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https://doi.org/10.

1590/1980-549720210009

ARTIGO ESPECIAL / SPECIAL ARTICLE

Doenças crônicas não transmissíveis e


mudanças nos estilos de vida durante a
pandemia de COVID-19 no Brasil
Noncommunicable diseases and changes in lifestyles during the COVID-19
pandemic in Brazil
Deborah Carvalho MaltaI , Crizian Saar GomesII , Marilisa Berti de Azevedo BarrosIII ,
Margareth Guimarães LimaIII , Wanessa da Silva de AlmeidaIV , Ana Carolina Micheletti
Gomide Nogueira de SáV , Elton Junio Sady PratesVI , Ísis Eloah MachadoVII ,
Danilo Rodrigues Pereira da SilvaVIII , André de Oliveira WerneckIX , Giseli Nogueira
DamacenaIV , Paulo Roberto Borges de Souza JúniorIV , Luiz Otávio de AzevedoIV ,
Dalia Elena Romero MontillaIV , Célia Landmann SzwarcwaldIV

RESUMO: Objetivo: Comparar as mudanças de estilos de vida durante a pandemia COVID-19, segundo a presença
ou não de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em adultos brasileiros. Métodos: Estudo transversal,
com dados da pesquisa ConVid — Pesquisa de Comportamentos, realizada entre abril e maio de 2020.
Avaliaram-se as variáveis estilo de vida e presença de uma ou mais DCNT (diabetes, hipertensão, doença
respiratória, doença do coração e câncer). As características sociodemográficas foram usadas como ajuste.
Calcularam-se as frequências relativas e os intervalos de confiança (IC) de 95% das variáveis antes da e durante
a pandemia. Para a comparação de grupos, sem ou com DCNT, estimaram-se as prevalências e razões de
prevalência bruta e ajustada (RPa) utilizando a regressão de Poisson. Resultados: Houve redução da prática
de atividade física (60% nos sem DCNT e 58% nos com DCNT) e do consumo de hortaliças (10,8% nos sem
DCNT e 12,7% nos com DCNT). Verificou-se aumento no tempo de uso de televisão e computador/tablet
(302 e 43,5% nos sem DCNT e 196,5 e 30,6% nos com DCNT, respectivamente); consumo de congelados
(43,6% nos sem DCNT e 53,7% com DCNT), salgadinhos (42,3% sem DCNT e 31,2% com DCNT) e
chocolate (14,8% sem DCNT). Durante a pandemia, portadores de DCNT apresentaram menor prática de
atividade física suficiente (RPa = 0,77; IC95% 0,65 – 0,92), maior hábito de assistir à televisão (RPa = 1,16;
IC95% 1,08 – 1,26) e menor consumo de hortaliças (RPa = 0,88; IC95% 0,81 – 0,96). Conclusão: Evidenciou-se
que adultos com DCNT tiveram seus estilos de vida mais alterados durante a pandemia de COVID-19.
Palavras-chave: Quarentena. Coronavírus. Estilo de vida. Fatores de risco. Doenças não transmissíveis. Brasil.

I
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais
– Belo Horizonte (MG), Brasil.
II
Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.
III
Departamento de Saúde Coletiva, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas – Campinas (SP), Brasil.
IV
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz – Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
V
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.
VI
Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas Gerais – Belo Horizonte (MG), Brasil.
VII
Departamento de Medicina de Família, Saúde Mental e Coletiva, Escola de Medicina, Universidade Federal de Ouro Preto – Ouro
Preto (MG), Brasil.
VIII
Departamento de Educação Física, Universidade Federal de Sergipe – São Cristóvão (SE), Brasil.
IX
Departamento de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo – São Paulo (SP), Brasil.
Autora correspondente: Deborah Carvalho Malta. Avenida Professor Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia, CEP: 30130-100, Belo
Horizonte, MG, Brasil. E-mail: [email protected]
Conflito de interesses: nada a declarar – Fonte de financiamento: Fundo Nacional de Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde
(SVS), Ministério da Saúde (TED 66/2018).

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MALTA D.C. ET AL.

ABSTRACT: Objective: To compare lifestyle changes during the COVID-19 pandemic according to the presence or
absence of noncommunicable diseases (NCDs) in Brazilian adults. Methods: Cross-sectional study, using data from
the ConVid survey, between April and May 2020. The following variables were evaluated: lifestyle and presence
of one or more NCDs (diabetes, hypertension, respiratory disease, heart disease, and cancer). Sociodemographic
characteristics were used as adjustment. Relative frequencies and confidence intervals (CI) of 95% of the explanatory
variables were calculated before and during the pandemic. For the comparison of groups, with or without NCDs,
crude and adjusted (PRadj) prevalence ratios were estimated by Poisson regression. Results: There was a reduction
in physical activity (60% in those without NCDs and 58% in those with NCDs) and in vegetable consumption
(10.8% in those without NCDs and 12.7% in those with NCDs). On the other hand, there was an increase in the
time spent watching television and on screens of computer/tablet (302% and 43.5% in those without NCDs
and 196.5% and 30.6% with NCDs, respectively); consumption of frozen meals (43.6% in those without NCDs and
53.7% with NCDs), snacks (42.3% without NCDs and 31.2% with NCDs), and chocolate (14.8% without NCDs).
During the pandemic, patients with NCDs were less active (PRadj = 0.77; 95%CI 0.65 – 0.92), had greater habit of
watching TV (PRadj = 1.16; 95%CI 1.08 – 1.26), and consumed less vegetables (PRadj = 0.88; 95%CI 0.81 – 0.96).
Conclusion: It was evident that adults with NCDs had their lifestyles more altered during the COVID-19 pandemic.
Keywords: Quarantine. Coronavirus. Lifestyle. Risk factors. Noncommunicable diseases. Brazil

INTRODUÇÃO
Globalmente, estima-se que, por ano, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)
sejam responsáveis por 41 milhões de óbitos (70% de todas as mortes)1. No Brasil, a elevada
carga das DCNT é semelhante, correspondendo a 76% das causas de morte2. As DCNT
resultam em consequências devastadoras para os indivíduos, famílias e comunidades, além
de sobrecarregar os sistemas de saúde1,3,4.
Diversas iniciativas nacionais e globais têm sido propostas para a prevenção e controle
das DCNT. A Organização das Nações Unidas incluiu nos objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) metas para a redução das DCNT e de fatores de risco até 20305. Salienta-se
que esse compromisso já era desafiador e, somado à pandemia do novo coronavírus (Sars-
CoV-2), poderá não ser alcançado6, haja vista que a pandemia pode afetar os estilos de vida
e comprometer os cuidados em saúde de pessoas portadoras de DCNT7.
As DCNT são as principais comorbidades dos pacientes com COVID-197-9, sendo res-
ponsáveis pelo agravamento da condição clínica e pela elevação do tempo de internação e
das taxas de mortalidade10,11. Ademais, as medidas de distanciamento social têm potencial
repercussão na saúde e qualidade de vida das pessoas com DCNT6, embora sejam essenciais
para reduzir a propagação do vírus12,13.
Estudos realizados no Brasil14 e em outros países15-18 observaram mudanças nos estilos de
vida nos adultos em decorrência da pandemia de COVID-19, como aumento do consumo
do álcool e tabaco17 e de alimentos ultraprocessados14 e comportamento sedentário14,16.

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Doenças crônicas não transmissíveis e mudanças nos estilos de vida durante a pandemia de COVID-19 no Brasil

O convívio com situações ansiogênicas e estressantes, como perda do emprego, situações


de trabalho inseguras e redução de rendimentos, pode resultar na piora dos comportamen-
tos de saúde, tais como aumento do consumo do tabaco e álcool15-18.
No contexto das DCNT, diante da elevada carga e transcendência das condições crôni-
cas, o cenário imposto pela pandemia de COVID-19 reforça a importância da priorização
de uma abordagem integral à saúde da população, de ações de vigilância de doenças e cui-
dados durante e após a pandemia18. A crise sanitária ocasionou mudanças nas formas de
atenção no sistema de saúde19, que culminaram na falta de medicamentos, dificuldades de
acesso aos serviços19-21 e aumento de fatores de riscos para DCNT14.
Nesse sentido, considerando a necessidade do monitoramento do estado de saúde e
dos comportamentos de portadores de DCNT, sobretudo na conjuntura da pandemia de
­COVID-19, torna-se relevante investigar se ocorreram mudanças no estilo de vida nessa
população, uma vez que são escassos os estudos que abordam essa temática no contexto
brasileiro. Assim, esta investigação visou comparar as mudanças de estilos de vida em adul-
tos brasileiros durante a pandemia COVID-19, segundo a presença ou não de DCNT.

MÉTODOS
Trata-se de um estudo transversal, que utilizou os dados da pesquisa ConVid – Pesquisa de
comportamentos, um inquérito virtual de saúde realizado durante a pandemia da C ­ OVID-19
para avaliar as mudanças que ocorreram na vida dos adultos brasileiros22. O questionário22 abor-
dava características sociodemográficas, adesão às medidas de restrição social, perdas econômicas,
doenças crônicas, alterações nos estilos de vida e no estado de ânimo, entre outras temáticas.
A coleta de dados foi realizada entre abril e maio de 2020. Os participantes foram con-
vidados a participar da pesquisa por meio de um processo de amostragem em cadeia23.
Na primeira etapa, os pesquisadores envolvidos escolheram o total de 200 outros pesquisa-
dores de diferentes estados do Brasil e, adicionalmente, selecionaram, cada um, 20 pessoas
de suas respectivas redes sociais. As pessoas escolhidas na primeira etapa desencadearam
os convites a pelo menos 12 pessoas de suas redes sociais, obedecendo à estratificação por
sexo, faixa etária (18–39; 40–59; ≥ 60) e grau de escolaridade (ensino médio incompleto ou
menos; ensino médio completo ou mais). A cada convidado se solicitou que convidasse pelo
menos outras três pessoas de suas redes sociais. Com esse processo, a amostra final foi de
45.160 indivíduos. Utilizaram-se pesos de pós-estratificação com base nos dados da Pesquisa
Nacional de Amostra por Domicílios em 201924,25 para obter a mesma distribuição da popula-
ção brasileira por Unidade da Federação, sexo, faixa etária, raça/cor e grau de escolaridade.
O estudo constitui uma parceria entre pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz, da
Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade Estadual de Campinas. Os parti-
cipantes preencheram o termo de consentimento livre e esclarecido e todas as respostas
foram anônimas. Obteve-se a aprovação da pesquisa pela Comissão Nacional de Ética em
Pesquisa (número do parecer: 3.980.277).

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Neste estudo, a variável “ter uma ou mais DCNT” foi aferida pela pergunta: “Algum médico
já lhe deu o diagnóstico de alguma destas doenças (diabetes, hipertensão, doença respirató-
ria, doença do coração, câncer)?”
Foram analisadas as variáveis listadas a seguir, relacionadas ao estilo de vida antes da e
durante a pandemia.
• Prática de atividade física (AF), avaliada pelas questões: “Antes da pandemia, quantos
dias por semana você praticava algum tipo de exercício físico ou esporte?”; “Durante a
pandemia, quantos dias por semana você pratica/praticava exercício físico ou esporte?”.
As alternativas de respostas para essas perguntas foram: a) menos de um dia por semana;
b) um a dois dias; c) três a quatro dias; e d) cinco ou mais dias. “Antes da pandemia,
quanto tempo durava essa atividade?”; “Durante a pandemia, quanto tempo durava essa
atividade?”. As opções de respostas foram: a) menos de 30 minutos; b) 30 a 45 minutos;
c) 46 a 60 minutos; e d) uma hora ou mais. Foram considerados suficientemente ativos
os indivíduos que relataram pelo menos 150 minutos semanais de AF26.
• Comportamento sedentário, avaliada pelo tempo diante de telas na televisão e
computador/tablet. Quanto ao tempo gasto com televisão, as questões utilizadas
foram: “Antes da pandemia, quantas horas por dia você assistia à televisão?”; “Durante a
pandemia, quantas horas por dia você tem assistido/assistia à televisão?”. As opções
de resposta foram: a) não assistia televisão; b) menos de uma hora; c) entre 1 hora e
menos de 2 horas; d) entre 2 horas e menos de 3 horas; e) entre 3 horas e menos de
4 horas; f ) entre 4 horas e menos de 5 horas; g) entre 5 horas e menos de 6 horas;
e h) 6 horas ou mais. Para uso de computar/tablet as perguntas utilizadas foram:
“Antes da pandemia, quantas horas por dia você costumava usar computador ou tablet?”;
“Durante a pandemia, quantas horas por dia você tem feito uso do computador ou
tablet?” A resposta era aberta e o respondente indicava o número em horas. Ambos
os indicadores foram classificados usando o ponto de corte de 4 horas/dia27.
• Consumo de alimentos saudáveis (verduras ou legumes, frutas e feijão) e não saudáveis
(pizza congelada ou lasanha congelada ou outro prato pronto congelado; salgadinhos
“de pacote”; embutidos, chocolates, doces), avaliada pela indicação do consumo
desses alimentos pela seguinte questão: “Usualmente, antes da pandemia, em quantos
dias da semana costumava comer esses alimentos?” e “Durante a pandemia, em
quantos dias da semana costumava comer esses alimentos?”. As opções de respostas
foram: a) cinco dias ou mais; b) de dois a quatro dias; c) um dia ou menos. Para os
alimentos saudáveis foi considerado como adequado o consumo em cinco ou mais
dias da semana28. Para alimentos não saudáveis foi considerada como inadequada a
frequência de dois ou mais dias na semana, visto que não é recomendado o consumo
desses alimentos indiscrimidamente29;
• Aumento do consumo de bebida alcoólica, analisada pela questão: “Durante a pandemia
como foi o consumo de bebida alcoólica?”. As opções de respostas foram: a) continuei
bebendo com a mesma frequência; b) estou bebendo mais; c) estou bebendo menos;
e d) tinha parado de beber, mas comecei novamente. Foram consideradas como

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Doenças crônicas não transmissíveis e mudanças nos estilos de vida durante a pandemia de COVID-19 no Brasil

aumento do consumo de bebida alcóolica as alternativas “b” e “d”, sendo as repostas


“a” e “c” categorizadas como “não”.
• Aumento no consumo de cigarros, para a qual se utilizaram as questões: “O sr. é
fumante?” e, se sim: “Antes da pandemia, em média, quantos cigarros você costumava
fumar por dia?” e “Durante a pandemia, em média, quantos cigarros você passou
a fumar por dia?” As opções de respostas foram: a) não fumava cigarros; b) menos
de um por dia; c) um a nove cigarros; d) de 10 a 19 cigarros; e) de 20 a 29 cigarros;
f ) de 30 a 39 cigarros; g) de 40 ou mais cigarros. Para avaliar a quantidade de cigarros
foi usado o ponto médio da categoria de resposta e foi calculada a diferença entre os
dois momentos. Considerou-se aumento no consumo de cigarros a diferença positiva.

Inicialmente, realizou-se a análise descritiva das variáveis de estilo de vida antes da e


durante a pandemia por meio do cálculo de frequências relativas e intervalos de confiança
de 95% (IC95%) e procedeu-se ao cálculo do percentual de mudança dos comportamentos
durante a pandemia. Diferenças estatisticamente significativas foram identificadas por meio
da não sobreposição dos IC95% das prevalências em questão.
Foram também comparados os dois grupos populacionais (dos que têm uma ou mais
DCNT e os sem DCNT) em relação aos estilos de vida durante a pandemia, calculando-se a
prevalência e a razão de prevalência (RP) bruta e ajustada por sexo (masculino e feminino),
faixa etária (18 a 39; 40 a 59; ≥ 60 anos) e escolaridade (ensino fundamental completo ou
menos; ensino médio completo; ensino superior completo ou mais) e respectivos IC95%.
Para isso, aplicou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta. Utilizou-se
o Software for Statistics and Data Science (Stata) versão 14 para o processamento das infor-
mações, empregando o módulo survey, que considera os pesos de pós-estratificação.

RESULTADOS
Avaliaram-se 45.161 indivíduos, sendo: 53,6% (IC95% 52 – 55) do sexo feminino; 45,7%
(IC95% 44,3 – 47,1) entre 18 a 39 anos; e 72,4% (IC95% 71,3 – 73,5) com ensino médio com-
pleto (dados não mostrados).
A prevalência de hipertensão, diabetes, doença respiratória, doenças do coração e cân-
cer foi, respectivamente, de 19,3% (IC95% 18,2 – 20,4), 7,2% (IC95% 6,5 – 8), 11,3% (IC95%
10,4 – 12,2), 4,3% (IC95% 3,7 – 5) e 2,4 (IC95% 2,1 – 2,9) (Figura 1A). A prevalência de uma
ou mais DCNT foi de 33,9% (IC95% 32,5 – 35,3), sendo mais elevada com o aumento da
idade (38,3%; IC95% 36 – 40,6 entre 40 e 59 anos; e 58,6%; IC95% 55,3 – 61,9 em 60 anos e
mais) e entre os menos escolarizados (39,3%; IC95% 34,4 – 44,5), sem diferenças segundo
sexo (Figura 1B).
A Tabela 1 mostra as prevalências e o percentual (%) de mudanças dos indicadores de AF e
consumo de alimentos antes da e durante a pandemia segundo a presença de DCNT. Houve
redução da prática de AF em 60% nos grupos sem DCNT e em 58% nos com DCNT.

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DCNT: doença crônica não transmissível; IC95%: intervalo de confiança de 95%.


Figura 1. Prevalência autorreferida de (A) uma ou mais doença crônica não transmissível e
(B) ter uma ou mais DCNT segundo características sociodemográficas. Convid – Pesquisa de
Comportamentos, Brasil, 2020.

O aumento do tempo de uso de televisão e computador/tablet foi de 302 e 43,5%, respecti-


vamente, no grupo sem DCNT e de 196,5 e 30,6% nos portadores de DCNT.
Em relação ao consumo de alimentos saudáveis, na população sem DCNT, o consumo de
hortaliças reduziu em 10,8% e o de frutas em 3,5%, e, nos com DCNT, reduziu em 12,7% e
aumentou em 37,4%, respectivamente. Destaca-se que a redução no consumo de frutas não foi

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Doenças crônicas não transmissíveis e mudanças nos estilos de vida durante a pandemia de COVID-19 no Brasil

Tabela 1. Prevalência e percentual de mudanças de estilos de vida antes da e durante a pandemia,


segundo presença de uma ou mais doenças crônicas não transmissíveis. Convid – Pesquisa de
Comportamentos, Brasil, 2020.
Não ter DCNT % de DCNT 1 ou mais % de
Variáveis
% (IC95%) mudança % (IC95%) mudança

Atividade física suficiente antes 32,3 (30,6 – 34,0) 25,8 (23,8 – 28,1)
-60* -58,0*
Atividade física suficiente durante 12,7 (11,6 – 13,8) 10,8 (9,3 – 12,4)
Uso de televisão ≥ de 4 horas/ dia
8,7 (7,7 – 9,7) 14,4 (12,6 – 16,3)
antes +302* +196,5*
Televisão ≥ de 4 horas/dia durante 35,1(33,4 – 36,8) 42,7 (40,3 – 45,2)
Computador/ tablet ≥ e 4 horas/
44,8 (43,1 – 44,6) 41,8 (39,4 – 44,3)
dia antes
+43,5* +30,6
Computador/ tablet ≥ e 4 horas/
64,3 (62,5 – 66,0) 54,6 (52,01 – 57,1)
dia durante
Consumo adequado de hortaliças
37,0 (35,3 – 38,6) 37,8 (35,6 – 40,1)
antes
-10,8* -12,7*
Consumo adequado de hortaliças
33,0 (31,4 – 34,6) 33,0 (30,9 – 35,2)
durante
Consumo adequado de frutas
31,5 (28,9 – 33,2) 25,4 (33,1 – 37,7)
antes
-3,5 +37,4
Consumo adequado de frutas
30,4 (28,8 – 32,0) 34,9 (32,6 – 37,3)
durante
Consumo inadequado de
11,0 (9,5 – 12,6) 8,0 (6,9 – 9,3)
congelados antes
+43,6* +53,7*
Consumo inadequado de
15,8 (14,3 – 17,5) 12,3 (10,8 – 14,0)
congelados durante
Consumo inadequado de
10,4 (9,2 – 11,7) 7,7 (6,5 – 8,8)
salgadinhos antes
+42,30* +31,2*
Consumo inadequado de
14,8 (13,4 – 16,3) 10,1 (8,9 – 11,5)
salgadinhos durante
Consumo inadequado de
43,1 (41,4 – 44,9) 37,6 (35,3 – 40,0)
chocolates antes
+14,8* +12,5  
Consumo inadequado de
49,5 (47,7 – 51,4) 42,3 (39,9 – 44,7)
chocolates durante
Consumo inadequado de
41,6 (39,8 – 43,4) 39,7 (37,4 – 42,2)
embutidos antes
+0,72 -6
Consumo inadequado de
41,9 (40,1 – 43,8) 37,3 (34,9 – 39,7)
embutidos durante
*Diferença significativa (sem sobreposição de intervalos de confiança); DCNT: doença crônica não transmissível;
IC95%: intervalo de confiança de 95%; -: redução; +: aumento.

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significativa em ambos os grupos. Quanto ao consumo de alimentos não saudáveis, na população


sem DCNT o uso de produtos congelados aumentou 43,6%, de salgadinhos 42,3%, de choco-
late 14,8% e de embutidos 0,72%. Houve diferenças estatisticamente significativas em todos os
alimentos, exceto nos embutidos. Nas pessoas com DCNT, o aumento do consumo de conge-
lados, salgadinhos e chocolates foi de 53,7, 31,2 e 12,5% e a redução foi de 6% para embutidos,
entretanto a mudança não foi significativa para consumo de embutidos e de chocolates (Tabela 1).
Na Tabela 2 são apresentadas as prevalências e RP bruta e ajustada (RPa) da prática de AF,
dos comportamentos sedentários e hábitos alimentares durante a pandemia, entre a população

Tabela 2. Prevalência e razão de prevalência bruta e ajustada da prática de atividade física,


comportamentos sedentários, hábitos alimentares, aumento do consumo de álcool e cigarros
durante a pandemia, segundo presença de uma ou mais doenças crônicas não transmissíveis.
Convid – Pesquisa de Comportamentos, Brasil, 2020.
DCNT 1 ou
Variáveis Não ter DCNT RP bruta RP ajustada*
mais
durante a pandemia % (IC95%) % (IC95%) % (IC95%)
% (IC95%)
12,7 10,8 0,85 0,77
Atividade física suficiente
(11,6 – 13,8) (9,3 – 12,4) (0,72 – 1,00) (0,65 – 0,92)
35,1 42,7 1,22 1,16
Televisão > 4 horas/dia
(33,4 – 36,8) (40,3 – 45,2) (1,13 – 1,31) (1,08 – 1,26)
Uso de computador/ tablet > 4 64,3 54,6 0,85 0,96
horas/ dia (62,5 – 66,0) (52,01 – 57,1) (0,80 – 0,89) (0,90 – 1,00)
Consumo adequado de 33,0 33,0 0,99 0,88
hortaliças (31,4 – 34,6) (30,9 – 35,2) (0,92 – 1,1) (0,81 – 0,96)
30,4 34,9 1,14 0,91
Consumo adequado de frutas
(28,8 – 32,0) (32,6 – 37,3) (1,05 – 1,25) (0,84 – 1,00)
Consumo inadequado de 15,8 12,3 0,78 0,98
congelados (14,3 – 17,5) (10,8 – 14,0) (0,66 – 0,92) (0,84 – 1,15)
Consumo inadequado de 14,8 10,1 0,68 0,95
salgadinhos (13,4 – 16,3) (8,9 – 11,5) (0,58 – 0,80) (0,81 – 1,12)
Consumo inadequado de 49,5 42,3 0,85 0,98
chocolates (47,7 – 51,4) (39,9 – 44,7) (0,80 – 0,91) (0,91 – 1,05)
Consumo inadequado de 41,9 37,3 0,89 1,04
embutidos (40,1 – 43,8) (34,9 – 39,7) (0,82 – 0,96) (0,97 – 1,13)
Aumento consumo de bebida 18,9 15,1 0,80 0,94
alcóolica (17,3 – 20,6) (13,3 – 17,2) (0,69 – 0,94) (0,81 – 1,10)
33,7 34,8 1,03 1,08
Aumento número de cigarros
(29,1 – 38,6) (28,9 – 41,2) (0,82 – 1,30) (0,87 – 1,34)
*RP ajustada por sexo, faixa etária e escolaridade; DCNT: doença crônica não transmissível; IC95%: intervalo de
confiança de 95%.

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Doenças crônicas não transmissíveis e mudanças nos estilos de vida durante a pandemia de COVID-19 no Brasil

com e sem uma ou mais DCNT. Verificou-se que, durante a pandemia, as pessoas com uma
ou mais DCNT apresentaram menor prática de AF suficiente (RPa = 0,77; IC95% 0,65 – 0,92)
e maior hábito de assistir à televisão por 4 horas ou mais/dia (RPa = 1,16; IC95% 1,08 – 1,26).
O tempo de uso de computador/tablet não diferiu entre os grupos (RPa = 0,96; IC95% 0,90 – 1).
Em relação ao consumo de alimentos saudáveis e não saudáveis, observou-se que,
durante a pandemia, as pessoas com DCNT relataram menor ingestão adequada de hor-
taliças (RPa = 0,88; IC95% 0,81 – 0,96). Adicionalmente, os portadores de DCNT tiveram
prevalência menor para o consumo de alimentos não saudáveis, mas não houve diferenças
significativas após o ajuste por idade, escolaridade e sexo (Tabela 2).
Na Tabela 2, ao se analisar aumento de consumo de bebidas alcóolicas e cigarros
durante a pandemia segundo o diagnóstico de DCNT, evidencia-se que as pessoas com ao
menos uma DCNT apresentaram menor aumento no consumo de bebida alcóolica (15,1%;
IC95% 13,3 – 17,2) em comparação às que não apresentam DCNT (18,9%; IC95% 17,3 –
20,6). Todavia, quando as análises foram ajustadas, não houve diferença entre os grupos.
O aumento de consumo de cigarros foi de 34,8% (IC95% 28,9 – 41,2) entre as pessoas com
DCNT e de 33,7% (IC95% 29,1 – 38,6) entre os que não relatam DCNT, mas sem diferen-
ças estatisticamente significativas entre os grupos (Tabela 2).

DISCUSSÃO
O estudo apontou que ocorreram mudanças nos estilos de vida da população com e sem
DCNT após a pandemia, como redução da AF e aumento do tempo sedentário, redução do
consumo de hortaliças e aumento de alimentos ultraprocessados, como congelados e sal-
gadinhos. Ao se analisarem as prevalências dos estilos de vida durante a pandemia entre os
dois grupos, observou-se que os portadores de DCNT apresentaram menor prática de AF,
consumo menos adequado de hortaliças e maior tempo sedentário em frente da televisão
durante a pandemia. Quanto ao consumo de tabaco, álcool, frutas e alimentos não saudá-
veis, não houve diferença entre os grupos.
A Pesquisa Nacional de Saúde30 encontrou prevalências autorreferidas semelhantes de
hipertensão arterial (21,4%), diabetes (6,2%), asma (4,4%), doença do coração (4,8%) e cân-
cer (1,8%). A prevalência de uma ou mais DCNT foi mais elevada (45,1%), todavia a lista
de DCNT avaliadas foi mais extensa, contendo treze. Além disso, observaram-se maiores
prevalências de DCNT com o aumento da idade e a baixa escolaridade30. Sabe-se que as
condições crônicas afetam os grupos sociais com maiores privações e mais vulneráveis aos
determinantes sociais31. Por conseguinte, a agregação de DCNT em um cenário de desigual-
dades sociais e econômicas exacerba os efeitos adversos de cada doença individualmente,
dado que a COVID-19, por ser considerada uma sindemia, tem efeitos sistêmicos e amplia
as iniquidades32. Ainda, ao abordar a COVID-19, deve-se também chamar a atenção para as
DCNT e seus fatores de risco, como hipertensão, obesidade, diabetes, doenças cardiovas-
culares e respiratórias crônicas e câncer32.

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A piora nos estilos de vida durante a pandemia observada neste estudo também foi
identificada em outros20,21,33,34. Tais mudanças poderão repercutir na qualidade de vida e
saúde da população, resultando em uma epidemia de mortes evitáveis entre portadores de
DCNT19. Por isso, torna-se imprescindível a implementação de uma agenda de promoção
da saúde35 e o fortalecimento da atenção primária à saúde no enfrentamento dos impactos
da pandemia e no distanciamento social36, com ênfase na manutenção das ações integrais de
acompanhamento aos portadores de DCNT, utilizando telemonitoramento e telessaúde37.
Este estudo identificou que pessoas com uma ou mais DCNT apresentaram menor prá-
tica regular de AF durante a pandemia. Ressalta-se que a AF é essencial para a manutenção
e a promoção da saúde e a qualidade de vida38,39, e a recomendação é a de se manter uma
vida ativa40. A Organização Mundial da Saúde41 incentiva os profissionais de saúde e gestores
a buscarem estratégias para a manutenção de hábitos ativos e saudáveis durante o período
de distanciamento social, especialmente para os grupos populacionais considerados de risco
e, portanto, mais vulneráveis, como idosos e a população com DCNT9,40,42.
Os resultados indicam que a população com DCNT apresentou maior tempo em frente
à televisão durante a pandemia. Esse fato é preocupante, visto que o comportamento seden-
tário tem efeito prejudicial à saúde, podendo contribuir para o surgimento e agravamento
das DCNT, bem como deteriorar rapidamente a saúde cardiovascular e provocar mortes
prematuras43,44.
Discute-se que o distanciamento social implica alterações nos hábitos alimentares da popu-
lação em geral, sendo observados o consumo reduzido de frutas e hortaliças e o consumo
aumentado de congelados, salgadinhos e doces. Na Itália, 34,4% dos indivíduos pioraram
sua alimentação durante a pandemia34. Nos Estados Unidos, houve aumento no volume de
compras em supermercados, com estoque de alimentos ultraprocessados com alta densi-
dade energética, como batatas fritas, pipoca, chocolate e sorvete45,46.
Os portadores de DCNT apresentaram menor consumo de hortaliças e consumo simi-
lar dos alimentos ultraprocessados. Esses achados podem ser explicados pela dificuldade no
abastecimento e reposição de alimentos frescos e saudáveis, bem como pela facilidade de
compra e estocagem de ultraprocessados47. Estudo realizado entre pacientes diabéticos no
Brasil identificou importante adesão ao distanciamento social em função da percepção do
risco aumentado para a COVID-19, entretanto reduziu a utilização dos serviços de saúde e
houve relato de dificuldade na compra de alimentos20.
O aumento do consumo do álcool durante a pandemia do COVID-19, identificado neste
estudo, também ocorreu em outros contextos e tem sido atribuído ao sofrimento psico-
lógico e dificuldades financeiras33, além da maior disponibilidade física e acessibilidade33,48.
Embora não tenham ocorrido diferenças entre a população com e sem DCNT após ajuste,
ressalta-se o risco desse achado, na medida em que o álcool pode potencialmente piorar o
curso clínico da infecção por COVID-1949, aumentando a suscetibilidade à infecção viral e
agravando a situação das pessoas com DCNT50.
O consumo do tabaco aumentou em mais de um terço dos fumantes, com ou sem DCNT.
O tabaco é um importante fator de risco para DCNT, tanto para câncer quanto para doenças

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respiratórias, sendo contraindicado em qualquer situação51. Ainda, há evidências de que o


tabagismo é capaz de agravar o curso da COVID-1952,53. Entre os fatores envolvidos na rela-
ção entre fumo e a infecção viral estão o aumento da enzima conversora de angiotensina
tipo 2 (ECA2) entre os fumantes52,53, o aumento da contaminação viral pelos movimentos
de levar o cigarro à boca54 e a piora no desempenho cardiorrespiratório55.
Na África do Sul, visando enfrentar o tabagismo durante a pandemia da COVID-19,
proibiu-se a venda de produtos de tabaco e nicotina, o que deve ser compreendido como
uma tentativa dupla de proteger a população da COVID-19 e do ônus evitável do tabaco56.
Por conseguinte, avançar em novas medidas regulatórias57 e monitorar as ações das indús-
trias tabageiras58 deve ser prioridade nas agendas governamentais, especialmente em perío-
dos pandêmicos, para salvar vidas58.
Cabe salientar que o estudo mostrou a piora dos estilos de vida, sendo essas mudanças
ainda mais intensas na população adulta com DCNT. Assim, pode-se prever um cenário de
agravamento de indicadores, incluindo aumento de mortalidade por DCNT, o que pode
comprometer o alcance de metas globais, como a redução da mortalidade prematura em
30% até 20305.
Nessa conjuntura, torna-se relevante destacar a contemporaneidade de políticas interse-
toriais de prevenção e controle das DCNT na resposta à COVID-19. As medidas de preven-
ção de DCNT não devem ser interrompidas. Os serviços de saúde, especialmente a aten-
ção primária à saúde, necessitam se adaptar a essa nova realidade para apoiar e gerenciar
o aumento dos riscos e dar continuidade aos cuidados de saúde dos portadores de DCNT.
Os profissionais da área devem estar envolvidos no planejamento de estratégias de respos-
tas à COVID-19, para que consigam garantir o direito à saúde. Não obstante, aconselha-
mentos específicos devem ser disponibilizados nacional e localmente para pacientes com
DCNT, suas famílias e seus cuidadores32. Tem-se, ainda, que a pandemia de COVID-19 e a
epidemia de DCNT evidenciam a urgência em avançar em medidas regulatórias mais rígi-
das do tabaco, álcool e da alimentação não saudável, promover a AF e fortalecer os sistemas
de saúde durante e após a pandemia1.
Entre as limitações do estudo, aponta-se o fato de a pesquisa ter sido coletada pela web,
que pode não atingir todos os estratos populacionais, considerando-se que nem todos têm
acesso a esse meio de comunicação, podendo levar à sub ou superestimação da proporção
dos indicadores. Essa limitação foi minimizada pela calibração da amostra pela aplicação
dos pesos de pós-estratificação. Outra questão refere-se ao fato de as perguntas serem autor-
referidas, podendo estar sujeitas a viés de memória. O fato de a coleta de dados ter sido no
início da pandemia (3º mês) pode estar sujeito a mudanças conjunturais ao longo da evo-
lução temporal da pandemia.
Em síntese, nossos achados sugerem que adultos com DCNT tiveram seus estilos de
vida mais alterados, pela redução de AF, aumento do sedentarismo, redução do consumo de
alimentos saudáveis e aumento de ultraprocessados. Nesse contexto, torna-se imperativa a
adoção de políticas públicas que fomentem ações de promoção à saúde, bem como a ado-
ção de medidas regulatórias de proteção e prevenção de DCNT e a ampliação do cuidado

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na atenção primária à saúde aos portadores de DCNT. Caso medidas urgentes não sejam
adotadas, corre-se o risco de não se atingirem as metas de redução de DCNT da Agenda
2030 dos ODS.

AGRADECIMENTOS
Malta DC, Barros MBA e Szwarcwald CL agradecem ao Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que financiou a bolsa de produtividade
em pesquisa. Prates EJS agradece ao Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde a
bolsa de pesquisa. Sá ACMGN agradece à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES) a bolsa de doutorado.

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