uso de drogas para
professores. Curitiba: CAPE/DENARC, 2009.

FIGLIE, Neliana Buzi. Aconselhamento em Dependência Química. São Paulo: Roca, 2004.

LARANJEIRA, Ronaldo. Prefácio. PINSKY, Ilana; BESSA, Marco Antônio (Orgs). Adolescência e drogas. São Paulo: Contexto,
2004.

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