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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Fisiologia e Patologia

Neoplasias
Pulmonares

Prof. Dr. Adriano Alves


Neoplasias Pulmonares

1. Generalidades
• Par de pulmões associado a uma séria de
vias respiratórias;

• Nos pulmões, as vias respiratórias


ramificam-se em tubos cada vez menores,
até alcançar os menores espaços aéreos,
denominados alvéolos → troca gasosa.
Neoplasias Pulmonares

1. Generalidades
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
▪ Anatomicamente → A traqueia é
dividida em dois ramos, que formam os
brônquios principais (direito e
esquerdo);

▪ Anatomicamente → Ao entrar no hilo


pulmonar, cada brônquio primário
divide-se em brônquios lobares
(brônquios secundários).
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
▪ Anatomicamente → O pulmão esquerdo
é dividido em dois lobos, enquanto o
pulmão direito é dividido em três lobos.
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
▪ Anatomicamente → O pulmão direito
divide-se em 3 ramos brônquicos
lobares e o esquerdo em 2 ramos
brônquicos lobares;
▪ O pulmão esquerdo é ainda dividido em
oito segmentos broncopulmonares
(brônquios terciários ou segmentares), e
o direito, em 10 (brônquios terciários ou
segmentares);
▪ Seguimento broncopulmonar→
brônquio segmentar + o parênquima
pulmonar por ele suprido.
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
▪ Histologicamente → Os brônquios
podem ser identificados pelas suas
placas de cartilagem e por uma camada
circular de músculo liso.
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
▪ Histologicamente → A parede do
brônquio é composta por 5 camadas:

1. Mucosa → Epitélio respiratório →


Quanto menor o diâmetro do
brônquio, o epitélio reduz cúbico;

2. Muscular → Músculo liso contínuo -


brônquios maiores. Nos menores, ela
se torna incontínua;
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
▪ Histologicamente → A parede do
brônquio é composta por 5 camadas:

3.Submucosa:Conjuntivo relativamente
frouxo. Nos maiores adipócitos e glândulas;

4.Camadacartilaginosa → cartilagem
descontínua;

5.Adventícia → Conjuntivo
moderadamente denso + vasos;
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Brônquio:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Bronquíolos:
▪ São ductos condutores de ar, com 1 mm
ou menos de diâmetro;

▪ Os bronquíolos terminais → originam os


bronquíolos respiratórios;

▪ Histologicamente → não apresentam


placas cartilaginosas nem células
caliciformes;
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Bronquíolos:
▪ Bronquíolos respiratórios → zona de
transição – tanto condução do ar como
troca gasosa;
▪ Histologicamente → epitélio
pseudoestratificado → cubóide;
▪ Histologicamente → camada de
músculo liso;
▪ Histologicamente → epitélio células de
clara (claviformes) → agente tensoativo
(inspiração);
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Bronquíolos:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Bronquíolos:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Bronquíolos:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
▪ Os alvéolos são os espaços aéreos
terminais do sistema respiratório;

▪ Local de troca gasosa entre o ar e o


sangue;

▪ Cada alvéolo é circundado por uma rede


de capilares que coloca o sangue em
grande proximidade com o ar;
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:

▪ Cada alvéolo → apresenta uma câmara


poliédrica de parede fina → saco
alveolar;
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
▪ Ductos alveolares → vias respiratórias
alongadas → formadas por alvéolos

▪ Sacos alveolares → espaços circundados


por alvéolos;

▪ Septo interalveolar ou parede septal →


tecido existente entre os espaços aéreos
alveolares.
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
▪ Epitélio alveolar é formado por:

▪ Pneumócitos tipo I (células alveolares


tipo I) → compreendem 40% das células
de revestimento alveolar. São
pavimentosas e extremamente finas →
revestem a maior parte (95%) da
superfície dos alvéolos - trocas gasosas;

▪ Pneumócitos tipo I → unidas entre si


por zônulas de oclusão e não
apresentam capacidade replicativa.
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
▪ Epitélio alveolar é formado por:

▪ Pneumócitos tipo II (células alveolares


tipo II ou septais) → são de formato
cubóide e estão intercaladas com as
células do tipo I → representam 60%
das células do revestimento alveolar →
cobrem apenas cerca de 5% da
superfície aérea;

▪ Pneumócitos tipo II → produzem


surfactante – células secretoras e
tendem a projetar-se para dentro do
alvéolo.
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
▪ Epitélio alveolar é formado por:

▪ Pneumócitos tipo II (células alveolares


tipo II ou septais) → são progenitoras
dos pneumócitos tipo I;

▪ Septo interalveolar→ barreira


hematoaérea;

▪ Macrófagos alveolares (células de


poeira) → removem o material inalado.
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
Neoplasias Pulmonares

2. Morfologia
❖ Alvéolos:
Neoplasias Pulmonares

3. Clínica
▪ Hemoptise;

▪ Tosse e rouquidão persistentes;

▪ Dor torácica;

▪ Dispneia;

▪ Astenia e perda de peso sem causa


aparente.
Neoplasias Pulmonares

4. Rastreio
▪ Detecção precoce → investigação com
exames clínicos, laboratoriais,
endoscópios ou radiológicos, de pessoas
com sinais e sintomas sugestivos da
doença (diagnóstico precoce), ou de
pessoas sem sinais ou sintomas
(rastreamento) mas pertencentes a
grupos com maior chance de ter a
doença;
Neoplasias Pulmonares

4. Rastreio
▪ Não há evidência de que o rastreamento
do câncer de pulmão na população geral
traga mais benefícios do que riscos →
não é recomendado pela OMS;

▪ A decisão de fazer ou não esse exame


deve ser discutida entre o paciente e o
médico.
Neoplasias Pulmonares

4. Rastreio

“manchas brancas” → Tomografia ou Radiografia


Neoplasias Pulmonares

4. Rastreio
Neoplasias Pulmonares

4. Rastreio
Neoplasias Pulmonares

4. Rastreio
Neoplasias Pulmonares

5.Fatores de risco
▪ Fumaça do cigarro - tabagismo →
principal causa de câncer de pulmão;

▪ Exposição à poluição do ar;

▪ Infecções pulmonares de repetição;

▪ Doença pulmonar obstrutiva crônica


(enfisema pulmonar e bronquite
crônica);

▪ Localização → mais frequentemente nos


lobos superiores, com uma predileção
pelo lobo superior direito;
Neoplasias Pulmonares

5.Fatores de risco
▪ Número de nódulos: 1 a 4 → alto risco;

▪ Risco reduz quando o número de


nódulos é superior a 5;

▪ Estudos → múltiplos nódulos


apresentam associação com um risco
reduzido em comparação aos nódulos
solitários;

▪ Enfisema e fibrose: fatores de risco


independentes para câncer de pulmão;
Neoplasias Pulmonares

5.Fatores de risco
▪ Fatores genéticos e história família;

▪ Exposição ocupacional a agentes


químicos ou físicos (asbesto, sílica,
urânio, cromo, agentes alquilantes,
radônio entre outros);

▪ Água potável contendo arsênico, altas


doses de suplementos de betacaroteno
em fumantes e ex-fumantes;

▪ Idade avançada: a maior parte dos


casos afeta pessoas entre 50 e 70 anos.
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo
▪ Causa de morte mais evitável entre
humanos;

▪ Principal causa exógena de câncer →


90% dos tumores pulmão;

▪ Fumaça do cigarro → tabaco sem


fumaça – câncer oral;

▪ 2/3 dos fumantes do mundo → China,


Índia, Indonésia, Russa, EUA, Japão,
Brasil, ...;
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo
▪ 4 milhões de mortes anuais → doenças
relacionadas;

▪ Percentual fumantes com 18 anos ou


mais no Brasil é de 9,1%, sendo 11,8%
entre homens e 6,7% entre
mulheres(Vigitel 2021);

▪ Tabaco → reduz a sobrevida → dose-


dependente → maços/ano;

▪ 75% população não-fumante → viva aos


70 anos. 50% dos fumantes chegam
nessa idade;
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo
▪ Parar de fumar (5 anos) → reduz
mortalidade geral por doença
cardiovascular;

▪ Ca de pulmão → mortalidade reduzida


em 21% em 5 anos→ risco aumentado
persiste por 30 anos;

▪ Tabaco → 2 a 4 mil substâncias → mais


de 60 carcinogênicas → neoantígenos;

▪ Fumantes passivos → risco 2x câncer de


pulmão → medição de cotinina;
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo x Ca
▪ Cigarro → irrita a mucosa
traqueobrônquica → inflamação e
aumento de muco bronquite;

▪ Cigarro → migração de leucócitos para o


pulmão → aumento de elastase →
enfisema;

▪ CYPs → aumentam a hidrossolubilidade


dos carcinógenos → facilitam a excreção
→ podem gerar adultos com o DNA.

▪ Latência de 10 a 30 anos;
Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo x Ca

20% fumantes → câncer de pulmão


Neoplasias Pulmonares

6.Tabagismo x Ca
Neoplasias Pulmonaresc

6.Tabagismo x Ca
Neoplasias Pulmonaresc

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Considerações Gerais:
▪ Primeiro em todo o mundo em
incidência entre os homens e o terceiro
entre as mulheres;
▪ 3°mais comum em homens (17.760
casos novos) e o quarto em mulheres no
Brasil (12.440 casos novos);
▪ 85% dos casos diagnosticados → câncer
de pulmão associado ao consumo de
derivados de tabaco.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Considerações Gerais:

▪ Mortalidade → 1° entre os homens e o


2° entre as mulheres;

▪ 28.620, sendo 16.009 homens e 12.609


mulheres (2020 - Atlas de Mortalidade
por Câncer - SIM);

▪ Estimativa de novos casos: 32.560,sendo


18.020 homens e 14.540 mulheres
(2022 - INCA);
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Considerações gerais:
▪ A taxa de sobrevida relativa em cinco
anos → 18% (15% para homens e 21%
para mulheres);

▪ 16% dos cânceres são diagnosticados


em estágio inicial (câncer localizado),
para o qual a taxa de sobrevida de cinco
anos é de 56%;

▪ Maior mortalidade →que o câncer de


mama, próstata e cólon combinados.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma broncopulmonar:
▪ Patogênese → fatores ambientais
(tabaco) + alterações genéticas;

▪ Pequenas células e não pequenas células


(adenocarcinomas e CCE);

▪ Pode haver mistura de padrões


morfológicos no mesmo câncer –
carcinomas combinados;

▪ Fumo + asbesto, radônio e radicais livres


→ 90% dos câncer de pulmão em
homens e 70% em mulheres;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma broncopulmonar:

▪ Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos


→ CCE → tamanho da partícula
deposita-se nos brônquios;

▪ Nitrosaminas → bronquíolos terminais


→ adenocarcinomas;

▪ Mutação → Ras (pior prognóstico),


MYC, TP53, BRAF e HER-2;
▪ Síndromes paraneoplásicas → comuns.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:

▪ Mais associado ao tabagismo;

▪ Mais comum em homens;

▪ Localização central → grandes


brônquios;

▪ Crescimento lento;

▪ Hipercalcemia
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:

▪ Metástases → linfonodos regionais;

▪ Disseminação hematogênica → tardia;

▪ Diagnóstico → citologia;

▪ IHQ → positivo p40 e p63 e negativo


TTF-1 – Diferenciação do CCE – bem
diferenciado, moderado ou
indiferenciado.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:

▪ Mutações → TP53 – alta frequência;

▪ Mutação → pRB- 15%;

▪ Facilmente diagnosticado na endoscopia;

▪ 20% dos tumores pulmonares;

▪ Crescimento exofítico → luz brônquica


ou penetrar na parede do brônquio;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:

Lesão branco-acizentada e firme endurecido


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:

Pequenas ou grande massas ulcerativas e hemorrágicas


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:

Lesão com células contendo poros celulares e queratina


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:

Ninhos sólidos com núcleo hipercromático


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Carcinoma de células escamosas:
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Adenocarcinoma

▪ Neoplasia pulmonar mais prevalente


– 50%;

▪ Forma histológicas mais prevalente em


homens e mulheres;

▪ Associação ao tabagismo → pouco


evidente ou pequena;

▪ Mutação com ganho de função


oncogênica → EGFR, ROS, ...;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Adenocarcinoma

▪ Localização → periferia pulmonar,


envolvendo a pleura;

▪ Originam-se das células de clara ou dos


pneumócitos tipo II;

▪ IHQ → positivos TTF-1 e napsin A


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Adenocarcinoma

Diferenciação glandular com produção de muco


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Adenocarcinoma

Diferenciação glandular com produção de muco


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Adenocarcinoma

Adenocarcinoma papilífero
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – CCE e Adeno

1. Displasia escamosa e carcinoma in situ;

2. Hiperplasia adenomatosa atípica;

3. Adenocarcinoma in situ;

4. Hiperplasia de células neuroendócrinas;


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – CCE e Adeno

▪ Precursor não implica em progressão


inevitável para câncer;

▪ Atualmente → não é possível diferenciar


as lesões que progridem das que não
progridem.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – CCE
1. Displasia escamosa e carcinoma in situ

▪ Lesão precursora do CCE → observada


apenas em citologia.

▪ Pode durar vários anos → assintomática


e não detectada em radiografia;

▪ Hiperplasia de célula caliciforme,


metaplasia escamosa, displasia
escamosa e carcinoma in situ.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – CCE
1. Displasia escamosa e carcinoma in situ
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – Adeno
2. Hiperplasia adenomatosa atípica;
▪ Lesão pequena → <5mm;
▪ Única ou múltipla;
▪ Pneumócitos displásicos → revestindo
paredes alveolares fibróticas;
▪ Podem estar próximos a tumores
invasivos ou longe deles.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – Adeno
2. Hiperplasia adenomatosa atípica;

Epitélio cuboide com fibrose discreta


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – Adeno

3. Adenocarcinoma in situ
▪ Carcinoma bronquioloalveolar →
anteriormente chamado;
▪ Lesão menor que 3cm;
▪ Composta inteiramente por células
displásicas → crescem ao longo do
septo alveolar preexistente;
▪ Podem ou não ter mucina intracelular →
mucinoso ou não-mucinoso;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Lesões precursoras – Adeno
3. Adenocarcinoma in situ;

Lesão septal sem invasão com mucina


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Tumores neuroendócrinos – carcinomas
de pequenas células

▪ Origem → hiperplasia de células


neuroendócrinas;
▪ Predomínio → 6° e 7° década de vida;
▪ Gênero masculino → mais comum;
▪ Pode surgir nos bronquíolos terminais
ou na periferia do pulmão – não existe
pré- invasão conhecida;
▪ Forte associação ao tabagismo;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Tumores neuroendócrinos – carcinomas
de pequenas células

▪ 15% das neoplasias pulmonares;

▪ Compartilha muitas características


moleculares → CCE;

▪ Mutação → TP53, pRB e MYC;

▪ Mutação MYC → aumenta potencial


metastático do tumor.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Tumores neuroendócrinos – carcinomas
de pequenas células

▪ Pior prognóstico entre as neoplasias


pulmonares → FATAL – 1 ano com ou
sem tratamento;

▪ No diagnóstico → metástases
linfonodais e medulares;

▪ MEV→ grânulos neurosecretores;


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Tumores neuroendócrinos – carcinomas
de pequenas células
▪ Origem → células neuroendócrinas
do revestimento brônquico –
hiperplasia;
▪ IHQ → positivo para cromogranina,
sinaptofisina, CD57 e alta expressão de
BCL2;
▪ Produz → ACTH, serotonina, calcitonina,
estrógeno, GH e ADH;
▪ Necrose → comum e extensa;
▪ Coloração basofílica de paredes vasculares
→incrustação de DNA de células
neoplásicas necróticas (Azzopardi);
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Tumores neuroendócrinos – carcinomas
de pequenas células

Neoplasia branca-acizentada central que infiltra o hilo


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑Tumores neuroendócrinos – carcinomas
de pequenas células

Células pequenas – menores que linfócitos, bordas mal


definidas, sal e pimenta e uniformes sem arranjo definido.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos - carcinoma
de grandes células

▪ Tipo menos frequente de carcinoma


broncopulmonar – 2%;

▪ Tumor indiferenciado → sem


características citológicas pulmonares;

▪ Altamente agressivo → evolui


rapidamente para o óbito.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos - carcinoma
de grandes células

▪ Diagnóstico de exclusão;

▪ Não expressão marcadores para adeno


(TTF-1, napsina) nem carcinoma (p40 e
p63);

▪ Variante neuroendócrina → de grandes


células semelhante ao de pequenas
células;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos - carcinoma
de grandes células
▪ Lesão predominantemente periférica,
subpleural → não se associa a segmento
brônquico;

▪ Grandes massas preferencialmente


periféricas com áreas de necrose e
hemorragia;
▪ Microscopicamente → não há sinais de
diferenciação escamosa ou glandular;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos - carcinoma
de grandes células

Células com grandes núcleos, nucléolo proeminente e


quantidade moderada de citoplasma.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos – Tumores
carcinoides
▪ 1 a 5% das neoplasias de pulmão;
▪ A maioria menos de 60 anos;
▪ Incidência igual para ambos os sexos;
▪ 20 a 40% → não fumantes;
▪ Neoplasias epiteliais malignas de baixo
grau subclassificadas em carcinoides
típicos e atípicos (necrose e mitoses);
▪ IHQ → + cromogranina, sinaptofisina,
CD56, negativo para TTF-1.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos – Tumores
carcinoides
▪ Crescimento central ou periférico;
▪ Centrais → massas semelhantes a
dedos ou polipoides esféricos projetam
na luz do brônquio e geralmente estão
cobertas por uma mucosa intacta;
▪ 3 a 4 cm de diâmetro;
▪ Maioria → confinada aos brônquios do
tronco principal.
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos – Tumores
carcinoides
▪ Outras → penetram na parede
brônquica → espalham-se
peribrônquico → lesão em botão de
colarinho;
▪ As neoplasias periféricas são sólidas e
nodulares.
▪ Síndrome carcinoide clássica
(serotonina e bradicinina),
caracterizada por ataques intermitentes
de diarreia, rubor e cianose → 10%
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos – Tumores
carcinoides

Massa esférica (seta) projetando-se para a luz do brônquio.


Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos – Tumores
carcinoides

Células tumorais com núcleos pequenos, arredondados,


uniformes e citoplasma moderado - Típico
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores Neuroendócrinos – Tumores
carcinoides
▪ Maioria → não apresentam atividade
secretória e não metastatizam para
locais distantes;
▪ Seguem curso relativamente benigno
por longos períodos e são, portanto,
passíveis de ressecção.
▪ As taxas de sobrevida de 5 anos
relatadas são de 95% para carcinoides
típicos, 70% para carcinoides atípicos;
Neoplasias Pulmonares

7. Neoplasias
❖ Neoplasias Malignas
❑ Tumores em não-fumantes

▪ 25% dos cânceres pulmonares;

▪ Mulheres;

▪ Adenocarcinomas;

▪ Mutação → EGFR.
Neoplasias Pulmonares

8. Clínica neoplásica
▪ Tumores centrais → espessamento da
mucosa – se torna branca, verrucosa e
friável;

▪ Após instalarem-se → crescem para luz


e para fora do brônquio;

▪ Antes da obstrução brônquica →


oligossintomáticos;

▪ Infecções frequentes → ulceração e


necrose tumoral.
Neoplasias do Trato Respiratório

8. Clínica neoplásica
▪ Tumores periféricos → sintomas apenas
quando atingem a pleura;

▪ Podem invadir → costelas e coluna;

▪ Metástases → linfonodo do hilo


pulmonar → linfonodos cervicais e
abdominais → pleura e pericárdio;

▪ Metástases hematogênicas → fígado,


ossos, cérebro e suprarrenal.
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
▪ Sistema TNM;

▪ Tipo histológico e estadiamento →


principais elementos de escolha do
tratamento;
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
❖Terapêutica e prognóstico:

1. Carcinoma não pequenas células → CCE,


adenocarcinomas, carcinoma de
grandes células, etc. → ressecção
cirúrgica → sobrevida 5 anos,
recorrência do tumor em 50% dos
casos;

2. Carcinoma de pequenas células → pior


prognóstico → quimioterapia →
resposta temporária → sobrevida de 1
ano → cirurgia não traz benefício.
Neoplasias do Trato Respiratório

9. Estadiamento
❖Terapêutica e prognóstico:

▪ EGFR mutado (15% dos pacientes) →


terapia alvo → erlotinib-Tarceva, gefinib-
Iressa e crizonib;

▪ Taxa de sobrevida geral → 5 anos em


18,7% dos casos;

▪ A taxa de sobrevivência em 5 anos →


52% doença localizada – CCE e Adeno;
▪ 22% quando há metástase regional;
▪ 4% quando há metástases à distância
Neoplasias do Trato Respiratório

10. Campanha
❖ Neoplasias Malignas
❑ Campanha internacional
Neoplasias do Trato Respiratório

10. Campanha
❖ Neoplasias Malignas
Universidade Federal da Paraíba
Centro de Ciências da Saúde
Departamento de Fisiologia e Patologia

Neoplasias
Pulmonares
Prof. Dr. Adriano Alves
[email protected]
Neoplasias do Trato Respiratório

10. Campanha
❖ Neoplasias Malignas

https://gshow.globo.com/tudo-mais/noticia/a-
pedro-bial-gloria-maria-revelou-sensacao-ao-
ver-exame-que-diagnosticou-tumor.ghtml

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